Nossos colunistas: Luiz Primati, Arléte Creazzo, Antônio Carlos Machado, Joana Pereira, Joana Rita, Alessandra Valle, Simone Gonçalves e José Juca.
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GERAÇÃO MIMADA
por Luiz Primati
IG: @luizprimati
Sábado e eu e minha mulher resolvemos passear no shopping. Gosto de ir ao shopping quando tenho dinheiro, caso contrário, fico chato, emburrado e acabo levando meu computador para me distrair.
Após comprarmos alguns assessórios para o lar, minha mulher foi fazer as unhas das mãos e pés e, por sabedoria, teria 2 horas livres.
Acomodei-me numa mesa de uma cafeteria e pedi um café grande, para poder apreciar devagar. Na verdade, queria estar tomando um chope, no entanto, ainda precisaria dirigir por 20 km na volta e achei melhor não arriscar.
Abri meu notebook e fiquei escrevendo meus textos. Foi aí que um casal sentou-se numa mesa ao meu lado. Junto a eles, uma criança de uns 5 anos. De repente, a criança levantou, foi até o balcão da cafeteria e pegou um doce. O pai saiu correndo atrás dizendo: "filho, não faça isso", "filhinho, tenha modos". Com aquela voz calma e mole. O moleque não respondia nada, e não devolvia o doce. O pai foi lá e pagou ao caixa.
Voltaram para a mesa, pediram um café e ficaram conversando. Enquanto aguardavam o café, o menino ficou impaciente na cadeira. Chegaram os cafés e o casal começou a bebericar. O menino levantou novamente, foi até o balcão e pegou outro doce. Dessa vez um maior, com um brinquedo amarelo acoplado. Aí o pai se levantou e começou a dizer novamente: “não, filhinho, não, não faça isso”. E o moleque não queria saber. O pai tentava tirar o doce da mão do garoto e ele escondia nas costas. Após um esconde-esconde danado, o pai pegou o doce da mão do garoto e foi lá devolver. O garoto nem se importou e nem fez bico.
Que lição eu tiro disso? Os pais de hoje mimam muito as crianças. Os pais são culpados por esse comportamento. Hoje todos querem dar aos filhos o que não tiveram na infância. E aí acabam mimando demais os filhos.
Elas não sabem ouvir um "não". Os pais nunca negam algo a eles, por isso ficam assim, mimados. Infelizmente, estão criando adultos incapazes de ouvir uma negativa. Quando forem adultos e ouvirem algo que os contrariem, vão sofrer demais, pois não estão preparados para isso.
Sem querer lamentar a minha infância, vivi numa época de escassez. Era muito difícil conseguir as coisas. Quando precisava comprar uma figurinha, um doce, a minha mãe fazia com que eu ajudasse em casa. Enxugando e guardando pratos, os talheres, varrendo a casa. A cada prato que eu enxugasse, cada garfo e faca que eu guardasse, ela ia contando pontos. Quando esses pontos atingissem um número (na cabeça dela), ela me dava uma moeda.
Desde pequeno, aprendi dar valor às coisas. Era uma forma de trabalho em casa. Mas era uma forma que minha mãe achou de ensinar a mim e meus irmãos, como valorizar as coisas que tínhamos.
Assim eu me tornei um adulto mais consciente. Sei que as coisas não caem do céu, e cada centavo que eu vou gastar, penso muito antes. Porque é difícil de ganhar, mas gastar nós sabemos ser muito fácil.
Espero que essa geração ainda tenha a oportunidade de aprender o valor de tudo, antes que saiam obtendo o que deseja à força.
ENCONTROS
por Antônio Carlos Machado
IG: @machado_ac
Um encontro que eu não encontrei depois.
Por acaso, um mero acaso, um ajuntamento promovido pelo caos cósmico, nos encontramos, sim, eu ou você, qualquer um, qualquer uma, qualquer coisa assim, faz com que exista esse ajuntamento, essa aproximação…
E por outra vez você passa à porta, por conta dessa insensata sina ou dependência emocional que teima em existir nas pessoas que precisam de fato de um apoio, uma âncora, coisas do nosso mundo habitual, agora esse, agora nós, agora eu.
Todos são assim, com palavras, olhares e referências sensitivas e culturais.
E toda a história se desenrola e como ainda em tudo é humana, corresponde ao chamado, um chamado surdo, mudo, estranho ou comum, não importa, aliás:
— Que importa?
E os minutos comem os dias e as horas todas, e nos regozijamos de todo o nosso ser.
E já não pedem, já não apenas querem, precisam.
E o feitiço, como soe aos incautos, virou-se contra si mesmo.
E sílaba após sílaba.
Mão a mão.
Cheiro e gosto.
E vislumbre após vislumbre.
O que era um nada se transformou, em última instância em química psíquica. E tudo se transformou numa substância que era necessária à sua subsistência ou a nossa, ou não era, não foi.
— Desculpe não só a sua, a minha também, é claro, por que nada é fruto sem plantio.
Daí por diante, vieram todas as consequências algo que se aproxima de mais que uma paixão, um metabolismo cru, molecular, que atingiu toda a fisiologia, indo até o comportamental.
— Sim, porque não há nada a desiludir, somos assim, essa introspecção a céu aberto.
Cria-se um mito, uma divindade, uma instituição, um universo desejado, uma utopia, e todos de certa forma confessam, uma pulsação nuclear, uma crise do nada que era e nada que será, mas é sim, qualquer coisa que se palpe.
E tudo que pensamos fica assim, resoluto.
Não era mais nada deste mundo, era do seu, só seu, embora nem você soubesse.
Ah! Mas como eu minto descaradamente, era meu, eu que inventei a sua história e a de tantos outros, como eu invento a vida que nem sei…
E um encontro verteu em uma obsessão inglória, um ciclo vital da conjunção fictícia que ia do (ou que vai) do choro umbilical as vacinas do dia e segundos depois aos trôpegos passos e às dúvidas adolescentes e fase após fase a imensidão do instante se propaga.
Tudo humano, tudo visceral, todo desejo, tudo milenar e animal.
E dias após, você desperta, eu desperto, a coluna do jornal se refaz.
E a vida segue.
E eu fico e você vai ou nada disso, ou ao contrário.
Nada mais.
CELULAR NA PLATEIA
por Arléte Creazzo
IG: @arletecreazzo
No dia 25 de março, última sexta-feira, fui ao espetáculo "Conserto para dois" com Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello.
Do espetáculo apenas falarei que gostei, e recomendo.
Ao final do espetáculo, Cláudia Raia se dirigiu ao público, agradecendo a presença de todos, os aplausos e risos e virando-se para uma menina na primeira fileira completou, com uma educação que com certeza eu não teria.
– Agradeço a todos menos a você de óculos que está na primeira fileira, que passou o espetáculo todo filmando ao invés de assisti-lo. Digo-te isso com muito amor, da próxima aproveite o espetáculo.
Isso que sempre é pedido à plateia que não fotografem nem filmem durante a encenação.
Não há como não questionar – o que faz uma pessoa ir ao teatro ou cinema, se não for para assistir ao show? Por que passam tanto tempo com celulares nas mãos?
Mesmo que você esteja filmando o espetáculo, irá assisti-lo depois? Com certeza não.
Se vai ao cinema ver um filme, por que fica vendo o WhatsApp?
Não vou mentir que alguém na minha frente, com o celular ligado, e geralmente com a luz no máximo, me irrita.
Irrita e muito, a ponto de tentar avisar a criatura, umas três vezes no máximo, o que minha paciência permite.
Na quarta vez, não costumo avisar e já parto para a ignorância pedindo que a pessoa enfie o celular no bolso (se pensou outra coisa, isso fica para após a terceira vez).
Educação se deve ter em todo lugar, e ficar olhando celular durante qualquer tipo de apresentação, não faz parte do currículo de gente educada.
Exceto se seja um médico aguardando liberação para uma cirurgia ou algo no gênero.
Não consigo entender pessoas que não aproveitam o momento.
Filmamos imagens que muitas vezes não veremos novamente, e enquanto filmamos perdemos aquele instante.
Não sou contra guardarmos lembranças, mas não é necessário que filmemos cada momento de nossas vidas.
Hoje percebi como tudo tem que virar filmagem.
Meu marido dizia que em sua caminhada encontrou macaquinhos no parque.
Minha neta mais do que depressa perguntou onde ele gravou o vídeo.
A câmera tornou-se extensão do braço das pessoas.
Mais vale uma imagem captada do que um momento vivido.
Queremos que o presente se torne futuro, mas geralmente ele não passará de passado.
O SABOR DA RECOMPENSA
por Joana Pereira IG: @temjuizo_joana
Amar intensamente é uma linguagem que falo fluentemente. Então, amo sem olhar a meios. Mas adoro os meios, adoro os percursos, participar activamente nas jornadas do amor, seja ele qual for. No entanto, suspiro pelos fins a transbordar de expectativas. Aqueles fins com cheiro a prémio. Corro feroz e atrapalhadamente cega pelas expectativas cobertas de recompensas, reconhecimento e aprovação. Como os cães correm, balançando a cauda, à espera do biscoito. Ou, melhor, como a história do burro e da cenoura.
Mas e… quando a cenoura nunca se alcança? Ou apenas conseguimos morder-lhe um pedaço?
Sabe a pouco. Sabe sempre a pouco. Avalio o que dei e comparo com o que me dão. E, será sempre pouco. Claro que, para além de ser uma amante do amor, tinha de ser praticante assídua da tarefa sublime que vos trago hoje: cobrar.
Pratico-a mesmo sabendo que é errado, sabendo que o amor não pede nada em troca, não tem cenouras, que é voluntário. E pior, às vezes, nem dou conta. Bom… claro que dou conta não estivesse eu a escrever sobre isto.
Não atribuo as culpas só às expectativas, também a falta de reconhecimento tem o seu papel influente nisto. Cobro por dar o melhor de mim, por fazer tudo pelo outro, por amor, por gosto, por prazer, por compaixão. Encho o peito de orgulho de saber que fiz e dei tudo de mim. Mas não chega! Agarro no orgulho e ando com ele ao peito, inchado, para dar nas vistas. Ainda faço uns sons de alerta e expirações profundas daquelas ruidosas, só para chamar a atenção e ter uma reação do outro lado. Ora… não sou digna de saborear uma cenourinha? Cá estou eu a cobrar.
Mesmo não correspondendo às expectativas, que isso já deitei a perder, cobro quando não há reconhecimento de todos os meus feitos, das calorias, das energias, do tempo que gastei, do amor que depositei. Não há reconhecimento, é simplesmente mandado ao lixo, ao abandono, ao esquecimento. Dói. Pois, dói.
Cobro por saber que mereço. Fiz por merecer. Dói ainda mais.
Eu sei, sei que devemos amar sem cobrar, sei que devemos dar sem querer nada em troca. Cobrar é uma travagem brusca na espontaneidade do receber. E quem não gosta de receber amor espontaneamente, assim de surpresa? Até sabe melhor! Quem prefere receber amor forçado? Ninguém. Então cobrar é um veneno! Um veneno fatal para o amor. Um veneno até para nós que o snifamos. Porque passamos a focar-nos apenas no que nos faz falta, na cenoura, depositamos energias na espera por recebê-la, desligando-nos do mundo interior e do que nos rodeia. Um veneno! Snifar disto só faz crescer insatisfação.
Mas libertar-nos disto é um processo cheio de espinhos. O processo da gratidão, do amor sem limites, da paz interior. O processo onde o motivo é o mais importante. E o motivo não é a cenoura, não é a recompensa final. O motivo é o amor, na sua forma mais cristalina e humilde de ser.
Este processo seria mais fácil se todos os seres humanos também o praticassem. É injusto para os que dão amor e a vida, se for preciso. Porra, é injusto! Mas amar deliberadamente, sem cobrar, é também ter fé que essa justiça não nos cabe a nós e que esse é o caminho moral.
Então, tem juízo, Joana! Cobras prontamente o amor às pessoas que te são tudo, quando nem consegues cobrar dinheiro a quem te é nada. Coerência, se faz favor, e, deixa-te de merdas!
Amar para dar o que temos, amar, sem que os egos comparem, o que nos dão. E essa é a verdadeira forma de amar. No amor, a cenoura não deve estar à frente, porque o motivo deve estar em nós.
AUTO ILUMINAÇÃO
por Alessandra Valle
Um passeio despretensioso ao shopping, local aberto, amplo, com áreas de lazer ao ar livre, localizado no bairro onde resido, na Cidade do Rio de Janeiro, marcou o fim das férias escolares de meu filho e trouxe várias reflexões.
Primeiro, encontramos uma garça que caminhava na direção de um dos lagos. A ave estava em busca dos peixes que habitam os lagos artificiais do local.
Ao chegar à beira do lago, a garça nada fizera, só olhou os peixes.
Estávamos torcendo que ela se encorajasse e desse início à caçada, mas nada aconteceu. Chegamos a gritar incentivando-a, porém sem êxito.
Fato foi que a ave hesitante não mergulhou para pegar seu peixe, por mais fácil que parecesse para nós.
Refletimos sobre o fato de ela não estar pronta, percebemos que lhe faltava algo que não havia sido desperto.
Surgira então o primeiro aprendizado: cada um no seu tempo.
Continuando a caminhada, paramos para que meu filho brincasse em um dos parques gratuitos do shopping.
Estava muito sol. Insistimos, apesar do calor.
Quando não suportávamos mais e estávamos sedentos, chegamos ao segundo aprendizado: nem sempre um lugar ao sol faz bem.
Por vezes, desejamos algo que não nos fará feliz, mas podemos mudar o rumo da nossa caminhada a cada nova experiência.
Quando estávamos a caminho da saída veio o terceiro e mais importante ensinamento.
— Somos feitos de luz e sombra. - disse meu rebento ao observar nossas sombras projetadas no chão de asfalto.
Eu concordei e expliquei que temos um corpo denso, opaco, capaz de bloquear o caminho da fonte de luz por isso, surgiu a sombra.
Conduzi o assunto para o lado moral e conversamos sobre auto iluminação.
Lembrei de uma afirmação de Jesus que disse: "VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO".
Disse ao meu filho que ninguém é perfeitamente bom ou integralmente mau, entretanto, aqueles que estão no caminho do bem, procurando serem melhores a cada dia, devem fazer a luz interior acender cada vez mais, através de ações no bem, no amor, na justiça e na caridade.
— Por onde começo? – questionou a criança incipiente.
— Nós já começamos e estamos investindo os melhores recursos para alcançarmos o nível de consciência lúcida para fazer brilhar nossa luz – respondi emocionada.
Entretanto, percebi que ele não compreendeu minha fala, por isso, recorri ao ensinamento de Jesus mais eficaz para a auto iluminação: “AMA A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.”
Fontes de consulta:
Evangelho de Mateus, 5:14.
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXIII, 7.
Evangelho de Lucas, 10:27.
ROTINA
por Joana Rita Cruz
IG: @joanarc_poetisa
R escrevo
O rdeiramente (o)
T empo
I nsistência
N atural
A prisionamento.
LEMBRANÇAS
por Simone Gonçalves
IG: @apoetizar_se
Dias atrás, quando caminhava tranquilamente para o mercado próximo de onde moro, me deparei com uma cena que mexeu muito comigo. Levou-me, em questão de segundos, de volta a minha época de criança.
Um homem, carregando um garoto na sua bicicleta, passou por mim. Os vi apenas de costas e logo bateu saudade. Engraçado, mas lembrei do meu pai e dos meus irmãos. O menino, por certo, me pareceu ser seu filho e, sentadinho ali na garupa, fez-me lembrar de meus dois irmãos, rsss.
Até o jeitinho era igual, mesmo vendo-o só por trás.
Aquela cena foi incrível! Como pode algo tão simples fazer uma parte da sua vida vir assim, tão forte na lembrança?
Esse fato aconteceu numa tarde fresca de sábado. Tudo estava tranquilo, o sol já se despedia e eu ia comprar um pãozinho para o café. Voltei para casa muito emocionada com todas aquelas lembranças, que se misturavam em minha mente.
Lembrei da época que meu pai ia para o trabalho de bicicleta, rodava a cidade na sua “magrela” e fazia jus ao seu trabalho. Como não lembrar também dos meus irmãos, numa época em que tudo era tão mais simples? O “jogar bola na rua”, “soltar pipa” e tantas aventuras que vivemos juntos. Sim, sou a única mulher entre os três filhos de seu Luiz, mas quem disse que não curti as brincadeiras por igual? Até pipa eu soltei, sem contar as bolinhas de gude, kkkk.
Enfim, deixo registrado o quanto esse momento simples, pode fazer toda a diferença na minha vida e, melhor, que bom poder voltar ao tempo e lembrar de coisas tão boas.
ARTE E RESILIÊNCIA
por José Juca
Havia passado a noite com sua mãe no hospital. Não dormira nada! Ela tinha sua sinfonia nasal, ensurdecedora e desafinada… Toda família compartilhava da canção. Enfim, o dia amanheceu. Aquela menina, com ar de anjo, doçura inebriante, trouxe o café matinal. Pena que a doçura não permanecera no café. Aparentemente uma xícara com água, suja de pó, pão esfarelento e manteiga sem sal. Tudo horrível! Feito a refeição, hora de embora. Só aguardando a presença de seu irmão. Olhava para sua mãe e a mesma dormindo. Lembrava quantas situações houvera passado nos últimos tempos… Mas, valera a pena. Estar com a mãe não tinha preço. Seu irmão chegara. Sua mãe já acordada, ele despede-se. Ela: “Já vai? Já vai? Já vai?”... Ele, por três vezes responde: “Sim… Sim… Sim…”. E vai à casa descansar. O dia segue longo. Pensamento em sua mãe todo instante. Sabia que a tendência era sempre a piora. Ao sair para um compromisso, não consegue frear o ímpeto de seguir ao hospital. Até que lá chega. Entra… A um burburinho, fora do normal, na porta do apartamento de sua mãe. Seus irmãos todos ali. A enfermeira colocando todos para fora do quarto. “Vamos todos saindo! Deixem o doutor trabalhar!”. Todos saem, ele entra e não quer sair. Enfermeira e médico se olham. Doutor faz sinal para que enfermeira deixe o moço ficar. Ele segue até a mãe, fala-lhe ao ouvido. Mas, ela parece não mais ouvir. O mesmo olha para os lábios da mãe, estão roxos, a língua para fora da boca, olhos revirados… Médico pede que se afaste! Tenta reanimá-la e na! Não mais no hospital! A lembrança continua na cabeça. O espaço é escuro. Começa pelo exercício de respiração… Segue a alongar o corpo… Troca de roupa… Já, mais tranquilo e concentrado… Segue a coxia… Aguarda a entrada… Tem a deixa… Entra! No palco, tudo como deveria acontecer. Se apresenta… Termina a peça. Agradece! Público aplaude. Todos felizes, no camarim, comemorando o sucesso da apresentação… Ele olha todos, chama-os e comunica: “Pessoal! Minha mãe faleceu a duas horas!”...
NOSSOS COLUNISTAS
Da esquerda para a direita: Luiz Primati, Arléte Creazzo e Alessandra Valle. Depois Joana Pereira, Joana Rita e Simone Gonçalves. Por último Antônio Carlos Machado e José Juca.
Parabéns a todos os Colunistas!
GERAÇÃO MIMADA: Eu não me lembro muito bem de onde vinham as minhas moedas na infância. Só ei que eram poucas!!! Meu tio Augusto era o mais mão aberta. Sempre que eu o ajudava na cantina do quartel do 2º Batalhão de Engenharia e Combate de Pindamonhangaba, comia salgadinhos a vontade e sempre voltava com um dinheirinho. Ou quando ele teve um restaurante, a noite terminava no "Baiuca", um bar / restaurante em Pinda, onde seguramente, comia a melhor pizza portuguesa da minha vida. Não me lembro de ter mesada, ou coisa parecida. Sempre valorizei muito as minhas parcas economias...
CELULAR NA PLATÉIA: Tenho certeza de que muito pouco depois, as imagens do espetáculo serão perdidas, apagadas ou esquecidas em…
Luiz Primati
Geração mimada
Se não aprende na infância, de adulto pode aprender, com sofrimento ou não.
Antônio Carlos Machado
Encontros
Encontros...
Infinitas possibilidades!
Histórias e mais histórias a que se contar...
"Um encontro que eu não encontrei depois."
Maravilhoso!
Muito a falar em tanta subjetividade.
Arléte Creazzo
Celular na plateia
Momentos... histórias... gerações...
Celular a mesa...
No café, almoço e jantar...
Na pseudoconversa, celular a sala
No transito e dentro do mar
Celular a vedete do espetáculo
Século celular XXI
Joana Pereira
O sabor da recompensa
Ah! O amor! Diversos amores, diversos amares
Das cobranças as cegueiras
Amar... Amar... Amar...
Não conheço... Não entendo... Mas, sei que dói...
Amar sozinho acompanhado
Amar acompanhado sozinho
Amar intensamente
Correspondido não correspondido
O caderno de reflexões só tem 12 min de leitura, e aprendizados para o resto da vida!
Luiz, os mimos prejudiciais, como danificam a geração atual. Sempre necessário refletir.
Machado, se o plantio for feito em solo fértil de de encantos o (re) encantamento brotará.
Joana Pereira o amor, como amar nos ensina.
Alessandra , eu amo suas referências evangélicas e sugiro um dos livros mais belos que sempre leio, " O jardim da minha vida" de José Carlos de Lucca. Editora Academia 3ª edição. Tenho certeza que vais apreciar!
Simone, as lembranças, estas ficam armazenadas em nosso cérebro e um dia brotam. Imagino a emoção da história real em suas memórias revividas em um simples cena do cotidiano.
Enfim, resta-me dizer que parabenizo pela boniteza dos textos deste Caderno de Reflexões! 😍❣️