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REFLEXÕES Nº 58 — 09/04/2023


Imagem gerada com IA
 

AUTORA ALESSANDRA VALLE

IG: @alessandravalle_escritora


Alessandra Valle é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 - A MENINA BEL E O GATO GRATO - o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.
 

DE CORAÇÃO ABERTO


Há muito me questiono por onde Jesus andou levando sua mensagem de amor e toda a intolerância com que foi ultrajado pela grande maioria.


Penso que, como crianças espirituais, não entendemos sua missão e mesmo há mais de dois mil anos de seu advento, estamos longe de compreendê-la.


Buscando a literatura para amenizar a inquietude de meus sentimentos, leio livros que nos remetem à época de Jesus e me identifico com cada criatura por ele compreendida, curada, orientada e amada.


A benevolência do Mestre em cada passagem narrada pelos quatro evangelistas, Mateus, Marcos, João e Lucas me conforta e ensina, ao mesmo tempo que desperta minha consciência.


Se continuo errando nas escolhas e atitudes, certamente é porque não aprendi, ainda.


Por outro lado, determinadas condutas morais já estão sedimentadas e sendo assim, nutro uma felicidade que é indescritível, sinal de avanço e elevação espiritual.


Por onde Jesus andou com os pés no chão, ou em cima de um burrinho, fora terreno inóspito, mas seu legado é de cunho moral, atemporal, espiritual e só necessita, verdadeiramente, de corações abertos.


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

PÁSCOA


Nada mais clichê do que falar sobre Páscoa em um domingo de Páscoa.


Mas o que comecei a pensar hoje sobre a Páscoa, é a forma como a Páscoa era na minha infância.


Em casa somos três irmãos, e os ovos eram exatamente iguais para os três. A única coisa que mudava era a cor da fitinha, para que pudéssemos identificá-los e um não comer o ovo do outro (embora isso não impedisse que meu irmão assaltasse os ovos alheios).


Naquele domingo, levantávamos cedo e íamos à missa com minha mãe (já que meu pai era um ateu de carteirinha).


Após a missa, voltávamos para casa e junto de meu pai íamos almoçar na casa de meus avós maternos, onde toda a família se reunia.


Para não dar briga, meus pais e tios combinavam que o coelhinho só traria os ovos após voltarmos para casa (assim nenhum primo se vangloriaria em ter o ovo maior que os outros).


Ao chegarmos em casa, lá estavam os ovos em cima de nossas camas, como mágica.


Nossos pais não nos deram o hábito de deixarmos cenoura e água para o coelhinho, mas quando tive meus filhos, passei a fazer isso com eles.


Achava lindo a preocupação dos pequenos em deixar algo para que o coelhinho comesse e a alegria ao ver os ovos no ninho e a cenoura mordida.


Mas não tem como comparar minha Páscoa de infância com a de meus filhos e agora neta.

Quando era pequena, escolher um ovo de Páscoa era simples, afinal a escolha se resumia em tamanho e cor de chocolate: branco ou preto.


Não havia tantas variações.


Hoje, para se comprar um ovo de Páscoa, tenho a impressão que temos que ler um manual antes.


Cores, formas, tamanhos, brinquedos, sabores, marcas, tudo é detalhe para que fiquemos um bom tempo escolhendo o ovo adequado. Da minha parte tento simplificar ao máximo olhando apenas a tabela de preços.


E é sério isso, pode esquecer o fato de ter que vender um rim para comprar um ovo de Páscoa.


Me lembro na infância após descobrir que o coelhinho só trazia ovos até uma certa idade, de estar no carro esperando minha mãe comprar nossos ovos num domingo de manhã, em uma banca de ofertas.


Ela pegava cada ovo com cuidado e os examinava para encontrar algum que não estivesse quebrado.


E me lembrando disto, percebo que aos poucos vamos nos esquecendo do verdadeiro sentido da data.


O sentido que é nos importarmos de estarmos juntos, como era os almoços em família.

Me considero privilegiada, pois ainda consigo estar reunida com a família.


Os ovos em casa continuam simples, e a alegria a mesma.


E é com esta alegria no coração, que desejo a todos uma Feliz Páscoa.


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
 

TRANSFORMAÇÃO


Recebi a notícia do recente ataque em uma escola de São Paulo, onde um adolescente de apenas 13 anos tirou a vida de uma professora e feriu outras quatro pessoas, como mais um "soco no estômago". Essa tragédia me faz questionar a sociedade em que vivemos e o que habita em nossos corações.


Estamos na Páscoa, festividade que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, simbolizando renascimento, esperança e vida. Entretanto, nos deparamos com o oposto: a morte, a dor e a perda. Como podemos, diante de tal cenário, encontrar esperança e renovação?


A Páscoa nos lembra que, segundo a tradição cristã, todos nós temos a possibilidade de redenção e renovação. Talvez seja aí que possamos buscar algum consolo e esperança em meio ao sofrimento. É hora de encarar os desafios e adversidades como oportunidades para aprender e crescer.


Cada tragédia deve nos fazer repensar nossas ações e relações interpessoais, visando construir uma sociedade mais justa, fraterna e acolhedora. Temos que cultivar em nós e em nossos jovens valores como empatia, solidariedade e respeito, ensinando-os a lidar com emoções e compreender que violência não é solução.


Nesta Páscoa, reflitamos sobre a importância de estender a mão aos que sofrem, ouvir os excluídos e marginalizados, promovendo a paz e a justiça em nossas comunidades. Que possamos semear a esperança e a renovação necessárias, transformando nossa sociedade em um lugar onde a vida seja celebrada em toda a sua plenitude.


Portanto, que a Páscoa inspire-nos a repensar nossas atitudes e ações diante dos desafios que nos cercam. Que encontremos na mensagem de renascimento e esperança um convite para refletir sobre a realidade em que vivemos e nos engajar na construção de um futuro mais pacífico e harmonioso para todos. Que estejamos preparados para os socos que a vida nos dá e, mesmo assim, saibamos celebrar a Páscoa com esperança e renovação.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
 

ENCONTRO-TE NAS LUZES DOS DIAS E DAS NOITES


Tudo está calmo, a caminhada continua com os poderes mágicos de nossas imaginações, nas luzes dos dias e das noites com sussurros felizes.


Penso em nossos corações, marcando o tempo em que começamos a nos desejar. Eu preciso escrever e te dizer em cada luz da minha vida, que amar-te é como ter a leveza dos beijos dos passarinhos nas flores.


Teu nome é o aroma que me veste de lindos pensamentos, me enamorando com tuas luzes dentro de meu coração, que abrigado no teu me aconchega, com nossos corpos sorrindo, adorando o paraíso do nosso abraço romântico.


Ah, o amor é surpreendente, não tem razão que traduza, seus misteriosos brilhos de paixão e amor. Tudo é tão poético, que parece a eternidade de um encontro de encantos apaixonantes.


Encontro-te na calmaria do sol, das estrelas e da lua, com os silêncios outonais e nas levezas das flores caídas, no nosso leito imaginário de amor.


Nas luzes te encontrei e todos os dias eu me apaixono por ti!


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


Lucélia Santos, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e mini contos infantis.
 

A ÁGUIA QUE DEIXOU DE VOAR


Sou uma águia, e estou aqui sem asas, prestes a cair…


Minhas asas estão no chão, não tenho forças para resgatá-las.


Minha tristeza me aprisionou e não conseguia medir e viver a minha felicidade de poder voar.


A beleza do oceano deixava-me radiante, agora pouco consigo enxergá-lo, existem nuvens escuras à minha frente, eis que me arrasto pelo chão.

Estou diante de duas opções, posso desistir da vida e da felicidade de poder voar ou posso ir em busca das minhas asas para colocá-las no lugar, só depende de mim.


Um amigo me disse que sempre há um recomeço, e que desistir não deve ser a nossa decisão.

São alegrias, mas também tristezas, sempre surgirá uma avalanche, agora medito nisso com clareza, todos somos imperfeitos e errantes.


Senti muita dor ao cair, fiquei muito machucada, sem ar, sem luz, sem estrada…

Foi quando avistei minhas asas. Pensei que seria impossível, novamente, voar, para mim era algo inatingível.


Foi quando vi o pôr do sol, aquele lindo que em voo eu amava observar. Vi também aves voando pelo céu, felizes e radiantes.


Quando me perdi? Em que momento deixei a tristeza me enlaçar?


Minha mãe certa vez me disse que eu podia ficar triste por um dia, mas, não deveria deixá-la permanecer em mim.


Por que perdi a alegria de viver? Viver é tão bom. Me recordo das minhas aventuras, dos amigos que fiz, das minhas vitórias…


Eles precisam de mim, e eu preciso deles.

Encontro então as minhas asas e procuro meios, faço o possível e o impossível para recomeçar. Como águia, sou forte, não posso desistir. Preciso ir mais além, mesmo com muitas lutas, às vezes com medo, sei que sou capaz de seguir.


Levanto-me, ergo a cabeça, bato minhas nobres asas e decido voltar a voar.


Pensar negativo nos enfraquece, nos tira as forças e o ânimo. Nos leva ao chão.


O nosso corpo faz, o que a nossa mente acredita.

 




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