REFLEXÕES Nº 189 — 07/12/2025
- Luiz Primati
- há 1 dia
- 14 min de leitura


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março, lançou seu livro de prosas poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em 2025.
O RITMO ESQUECIDO
Em 2025, com o mundo ainda se recuperando de anos de correria coletiva, muitos de nós nos pegamos presos em uma roda de hamster invisível – trabalho, contas, compromissos, tudo em loop infinito. Como cronista das pausas que o dia a dia rouba, eu me pergunto: onde ficou espaço para a faísca que nos faz sentir vivos? Não é sobre grandes aventuras, mas sobre reacender aquela paixão que transforma o ordinário em extraordinário.
Imagine a vida como uma orquestra urbana: o metrô apitando como um tambor acelerado, as notificações do celular ecoando como sinos impacientes, e no meio disso, sua melodia pessoal sufocada. "A rotina é o ladrão silencioso da alma", sussurra uma voz filosófica antiga, lembrando-nos que o epicurismo não era sobre excessos, mas sobre saborear o simples com intensidade. Pense em uma metáfora que me veio no trânsito: a paixão é como uma brisa inesperada em um dia abafado – ela não chega com fanfarra, mas refresca tudo ao redor. Quantas vezes trocamos horas de produtividade por minutos de deleite, como ler um livro antigo ou cozinhar algo só para o prazer do aroma?
Não é culpa nossa; a vida moderna nos treina para o sprint eterno. Mas, como os sábios orientais nos ensinam, o equilíbrio surge quando paramos para ouvir o silêncio entre as notas. Uma cópia que ouvi de um velho amigo resume: "Corra pelo pão, mas dance pelo fogo". Em tempos de burnout generalizado, surge essa reflexão sutil: estamos vivendo ou apenas sobrevivendo? Permitir pausas para o que amamos – um hobby esquecido, uma conversa sem agenda – não é luxo, é necessidade.
No fim, o ritmo da vida não é uma maratona solitária, mas uma valsa compartilhada. Convide-se a dançar: reserve um horário esta semana para algo que acenda seu brilho interior, sem culpa. O mundo acelera, mas você pode escolher o compasso.
E se essa pausa revelar um talento adormecido? Reflita sobre o que te faz pulsar de verdade – talvez o próximo capítulo da sua história comece com um passo devagar.
Se quiser outro tema, como o encanto das pequenas viagens ou o mistério das amizades duradouras, é só pedir. O que te inspira hoje?

AUTORA STELLA_GASPAR
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
A FLOR SÍMBOLO DO NATAL
Dezembro é um mês especial, marcado por festividades e celebrações. É também um momento perfeito para encher nossas casas com a beleza e as cores vibrantes das flores.
O mês de dezembro é marcado por celebrações, encerramento de ciclos e a expectativa de um novo ano. Entre os muitos símbolos desse período, destaca-se uma planta cuja floração é especialmente exuberante nessa época: a flor de dezembro. Conhecida em várias regiões do Brasil, ela encanta por sua beleza e pelas histórias que carrega consigo. Poinsétia (Flor do Natal, originária do México): Conhecida como a estrela do Natal, a poinsétia possui folhas vermelhas brilhantes que simbolizam a alegria e a celebração. É uma excelente escolha para decoração natalina. Elas são aquelas com folhas verdes e vermelhas, encontradas em muitos arranjos, guirlandas e enfeites de árvore durante o final do ano.
Em muitas culturas, a flor de dezembro está associada à celebração do Natal e ao espírito de renovação. É costume presentear amigos e familiares com essa flor, pois ela representa esperança, prosperidade e o início de um novo ciclo. Além disso, por florescer em dezembro, ela simboliza a superação das dificuldades do ano que passou e a chegada de tempos melhores.
A flor de dezembro é mais do que uma simples planta. Seja como presente, decoração ou símbolo de esperança, sua presença marca de forma especial o fim do ano e o início de novas possibilidades.
Em cada flor que desabrocha, há uma mensagem de alegria e transformação, inspirando todos a celebrar o melhor que dezembro tem muito a oferecer.

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
REI E PEÃO
Ao nascer, lentamente,
a vida é dissolvida e logo
perdemos quem amamos,
mas é preciso ser forte e
aceitar o último fôlego de sobrevida que antecede
a dor da morte.
E agora começa a celebração de despedida e diante de um corpo frio e pálido já herdeiros discutem como a herança será dividida
e se o testamento deixado
pelo finado é válido.
Um grito ecoa na
consciência, mas sem
um pingo de sentimento
o ser humano está
perdendo a sua essência.
Sem se dar conta
de que do pó viemos
e ao pó voltaremos, e não
importa o valor do seu rendimento a única certeza que temos é que um dia nós morreremos.

AUTORA KENIA PAULI
Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clínica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
AMOR E ORDEM NO SISTEMA
Eu sempre acreditei que amar era consertar algo ou mesmo alguém.
Desde criança, eu pensava que o amor devia preencher vazios, as lacunas, unir pedaços quebrados de alguém. Eu imaginava que amar era reflexo de consertar algo e deixá-lo no lugar.
Mas a vida, como uma excelente e nata professora, me ensinou aos poucos que o amor sem ordem vira peso; e a ordem sem amor, vira pedra.
Passei anos de minha juventude tentando salvar quem não me pertencia, tentando ser uma ponte que ligasse corações ao meu coração e que, no entanto, não podiam ser meus.
Quando iniciei o estudo sistêmico baseado nas constelações familiares, comecei a ter uma compreensão diferenciada em que pude observar que, quando cada um ocupa o seu lugar, o amor encontra o caminho.
E não é sobre controlar ou remendar. Uma colcha de retalhos sempre pode ser preenchida um pouco mais com um novo retalho, mas na vida em si, saber respeitar o espaço do outro e o meu próprio espaço é fundamental.
Tentei ser mãe do meu próprio pai.
Quis dar a ele o afeto que nunca recebi, segurar suas mãos, ensinar-lhe coragem, consolá-lo…
E me cansei.
Descobri que há amores que não me pertencem.
Carregar esse fardo cansa a alma e consome o coração.
Aprendi, com dor e ternura, que às vezes o amor precisa desistir para poder amadurecer, mesmo que não seja fácil.
Não é que desisti de quem amo. Eu desisti de tentar moldar o outro, de tentar preencher o que não é meu.
Porque é nesse espaço de liberdade que o amor cresce, que ele respira.
E ainda assim, sinto um peso curioso de alma:
O mesmo amor que tenta salvar, é o mesmo que temo perder.
Deixar o outro ter essa liberdade de escolha me permite me afastar, mas mesmo assim me dói. E quando tento segurar para não ir, também me dói.
Nesse equilíbrio delicado que a vida me impõe, entrego e respeito, criando algo transformador entre a liberdade e o que é pertencer.
Cada coração segue seu próprio ritmo e, escolher caminhar com amor e consciência, abre e alarga portas e caminhos que nem sempre imaginei que poderiam estar ali, bem na minha frente.

AUTORA ILZE MATOS
ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
SOMENTE NO SILÊNCIO
No silêncio
me ajeito,
me encontro,
te falo,
te escuto.
No silêncio,
somente no silêncio,
sorrio comigo mesma,
brinco de escrever,
de esconder letras
e fazer quebra-cabeça de palavras.
No silêncio,
somente no silêncio,
voo em pensamentos
que dançam na mente.
Só porque estou
no silêncio.

AUTOR WAGNER PLANAS
WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
PODE SER...
Pode ser,
Que amanhã chova,
Talvez eu morra,
Quem vai saber...
Pode ser,
Que o amor ocorra,
Que eu encontre pessoas novas,
E tudo vai acontecer.
Pode ser,
Que no raiar do novo dia,
A vida sorria.
Pode ser,
Que cruzei sua vida,
Para ser o amigo que te cure as feridas.

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
MEDO E TERROR
Almas vazias
Arquitetam a maldade,
Crimes sem piedade.
Quanta iniquidade!
As pessoas não têm liberdade
E ainda são vítimas da perversidade...
Corações sem amor
Espalham medo e terror.
A cidade chora e grita
Diante de tanta dor.

AUTORA CÉLIA NUNES
Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.
COLCHA DE RETALHOS
Quero fazer uma grande colcha de retalhos — diferente de todas — pois ela é minha, feita de tudo o que tenho vivido. Cada pedacinho terá uma cor, um tamanho, uma história.
Quero remendar, costurar de novo aquilo que se rasgou.
O valor dessa colcha não estará na perfeição, mas na beleza de quem insistiu em fazê-la.
Vou preencher os espaços vazios, criar novos pontos, com novas cores e novas memórias. Vou construir com amor, recomeçar quantas vezes for preciso, adicionando retalhos e ampliando a colcha — e a minha existência.
E, quando olhar para trás, vou ver que nada foi em vão.
Aquilo que parecia fora do lugar, o pedaço que não combinava… depois fará sentido. Tudo encontrará o seu lugar.
Assim tem sido a minha vida: minha colcha de retalhos, que enfeita a minha cama e o meu caminho. Ela tem sido costurada com fé, alinhavada com esperança e aquecida com amor.

AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA. Encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas por meio da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
VISITA
Receber uma visita é um luxo nos dias de hoje, não é mesmo? Todo mundo parece estar sempre apressado, sem tempo para nada. Visita? Isso é uma raridade, algo que se faz ou recebe com pouca frequência.
Mas, por que tanta distância? Por que não retomamos esse hábito tão bom e benéfico para todos? Compartilhar momentos com amigos e parentes é algo que traz alegria e conforto para a alma. É uma oportunidade para desacelerar um pouco da correria e conviver com as pessoas que realmente importam.
Além disso, as visitas podem ser um presente para ambos os lados. O visitante pode se sentir renovado e inspirado após um tempo com seus entes queridos, e o visitado pode se sentir valorizado e amado.
Então, eu te convido a planejar uma visita. Ligue para um amigo ou familiar e combine um caloroso encontro. Vamos retomar esse hábito tão simples, mas tão valoroso, e fazer da visita um presente, principalmente, para aqueles que estão mais ausentes.
Visitar faz bem!

AUTORA LUCÉLIA SANTOS
LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.
TUDO OUTRA VEZ
Percorreria lugares distantes
Buscaria contatos estranhos
Arriscaria minha vida
Para não haver despedida
E continuar te amando
Te envolveria em meus braços
Nos momentos de intensa dor
Seguraria em sua mão
Para tu não sentires medo
E ser por toda a vida teu amor
Te daria meu cobertor
Enxugaria suas lágrimas de dor
Permaneceria ali até o fim
Faria o possível e até o impossível
Para tentar salvá-lo, meu amor
Faria tudo outra vez
Viveria tudo que vivemos
Nossas lutas, lágrimas e dor
Só queria que tivesse mais uma chance
E então juntos aqui estaríamos...

AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
INFORMAÇÕES
Engraçado como as pessoas se tornam solícitas quando querem dar uma informação. O maior problema é quando a informação vem pela metade, algo do tipo: “Sei de uma costureira ótima! Ela fica na rua que desce, onde tem uma padaria na esquina.”
Ótimo, já sei que a rua desce… mas qual padaria? Qual o número da casa? Qual o nome da costureira? A pessoa lhe dá excelentes referências, mas não diz onde encontrá-la e, por mais que você peça e explique a importância de ter o endereço completo, a informante insiste em repetir que “é fácil chegar lá”.
Quando você comenta que precisa de um ótimo mecânico, sempre aparece alguém com uma indicação incrível — de um profissional que o amigo foi uma vez e achou ótimo — e que fica em determinado bairro, “passando o bar do Zé, entrando na terceira à direita, num salãozinho azul, com uma placa escrita oficina”. E a pessoa ainda garante: “não tem erro, é só perguntar pelo mecânico do bairro, todo mundo conhece”.
A necessidade que algumas pessoas têm de mostrar que sabem dar informações — mesmo quando não fazem ideia do que estão falando — é tão grande que nem se importam se estão praticamente lhe enviando para outro país.
Há também aquelas que não querem errar, mas fazem questão de ajudar de qualquer jeito. Então, te deixam esperando enquanto tentam “lembrar”, mesmo sem conhecer o local ou a pessoa que você procura.
Por que não usar a sinceridade de um simples “não faço ideia”? Isso nos pouparia um enorme tempo: bastaria agradecer e seguir em busca de uma nova informação.
Sei que não fazem por mal — ou, pelo menos, prefiro pensar assim — mas poderiam simplificar. Há também os que simplificam demais. Dizem: “Estou indo para lá, me siga.” Aí você segue… e no meio do caminho a pessoa para, diz que chegou ao destino dela e que é só você continuar andando por “mais umas quatorze ruas” que vai encontrar.
Quanto aos caminhos, hoje, graças aos aplicativos, conseguimos chegar ao nosso destino — ou bem perto dele. Quanto às costureiras e mecânicos de que precisamos, também podemos encontrar alguns endereços em sites. Mas a verdadeira indicação, aquela do boca a boca, a respeito do excelente serviço, acaba se perdendo no meio de tantas meias-informações.

AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
DESPEDIDAS
E minha dor
Se transformou
Na despedida
Mais doce... solene
Sob um vento calmo
Que dizia só para mim: parti em paz!
E minha dor
Se transformou
Num adeus leve
Nada programado
Uma breve visita
Conversas sobre a vida
E com suas últimas palavras
"Somos passageiros nesse mundo..."
Assim, se foi algumas horas depois
Se foram pelo mesmo caminho
O lugar?
Talvez cada um para um lado diferente
Ou, quem sabe, se encontraram
Combinaram a partida e não ficamos sabendo
Mas tem algo bonito nessa despedida
Que é a essência das suas trajetórias
E o que deixaram para quem ficou
Ah... isso eu sei
Vai comigo para sempre
Até o dia em que está marcado
O meu encontro com eles...
(Homenagem ao meu tio José e ao seu Otávio, que partiram para o plano espiritual).




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