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REFLEXÕES Nº 104 — 18/02/2024

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjournei

 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

ESCREVER SOBRE O "BEM", FAZ TÃO "BEM"!

Quando percebi, eu estava escrevendo, um escrito que dizia tudo que precisamos aprender no nosso dia a dia. Esse era um escrever, sobre a forma de tratar, de olhar e de escutar, nossos familiares, amigos e as pessoas sem distinção.

Como descrever o bem que nos faz bem?

Comecei pensando no amor por mim, para dar amor as pessoas que eu amava, respeitava e tinha um enorme carinho. Cuidando do seu bem-estar, respeitando sua forma de ser, e observando que o bem que podia fazer a elas, era tratá-las com ternura, vendo e sentindo as coisas boas que elas tinham, vendo nelas, o melhor que podiam mostrar.

Escrevendo sobre o bem, me emocionava e sentia uma força de fé em mim, sentia que meus pensamentos podiam descrever no papel ou na tela do computador, um mundo de mensagens, que estavam no meu coração, então eu poderia, transbordar os ambientes que frequento de alegrias, e entusiasmos.

Me dei conta que fazer o que gostamos, dar prazer, inspiração e senti que podemos ter um sol, dentro de nós, nos guiando, em passeios sozinhos ou com o bem maior ao nosso lado, falo da companhia do “Amor”.

Ser do bem, é como viver em doces sonhos, é escutar nossas músicas favoritas, é escrever cantando e sorrindo.

Finalmente, agora escrevo tudo que sinto, a partir do meu autoconhecimento. Com palavras e letras, frases e pontos, vírgulas e interrogações, respirando os bons sentimentos, quero acolher o outro(a), sempre com ternura, fazendo o bem.

É tão bom, nos invadir com nossos abraços, cheios de amor!

 

Em meus braços cabem todos os abraços,

para te desejar sempre o bem.

Tenho escritas poesias nos meus olhos

Te vestindo de sonhos.


 

AUTORA RIZZON RAMOS


Rizonete Ramos, natural de Penedo Alagoas, reside atualmente na cidade de Itaguaí no Estado do Rio de Janeiro, é escritora em verso e prosa, autora do livro “Rosas no Varal” com lançamento em 2021, pela Dowslley Editora. Coautora da Antologia 21 anos de Um Brinde à Poesia, e Foco na Poesia 2, pela mesma Editora. Assina seus versos como Rizzon Ramos, é apaixonada por fotografias da natureza.

 

ReviveR

Eu tinha tudo para desistir,

Sinto que desisti um pouco

Mas, desisti de ir, resolvi ficar.

Pondo algumas coisas no lugar,

Percebi que estava vivendo de novo.

Eu vivo em busca da verdade

Quanto mais me aproximo

Vejo que tudo aqui é uma grande mentira!

Não deixamos de existir

Quando morremos,

Nem vivemos para sempre

Quando nascemos.


 

AUTOR AKIRA ORDINE


AKIRA ORDINE é um escritor, poeta e músico carioca. Desde cedo apaixonado pela literatura, utiliza a arte como espaço de luta e refúgio, colocando bastante de si em tudo o que escreve. Tem muitos livros, vários deles, verdadeiros amigos.

 

AGORA COMEÇA O ANO

É, meus caros leitores, acabou a bonança. O brasileiro, preso à cultura de que o ano começa só depois do carnaval, agora tem que lidar com esse sentimento de reinício. Acho curioso essa ideia, pois tem uma pitada de melancolia e desolação envolvida.

Chico Buarque de Hollanda, brilhantemente em sua música "Sonho de um Carnaval" descreve a ideia de "Quarta-feira, sempre desce o pano", e acho que é bem isso mesmo que acontece na realidade, a quarta-feira de cinzas vem para carbonizar os corações embriagados com a comemoração enérgica.

A utopia e a festa caem por terra, ao mesmo tempo em que novas oportunidades surgem e premissas se constroem para a vivência de mais um ano corrido, repleto de desafios. Logo, tratemos de sobreviver, leitores, pois, mais uma vez citando Chico, "Amanhã ninguém sabe"!

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março estará lançando seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso".

 

QUAIS SÃO OS LIMITES DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?

Desde os anos 60, a imaginação humana tem nos levado a sonhar alto: com viagens espaciais, moradias futuristas, carros que cortam os céus e veículos que se conduzem sozinhos, além de incontáveis inovações. O cinema tem sido a janela através da qual compartilhamos esses sonhos de futuro. Com a invenção do computador, as possibilidades se ampliaram de maneira exponencial. O que antes demorava séculos para ser criado a partir de uma simples ideia, transformou-se em realizações que, após a era do computador, passaram a acontecer em décadas, anos e, agora, avançamos tão rapidamente que contabilizamos progressos a cada mês.

A realização da viagem espacial já faz parte do nosso presente, assim como a dos carros autônomos. Estudos e testes com carros voadores estão avançando e em breve prometem revolucionar o mercado, tão logo a segurança desses veículos seja garantida. Em nossas casas, já convivemos com aspiradores de pó que navegam autonomamente, geladeiras inteligentes capazes de detectar a necessidade de reabastecimento e se conectar a supermercados online, além de sistemas de vigilância que não só reconhecem os moradores, mas também identificam movimentos suspeitos, podendo até alertar as autoridades policiais.

Entretanto, é a evolução da inteligência artificial que tem capturado minha admiração dia após dia. Ela já nos surpreendeu transformando imagens estáticas em pinturas dignas de mestres, aprimorou fotografias até que se assemelhassem a personagens animados, prometendo um futuro onde a linha entre a criação humana e a inteligência artificial se torna cada vez mais tênue. O que virá a seguir nesse caminho de inovações sem precedentes?

No alvorecer do ano passado, uma inovação revolucionária foi introduzida ao mundo: o Chat GPT, a primeira ferramenta de escrita automatizada. Essa ferramenta singular abriu portas para uma ampla gama de possibilidades, permitindo desde a redação de breves artigos, passando pela correção de textos, até a criação de poemas inspiradores. Fundamentada em uma extensa pesquisa de milhões de conteúdos disponíveis online, todos originados pela mente humana, essa ferramenta tem a capacidade de replicar frases e textos previamente escritos por pessoas. Ainda que sua geração de texto possa parecer desprovida de calor humano para alguns, é inegável o fascínio que desperta, levando muitos a explorarem o campo da escrita sob uma nova perspectiva. Mas qual é o verdadeiro valor dessa nova forma de criação? Essa é uma discussão que merece um espaço próprio. Outro dia, quem sabe?

A partir desse momento, a evolução tecnológica acelerou de forma vertiginosa. Surgiram ferramentas capazes de gerar imagens a partir de simples descrições. Inicialmente imperfeitas, essas imagens evoluíram até atingir níveis de qualidade que rivalizam com a realidade, melhorando a cada dia que passa.

Em seguida, testemunhamos o nascimento de ferramentas capazes de compor música. Com apenas algumas instruções sobre o estilo, os instrumentos e o ritmo desejados, essas ferramentas podem criar composições autônomas. Há a esperança de que, eventualmente, elas possam vir a compreender a essência da criatividade musical humana e completar obras inacabadas de grandes mestres. Contudo, em minha opinião, ainda há um longo caminho a percorrer antes que possam igualar a genialidade criativa humana.

As ferramentas de inteligência artificial são fruto da engenhosidade humana, moldadas e instruídas por nós para criar. Mas será que criam algo, a partir do nada? A resposta é não. Elas replicam as invenções humanas, compilando e reconfigurando criações de inúmeros indivíduos ao longo da história, o que por vezes resulta em uma complexa trama reminiscente de um Frankenstein digital.

Recentemente, fui testemunha de mais um marco na evolução da inteligência artificial: a capacidade de gerar vídeos realistas a partir de instruções textuais. Sim, isso mesmo. A OpenAI, por meio de comandos escritos, está criando vídeos que poderiam deixar os maiores diretores de Hollywood boquiabertos. Esta ferramenta, ainda não disponível para o público em geral, é capaz de produzir cenas incrivelmente variadas, indo de uma modelo desfilando pelas ruas de Nova York a um pássaro entoando seu canto, manadas de mamutes cruzando paisagens nevadas e cenas do velho oeste, entre muitos outros cenários.

Assim, enquanto avançamos nesta era de inovações sem precedentes, confrontamo-nos com a capacidade quase ilimitada da inteligência artificial. Suas criações, um espelho das nossas próprias, desafiam continuamente a nossa percepção do que é possível, marcando cada passo rumo ao futuro com a promessa de transformações ainda mais surpreendentes.

Naturalmente, os mais cautelosos podem olhar para essa inovação com certa desconfiança. Levantam suas vozes alertando para o risco de criação de vídeos falsos, capazes de comprometer a reputação de pessoas inocentes. De fato, a possibilidade de fabricar notícias falsas existe há tempos. Essa ferramenta, contudo, pode simplificar o processo para aqueles inclinados a disseminar desinformação. É inegável que toda moeda tem dois lados, independentemente da presença da tecnologia.

Impedir o progresso tecnológico é uma tarefa inútil. O que devemos fazer é aprender a canalizar esses avanços para o benefício coletivo da humanidade. Pessoalmente, sou um defensor da evolução tecnológica, considerando-a um reflexo da capacidade inventiva humana.

É crucial mantermos a vigilância sobre o conteúdo que consumimos, esforçando-nos para distinguir entre o que é fruto da criatividade humana e o que é gerado por inteligência artificial. Ignorar a realidade que nos confronta não é uma opção. Devemos, ao contrário, acolher, entender e utilizar essa realidade com integridade e pragmatismo.

Quanto ao futuro das próximas gerações, embora seja impossível prever com precisão, é certo que elas vivenciarão um mundo substancialmente diferente do nosso. E diante dessa transformação ininterrupta, só posso expressar admiração e aplauso.

Acredito firmemente que há uma força maior que supervisiona o curso da humanidade, assegurando que as consequências de nossas ações, sejam elas construtivas ou destrutivas, não escapem de nossos olhos. Vigiai!

Para saber mais sobre a ferramenta que cria vídeos através de texto, basta seguir nosso canal no WhatsApp:



 

AUTORA JOANA PEREIRA


O meu nome é JOANA PEREIRA e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

 

QUANTA SAUDADE GUARDAS TU?


A mesma quantas estrelas possas contar!


Num céu vasto e infinito, consegues contar as estrelas?


Consegues medir o tamanho de um aperto?


Aquele que se desapertava veemente para rebobinar a vida atrás, e vivê-la mais uma vez.

Que peso terá a saudade que carrego no bolsinho nostálgico deste coração? O peso do mundo. Tem peso o mundo?


Quantas mais lembranças, quantas… mais belas… lembranças, mais pesado fica, maiores as lágrimas que nascem nos meus olhos. É um peso, o peso de uma vida partilhada…


Quereria tocá-la, beijá-la, voltar a vê-la, para a fazer sentir-se amada novamente, para que o meu coração pudesse chorar um bocadinho no seu colo.


Será a morte a maior causa de saudade do mundo? Penso que sim. No meu coração foi a morte que me ensinou a verdadeira saudade. A maior de todas, insaciável. Essa derradeira… que todos os dias me mata um bocadinho, ao mesmo tempo que cresce.


Tem tanto de belo, como de triste, esta saudade. Quanta mais guardo, mais triste fico, quanto mais belo foi o que vivi com ela.


Quanta saudade guardo eu? Guardo tantas saudades, quantas mais puder, esperançosa de que sejam capazes de se matar. Um dia…


Quanta ambiguidade…


Quanta saudade…


Quanta saudade guardas tu?


Guardo a mesma saudade que tinha de participar no blog da Valleti Books!

Estou de volta!

Beijinhos a todos, de Portugal


 

AUTORA JOANA RITA CRUZ


JOANA RITA CRUZ nascida a 11 de março de 2002, é portuguesa e estudante de Engenharia Informática. Começou a escrever inicialmente no género de ficção com especial interesse em literatura fantástica, mas em 2015, escrever poesia tornou-se uma parte integrante da sua vida.

 

UM MUNDO EM GUERRA


O mundo acorda em guerra

E todos querem entregar a culpa

Gritam cada vez mais alto

Acusam-se uns aos outros

E os certos falam baixo.


Os humanos esquecem-se

De ser humanos

Ou talvez por serem humanos

Deixam a fraqueza tomá-los

A ganância embriagá-los.


Nestas guerras

Que destroem países

Já antes diziam

Que não ganha ninguém

Só os sádicos ficam felizes.


O mundo acorda em guerra

Haja bombas, marchas e anseios

Haja cravos e arte e desvaneios

Todos os dias são de guerra

Afinal, só sabemos "ganhar".


Os civis que tentam viver

São apanhados nestas teias

De interesses

Atacam-se casas e escolas

E dizem logo que foi sem querer.


Mas quem trás de volta

As vidas perdidas

Quem se responsabiliza

Pelas culturas esquecidas

Quem leva aos ombros...


Quem leva aos ombros

Tamanha escuridão?


São as crianças que crescem

Neste planeta destruído

Que perdem os pais de vista

E ficam esquecidos

E ficam perdidos.


São os adolescentes idealistas

Que pensam que têm

De resolver tudo

São líderes, ativistas

Ou só uns que dão nas vistas?


Não são de certeza

Só os poderosos

Os chefes de estado

De ideias formosos

E de execução escassos.


São todos os sonhadores

Que ainda tentam sonhar

Todos os apaixonados

Que ainda querem amar

Todas as crianças

Que querem crescer.


São todos estes humanos

Que cada dia lutam por viver

Com a força e garra

De quem simplesmente

Acredita.


Acredita que a guerra pode ceder.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


SIMONE GONÇALVES, poetisa / escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

A VIDA QUE (RE)COMEÇA


Ah! Agora sim

A vida volta ao normal

Tudo se reconecta

Dia após dia

Tudo volta ao normal

Guardamos as "fantasias"

Usadas no carnaval

Momentos de alegria

Da festa de vários dias

Agora num baú de memórias

Se encontram para se lembrar

Quando a saudade apertar

Agora sim

A vida(re)começa

Escolas aguardam seus alunos

Sem desculpas de dias de festa

Para não colocarem os estudos em prática

No trabalho...Alguns não descansaram

Outros...um pouco

Entre folias e viagens

O carnaval consegue sempre mudar

O rumo da vida desse nosso Brasil

Tem os que curtem total

Os que ficam de boa em casa

Nem os desfiles na TV assistem

Os que se afastam do "mundo"

Em retiros religiosos ou consigo mesmo

Mas a verdade é que a festa carnavalesca

Consegue mexer com todos

Num momento que quase tudo fica à sua dependência

Fazendo depois de dias de folia

A vida RECOMEÇAR...


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia/MG.

 

O GIRAR DA CHAVE


Ontem estava imersa, perdida em meus pensamentos, cansaço quando me deparei com um vídeo tocante, trecho de algum filme que ainda não descobri. No trecho do diálogo, Jesus falava que as provações são a forma de nos ensinar os a sermos mais fortes diante a vida. E tudo isso, diante a tudo que passei ao longo destes 40 anos, fez muito sentido...


Por isso as provações da vida são justamente a chave de iluminação para nosso crescimento. Aceitar com resiliência, alivia o fardo de outrora e converte a letargia lacrimal em sabedoria, permeada de poesia.


Também entendi que os laços e afetos genuínos que construímos não são de fato nossos, pois nada imaterial é de fato nosso... mas sim, todos são emprestados por Deus. Quando entendemos essa sacada, valorizamos e cuidamos mais.... porém, a dor da perda não ameniza... e continuará a sangrar por tempo indeterminado... no entanto, tendo está compreensão, tentamos com humildade aprender a ressignificar a dor, através do amor.


 

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