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REFLEXÕES Nº 188 — 30/11/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março, lançou seu livro de prosas poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em 2025.


APENAS O ESSENCIAL


Comecei a ler o livro Essencialismo, e confesso que ele me pegou de surpresa logo nas primeiras páginas.


Às vezes a gente acha que já sabe certas coisas… até encontrar uma frase, uma história ou um exemplo que nos atravessa de verdade e nos obriga a parar — e olhar para dentro.


No capítulo 1, deparei-me com a história de Sam, um executivo competente que, de tanto dizer “sim”, começou a se perder dentro da própria rotina. Era reunião, demanda, e-mail, pedido, urgência… tudo parecia importante, tudo parecia exigir sua presença. Até que seu trabalho começou a se fragmentar, sua energia começou a escapar pelas frestas, e sua vida virou aquela espécie de movimento constante que não leva a lugar nenhum.


Foi só quando ele começou a negar pedidos — com cuidado, com critério, com respeito, mas também com firmeza — que algo interessante aconteceu: a vida dele começou a respirar de novo.


E isso me fez pensar no quanto essa ideia de parar de dizer “sim” para tudo já apareceu tantas vezes na minha vida.


Autores que admiro já disseram isso. Pessoas que respeito já repetiram isso.


E a minha amiga vive tocando nesse ponto: não dá para abraçar o mundo, e não dá para perder a gente mesmo tentando agradar todo mundo.


Mas, ainda assim, quantas vezes eu mesmo já disse “sim” sem refletir?


Quantas vezes aceitei mais do que eu podia entregar?


Quantas promessas fiz por impulso, apenas para manter a paz externa enquanto criava um pequeno caos interno?


A verdade é simples, embora difícil de aceitar: fazer tudo é o caminho mais rápido para não fazer nada direito.


Fazer o essencial — só o essencial — é o caminho para recuperar o foco, a qualidade, a paz, e até aquela sensação boa de estar alinhado com o que realmente importa.


E agora, depois dessas reflexões, eu deixo uma pergunta que não é só para você, mas também para mim: "Estamos realmente preparados para fazer apenas o essencial?"

 

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AUTORA STELLA_GASPAR


STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.


OLHANDO PARA O INFINITO


O termo “infinito” remete a algo que não tem fim.


O infinito sempre despertou fascínio em nós.


No dia a dia, usamos a palavra “infinito” para expressar algo amplo, sem fim ou incalculável, como “amor infinito” ou “possibilidades infinitas”.


Estamos sempre tentando ultrapassar limites, transcender.


As estrelas, mares, céus são infinitos, e por isso penso que são tão especiais, com suas sabedorias intocáveis, como sentimentos lindos encontrados nos sorrisos, nos abraços, a vontade de ser apoio e companhia, ter grandes amigos, escutar uma música calma sem estresse.


A beleza tem seus infinitos, como os corações de muitas pessoas, se transformando na teia etérica vibrante como um “mar infinito”, nos mostrando o quão pequenos somos se comparados com a imensidão do universo.


Olhando para o infinito, podemos encontrar o melhor de nossas quietudes. Esse momento de contemplação nos permite acessar uma tranquilidade interna, onde os pensamentos se organizam e as emoções se acalmam. Esse é um convite que o infinito nos faz, ao longo da vida.


Mesmo diante da existência de prazos longos ou curtos, a consciência de que podemos refletir com calma nos proporciona serenidade. Essa calma é como um sol infinito dentro de nossos corações, iluminando nossos caminhos e mostrando ser possível planejar a vida sem perder a leveza e o prazer de viver.


Olhando para o infinito, veremos que o céu é receptivo, que o hoje tem força vital.


Renove-se, decole do solo que te tira as esperanças e decida ser feliz!

 

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AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.


DOPAMINA


Um pecado em home office!

Um suicídio espiritual!

Um vício que parece inofensivo!


A dopamina que alucina e

que nos leva ao pecado

anônimo que deixa marcas profundas na alma e,

após um clique, abre-se

um portal diante dos

nossos olhos.


Uma prisão que te leva para destruição um ciclo vicioso

de satisfação que, ao final,

nos traz a culpa e o nojo

de si próprio, e esse prazer

momentâneo não deixa

você pensar nas mulheres

que são drogadas para

gravar, nas mulheres

que são induzidas ao

ato, nas mulheres que

são forçadas a fazer,

nas mulheres que

são vilipendiadas.


Enfim, um mercado

lucrativo que causa

traumas profundos

e irreparáveis.


Você dá um click!

Alguém lucra!

Alguém finge!

Alguém morre por dentro!

Alguém esconde um trauma!

Alguém se mata!

 

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AUTORA KENIA PAULI


Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clínica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.


AMOR E ORDEM NO SISTEMA


Eu sempre acreditei que amar era consertar algo ou mesmo alguém.


Desde criança, eu pensava que o amor devia preencher vazios, as lacunas, unir pedaços quebrados de alguém. Eu imaginava que amar era reflexo de consertar algo e deixá-lo no lugar. 


Mas a vida, como uma excelente e nata professora, me ensinou aos poucos que o amor sem ordem vira peso; e a ordem sem amor, vira pedra.


Passei anos de minha juventude tentando salvar quem não me pertencia, tentando ser uma ponte que ligasse corações ao meu coração e que, no entanto, não podiam ser meus.


Quando iniciei o estudo sistêmico baseado nas constelações familiares, comecei a ter uma compreensão diferenciada em que pude observar que, quando cada um ocupa o seu lugar, o amor encontra o caminho.


E não é sobre controlar ou remendar. Uma colcha de retalhos sempre pode ser preenchida um pouco mais com um novo retalho, mas na vida em si, saber respeitar o espaço do outro e o meu próprio espaço é fundamental.


Tentei ser mãe do meu próprio pai.


Quis dar a ele o afeto que nunca recebi, segurar suas mãos, ensinar-lhe coragem, consolá-lo…


E me cansei.


Descobri que há amores que não me pertencem.


Carregar esse fardo cansa a alma e consome o coração.


Aprendi, com dor e ternura, que às vezes o amor precisa desistir para poder amadurecer, mesmo que não seja fácil.


Não é que desisti de quem amo. Eu desisti de tentar moldar o outro, de tentar preencher o que não é meu.


Porque é nesse espaço de liberdade que o amor cresce, que ele respira.


E ainda assim, sinto um peso curioso de alma:


O mesmo amor que tenta salvar, é o mesmo que temo perder.


Deixar o outro ter essa liberdade de escolha me permite me afastar, mas mesmo assim me dói. E quando tento segurar para não ir, também me dói. 


Nesse equilíbrio delicado que a vida me impõe, entrego e respeito, criando algo transformador entre a liberdade e o que é pertencer.


Cada coração segue seu próprio ritmo e, escolher caminhar com amor e consciência, abre e alarga portas e caminhos que nem sempre imaginei que poderiam estar ali, bem na minha frente.


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AUTORA ILZE MATOS


ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


BRILHO DE UMA ESTRELA


A vida pede coragem,

te empurra de um jeito

que você fica

um pouco perdido

na travessia.


A vida só te diz:

vai…


Então… o medo chega,

espanta a gente,

e aí a única opção

é avançar

com medo mesmo.


A gente vai

atravessando…

atravessando…

e chegando inteira,

e com o brilho

de uma estrela.

 

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AUTOR WAGNER PLANAS


WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.


AMOR SEM FRONTEIRAS


Vivo um amor sem fronteira,

Que transcende barreiras,

Não há toque nos corpos,

Mas sinto na profundidade da alma.

 

Para o amor verdadeiro,

Não há paradeiros,

A linha sempre é reta,

Como uma flecha certeira.

 

Um amor sem fronteira,

É ver, é sentir,

Sem estar presente.

 

Amor verdadeiro e sem fronteiras,

Não sente ciúmes,

Só há espaço para confiança.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.


AURORA BOREAL


A natureza transborda em

B

E

L

E

Z

A

S

Fauna, flora,

Céu e mar

Muitas maravilhas para apreciar,

Como a

AURORA BOREAL

Com sua beleza colossal.

Há uma diversidade de cores

Que deixam o céu cintilante.

É um espetáculo divino,

radiante!

Como não contemplar

tamanho esplendor?

Tudo isso foi esculpido pelo

Criador,

O "Grande Artista",

Projetou e fez a natureza

Com muita sabedoria e amor.



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AUTORA CÉLIA NUNES


Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.


CAMINHO DE DENTRO


Às vezes paro e me escuto

como quem recolhe o silêncio

para descobrir o som secreto

que a alma faz quando respira.


Percebo que a vida fala baixo,

sussurra coisas que só entendo

quando desacelero o passo

e deixo o coração responder por mim.


Nem sempre sei para onde vou,

mas aprendi a aceitar

que alguns caminhos se revelam

somente depois que os pés se movem.


E, no fundo, compreendo:

o que procuro lá fora

mora aqui dentro—

quieto, profundo, vivo.


Por isso sigo, leve,

sabendo que cada dia me ensina

a ser um pouco mais inteira

e um pouco menos urgente.


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AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA. Encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas por meio da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.


VIDA EM MOVIMENTO


Correria, agitação, barulho...

Buzinas a todo instante, vai e vem de carros, motos, pedestres. Congestionamentos, caos no trânsito, paredões de som, bares lotados.

Música alta, pessoas conversando alto, gesticulando, bebendo e comendo sem parar.

Para onde caminha a humanidade nesse ritmo desenfreado? Qual é o preço do silêncio? Quem consegue silenciar em meio a toda essa movimentação?


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AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.


COMPORTAS DA SAUDADE


Ao abrir as comportas da saudade, eu pude ver o quanto ela ronda os corações!


Em mim, a dor sussurra, depois se transforma em palavras, como nas canções.


Senti-me sustentada pelo chão, o cheiro de terra molhada causou-me nostalgia e lembrei-me do tempo em que eu chorava somente por ralar os joelhos ao cair.


O vento gelado abraçou-me e suas palavras foram: aguente firme!


Ele foi ríspido e duro comigo. Meu coração não queria aceitar a realidade cruel.


A dor tomou meu corpo inteiro, começou com um nó na garganta, foi apertando meu peito e comprimindo meus pulmões. Em pouco tempo, o rio deságua e lá estava eu mergulhada em lágrimas, como uma cidade aparentemente forte, após a enchente.


Vestida de Mulher Maravilha, fiz jus à personagem. Após o caos, eu segui firme, levantando-me todos os dias, mesmo sabendo que não veria mais seu rosto ao acordar. Continuei "funcionando", mesmo quando tudo em mim parecia estar quebrado. Embora derrotada pelos grilhões da morte, eu precisava respirar e lutar, pois existe uma vida que depende de mim. Sim! Toda mãe tem esse superpoder.


Mas torno-me frágil diante da saudade, sentimento que vem me visitar várias vezes ao dia. Nesses momentos, sinto-me humana, cheia de fraquezas, inerte ao relento, debaixo de uma forte tempestade à procura de um abrigo, em que eu possa me sentir segura, abraçada, amparada...


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AUTORA MONIQUE MONAH


Carla Simone Barbosa, Pseudônimo -Monique Monah -Residente em Brumado -Ba,cuidadora de idosos,amante da literatura, e escrita uma das suas poesias foi publicada no livro Art- poesia em 2000, atualmente participou da Antologia Retalhos de Vida,Tem a poesia como forma de expressão e reflexão.


SEM LÓGICA


Qual é a lógica de dar valor quando se perde?

Seja finanças, emprego e um amigo que se preze ?


Qual é a lógica de depois de tudo, gastar

O que realmente precisa querer comprar?

Qual é a lógica de depois de um grande amor

Te trair

Te magoar

Perdoar ?


Qual é a lógica de tanto a família valorizar

Quando você dela mais precisar

Te desprezar?


Qual é a lógica de tanto procurar e não achar

Depois que nada mais fizer sentido

Encontrar?


Qual é a lógica

Que depois de um amor

Renunciar

Querer de novo

Reconquistar?


Qual é a lógica de depois de algo conquistar

Se dar conta de que não era bem isso que queria para o seu lar


Qual é a lógica de viver

Para outros juntar?

E o seu suado salário

Consigo mesmo não gastar?


Qual é a lógica de tanto querer

Se precisamos de tão pouco para viver?


Qual é a lógica de muito correr

E ter muito o que fazer

E não ter tempo de qualidade para se viver?


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AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

DIVIDIR PARA ALIVIAR


Há pessoas que, diante de qualquer problema, se calam, acabando por carregar mais peso do que deveriam, quando poderiam aliviar-se dividindo-o com outras pessoas. Duvidamos sempre que alguém se importará com aquilo que nos preocupa, e por isso muitas vezes deixamos de nos abrir, acreditando que apenas nós mesmos seremos capazes de resolver a situação.


Pensamos tanto no problema que deixamos de pensar nas respostas — respostas que poderiam muito bem ser apontadas por alguém que não esteja sofrendo com o mesmo mal e, portanto, seja mais capaz de enxergar soluções que nós não vemos.


Quando partilhamos aquilo que nos aflige, encontramos amigos que nos auxiliam, parentes que se preocupam conosco e até mesmo aqueles que, mesmo sem poder ajudar, conseguem simplesmente nos acolher, oferecendo ouvidos ao que temos a dizer. Afinal, ser ouvido e compreendido já é, por si só, uma forma de alívio.


Temos medo de sermos julgados pelos erros cometidos, esquecendo que todo ser humano é imperfeito e que ninguém é uma ilha isolada em um mar de problemas.


Dividir nossas preocupações não nos torna fracos, tampouco significa transferir nossos problemas aos outros. O simples ato de nos abrirmos faz com que tenhamos novas visões sobre um mesmo fato, ajudando-nos a encontrar soluções mais simples para algo que antes parecia sem saída.


Nada perdemos ao partilhar nossos problemas. Ao contarmos o que nos aflige, tornamos nosso fardo mais leve, abrindo espaço para soluções inesperadas e, às vezes, surpreendentemente simples.


Ao abrirmos nosso coração, criamos caminho para algo novo: a possibilidade de solução, aprendizado e união. Porque dividir um problema não o aumenta — apenas amplia a chance de encontrarmos leveza naquilo que antes nos pesava.


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AUTOR DAVID RODRIGUES


Sou DAVID RODRIGUES, nascido em Anápolis, GO, filho mais velho de uma família humilde. Minha jornada foi marcada por perdas e descobertas, até encontrar meu verdadeiro propósito. Apaixonado por desenhar e fascinado por motos, hoje caminho com uma fé inabalável em Deus. Sei de onde vim, quem sou e para onde vou — e quero compartilhar essa jornada, inspirando e levando comigo o maior número de pessoas possível.

CULPA


Somos culpados — mesmo sem perceber — por deixar que as expectativas sequestrem a nossa razão até virarem frustração pura. Estendemos a mão a amigos e, em troca, às vezes recebemos só o peso de um empurrão. Chamamos isso de “lição de vida”. Mas lição para quem?


Talvez a lição seja só nossa: nós que insistimos em oferecer a mão mesmo depois de levar tantos pés. Seguimos em frente porque, cedo ou tarde, descobrimos que a gente controla a ação, mas a reação entrega quem a pessoa realmente é. A ação mostra intenção. A reação mostra essência.


Por muito tempo fui chiclete: deixaram que sugassem todo o meu sabor e, quando não restava mais nada, cuspiram no chão. Pisaram. E eu ainda grudava na sola do mesmo sapato que me machucava, sem conseguir soltar. Fui só eu? Alguém mais se cansou disso?


Quando é que a gente vai aprender a tratar o próximo como próximo de verdade? Quando vamos acordar para o fato de que estamos só de passagem e que nada — absolutamente nada — aqui é nosso para sempre? Quando vamos entender que ser alguém na vida de alguém não tem preço, tem valor?


E quando vamos parar com essa palhaçada de culpar direita, esquerda ou centro? O problema somos nós: distraídos, perdidos, ocupados demais fiscalizando a vida alheia e esquecendo de viver a nossa. Depois ainda perguntamos, com cara de vítima: “Cadê Deus?”

Eu penso que Deus é dono do universo inteiro e tem passaporte carimbado para entrar onde quiser. O problema é que, muitas vezes, somos nós que negamos o carimbo d’Ele no nosso coração. Talvez por isso existam mais igrejas do que hospitais e escolas — e, mesmo assim, tão pouca transformação de verdade.


A pergunta nunca foi “Onde está Deus?”, mas sim: onde nós O colocamos? Quem sou eu sem Ele? E quem é Ele dentro de mim? Como ser cristão sem Cristo? Como pedir misericórdia sem oferecer misericórdia? Como dar amor se a gente nem entendeu o que é amor ainda?


Se alguém te perguntar: “Você tem um melhor amigo?”, talvez seja hora de virar o jogo e perguntar a si mesmo: “Eu sou o melhor amigo de alguém?”


E se a resposta for sim, mas você não receber de volta o mesmo cuidado e ainda se frustrar, entenda de uma vez: isso não é sobre o outro. É sobre quem você escolheu ser. É sobre fazer o certo mesmo quando tudo ao seu redor escolhe o errado.


O que aprendi escrevendo este texto (e que quase ninguém tem coragem de dizer):


Ninguém morre por uma mentira sabendo que é mentira. A verdade liberta, sim — mas antes ela incomoda pra caralho, ela ofende, ela arranca a máscara.


Eu decidi que serei amigo sem ficar caçando amigos. Acho que é a decisão mais sábia que já tomei na vida.






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