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REFLEXÕES Nº 177 — 14/09/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

SEGREDO


Há quase 40 anos carrego um segredo no peito, uma pedra silenciosa e pesada que insiste em permanecer dentro de mim. Ele não me abandona; pelo contrário, se acomoda em cada gesto, em cada amanhecer, em cada noite em claro. Pesa, mas não cede. Se fosse revelado, não seria apenas uma confissão — seria um terremoto capaz de abrir rachaduras em corações que amo, desmoronando laços construídos com delicadeza ao longo do tempo. Aqueles que mais confiam em mim se sentiriam enganados, traídos por uma verdade que, paradoxalmente, eu jurei proteger. E eu? Eu seria reduzido a um homem dilacerado entre a lealdade e a culpa.


Em muitos momentos, pergunto-me por que Deus escolhe certas pessoas para carregar pesos que parecem maiores do que sua própria alma. Por que nos condena ao silêncio como se fosse uma penitência eterna? Seria um teste divino, um desafio que molda o caráter pela resistência, ou apenas uma forma de lembrar que a vida é feita de escolhas impossíveis? Talvez seja uma lição de humildade, um chamado à devoção silenciosa, onde o amor se prova não pela palavra, mas pela renúncia. E, ainda assim, não há noite em que eu não questione se essa missão não exige demais de um coração humano.


O dilema é cruel: revelar significaria trair uma confiança que ultrapassa o tempo e as circunstâncias, provocando uma onda de dor irreversível. Manter o silêncio significa viver isolado dentro de mim mesmo, como se a lealdade fosse também uma prisão. A filosofia oferece apenas lampejos de entendimento. Aristóteles, em sua Ética a Nicômaco, dizia que a amizade verdadeira é sustentada pela confiança, e que guardar segredos é uma virtude que preserva o que existe de mais sagrado entre duas almas. Os estoicos, como Epicteto e Marco Aurélio, enxergavam no silêncio uma disciplina da mente, um exercício de autocontrole, não de fraqueza, mas de força. Para eles, proteger um segredo é proteger a si contra a desordem que a revelação traria.


Séculos depois, Josiah Royce ergueu a lealdade como a base da moralidade humana. Para ele, entregar-se a uma causa ou a uma pessoa, mesmo que em silêncio, é o ato supremo de fidelidade. Sissela Bok, mais recentemente, refletiu sobre os segredos como um dilema ético, ponderando que nem sempre a verdade serve à vida; às vezes, o silêncio preserva mais do que destrói. Suas palavras ecoam em mim: quando o custo da revelação ultrapassa o valor da transparência, talvez o silêncio seja a escolha menos cruel.


Ainda assim, mesmo com todos esses pensamentos, meu coração sangra. Sinto o peso de cada noite em que me calo, de cada manhã em que acordo com a sensação de carregar um fardo que não me pertence sozinho. Tento acreditar que há propósito em tudo isso, que meu silêncio é também uma forma de amar. Mas a cada dia que passa, percebo que lealdade e prisão são, às vezes, a mesma coisa.


E então, uma pergunta me acompanha, incessante: até onde um segredo deve ser guardado — até o túmulo, ou até o limite em que a alma já não suporta mais o peso do silêncio?

 

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AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

O SORRISO É O ALIMENTO DA ALEGRIA O SABOR DO BOM VIVER


Tem algo melhor e mais dinâmico do que o sorriso?


Sorrindo, falamos e deixamos alegrias para as pessoas queridas ou que também nos ofertam o privilégio de seus sorrisos.


O riso é contagiante, é uma das expressões mais universais da humanidade, é a boniteza, o encantamento do viver.


Não importa a hora, o lugar, é um sorriso que pode trazer um afeto desejado, que pode deixar as nossas alegrias em sonhos. Frequentemente descrito como o alimento da alegria, o riso nutre não somente o nosso espírito, mas também o corpo e a mente, oferecendo uma experiência sensorial que transforma o nosso cotidiano. Estar nesse riso é como nos despir de qualquer máscara que o dia a dia nos impõe e que, por vezes, esquecemos de trocar, de nos livrar delas.


O riso é muito mais do que uma simples reação a algo engraçado. Ele é a manifestação física da alegria, aquela que emerge imperceptível e ilumina o olhar.


Eu, você e os outros, abertos para fugir dos silêncios e medos, vamos pôr cores em nossas vidas, sentir sentimentos prazerosos, vamos frutificar nossos sorrisos e com eles aromatizar e florir ambientes. Cultivar o riso é, portanto, um exercício de saúde emocional, uma forma de respirar fundo e saborear os instantes de felicidade que atravessam nossos dias.


 Diversos estudos científicos comprovam os benefícios do riso para a saúde física e mental. Ao rir, estimulamos produzir endorfinas, hormônios ligados ao prazer e ao bem-estar. O riso relaxa os músculos, reduz o estresse, fortalece o sistema imunológico e melhora até mesmo a circulação sanguínea. Ele é provocador e convidativo, é afetuoso.


É isso, vamos sorrir, tudo começa com a nossa visão interior, seja a sua festa.

Sorrir é maravilhoso, é saber esperar o futuro confortavelmente!


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AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

O CAOS SE TORNOU BANAL


Salvem as nossas crianças que, ultimamente, estão sofrendo com diversos atos de pura maldade e, com isso, elas estão perdendo a sua inocência nos fluxos e nos bailes da comunidade que já se acostumou com essa indecência e com essa cruel realidade que, às vezes, acontece com a conivência dos responsáveis que incentivam essa promiscuidade para ficar e permanecer em evidência e para alcançar a monetização e visibilidade.


E seguindo um rito de perversidade no âmbito familiar, crianças são estrupadas e, nas grandes cidades, crianças são abandonadas, e por vingança, crianças são envenenadas e, na rede social, a todo instante, crianças são aliciadas e, após a cabeça feita, vem o encontro onde elas são anestesiadas e, enfim, pelas mãos inescrupulosas da pedofilia, crianças são abusadas.


E nas estradas do Brasil afora, crianças são abordadas e,

nas boleias dos caminhões,

crianças são enganadas

por um pedaço de pão,

e são vilipendiadas.


E, ao invés de receberem educação por parte daqueles que deveriam ensiná-las nas escolas, crianças são agredidas e, na maioria do interior e do sertão,

crianças são levadas para as carvoarias e para o corte de cana, onde elas são escravizadas.


E, a dedo, crianças são pontualmente escolhidas e, após serem perseguidas, crianças são sequestradas e dopadas, em seguida essas crianças são assassinadas e, pelas mãos do tráfico de órgãos, crianças são brutalmente mutiladas e, após esse rito de desumanidade,

essas crianças são enterradas

sem nenhum tipo de dignidade,

em uma cova rasa.


E, infelizmente, vivemos a era da erotização e, em Marajó, crianças com fome cortam o rio seguindo as balsas da elite que fomenta a prostituição de crianças inocentes que são protagonistas desse

triste cenário onde o poder aquisitivo e absoluto da

elite oculta segue usurpando

da prostituição infantil sem culpa.


E aquelas que sobrevivem e chegam à vida adulta vivem com um sentimento profundo de culpa, traumatizados na vida adulta, eles são reféns dessa conduta desumana e a justiça se finge

de cega e de surda.


O Brasil precisa cuidar das nossas

crianças, os pais precisam preservar os direitos das crianças e entender que criança tem que ser criança, e o poder público precisa ser implacável contra aqueles que atentam contra a vida de uma criança que merece e deve ter a sua infância preservada e respeitada, afinal, as crianças

são a nossa esperança para formar um futuro brilhante

e uma grande nação.

 

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AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

A SAUDADE QUE ENSINA


Vi agora há pouco um post de uma filha que falava da saudade do pai que partiu há alguns anos. Eram poucas palavras, mas suficientes para abrir um espaço dentro de mim. A saudade tem esse poder: ela faz ecoar em nós lembranças de quem amamos e já não está mais aqui.


No primeiro momento, ela dói. É como se a ausência gritasse e deixasse o coração sem chão. Mas, se olharmos com cuidado, percebemos que a saudade também traz uma mensagem: ela revela a grandeza do vínculo. Só sentimos falta do que foi essencial.


Tenho aprendido, na visão sistêmica, que cada um tem seu lugar na ordem da vida. O pai permanece pai, a filha permanece filha, mesmo após a morte. Esse lugar não muda. O que muda é a forma como a relação se manifesta: antes, na presença física; agora, nas lembranças, na gratidão e no amor que permanece.


Quando respeitamos essa ordem, a saudade deixa de ser apenas dor. Ela se transforma em honra: reconhecemos o que recebemos, agradecemos pelo tempo vivido e permitimos que cada um siga em paz em seu lugar. Assim, quem partiu permanece em nós como raiz, como força que sustenta a vida que segue.


No fundo, a saudade nos ensina que o amor não acaba. Ele apenas muda de forma. Já não está nas mãos que podemos segurar, mas no silêncio que nos acompanha e no sopro de coragem que nos impulsiona a continuar.


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AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


O CACTO


Pensei nele agora,

travessia…

Pensei…


O cacto é cheio de espinhos grandes, médios, pequeninos,

mas de repente nasce

uma florzinha amarela, vermelha, laranja…


Toda travessia, longa ou curta,

mesmo com espinhos,

a caminhada tem seu valor

e tem final feliz.


Porque até no deserto

a vida insiste em florir,

e nós, como o cacto,

sempre amadurecemos

e criamos flores

no jardim da nossa vida,


como uma luz de esperança

no final do túnel.

 

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AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

O SHOW DEVE CONTINUAR


Show deve continuar,

Mesmo que pareça incompleto,

Que em meu momento discreto,

Eu deixe de te amar...


Neste imenso circo,

Onde vivo pagando micos,

Que renasce ao abrir as cortinas,

Onde conto as minhas sinas...


Onde eu entrego meu coração,

Ao final de cada interpretação...

O show deve continuar...


Mesmo que a desolação,

Seja minha sentença,

Sempre vou te amar,

Mesmo sem a sua presença.


Enquanto o circo estiver presente,

Mesmo que eu esteja ausente,

Sem esse palhaço, o show deve continuar.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

SOMAR OU COMPETIR


Uns chegam,

Querendo excluir quem já estava.

Parece que estão numa competição.

Por que anular o outro,

Se é tão fácil somar, dar a mão?

Juntos são mais produtivos,

Primem pela união!


Há pessoas que não gostam de ser coadjuvantes,

Querem exclusivamente o personagem principal.

Almejam ser o centro de tudo,

Do início ao final.


Cada pessoa tem o seu brilho,

Independente do seu papel,

Como lindas estrelas

Que embelezam o céu.


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AUTORA CÉLIA NUNES

IG: @escritora_celianunes

Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

VÍCIOS MODERNOS


Não gosto de nada que me prenda

De nada que me leva ao vício

Contudo os apelos da mídia são grandes

São convites para jogos todo dia

Para aplicativos de vídeo

Para aplicativos de música e filmes

Aplicativos de amizades e relacionamentos

Aplicativos de bancos e pornografia

É tanta variedade que seduz

Você precisa saber o que convém

O que é necessidade

O que é melhor para você

Ver e analisar

O que pode aprisionar.

O fato é que o uso excessivo tem se tornado prejudicial

Levando a pessoa a preferir ficar sozinha

A perder o interesse na vida real

Levar a comportamento compulsivo

Para compras, alimentos, fotografias

Tudo isso com acesso facilitado

Com a tecnologia na palma da mão

Com utilização fácil e imediata

Diante da visão

Todavia, completando cegos

Diante da sedução.

Com tudo isso

Se engajam para alcançar mais seguidores virtuais

Ganhar mais visibilidade

Deixando de interagir com o próximo

Deixando de se relacionar

Trazendo o distante para perto

Deixando o perto se distanciar.


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AUTORA MARINALVA ALMADA

IG: @marinalva.almada

Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

MARCAS DO TEMPO


Deixarei minhas marcas nas palavras que falei,

Nas pegadas que ficaram onde pisei.

Deixarei minhas marcas nos conselhos que dei,

Nas aulas que ministrei, nos corações que toquei.


Deixarei minhas marcas na comida que preparei,

No amor que coloquei em cada refeição.

Deixarei minhas marcas na fé que professei,

Na esperança que compartilhei, nas lutas que trilhei.


Deixarei minhas marcas em tudo que falei,

Fiz, professei e compartilhei. Mas não serão apenas marcas; serão testemunhos de uma vida recheada de paixão e desejo de um mundo melhor.

De uma pessoa que lutou pelo bem comum.


E quando o tempo passar, e eu não estiver mais aqui, espero que essas marcas permanecerão, como um legado de paz, amor e harmonia.


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AUTORA LILA LEITE


ELIANA ROCHA, da cidade de Brumado, interior da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB - Universidade do Estado da Bahia; Pós-graduada em Psicopedagogia, pela FACINTER -  Faculdade Internacional de Curitiba. Professora aposentada, atualmente Coordenadora da Escola Particular "O Pequeno Príncipe" - Brumado.

SEJA FELIZ AGORA


Não espere tanto tempo para ser feliz, seja feliz agora.


Não deixe que a vida te arraste para os precipícios, seja forte.


Não pague pelos erros que não são seus.


Não engula sapos e nem silencie diante das injustiças. Exija seu direito de expressar.


Não seja escravo, nem de você mesmo... Não aceite imposições. Seja decisivo, diga sempre: eu posso, eu consigo, eu sou capaz.


Viva, viva sem medo e com fé.

Porque você tudo pode,

Naquele que te fortalece!

Deus é bom o tempo todo!


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AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

SETE DE SETEMBRO


Sete de Setembro sempre me traz memórias contraditórias: a doce lembrança de ensaios na escola para desfilarmos lindamente nas ruas de minha cidade e, por outro lado, um pequeno trauma fashionista.


Me lembro de um Sete de Setembro em que eu e minha irmã íamos desfilar – desta vez sem grandes ensaios, já que estávamos no ginásio. Eu, patriota, me vesti de forma básica – calça jeans e camiseta branca. Minha irmã, por sua vez, colocou uma blusa de mangas longas, de um alaranjado que não pertencia às nossas cores nacionais.



Uma certa professora, em sua lógica irracional, resolveu que minha irmã, por ser mais bonita do que eu, iria ao lado da bandeira da escola no início do desfile, mas para isso percebeu-se que a blusa dela não combinava com tal performance.


Até que outra professora “igualmente gentil” resolveu que poderia me fazer trocar de blusa com minha irmã, já que eu, não tão bela assim, poderia ir para o final do desfile como coadjuvante de um filme mudo, suando mais do que cerveja recém-saída do gelo.


Lembrança, sim, trauma não. Na verdade, me lembro de ter me divertido muito mais que minha irmã, já que ela tinha que manter a pose por estar ao lado de bandeiras, e eu poderia sair acenando para todos na rua, me permitindo, inclusive, sair de meu lugar para cumprimentar amigos.


Também me lembro que nessa época as pessoas que saiam para rua, tanto para desfilar quanto assistir, se vestiam de verde e amarelo - ou em roupas, ou acessórios, ou simplesmente segurando bandeirinhas.


No último Sete de Setembro, vi um cenário bem diferente da infância.


Percebi que as pessoas se vestem de forma patriótica muito mais em Copa do Mundo, do que no dia da Independência, isso inclui inclusive os participantes do desfile.


No visual pouco se via patriotismo, mas isso fica muito mais visível na hora do Hino Nacional.


Pessoas que enchem seus pulmões e começam a cantar lindamente, mas que não passam do “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas...” e, a partir desta frase, começam a mexer a boca como se estivessem sendo dublados por sons que não se parecem com palavras de nosso hino. E quando se pensa ter acabado, se inicia a segunda parte, “Deitado eternamente em berço esplêndido...” e novamente se ouve a voz do povo, que logo volta a silenciar-se.


Me lembro de Copa do Mundo onde os microfones de todos os jornalistas pousavam em frente ao jogador Sócrates, já que ele era um raro brasileiro, que sabia cantar o Hino Nacional do começo ao fim.


Na Copa e nas Olimpíadas, torcemos para que nosso país tenha uma excelente classificação, trazendo muitas medalhas de ouro. Mas, na verdade, aquele que respeita sua Pátria e conhece seu Hino Nacional deveria ser o verdadeiro medalhista, independente da roupa que estiver usando.


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