REFLEXÕES Nº 185 — 09/11/2025
- Luiz Primati
- há 5 dias
- 16 min de leitura


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março, lançou seu livro de prosas poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em 2025.
O CHEIRO QUE A IA NÃO SENTE
Lembro-me do cheiro de papel velho misturado com madeira polida. Era o perfume da biblioteca municipal onde passei tantas tardes de infância. O silêncio quase sagrado, quebrado apenas pelo virar de páginas e pelo carimbo da bibliotecária. Ali, um trabalho sobre “as formigas” não começava no Google, começava com uma pergunta tímida: “Tia, onde fica os livros de insetos?” A Barsa, com suas letras miúdas e fotos em sépia, era minha salvadora. Eu me sentava num canto, entre prateleiras que pareciam florestas, e copiava tudo à mão em papel almaço. Letra redondinha, caneta Bic azul. Aquilo não era só dever de casa. Era ritual.
Cresci carregando esse ritual. Tornei-me sócio de uma biblioteca particular, daqueles lugares onde o cartão de associado parecia um passaporte para outros mundos. Três livros por vez. Quinze dias. Multa se atrasasse. Eu adorava a pressão. Caminhava devagar entre as estantes, deixando os dedos deslizarem pelas lombadas até algum título me escolher. Pegava aleatoriamente, abria no meio, lia uma frase solta. Se ela me fizesse parar, eu levava. Depois vinha a maratona: devorar aquelas páginas antes que o prazo me cobrasse. Era uma urgência deliciosa.
Hoje, quando passo em frente a uma biblioteca, fico pensando se tem alguém lá dentro além da bibliotecária responsável. As crianças não precisam mais perguntar nada a ninguém. Um toque no celular e pronto: resumo de “O Cortiço” em 30 segundos, trabalho sobre "o ciclo da água" em três parágrafos gerados por IA. A Barsa virou PDF. O canto silencioso virou feed infinito. E a gente acha que ganhou tempo. Mas perdeu o que, exatamente?
Não perdemos só o hábito. Perdemos o contato. Aquela euforia pela busca do livro salvador, a sensação de errar a estante, mas descobrir um livro que não era o que eu queria — mas que mudou meu modo de pensar. A IA nos entrega a resposta pronta, mas rouba a experiência, nossa jornada. E jornada, convenhamos, é onde a gente cresce como ser humano.
Então, o que fazer? Proibir? Nunca! Proibir é tapar o sol com a peneira. O caminho deve ser mais esperto: usar a ferramenta, mas não deixar que ela nos use.
Professores, ouçam: deixem eles usarem a IA. Mas peçam o que ela não sabe. “Entreviste o seu Zezinho, o zelador que trabalha aqui desde 1987, e descubra como era o pátio antes do piso colorido.” Vão ter que desligar o celular, bater na porta da sala da direção, ouvir histórias, gravar áudio, sentir vergonha, rir. Depois, sim, podem usar o ChatGPT para organizar as ideias. Mas o cheiro do café que a merendeira Matilde fazia, quem sentiu? Isso a IA nunca vai descrever direito.
E sobre os livros? Continuem pedindo resumos. Mas na prova final, recolham os celulares. Peguem “Dom Casmurro” e digam: “Reescrevam o capítulo do ciúme, mas agora o Bentinho é o João da sala, a Capitu é a Maria, e o ciúme acontece no intervalo do recreio, aqui no nosso colégio.” Vão ter que lembrar cheiros, vozes, olhares. Vão ter que ter lido de verdade. E vão descobrir que entender uma história é muito mais do que repetir o que a IA resumiu.
Porque, no fim, a inteligência artificial é só isso: artificial. Ela imita, mas não vive. Não sente o peso de um livro na mão. Não sabe o que é descobrir, aos 10 anos, que o mundo é maior do que a sua rua — porque uma enciclopédia antiga te contou que existem formigas que cultivam fungos em jardins subterrâneos.
A gente não precisa vencer a IA. A gente precisa lembrar aos alunos que a vida acontece fora da tela. Que o conhecimento mais valioso ainda mora entre prateleiras empoeiradas, nas histórias de um zelador que viu gerações passarem, no silêncio de quem lê sem pressa.
As bibliotecas não morreram. Elas só estão esperando a gente voltar. Com ou sem IA, o que importa é a gente chegar lá querendo, de verdade, saber mais.
Porque o mundo ainda cabe dentro de um livro. E nenhum algoritmo vai mudar isso. Acredite!

AUTORA STELLA_GASPAR
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
SUBINDO DEGRAUS
Subir degraus é uma metáfora para a vida.
Subir degraus não diz respeito somente ao movimento físico, mas simboliza a trajetória pessoal de cada um, marcada por desafios, conquistas e aprendizados, buscando encontrar novos caminhos. Cada obstáculo ultrapassado é como um degrau a mais em direção aos objetivos e sonhos que cultivamos. Nascemos com desejo e impulso de crescer e melhorar continuamente nossas vidas e a nós mesmos.
Em diversos momentos, a subida de degraus parece íngreme e cansativa. Nesses instantes, o apoio de amigos, familiares e companheiros faz toda a diferença.
Ao compartilhar experiências e celebrar pequenas vitórias, percebemos que cada degrau conquistado é valioso e nos prepara para desafios ainda maiores.
Chegar perto do que desejamos, olhar para trás, sabendo que atingimos nossos objetivos. Portanto, faça de sua vida uma subida, concentre-se nas lutas e conquistas diárias.
Suba os degraus de felicidade, satisfação amorosa, saúde e prosperidade. Subir os degraus, sem pressa, com sabedoria para o novo, mesmo que acompanhado pelo medo, amplia nossos horizontes e nos tira da zona de conforto.
Precisamos encontrar equilíbrio entre buscar nossos objetivos e apreciar as conquistas já realizadas. O verdadeiro desafio não é somente subir mais degraus, mas compreender que cada passo traz uma nova perspectiva nutrida de luzes para nossas vidas.

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
SÓBRIOS
O amor de muitos esfriou e nós vivemos uma geração que despreza a palavra de Deus e, infelizmente, essa é a era dos blasfemos, dos desobedientes aos seus pais e mães, a era dos avarentos, dos soberbos, dos ingratos, dos profanos, dos
amigos dos prazeres e dos amantes de si mesmos e
dos incrédulos que estão
vivendo a sua vida sem
pensar na eternidade.
Estamos vivendo em um mundo de ilusão e hoje aquilo que na época de Jesus era vergonha,
na era da tecnologia é motivo
de aplauso, de orgulho e de
empoderamento e mesmo
diante do apodrecimento
de uma alma aflita, o pecado
está na moda e a santidade é motivo de chacota e enquanto
a arca está aberta, eles bebem, zombam e se entregam a fornicação, e se esquecem
da sua salvação.
Enfim, vamos orar para o mundo entender que a verdade liberta e que o evangelho de Jesus Cristo
é transformador, por isso continue firme buscando e adorando o Senhor dos Senhores e não ligue para a cara feia da sociedade
que vive a era da idolatria
e fique sóbrio nesse mundo embriagado, porque isso
sim é um ato de pura
rebeldia e quem vive
na iniquidade um
dia será julgado.

AUTORA KENIA PAULI
Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
O AMOR INFANTIL CONSERTA O QUE NÃO DÁ PARA SER CONSERTADO
Desde pequenina, Ana Clara tentava unir seus pais. Eles sempre estavam num pé de guerra, motivados por qualquer coisa que os permitisse ter uma determinada discussão.
Sempre que isso acontecia, Ana Clara corria para o quarto, pegava sua caixa de lápis de cor e desenhava sua família, os três: ela, papai e mamãe.
Naquele papel, com uma beleza esculpida da alma de Ana Clara, havia uma reflexão de um sonho lindo, mas que ela enxergava como sua realidade. Seu pai e sua mãe, em suas pinturas, sempre estavam de mãos dadas.
Naquele papel, ninguém brigava, ninguém discutia, ninguém gritava.
Naquele papel, o mundo de Ana Clara voltava a caber de forma esplêndida, refletindo no seu coração infantil.
Cada desenho que ela criava se transformava em uma dedicada oração muda, de forma que cada traço permitisse que ela pudesse moldar o que o tempo e o orgulho de seus pais haviam rasgado com o tempo.
Enquanto seus pais levantavam suas vozes, ela tentava criar pontes.
Ana Clara cresceu e, quando adulta, se deu conta de que acreditava que o amor era juntar os pedaços dos outros.
Remendava tudo o que via à sua volta. Inclusive tentava consertar o que de fato já nascia desfeito.
Sempre doce, era a salvadora perfeita para qualquer situação, pois tinha muito receio de ver as coisas quebrando ao seu redor.
Num certo dia, ela tentou mais uma vez salvar o dia de alguém mediante a expectativa de seu olhar e sua experiência de vida. E naquele dia, a tentativa de dar certo falhou e, como alguém que já carrega essas marcas, ela sentou no chão e se pôs a chorar.
Chorou como uma criança. Como uma menina cansada de brincar de adulta, assim chorava.
Percebeu naquele instante que o amor dela não era o salvador de todo o caos que vivia ao seu redor e que a maioria das coisas ali que perpetuava nem eram dela e ela mal conhecia de onde se originou.
Ou seja, ela cansava e não salvava.
E, pela primeira vez, ela descansou.
Ela entendeu:
Quantas histórias que não precisam de consertos, pedem somente que sejam respeitadas.
Ana Clara aprendeu a lição e continua a desenhar a vida, mas agora desenha somente o que é dela, o que pertence a ela.
Ana Clara amadureceu.

AUTORA ILZE MATOS
ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
O SILÊNCIO
É o silêncio que atrai as respostas do coração,
é no silêncio que a gente se define e entende.
Mas como silenciar num mundo tão barulhento,
onde corremos para o trabalho
e nos dividimos em mil atividades?
Há dias em que dizemos a nós mesmos:
“Hoje eu não vou fazer nada,
vou silenciar meu coração.”
Mas o silêncio se faz necessário
para a alma, para o coração e para nós mesmos.
Será que é hoje ou amanhã, talvez?
Às vezes adiamos essas pausas por medo —
medo das respostas
e do próprio silêncio interior.

AUTOR WAGNER PLANAS
WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DO AMOR
Fica instituído que:
Capítulo I
Para te amar,
Vou tirar forças das profundezas de minha alma,
Estando de pé a cada manhã e te fazer feliz.
Artigo 1º
Você não é importante para mim,
Pois, para ser importante, você teria que ser uma pessoa,
Como somos um só, então, como não tem divisão, somos amor puro.
Parágrafo I
Você é a pessoa que me faz ter prazer,
Sonhar e acreditar
Que a vida ainda vale muito a pena para se viver.

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
ECOS DO SILÊNCIO
Calo,
Falo,
Silencio,
Medito.
Momento para falar,
Para ouvir.
Tranco-me em meu peito,
Refaço passos,
Corto la ços.
Ecos do silêncio
Invadem a minh'alma
Atormentam o pensamento
Emudeço nesse tormento,
Pois o silêncio
re
vi
ra
meus sentimentos.

AUTORA CÉLIA NUNES
Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.
CRIAÇÃO DE DEUS
A criação de Deus geme e grita.
A beleza da natureza não está sendo suficiente para protegê-la.
A silhueta rendada da serra
As nuvens de algodão
Os raios de sol sobre a terra
O som do riacho
O coaxar do sapo
A sinfonia dos grilos
Tudo ecoa na imensidão.
Precisamos ter olhos para ver
Ouvidos para ouvir
Os barulhinhos do silêncio
Coração para sentir
A mudança de estação.
As flores vêm com a primavera
Embelezar a vida e a morte.
Depois de um rigoroso inverno
Vem o verão.
A chegada do outono repleto de frutas
Vêm nos lembrar da riqueza da plantação.
A beleza do mundo
Atrai e cativa a alma
De quem sabe apreciar
E enxergar Deus na criação.
Faz bem para o corpo e a alma
Ter um lugar bonito
Para viver nesse mundo
Onde somos peregrinos
De passagem para o infinito!

AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA. Encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas por meio da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
CORAGEM PARA VIVER
Minha avó costumava dizer que para viver é preciso ter coragem. A música de Manda também nos lembra disso: "Coragem pra viver e força pra continuar". O Pe. Beto nos anima a seguir em frente, a não perdermos de vista o ponto de partida, dizendo "Coragem, irmão! Coragem, irmã!".
Nosso grande poeta já dizia:
“Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar”.
Como Guimarães Rosa disse:
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem".
A vida é desafiadora sim, mas com coragem, podemos superar obstáculos e alcançar nossos sonhos.
Por isso, vamos nos inspirar nessa mensagem e enfrentar o dia com coragem, fé, determinação e muito trabalho.

AUTORA LUCÉLIA SANTOS
LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.
CANTEIRO DA VIDA
A vida não volta atrás. Cada dia vivido é um aprendizado. Se você conseguiu suportar uma prova de fogo e passar por ela, está mais preparado para as centenas de próximos capítulos que a vida te trará. Não desistir, não retroceder, é uma atitude sábia.
As dificuldades da vida devem servir para valorizarmos mais. Temos um canteiro de oportunidades na vida, para tomar as melhores decisões e ser bem-sucedidos.
O trem da vida nos apresenta dezenas de pessoas, muitos descem nas paradas, e no fim, alguns ficam conosco no mesmo destino. Você também é único e insubstituível, alguém é mais feliz por ter você e sua valiosa amizade.
Você pode ficar triste e até chorar, deixar derramar tristezas, mas não permita que essa tristeza perdure, substitua-a por razões para sorrir e deixar o coração transbordar de alegria.
As batalhas da vida às vezes nos pegam de surpresa; de fato, é desafiador, mas a coragem e a persistência nos levarão a lutar e vencer.
Se você ama, ame intensamente, beije demoradamente, abrace fortemente, perdoe rapidamente, ria incontrolavelmente, seja flexível, não se cobre tanto. Permita-se ser livre para sentir a leveza da felicidade e das emoções que a vida nos proporciona e nos surpreende. Assim, carregará um brilho inconfundível no olhar, que nenhum dinheiro é capaz de comprar.
No canteiro da vida, não haverá só flores, mas também ervas daninhas e espinhos. Cabe a nós limpá-lo, para ser digno de ser admirado.

AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
DOMINGO
E num domingo qualquer
Mas com cheirinho de café fresco
Que deixa tudo especial
Que me encantei pelo teu lindo sorriso
Ao amanhecer...
Nesse domingo, descobri algo incrível
O quanto um sorriso pode transformar
E tornar um momento inesquecível
Para se guardar no coração
Ah, domingo de sol!
Com ar da graça, da primavera
Me encanta ao despertar nesse sorriso
Cheio de ternura e encanto
Tal qual a delicadeza de uma rosa vermelha
Que com seu doce perfume
Traz vida e esperança
Ao longo da minha trajetória de vida...

AUTORA MONIQUE MONAH
Carla Simone Barbosa, Pseudônimo -Monique Monah -Residente em Brumado -Ba,cuidadora de idosos,amante da literatura, e escrita uma das suas poesias foi publicada no livro Art- poesia em 2000, atualmente participou da Antologia Retalhos de Vida,Tem a poesia como forma de expressão e reflexão.
NUNCA JULGUE
Nunca julgue alguém
Por ter tomado uma decisão
Contraria a sua opinião
Você não sabe das suas andanças
Sua sofrência
Seus traumas de infância
Seus conceitos
Sua formação
Seus princípios
Seus confritos
Sua criação
Porque então dar sua opinião
Cada um tem sua essência
Seu jeito
Sua crença
Seus genes
Seu DNA
Então porque opinar?
Ainda bem que somos ímpar
Que graça seria se pensássemos todos iguais
Que graça teria?
Ter a mesma opinião
Para vivermos bem
Um com outro
Em união
Não julgue
Não de sua opinião!

AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
O AMOR E SUAS FALHAS
O amor é o sentimento mais puro e nobre que um ser vivo pode sentir. Através dele, conseguimos tolerar o que nos incomoda em outra pessoa. O amor nasce sem medida, sem hora ou lugar.
Mas somos humanos, e isso faz com que o amor se torne falho — não pelo sentimento em si, mas por nós, que o vivemos muitas vezes de forma imperfeita.
Podemos sufocar as pessoas que amamos, não permitindo que vivam da maneira que desejam ou, talvez, da forma que seria melhor para elas. Amamos tanto, que sentimos a necessidade de estar constantemente por perto, protegendo-as tanto que, sem perceber, acabamos por tirar-lhes a liberdade.
Por outro lado, há o amor covarde — aquele do qual pensamos não ser dignos e, por isso, afastamos as pessoas que amamos. Deixamos de demonstrar esse amor verdadeiro, e o outro, sentindo-se rejeitado, acaba partindo.
É preciso coragem para amar. Precisamos de força para lutar por nosso amor, mas também de delicadeza, para não ultrapassarmos os limites desse sentimento puro.
O amor nos traz, às vezes, o peso da culpa — por acreditarmos que não fizemos tudo o que poderíamos ou gostaríamos de ter feito. Outras vezes, sentimos culpa por achar que fizemos demais.
Amar é tentativa e erro. Não há caminho certo, nem fórmula mágica. O que existe é a intenção de fazermos o melhor que pudermos e, para isso, é preciso reconhecer que somos falhos.
O amor é tão perfeito que reconhece nossas imperfeições e as perdoa. E é então que percebemos: o amor só existe quando, apesar de nossas falhas, ainda escolhemos sentir.




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