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REFLEXÕES Nº 180 — 05/10/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

REVISITANDO O PASSADO


Minhas mais longínquas lembranças me levam ao mundo literário. Quando muito pequeno, eu adorava explorar a biblioteca dos meus pais. Ali era meu lugar favorito, onde passava horas todos os dias. Esquecia do tempo, que parecia demorar a passar, e assim conseguia ler bastante.


Uma das minhas leituras favoritas eram as revistas Seleções do Reader’s Digest. Meu pai tinha a coleção completa. Ele devia ser assinante, porque todo mês chegava um novo exemplar. O mais curioso é que ele mesmo não as lia.


Quando completei 18 anos, quis saber mais sobre o ano do meu nascimento e procurei a edição de outubro de 1962. Era tudo tão diferente, parecia um tempo de inocência, mas era apenas o retrato de uma era.


Quando me mudei de casa com minha esposa, essa edição da revista se perdeu entre as caixas empoeiradas. Talvez tenha ido parar em um sebo ou até numa caçamba de lixo. Fiquei triste quando meu irmão confirmou que a revista tinha desaparecido.


No último mês, senti vontade de recuperar aquela edição, porque ela marcava o meu nascimento, um evento muito importante. Comecei a buscar na internet por alguém que tivesse guardado um exemplar de outubro de 1962. Após horas pesquisando em sites, quase desistindo, finalmente encontrei o exemplar que queria. Custou barato, e logo recebi a revista em casa.


Para minha surpresa, ela estava bem conservada. O cheiro do papel e da tinta parecia o mesmo que eu sentia ao abrir aquelas páginas na infância. Talvez seja o cheiro do papel velho, ou apenas a memória de outros tempos.


Dois dias atrás, completei mais um ano de vida e decidi folhear meu exemplar. Encontrei um artigo que falava da morte de Marilyn Monroe, em agosto de 1962. Ela foi encontrada morta, com um telefone em uma das mãos e frascos de barbitúricos ao lado.


Uma mulher inteligente, carismática, que podia ter qualquer homem aos seus pés. Fez fama e fortuna, mas sentia uma solidão profunda. No fundo, mesmo com tantas teorias da conspiração, foi a solidão que a levou embora.


Isso me fez refletir sobre pessoas que sentem essa solidão, mesmo tendo tudo ao seu alcance. São pessoas que sentem um vazio que não conseguem explicar. Talvez seja uma saudade do mundo espiritual, mas não posso afirmar com certeza.


De lá para cá, 63 anos depois, nada mudou. Percebo que continuamos repetindo padrões antigos. Apesar de avançarmos tanto na tecnologia, nossa parte emocional permanece quase a mesma, como há séculos.


Alcançar a maturidade emocional parece estar sempre tão perto, mas nunca a alcançamos de verdade. E o que podemos fazer? Será que podemos mudar isso? Por que somos tomados por pensamentos que nos deixam tão desconectados do mundo? O que nossa alma tanto busca que não está aqui?


Eu também tenho meus momentos de introspecção, quando sinto esse vazio, mas nunca deixei que ele tomasse conta da minha mente por muito tempo. Temos que lutar para não sermos dominados por pensamentos negativos. É difícil controlar a mente e, quando menos esperamos, alguém sucumbe a esses pensamentos.


Não podemos nos tornar meras Marilyns, desistindo da vida. Afinal, somos espíritos milenares, caminhando por uma longa estrada de aprendizado.

 

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AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

TEMPESTADES DE EMOÇÕES


Trago para vocês algumas reflexões sobre o turbilhão de emoções que nos cerca no nosso cotidiano. Elas nos atravessam, nos moldam e, muitas vezes, nos surpreendem pela intensidade com que se manifestam. Somos muitos movimentos: sorridentes demais, sonhadores demais, otimistas ou pessimistas, somos excessos. Quando falamos em “tempestades de emoções”, evocamos aquela sensação arrebatadora que toma conta do corpo e da mente, como se fôssemos atingidos por ventos fortes, trovões e enxurradas internas impossíveis de controlar.


Precisamos evitar o desperdício de nosso tempo, cada dia é dia de viver, é preciso esquivar-nos dos sofrimentos, das angústias, dos conflitos, porque existe um caminho para ser encontrado, para ser desnudado, em um encadeamento de calmarias. Tudo passa, e passa rápido, vamos nos libertar das emoções tóxicas e sentir o encanto da liberdade do viver melhor, com menos obstáculos para sentir o novo, o renovado momento. Tudo é possível.


Recordo a palavra “Detox”, que vem da ideia de desintoxicar, tirar do corpo, do coração e da mente, o que não nos faz bem. Mas não adianta desintoxicar o corpo, se a vida e a alma estão povoados de medos, amarguras… é importante lembrar que, assim como as tempestades climáticas, as tempestades emocionais também passam — e podem trazer aprendizados valiosos.


Respeite seu tempo, não se contamine com o que não lhe faz bem, revire seu vestuário de emoções e sinta que o ar pode ser puro, as mudanças vêm de dentro para fora. É importante viver para viver e não viver por viver.


As tempestades de emoções, apesar de desafiadoras, são parte natural da vida. Aceitá-las e aprender com elas nos torna mais resilientes e conscientes de quem somos. Ao acolher nossos sentimentos, abrimos espaço para a transformação e o crescimento, confiantes de que, depois da tempestade, vem sempre a bonança.


Isso é maravilhoso, abra a janela de seu coração. “A vida não é o que a gente viveu, e sim o que a gente recorda, e como recorda, para contá-la. Viver para contar” (MÁRQUES, Gabriel. García).


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AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

SEQUESTRO EMOCIONAL


O sequestro emocional começou

com um rito de esperança e

com os políticos fazendo

uma aliança prometendo

uma grande mudança

mas o que se vê na

prática é um plano

de vingança.


E com o povo brasileiro dividido;

vivemos no país da insegurança

e quando o povo faz alguma

cobrança a culpa é sempre

da maldita herança do

governo anterior que

fez uma grande

lambança.


Vivemos a era da incerteza e

diante do caos e do mar de

tristeza o poder segue na

mão de gente que age

com frieza e que há

anos explora opovo

e a sua fraqueza

fazendo o povo

seguir nadando

contra a correnteza.


Enquanto isso, o Brasil é refém

dessa safadeza que está deixando

o cidadão na maior dureza, afinal,

os nossos eleitos não têm

interesse algum em acabar

com a pobreza pelo contrário,

eles só pensam em aumentar

a sua riqueza, afinal, viver do

dinheiro público é uma

grande moleza.

 

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AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

NO PALÁCIO DAS GORJETAS


A vida no palácio não se resume a lustres reluzentes e jantares intermináveis. Há sempre dois mundos que se cruzam sem jamais se tocarem: o dos guests e o dos staffs. Uns desfilam com taças translúcidas na mão; outros equilibram bandejas que pesam mais do que o silêncio que carregam.


Entre um sorriso protocolar e uma reverência educada, o verdadeiro fio condutor da convivência não é o ouro dos tetos nem o mármore dos pisos, mas a pequena moeda invisível: a gorjeta. Ela cai como bênção ou esmola, dependendo de quem a dá e de quem a recebe. Para alguns, um gesto quase automático; para outros, a diferença entre voltar para casa com dignidade ou com a sensação de que a vida é uma eterna espera pela próxima mesa.


É curioso: o palácio brilha para os convidados, mas quem sustenta esse brilho são aqueles que não aparecem nas fotografias. Os que sabem o momento exato de se tornarem invisíveis e os que, discretamente, dominam a arte de servir.


No fim, as gorjetas são mais do que dinheiro. São migalhas de reconhecimento — às vezes sinceras, às vezes displicentes. O que permanece, porém, é a constatação de que a vida, dentro ou fora do palácio, sempre dança nesse jogo de papéis: uns olhando para cima, outros para baixo, todos fingindo que essa ordem é natural.


E talvez a verdadeira reflexão seja esta: até que ponto também não distribuímos “gorjetas” de atenção, respeito e humanidade no nosso dia a dia? Pequenos gestos que podem parecer insignificantes para quem os oferece, mas que, para quem os recebe, são capazes de iluminar um corredor inteiro de escuridão.


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AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


INQUIETUDES E PASSAGENS


Quantas inquietudes cabem dentro da gente?

Será que se conta inquietude, será?

Fico pensando…

E a irritabilidade.

Até um nome bonito.

Mas de onde vem?

E para que vem?


Saber, a gente sabe…

Resolve aí…

E segue com a vida.

É respirar, acalmar, amar e esperar…


Tudo passa

e vai passando…

 

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AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

TIRANDO O PÉ


Agora estou tirando o pé,

Neste veículo de pura pressão,

Vou cuidar do meu coração,

E manter minha fé.


Já perdi parte de minha vida,

Construindo castelos,

De todos, o mais belo,

Vai guardar a minha ferida.


Como há barcos no Oceano,

Que só chegam em seu porto seguro,

A cada 10 anos e no escuro.


Eu serei assim na sua vida,

Carregarei a minha ferida,

Por todos esses anos.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

ÀS VEZES, É MELHOR SILENCIAR


Difícil ser tratada injustamente;

Às vezes, acontece tão repentinamente

Que você fica perplexa, emudece.

É uma situação tão constrangedora

Que você não consegue refutar,

Prefere calar

Para o incidente não piorar...


Como diz o ditado:

Onde não há lenha, apaga-se o fogo.

Às vezes, é melhor silenciar,

A calúnia ignorar

E lembrar que é Jeová

Quem irá nos julgar.


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AUTORA CÉLIA NUNES

IG: @escritora_celianunes

Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

MATURIDADE


Minha mente está desacelerando

Meu coração está se acalmando

Minha respiração está menos ofegante

A ansiedade está diminuindo

Meus passos estão mais vagarosos

Contemplando mais a paisagem do ambiente.

Desacelerar é preciso.

Ter maturidade também

O que eu não posso resolver

Estou deixando a cargo do tempo.

Mas os dias passam lentamente

Para quem tem a emoção à flor da pele!

Pensamentos me impelem

Sonho com o impossível 

São desejos reprimidos

Uma vontade irresistível

De romper a solidão

E encontrar uma nova paixão

Afinal, somos feitos para o amor

Mesmo que cause dor.


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AUTORA MARINALVA ALMADA

IG: @marinalva.almada

Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

FUTURO DO BRASIL


Outubro, mês em que se homenageia as crianças, é um momento para refletirmos sobre qual futuro estamos construindo para elas. As crianças são a nossa esperança, o nosso futuro. É fundamental que cuidemos delas, oferecendo acesso a uma alimentação saudável e nutritiva, educação de qualidade com oportunidades para se desenvolverem plenamente. Que tal nos unirmos, para que juntos, possamos criar um futuro melhor para as nossas crianças?

Cuidar das crianças é preparar o futuro!


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AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

SEMPRE HAVERÁ ALGUÉM MELHOR, MAS NÃO EM TUDO


Vivemos em um mundo que constantemente nos coloca em competições. Competimos por melhores notas, melhores colocações profissionais, o melhor lugar no ônibus, o cabelo mais bonito. Não importa quão pequena seja a disputa, estamos sempre tentando fazer o nosso melhor.


Mas nem sempre o melhor de nós será visto como o melhor aos olhos do mundo. Sempre haverá alguém capaz de realizar alguma coisa de forma que o nosso esforço pareça menor.


Todos temos talentos; o importante é descobrirmos qual é o nosso. Posso cantar sem ter uma voz perfeita, pintar sem ser uma artista, costurar sem saber sequer colocar a linha na agulha — nada disso me impede de tentar. Posso fazer o que quiser, desde que não me compare a quem faz melhor ou mais rápido.


Para diminuirmos nossas frustrações diante do mundo das comparações, é preciso percebermos quais são os nossos talentos. E acredite: o mundo precisa de todos eles.


Posso ter talento para escrever, cantar, representar, orquestrar, mas vou precisar do talento do perito em computadores caso o meu quebre; do talento do iluminador, figurinista e maquiador para que eu possa me apresentar; e ainda do talento dos músicos para me acompanhar.


Lembro-me de uma amiga que contou sobre o irmão, estudante de medicina, zombando dela por ser uma “simples professorinha”. Na hora, ela retrucou: “Por quantas professorinhas você passou até chegar onde está?”. E ele percebeu que há lugar para todos no mundo.


É preciso reconhecer nossas habilidades e também o talento alheio. O ser humano pode exercer múltiplas funções, mas deve aceitar suas limitações.


Conheço pessoas extremamente competitivas que deixam de fazer o que gostariam apenas por não se acharem capazes, com medo de perderem a “competição”.


A competição é boa, desde que seja saudável. Quer uma ótima disputa? Compita consigo mesmo, buscando sempre fazer o melhor que puder.


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AUTOR LUIZ FELIPE AMIL

IG: @luizz_felipe_escritor

Luiz Felipe de Lima mais conhecido por Luiz Felipe Amil nasceu no dia 22 de abril de 2005, é um escritor natural da cidade de Santarém no estado do Pará. No ano de 2022, Luiz Felipe participou de uma Antologia Poética de sua cidade chamada TERCEIRO ENCONTRO, daí Luiz passou a escrever seus próprios livros e à colocá-los pra fora da gaveta. Ele é o autor dos livros ÉBRIO DE TANTA POESIA (Kindle, 2023) e CHUVAS DE INSPIRAÇÃO (Kindle, 2023). Conhecido por escrever sonetos clássicos, contos, crônicas, seu estilo contemporâneo varia entre o clássico e o verso livre. É membro de duas academias literárias: Academia de Letras, Ciências e Artes da Amazônia Brasileira (ALCAAB) cadeira número 37 do patrono Olavo Bilac, e da Academia Internacional de Literatura Brasileira.

DIÁLOGOS


O tempo parece cada dia passar mais depressa o possível, já é outubro novamente, e a doce e velha infância ainda pula alto na parede do meu coração, nas memórias vivas e bonitas. Nesse mês dedicado às crianças, entre a quentura de outubro e a ventania de novembro chegando, anunciando o frio das chuvas, uma doce e eterna criança dança no palco único do meu ser e do meu vasto pensamento, aquela criança sensível, com medo de perder os pais e ficar órfã, ainda me comove e me impulsiona a ter sentimentos. Sou sentimental, sou uma intensidade de pureza longe de dissabores, reflito minhas qualidades e valores, como um florista em volta da relva do campo em busca de lindas flores.


O nublado me fascina, não trazendo tristeza ou a saudade melancólica, mas marcas do que foi vivido com experiência e aprendizagem, do que se foi e a chegada de mais um capítulo. A vida passa depressa que não vemos, quando percebemos já passou, queremos ser a boa eterna criança de ternura de novo, sentir a harmonia e a paz que trazem os brinquedos. Tenho esse diálogo comigo mesmo, na minha solitude, momentos que não são em vão, uma reflexão de que o amor de uma criança não se compra nem se troca por nada nesse mundo. Ser criança é dialogar com a carência e a serenidade sem perder os traços da doçura da alma que tens.


Sou a bailarina da caixinha de dança, que dança exalando a beleza que foi a infância em passos de um balé mágico, em versos e canções do violão da candura, da flauta da canção de ninar na hora de dormir, e a saudade que é ouvir um boa noite, um ir para a cama junto com os pais e ouvir aquela linda historinha para dormir e sonhar alto. Sou o mesmo sonhador da infância, o que eu sonhava no alto da montanha, agora na vida adulta a minha teoria cognitiva diz para sair da zona de conforto e ir em busca de tudo aquilo que um dia eu sonhei usando metáforas infantis. Protege, ó Deus, a mente e os sonhos das crianças, proteja cada uma delas, não deixe que os males da sociedade apaguem a chama e a delícia que é ter uma linda infância com amor, fé e pureza. Que os diálogos da caixinha da infância jamais sejam interrompidos, mas guardados em sigilo de Eu para Eu de agora e de ontem.


1 comentário


Kenia Pauli
Kenia Pauli
05 de out.

Amei os textos.

Cada texto trouxe um ensinamento para o dia de hoje.

Que possamos expressar a dor da solidão antes que ela nos remova do nosso presente.

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