BECO DOS POETAS Nº 124 — 30/10/2025
- Luiz Primati
- há 1 dia
- 9 min de leitura
Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março de 2023 lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em agosto de 2025.
UM ESPELHO ENTRE NÓS
Havia um espelho entre nós. Não apenas vidro e moldura, mas um reflexo simbólico do que fomos — um espaço silencioso onde nossas imagens ainda dançavam em sincronia. Às vezes, ao passar por ele, eu ainda podia ver o seu vulto, esmaecido, como uma lembrança que insiste em ficar mesmo quando o corpo já se foi. Sua presença ali era leve, quase inexistente... e então, sumiu. Dissolvido como fumaça que escapa entre os dedos, como o tempo que nunca avisa quando vai acabar.
Senti a raiva subir pelo peito, quente, irracional. Num impulso, arremessei o espelho contra o chão. O estalo seco preencheu a casa, e, em segundos, ele se partiu — assim como nós. Mil pedaços espalhados, estilhaços daquilo que um dia refletiu o amor.
Me ajoelhei diante da destruição. As lágrimas vieram sem pedir permissão. Olhei para o chão tentando encontrar seu olhar entre os cacos. Mas tudo o que vi foi o meu rosto fragmentado, meu reflexo perdido, e o silêncio onde antes havia sua voz.
Nos pedaços do espelho não havia mais você. Só dor. Só ausência. Só a metáfora cruel de um amor quebrado. E essa, sim, ainda estava viva ali, cortante, insuportavelmente presente.
Por um momento, pensei em tentar colar o que se quebrou. Um impulso tolo, quase esperançoso. Mas logo entendi: não se repara um coração partido com cola. Alguns danos são definitivos, por mais que a vontade de restaurar seja maior do que o bom senso.
Restou-me, então, recolher os cacos antes que me machucassem ainda mais. Cada pedacinho de vidro era uma lembrança da tua partida, recordações do que você levou quando decidiu ir embora — e levou tudo. Inclusive o que me fazia pulsar.
Imagino que, agora, o seu coração já pulsa no compasso de outro amor, em outra história, sob um novo teto. Enquanto o meu segue errante, sem música, sem motivo. Bate só por teimosia, porque ainda não aprendeu a parar.
A verdade é que o espelho que havia entre nós passou a refletir imagens diferentes. Em algum momento, você olhou e enxergou o fim. Eu, ingênuo, ainda via futuro. Fiquei acreditando que o amor era sobre conserto, que bastava querer. Mas me enganei.
O amor, às vezes, é um reflexo que engana. E o espelho, cruel em sua honestidade, só mostrou o que meu coração se recusava a ver: que há reflexos que não voltam, amores que não resistem, e partidas que não têm volta.

AUTORA STELLA GASPAR
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros técnicos e didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
TUDO ENTRE NÓS DOIS...
É tão eterno
Que eu me perco no tempo.
E me encontro em teus braços.
É tanto amor.
Tanto desejo.
Tudo tão máximo.
Nosso amor ardente
Eu nada seria, acredito
Sem o teu amor.
Na minha fertilidade feminina.
Tudo entre nós dois...
Uma atração poderosa
Como a força do sol
Iluminando a natureza.

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
RIOS DE TRANQUILIDADE
Meu coração é um rio de tranquilidade, com correntezas que me levam a serenidade que flui em busca da minha felicidade,
mas sem pressa de viver a responsabilidade, quero
encontrar um amor de
verdade, e viver a paixão
em sua plenitude e entre
o reflexo do céu e as
águas cristalinas
quero me afogar
num mar de amor.
E no berço dos meus sonhos
vivo admirando este luar risonho,
e com minha alma transbordando de amor busco em você o meu contraponto e nos teus olhos
vejo o encanto, e suavemente
sinto a paz das águas que
unem os nossos corações
nos meandros deste rio
de tranquilidade.

AUTORA ILZE MATOS
Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
ACENDER A LUA
O vento que sopra
e chega
sussurra uma música
que lembra
uma doce manhã
de um dia,
de um mês,
de um ano qualquer.
O vento sempre traz
lembranças suaves
de um sentir,
de um olhar,
de um querer,
ou apenas
uma vontade de vestir
um vestido floral
e sair saudando
o sol,
as flores,
e dançar entre as estrelas
até a lua
acender a ternura
que brilha
em cada coração,
em cada olhar.

AUTORA CÉLIA NUNES
Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.
QUANDO A NOITE CHEGAR
Não gosto quando chega a noite
Ela me deixa sombria também
Lembro-me com saudade
Das pessoas que estão no além!
A noite me deixa melancólica
Trazendo temor ao meu coração.
Sinto medo do que não conheço e não entendo
Certos mistérios me assustam como assombração.
A noite traz à tona
Coisas que quero esquecer
Momentos da minha infância.
Histórias, lendas, superstição.
Por isso, quando a noite chegar
Não quero histórias malévolas
Para me entristecer e chorar.
Quero olhar o céu
Quando a noite chegar
Todo sereno e estrelado
Para dormir sem nenhum pesar
Em meu quarto decorado.
Quando a noite chegar
Não quero ter pensamentos sobre
Passado, presente e futuro
Quero fechar os olhos e dormir
Sem análise, eu juro!

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
DOCES LEMBRANÇAS
Viajar ao passado
E ter doces lembranças
Do tempo de criança.
Brincadeiras maravilhosas,
Diversões prazerosas:
Cabra-cega, cantigas de roda,
Amarelinha, bola, peteca,
Corda, taco, boneca,
Elástico, vareta, baralho,
Dominó — e até espantalho.
Como era bom se aventurar,
Na lama se lambuzar,
Com os amiguinhos jogar,
Correr, pular, na chuva brincar,
A vida festejar.
À noite, antes de dormir,
Sempre aparecia uma história para ouvir.
E cresceu sendo incentivada
A nunca desistir:
Sonhe, acredite, estude,
Persevere, que você vai conseguir!

AUTOR WAGNER PLANAS
Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suíça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
A LUA E A FLOR
A noite enluarada,
Tão distante da Terra,
Brilhando junto às estrelas,
Observando a flor na serra.
A flor,
Que toda noite a lua admira,
Não sabia que a lua sofria,
Com toda solidão.
Ela, tão pequena e delicada,
Pela lua, se sentia protegida,
Mas não percebia que era amada.
E a lua,
Abriu suas crateras,
Mas não sabia que terra de lua não presta.
A lua as noites chorava,
Escondida da bela flor,
Só queria que a flor recebesse,
Todo seu amor.
Mas o que a lua nunca poderia,
Era levar para a flor a alegria,
De sentir o amor,
Que outrora prometia.
Foi então que a lua entendeu,
Que ela não foi criada por Deus,
Para amar e viver em harmonia.
A lua foi criada,
Apenas para ver o brilho da flor,
Que um dia receberá amor...
Em um belo jardim.

AUTORA LUCÉLIA SANTOS
LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.
NOSTALGIA
Que saudade
Daquele amor que venceu
Que era meu e seu
Que era de verdade
Agora em meus sonhos é moradia
Ele fortemente invade
No abraço da lua, bem tarde
Sinto frio, nostalgia...
Está aqui bem guardado
E talvez em minhas poesias
Inspirações de algum dia
Estaremos lado a lado.

AUTORA ELOISE JANSEN
Sou ELOISE JANSEN, tenho 10 anos, gosto de dançar balé, estudar, brincar, fazer cálculos e escrever poesias. Tenho uma família linda, pais amorosos e dedicados e um irmãozinho maravilhoso, que é cavalheiro e me faz rir muito. Escrever poesias é uma terapia! Me faz sentir feliz e inspirada. Tenho o sonho de publicar meu livro de poesias.
O JARDIM ENCANTADO
Flores coloridas, brilhosas
Bonitas e cheirosas
No jardim encantado
A margarida é cor-de-rosa.
Borboletas douradas
Soltando brilho no ar
Pousam e encantam as plantas
E depois voltam a voar.
O jardineiro fica feliz
Quando o jardim vai cuidar
Faz tudo bem feito
E começa a cantar.
O jardim é muito animado
Deitamos ao redor de flores
Descansamos, lá é tão calmo
E tem frutas com tantos sabores.

AUTOR SIDNEI CAPELLA
Sidnei Capella, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo, Graduado em Administração. Escrevendo e publicando poesias e contos nos cadernos semanais da Editora Valleti Books. Participou da II Copa de Poesias da revista Cronópolis, em janeiro de 2022. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, grande parte dos seus textos é publicada na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”
AMAR
O sol aquece o ser.
Na paz do mar.
No novo amanhecer.
Saber amar.
Sem olhar a quem se dá
Ser um ser novo.
A paz propagar.
Ser luz entre o povo.
Que age com gesto amigável.
Sempre pronto pra ajudar.
Tornando um ser amável.
E o próximo abraçar.
Não ser joio, ser trigo.
Na plantação do amor.
Fazer do ombro abrigo.
E do coração, compaixão.






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