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REFLEXÕES Nº 184 — 02/11/2025

Atualizado: há 3 dias

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em 2025.


COMO VOCÊ INVESTE SEU TEMPO?


Pense nisso: o tempo é a única moeda que se esgota irremediavelmente, quer a usemos ou não. A cada segundo que passa, ele escorre como areia entre os dedos, sem possibilidade de retorno. Por isso, não se trata de “gastar” ou “perder” tempo, mas de investi-lo com inteligência — escolhendo onde alocá-lo para gerar retornos futuros.


Considere o impacto de um gesto simples: uma mensagem de bom dia, um abraço caloroso ou uma ligação breve. Esses atos, que demandam apenas alguns minutos, podem interromper o ciclo de solidão e depressão que aflige tantas pessoas diariamente. Há quem, à beira do desespero, mude de ideia ao receber um sinal de conexão humana — uma mensagem sua, talvez, que salve vidas sem que você perceba.


Um dia desses, uma amiga distante que, após longa ausência, me procurou para uma conversa trivial. Ela compartilhara um pensamento em forma de texto. Eu, tocado por sua vulnerabilidade, transformei-o em uma música e enviei de volta a ela. No dia seguinte, sua mensagem veio carregada de emoção: a melodia reabriu feridas antigas, mas também fechou cicatrizes, libertando-a de pensamentos aprisionados. Nada me custou além de um instante de criatividade, e o retorno foi imenso — uma alma aliviada, uma conexão mais forte entre nós.


Investir tempo não é desperdício; é uma poupança estratégica. Devemos aplicá-lo em relações que valham a pena, em bondade sem intenções camufladas, em criação, e, com certeza, colheremos dividendos imprevisíveis: bem-estar próprio, gratidão alheia, um legado de significado. Como se fosse um portfólio diversificado, um equilíbrio entre o produtivo e o humano, multiplicando o valor ao longo dos anos de forma exponencial.


E você: onde tem investido seu tempo ultimamente, e que dividendos espera colher no futuro?

 

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AUTORA STELLA_GASPAR


STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.


A ÁRVORE DE FOLHAS AMARELAS


Apresentando um conto reflexivo…


Em um pequeno vilarejo, no coração do Brasil, existia uma árvore que se destacava entre todas as outras. Não era a árvore mais alta, nem a mais antiga, mas suas folhas chamavam atenção por uma razão especial: eram de um amarelo vibrante que iluminava tudo ao seu redor, especialmente nos dias de outono. Dava vontade de guardar suas folhas em uma caixinha feita para coleções especiais.


Todos que ficavam perto dela acreditavam que aquela árvore era mágica. Ela era a mais deslumbrante, mais altiva. Ao contrário das outras que perdiam a cor e ficavam opacas com o tempo, ela mantinha suas folhas sempre vivas e brilhantes, até mesmo durante as chuvas mais fortes ou o sol mais escaldante, demonstrando força na arte de resistir. Algumas crianças, e até mesmo os adultos, recolhiam suas folhas caídas, de tão atraentes e revigorantes.


Para muitos, a árvore de folhas amarelas era símbolo de esperança. A cada outono, quando as demais se despedia de suas cores, era como se aquela árvore anunciasse que mudanças fazem parte da vida, mas nem sempre são motivo de tristeza. O amarelo intenso representava alegria, renovação e a certeza de que, após cada ciclo, algo novo e belo pode florescer, num mundo vasto, como um coração feliz.


Inspirados por ela, os moradores começaram a plantar outras árvores e flores amarelas, celebrando o poder transformador da natureza e o valor da resiliência. Acreditavam que seus pedidos se realizariam se estivessem ligados à bondade e à felicidade, com a fartura do amarelo mágico das árvores.

A árvore de folhas amarelas, mais do que uma simples planta, representa o ciclo da vida e a importância de enxergar o lado positivo das mudanças, por mais inesperadas que sejam. De repente, um abraço desejado, uma palavra afagando a alma, um palpitar do coração vendo que o céu é como um sonho sem limites.


Uma árvore, tão deslumbrante em épocas outonais, pode representar o amor mútuo e o apoio em um relacionamento a dois, um aconchego familiar, um momento bonito entre amigos e outros.


A vida e suas pérolas da natureza, seus caminhos e o encontro de “árvores de folhas amarelas”.



A “Árvore de Folhas Amarelas”.


Em folhas, uma promessa de paz e amor.

Um sopro de vida para a alma sorrir.

Equilíbrio perfeito de amarelo sol.

Um presente carinhoso.


Que a natureza nos doe.

Folhas e folhas amarelas.

Com um poema silente,

Que o tempo comprova.

 

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AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.


TRAGÉDIA SEM CULPADOS


Futebol mania nacional!

Sonho de muitos que em meio as

dificuldades de pés descalços

trilham o seu caminho pelos campinhos de barro, futebol

de várzea, taça das favelas

uma luta em busca de oportunidade que fica

do outro lado da cidade

sol e chuva, frio e fome,

a descoberta de um talento

que todos reconhecem

como um artista da bola

que agora desfila pelos

campos no mundo.


Mas nem sempre isso acaba se concretizando, por conta da irresponsabilidade do ser humano, famílias que sonhavam mudar de vida entregaram os seus filhos com sonho de velos brilhando no futebol para aqueles que deveriam dar condições mínimas de trabalho para essas crianças, são dez nomes, dez sonhos transformados em cinzas

no ninho da agonia que

virou ninho da morte

ceifando a vida de

dez adolescentes.


Enquanto isso desde a tragédia o clube ganha títulos e milhões, e hoje a justiça inocentou todos os culpados, um crime sem criminoso, um crime sem responsabilidade e a chance

da glória virou cinzas, crianças queimadas vivas, dez vidas,

dez filhos com sonhos

ceifados enquanto os

culpados são libertados.

 

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AUTORA KENIA PAULI


Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.


ALGUMAS HISTÓRIAS NÃO SÃO NOSSAS, MAS COMBINAM CONOSCO


Você já sentiu um leve peso no peito sem saber o nome certo a incluir a essa dor, ou mesmo conhecer a sensação?


Lourdes disse que, desde pequenina, ela chorava sem saber o porquê.


Quando criança, reclamava para sua mãe de um peso no peito. Como se algo faltasse ou algo necessitasse de atenção, mas ela não sabia o que era.


Com o passar dos anos, Lourdes foi se tornando mais madura, mas o sentimento daquele velho amor ainda morava ali, no seu interior. 


Num certo dia, domingo. Ela foi encontrar seus familiares na casa da avó materna que já se encontrava bem velhinha, mas ainda assim se sentia muito feliz e abençoada por conseguir preparar almoço para sua família em alguns domingos.


Quando lá estava, enquanto todos se cumprimentavam e aguardavam ansiosos pelo delicioso almoço de domingo da vovó. Lourdes sentou no chão próximo a uma cômoda antiga rica em detalhes em madeira.


Naquele domingo, Lourdes estava sem pressa e encontrou um álbum de fotos antigas e, folheando-o, viu a foto de uma menina parecida demais consigo.


Ela pensou consigo:


— Mesmos olhos, mesma tristeza discreta.


Era uma irmã da avó, morta cedo, e nunca foi mencionada.


Passou-se o almoço e a tarde, quando em casa, naquela noite, acendeu uma vela.


Sussurrou o nome daquela menina pequenina e de olhos tão tristes e esquecida e disse:


— Eu te vejo.


Lourdes se sentiu tão agradecida consigo mesma, pois percebera que aquela menina, um pouco antes do almoço, foi lembrada e acolhida por ela.


O choro veio, mas agora de uma forma limpa e leve. E, pela primeira vez, Lourdes teve um bom sono preenchido de paz.


Moral da história: Quase sempre, o que pede para ser lembrado não é a dor, mas sim alguém esperando receber o amor e ser reconhecido, mesmo após sua partida.


Nosso sistema nunca morre, e as inclusões precisam ser aceitas e feitas.


Todos merecemos ser vistos e pertencemos a algum lugar.


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AUTORA ILZE MATOS


ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


A ESSÊNCIA DA FELICIDADE


O que é a felicidade?

É o momento,

o seu momento.


É como se o coração brilhasse

de um jeito diferente,

batesse de forma diferente,

com uma cor diferente.


E ele fica assim

não só quando você está feliz por você,

mas também

quando se alegra com a vitória de alguém.


Assim,

ser feliz

é levar felicidade

e também recebê-la.


A felicidade é breve:

chega,

beija,

abraça

e depois parte,

levando um pouquinho de si.


E essa sensação boa que ela deixa

deveria ficar para sempre guardada,

como o nosso melhor perfume.


E, quando surgisse

o menor sinal de tristeza,

nós iríamos ao armário

e espalharíamos

um pouco dessa felicidade.

 

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AUTOR WAGNER PLANAS


WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.


AS MAIORES FORTUNA


Do que adianta,

Acumular fortunas,

Com labutas diárias e noturnas,

Se não tenho você aqui comigo.

 

Posso acumular impérios,

Nosso amor pode ser um mistério,

Mas amor como o nosso não tem igual,

Por você, construo com minha saudade um Taj Mahal.

 

Só você sabe,

Quando digo sobre o amor,

Que as lágrimas brotam em meus olhos...

 

E fico aqui imaginando,

Será que ela está jantando,

Ou quem sabe, até comigo sonhando...

 

Talvez eu seja um Lunático,

Capaz de cruzar o polo Ártico,

Conquistar um mundo asiático,

Menos sarcástico com nosso amor...

 

As tardes são frias,

Mesmo nos dias mais quentes,

Mas eu estou crente,

Que no fim de minha vida, em seus braços estarei...

 

Eu tenho fé,

Pois minha vida é feita para amar,

E nela escolhi amar você.

 

E se seus lábios eu nunca sentir nesta vida,

Pode ter certeza de uma coisa,

No céu, estarei de braços abertos, esperando sua chegada.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.


PARTIDA ABRUPTA


A vida é uma incógnita,

Não sabemos o momento da partida.

Muitas vezes ocorre de forma abrupta,

Tão precocemente,

Sem despedida dos parentes...

Deixa uma dor imensa e indescritível

Nos familiares e amigos.

É um pesadelo,

Você quer logo acordar.

É uma realidade difícil de aceitar.

Mas lembre-se:

Jeová, o Deus do consolo, vai amparar

Os que são esmagados pelo pesar

E dará forças para esse sofrimento suportar.


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AUTORA CÉLIA NUNES


Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.


LUTO


É triste chorar por alguém

Que não morreu

É triste você ter que enterrar

Um grande amor

No fundo da alma

Se ele ainda pulsa

Dentro do coração .

É triste o luto dessa perda

Ninguém sabe

Ninguém lhe traz flores

Ninguém lhe conforta.

É triste negar a si mesmo

A sua vontade de ir atrás

De enviar mensagem.

É triste sentir saudade

Sentir vontade

Pior ainda é saber

Que a pessoa pode estar evitando você!

É triste estar presa a um sentimento

Ter que mudar de rumo

Dizer para si mesmo

A partir de hoje

Não quero mais você

Quando na verdade

Tudo está igual.

Eu te amo

Você visita meus pensamentos

Mas tenho que esquecer

Para continuar a viver

E para isso luto todos os dias

Para seguir sem você!


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AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.


BANHO DE CHUVA


Naquela manhã, apesar do chuvisco, ela decidiu sair rumo ao centro comercial da cidade. A chuva se intensificou um pouco, mesmo assim, ela foi. Estacionou a motinha vermelha, uma Biz, e começou a resolver as coisas da lista. Entrou e saiu de várias lojas, aproveitando ao máximo o tempo.


Quando a chuva engrossou, ela buscou refúgio no SESC, onde encontrou uma amiga para conversar. A chuva deu uma trégua, e logo estava de volta resolvendo o que faltava. De repente, teve uma ideia: por que não aproveitar essa maravilhosa chuva? A mulher "que cuida de tudo" decidiu se render ao momento e se molhar até ficar encharcada.


Pegou a motinha e acelerou com cuidado, sentindo o vento e os grossos pingos d'água no rosto. Sorria só em pensar em quanto tempo havia perdido sem saber o prazer de um banho de chuva, algo que as crianças vivenciam com tanta felicidade. O longo percurso se tornou uma aventura emocionante.


Quando chegou em casa, estava toda molhada, mas vibrante e feliz. O dia havia sido uma celebração da liberdade e do prazer de viver.

Aquele banho de chuva foi um verdadeiro carinho na alma.


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AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.


CHUVA ÁCIDA


Eis o momento em que o peito aperta, o nó na garganta se refaz e o mar transborda. Cada vez que a dor se intensifica, caem gotas de sangue, molhando as páginas escritas de uma história de perda, saudade e angústia.


Os vigias veem o tempo passar, eles piscam a cada instante, presenciam uma rotina marcada por traumas, derrotas em uma guerra de emoções e a tristeza chegando à sua nova morada.


Os portões se fecham e permanecem travados, somente uma chuva com gosto amargo passa sobre eles. No dia seguinte, estão enxutos, mas com as marcas dos desgastes que a tempestade causou.


Um sino toca de modo acelerado e aflitivo, nenhuma mão é capaz de controlá-lo, por um instante ele parece parar, mas em seguida dispara desesperado, causando dor e medo.


Tudo em volta torna-se invisível, tornando-se um espaço vazio e gélido. O carro para de funcionar, perde-se a força sem uma gota de combustível; a insistência só causa uma terrível piora na difícil situação instável.


Um dia parece uma eternidade narrada em anos, a ânsia por uma saída, por uma rua com paz e tranquilidade, só aumenta. Os vigias ardem como em uma insolação, mas foi uma chuva ácida que os encharcou. Dia após dia, é uma luta árdua para abrir os portões, na esperança de que o sol invada a casa e traga junto com ele um revigoramento para a alma.


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AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.


A DOR DA DESPEDIDA


Uma ausência que fere a alma

Incompreensível... angustiante

O coração tem batido fraco

Noites mal dormidas...

Em tudo que olho

Te vejo e te sinto

Quanta falta você me faz!

Não recebemos nenhum tipo de aviso

Para tal momento

É sufocante tentar entender

Você se foi... me deixou

E agora? Como continuar aqui, sozinha?

Sua força me alimentava diariamente

Seus abraços me consolavam em noites tempestuosas

O afago na alma com tanta sabedoria

Sempre me ensinando algo com seus conselhos

Cheios de esperança e carinho

Agora, só me resta as lembranças

Da sua voz doce e calma

Do seu perfume tão suave...


E nesse momento

O que mais desejo

Depois de dias tão amargos

Nessa ausência dilacerante

É sentir na brisa suave da manhã

Ou numa noite calma de verão

A certeza de que comigo está

Me protegendo e me guiando

Sob a luz divina

Aí do céu, lugar onde agora mora

Ao lado de Deus...


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AUTORA MONIQUE MONAH


Carla Simone Barbosa, Pseudônimo -Monique Monah -Residente em Brumado -Ba,cuidadora de idosos,amante da literatura, e escrita uma das suas poesias foi publicada no livro Art- poesia em 2000, atualmente participou da Antologia Retalhos de Vida,Tem a poesia como forma de expressão e reflexão.


VIVER!


Ora, somos crianças

E desejamos crescer, e adultos ser

Mas quando nos tornamos adultos, sentimos saudades da infância


Onde a única preocupação

Era não ir para a recuperação

Somos adultos, então

E agora, o que fazer com tanta informação?


São tantos perrengues,

Tanta agitação

Quem disse que seria fácil?

Triste ilusão


Então começamos a trabalhar,

E trabalhamos por dias, meses e anos

Para dívidas pagar, e não acumular,

Sobrou um mísero dinheirinho,

Bora guardar, o melhor é

Economizar


Economizar, para quando se aposentar,

Poder sair, passear viajar,

Fazer tudo aquilo que fizeram na infância

Doce lembraça


Como se a idade com a sua diminuta vigorosidade

Permite-se

Ter a juvenidade


Engraçado é

Que quando criança quer

Adulto ser

Para que, quando na velhice, a cada amanhecer

Toda a sua preocupação


Volta- se para o início da questão

Não precisa doença ter

Para não ter que se preocupar

Com a recuperação!




2 comentários


Essa foi minha homenagem à mãe da minha amiga Carol, dna. Lena, que partiu dias atrás...

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Stella Gaspar
Stella Gaspar
há 4 dias

Amei as escritas, agradeço aos amigos (as), escritores. Este caderno, aos domingos, alimenta almas e adoça corações. 💖💯

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