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REFLEXÕES Nº 171 — 03/08/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

REFLEXÕES NO LIMIAR DO MULTIVERSO


E se a realidade que você conhece — este instante, esta respiração, este pensamento — fosse apenas uma nota em uma sinfonia infinita? E se, além das fronteiras do nosso universo, com suas estrelas cadentes e leis imutáveis, existissem outros, incontáveis, onde você é, mas não é você? Onde suas escolhas, seus erros, seus sonhos tomam caminhos que nunca ousou imaginar? Você já parou para pensar: e se o multiverso não for apenas uma teoria, mas a verdade que habita nos interstícios da sua alma?


Imagine um cosmos que não começa nem termina, mas se desdobra em camadas, como pétalas de uma flor que nunca murcha. A teoria do multiverso, nascida dos enigmas da mecânica quântica, sugere que cada escolha, cada possibilidade, cria um novo universo. Jogue uma moeda ao ar. Cara ou coroa? Por que não ambos? Em algum lugar, em outro universo, você escolheu o caminho que aqui descartou. Em algum lugar, você é rei, mendigo, astronauta, ou talvez nem exista. A interpretação de muitos mundos, proposta por Hugh Everett, nos provoca: cada evento quântico é uma bifurcação, um galho novo na árvore da realidade. Você acredita que sua vida é única? Ou será que você é apenas uma sombra entre infinitas versões de si mesmo?


Mas não para por aí. A inflação cósmica, essa constante evolução do universo recém-nascido, sugere outro tipo de multiverso. Regiões do espaço, distantes demais para tocarmos, explodiram em bolhas, cada uma com suas próprias leis físicas. Em um universo, a gravidade pode ser fraca; em outro, tão forte que esmaga estrelas antes de nascerem. Por que nosso universo parece tão perfeitamente ajustado para a vida? Seria sorte? Ou apenas uma entre bilhões de possibilidades, onde as constantes da física alinharam-se como peças de um quebra-cabeça cósmico? Você ousa acreditar que somos especiais? Ou somos apenas um acidente inevitável em um oceano de possibilidades?


E há mais. A teoria das cordas, com suas dimensões enroladas e vibrações primordiais, nos oferece mais de 10^500 universos possíveis, cada um com sua própria existência. Imagine: um universo onde o tempo corre ao contrário, outro onde a luz é sólida, outro onde você nunca nasceu, mas sua ausência ditou o destino de outros. Será que essas possibilidades são apenas matemática, ou são reais, pulsando além do nosso alcance? E se cada equação, cada estrutura lógica, como propõe Max Tegmark, for um universo em si, vivo em sua própria existência matemática? Você pode negar algo só porque seus olhos não o veem?


Agora, pare. Feche os olhos. Sinta o peso do seu corpo, o ar nos seus pulmões. Este momento, tão real, tão sólido, pode ser apenas um fragmento. Em outro universo, você está lendo este texto, mas as palavras são diferentes. Em outro, você nunca o encontrou. Em outro ainda, o multiverso não é uma teoria, mas uma certeza que molda a cultura, a religião, a própria alma de quem vive ali. Como você sabe que este universo, o seu, é o “verdadeiro”? O que é a verdade, afinal, quando a realidade pode ser tão vasta quanto o infinito?


Pense nisso: se o multiverso existe, cada erro que você lamenta, cada amor perdido, cada sonho não realizado, vive em algum lugar. Há um “você” que venceu, que amou, que voou. Mas também há um “você” que caiu, que esqueceu, que nunca foi. Isso te conforta? Ou te apavora? A ideia de infinitos universos é uma promessa de redenção ou um abismo de insignificância? Você é único, ou apenas uma gota em um oceano sem fim? E se, no fundo, a pergunta não for se o multiverso é real, mas por que ele parece tão possível, tão próximo, como se já o conhecêssemos em nossos sonhos mais profundos?


Ninguém pode provar o multiverso. Não há telescópio que alcance suas bordas, não há experimento que toque seus mundos. Mas a ausência de prova é prova de ausência? Quando olhamos para o céu estrelado, sentimos algo maior, algo que nos chama. Talvez o multiverso seja esse chamado, um eco de realidades que nunca veremos, mas que sentimos na pele, no pulsar do coração, na dúvida que não explica. Você acredita que este universo é tudo o que há? Ou será que, no fundo, você já sabe que a realidade é maior do que ousamos sonhar?

 

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AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

ALEGRIA - AUTÊNTICA FELICIDADE


Refletindo sobre esse estado espiritual, percebo que a alegria pode estar em nós a qualquer hora, instantes ou momentos, sem ansiedades ou correrias. O importante é saber usufruir dessa sensação de bem-estar, que enriquece a alma e o coração. Recordo a música… “Balada do Louco”, composta por Arnaldo Batista e Rita Lee, a qual tem um significado profundo celebrando a individualidade e a liberdade de ser autêntico, mesmo que isso signifique ser considerado “louco” pela sociedade. A frase central, “Mas louco é quem me diz que não é feliz”, critica a hipocrisia de quem julga a felicidade alheia sem buscar a própria satisfação, e a música na totalidade questiona os padrões sociais de normalidade e sucesso. A canção, convida o ouvinte a questionar o que é realmente ser feliz e a valorizar a autenticidade, mesmo que isso implique em ser considerado “diferente”. Importante é, abrir o coração para alegrias diversas e repletas de significados. Compartilhar nossos melhores momentos, talentos e sentimentos, uma nobreza sem fim; pois é dando alegrias que recebemos mais alegrias, de todas as maneiras, zelando e cuidando, dizendo para as pessoas: “Seja feliz”!


Penso que pode ser assim, olhando para o nosso mundo interior, reconhecendo a alegria, com caminhos para o encontro com a felicidade, que não chega de um dia para a noite, mas como um rio que teima em ser mar.


Seja a sua alegria feliz, despertando belezas e positividades.


Afinal, a alma pode ser eternamente iluminada com a luz da alegria espontânea, leve e encantadora.


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AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

TRINTA E CIINCO SEGUNDOS


Infelizmente aconteceu de novo!

Mais uma vez,

uma mulher foi acuada!

Mais uma vez,

uma mulher foi humilhada!

Mais uma vez,

uma mulher foi espancada!

Mais uma vez a violência

veio pelas mãos

inescrupulosas

daquele que um dia

fez juras de amor.


E com a certeza da morte,

ela preferiu ficar dentro do

elevador para que aquela

cena de horror fosse filmada,

e assim a câmera mostrou

mais uma vez uma mulher

sendo brutalmente agredida

por aquele que um dia ela

pensou ser o amor da sua

vida e que acabou

cometendo uma violência

desmedida que acabou

deixando aberta uma

ferida na alma dessa mulher.


Mulher que sentiu medo

e pavor ao mesmo tempo;

e em seguida foi protagonista

daquela cena de terror que chocou o Brasil, foram trinta e cinco segundos que dilaceram a face, e vilipendiou a dignidade e a vida dessa mulher, foram mais de 60 socos e após aquela agressão

o seu algoz a levantou e fixou

os olhos no rosto que ele havia acabado de desfigurar.


Sem reação, aquela mulher

silenciosamente esperou o socorro das lentes que

filmaram aquela brutalidade

que foi prontamente denunciada

e o machão, covarde, foi

preso, na delegacia, disse

que teve uma crise

de ciúmes e que sofre com

transtorno de ansiedade.


Socorrida e sem ao menos

poder falar e com a face

desfigurada, ela teve que

dar o seu depoimento para

a polícia por escrito e disse:

ele ia me matar se eu saísse

do elevador, a vítima segue internada e vai passar por

diversas cirurgias para

reconstituição da face

enquanto isso, o covarde

segue preso buscando

artifícios dentro dessa

lei branda para conquistar

sua liberdade que se

acontecer, será um escárnio

para a nossa sociedade,

até quando mulheres

vão sofrer nas mãos

de seus cônjuges?

 

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AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

PARA QUEM ESTÁ CANSADO, ATÉ DE ESTAR CANSADO


Existe um tipo de cansaço que não se resolve com uma boa noite de sono.É o cansaço de quem está tentando há muito tempo — tentando aguentar, funcionar, sorrir, corresponder, sobreviver.


Um esgotamento que vai além do físico, que se esconde por trás de frases como:“Tô só um pouco cansado.”“Vai passar.”“Tem gente com problemas maiores.”


Mas, por dentro, tudo está exausto.Sentir virou esforço. Pensar dói. Falar cansa. E existir parece uma tarefa cumprida no automático, dia após dia.


Este texto é para você, que talvez não consiga explicar exatamente o que sente — mas sabe que está pesado.Para você que já pensou: “Não era para ser assim. Mas não sei como sair daqui.”


E, antes de qualquer conselho, deixo uma verdade: você não está sozinho(a).


Muitas pessoas estão se arrastando silenciosamente por dentro.Tentando manter as aparências. Tentando não desmoronar. Tentando funcionar.Mas o corpo dá sinais. A alma pede socorro.


Se este é o seu momento, respire.Você não precisa reagir com força agora. Só precisa se permitir sentir.Só precisa lembrar que o que você sente é válido — mesmo que ninguém tenha dito isso antes.


E, se você chegou até aqui, saiba: isso já é resistência.Você está vivo(a), mesmo quando tudo dentro grita por descanso.Você continua, mesmo sem saber exatamente como.


Que você encontre, aos poucos, espaços onde possa descansar sem culpa.Pessoas com quem não precise se explicar.E pequenas brechas de luz para seguir — mesmo que lentamente.


Como está o seu cansaço? Você tem conseguido ser gentil com ele?


Este texto nasceu como parte do processo de escrita do meu livro:“Exaustão, por que me persegues?” — um convite à pausa, ao autocuidado e à escuta das dores silenciosas que nos habitam. Lançamento em novembro de 2025.


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AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


UM SOL


Um barco esperando as pessoas embarcarem.

O dia estava perfeito, muito iluminado.

O sol era frio e quente ao mesmo tempo —

talvez refletisse as emoções de quem partia

e a saudade dos que ficavam no cais.


Havia uma criança que não embarcava,

ainda não estava pronta

para essa viagem longa,

que exige coragem

para se afastar cada vez mais do cais

e se lançar nas aventuras

que o mar esconde.


Navegar precisa de prudência,

serenidade e coragem.

 

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AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

O MEDO QUE ME SEGUE


O medo que me segue talvez seja causado pela minha introspecção, diante de cada situação.


Às vezes tentamos poupar pessoas amadas da dura realidade, e ganhamos a amargura de uma situação.


E mesmo que andemos no vale da morte, temos que contar com a sorte, com sabedoria, para seguir em frente, diante dos desafios.


Quando não, na ânsia de poupar machucar sentimentos alheios, o tempo se encarrega de fazê-lo isso.


Somos julgados e culpados por tentar ser doces, em um mundo de amargura.


Nos tornamos pessoas absurdas, que tenta evitar situações, usando sentimento e corações, mas a verdade sempre vem para tudo destruir.


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AUTORA MARINALVA ALMADA

IG: @marinalva.almada

Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

FOTOS


O que fazer com tantas fotos?

Cada evento, passeio, momento, tiramos muitas fotos.

Poucas fotos reveladas, muitas fotos postadas.

Fotos nas nuvens, no e-mail, no drive, no pendrive, no computador, na galeria, no google fotos... Ufa, quantas fotos!

Fotos para apagar, fotos para enviar, fotos e mais fotos para a vida registrar.


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AUTORA ARLÉTE CREAZZO

IG: @arletecreazzo 

ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

SER IMPORTANTE


Muitas pessoas passam muito tempo tentando aparecer, serem importantes, mas o que realmente é ser importante?


Influenciadores, artistas, pessoas públicas, todos querendo conquistar a sua importância no mundo; que muitas vezes se torna efêmera, já que não agregam nada a ninguém.


Na verdade, essas pessoas são conhecidas, mas sem grande importância.


No último show de youtuber em que levei minha neta de oito anos, vi muitas mães ansiosas por mostrarem suas filhas, as empurrando para próximo do palco e segurando cartazes feitos pelas próprias mãos.


Era nítido o desconforto das pequenas, já que queriam apenas aproveitar o show, dançando ao lado de outras meninas.


Deixei minha neta a vontade, a observando para que não sumisse na multidão. Com isso fiz com que de vez ela se aproximasse e me dissesse como estava feliz.


Ao sairmos me abraçou agradecendo por tê-la levado, que era o dia mais feliz de sua vida, já que era seu primeiro show.


Quando meus filhos me chamavam para ver algo do tipo - Olha o que eu sei fazer – muitas vezes eu parava o que estava fazendo, olhava e elogiava o grande feito (e podem imaginar as grandiosas acrobacias de uma criança de quatro ou cinco anos).


Participei em todos os ensaios de balé e treinos de futebol que tiveram. Assisti a todos os jogos e espetáculos de dança.


Quando adultos, acreditei em cada projeto deles – e os projetos de meu marido.


Abracei desconhecidos por achar que necessitavam de carinho.


Estive ao lado de pessoas que precisavam simplesmente de um “ouvido amigo” para desabafos.


Com isso criei a minha liga de seguidores, unidos por corações.


Acho que podemos todos ser importantes, mas é necessário entendermos a importância do outro.


Quer ser importante? Dê importância.


Olhe para quem está ao seu lado. Escute. Abrace. Acolha.


E então, sem perceber, você será, para alguém, tudo aquilo que tanta gente passa a vida tentando ser: importante de verdade.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

HÁ PESSOAS


Há pessoas que arquitetam a maldade,

Jogam a armadilha,

E a vida vira guerrilha.


Há pessoas que nos afogam

Num oceano de amarguras,

Deixando a vida em desventuras.


Há pessoas que são como ervas daninhas:

Crescem sorrateiras,

Com raízes traiçoeiras,

Desabrocham mentiras,

Machucam, causam feridas

E devem ser arrancadas da nossa vida.


Mas há aquelas pessoas

Que são pura doçura,

Acolhem a alma ferida

Com empatia e ternura.


Há pessoas que são luz,

Brilham sobre o nosso ser,

Iluminam o nosso viver.

São farol na imensidão,

Trazendo aconchego ao coração.


Há pessoas que espalham leveza,

Expulsam a tristeza

Com gestos de delicadeza.


Há pessoas que são brisa,

Exalam amor e paz,

São como combustível

De que a alma se refaz.


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AUTOR LUIZ FELIPE AMIL

IG: @luizz_felipe_escritor

Luiz Felipe de Lima mais conhecido por Luiz Felipe Amil nasceu no dia 22 de abril de 2005, é um escritor natural da cidade de Santarém no estado do Pará. No ano de 2022, Luiz Felipe participou de uma Antologia Poética de sua cidade chamada TERCEIRO ENCONTRO, daí Luiz passou a escrever seus próprios livros e à colocá-los pra fora da gaveta. Ele é o autor dos livros ÉBRIO DE TANTA POESIA (Kindle, 2023) e CHUVAS DE INSPIRAÇÃO (Kindle, 2023). Conhecido por escrever sonetos clássicos, contos, crônicas, seu estilo contemporâneo varia entre o clássico e o verso livre. É membro de duas academias literárias: Academia de Letras, Ciências e Artes da Amazônia Brasileira (ALCAAB) cadeira número 37 do patrono Olavo Bilac, e da Academia Internacional de Literatura Brasileira.

QUE SEGREDOS TEM O OLHAR DE CLARICE?


Clarice, numa cadeira de balanço, acende o seu cigarro, e em paz medita na sua solidão na área de casa, num domingo sem receber telefonemas de ninguém, nem visitas, muito menos cartas de amor ou preocupação, ela sente a paz que muitos que não vivem a verdadeira solitude, não entendem o verdadeiro significado desse estado. Ela não quer guerra com ninguém, pois no mundo já basta a guerra interior e mental que viemos corridos, a guerra do seu país de origem, a Ucrânia. Clarice é a roseira ucraniana sobrevivente, pois seu oxigênio, são as boas palavras intimistas faladas em sua doce prosa nessas terras brasileiras. Com o seu lindo cachorro do seu lado, Clarice nos prova que o carinho não vem só dos seres humanos que pensam, que se dizem românticos, os únicos que tem coração e alma, que são racionais, diferente dos animais que por mais que não pensam, mas sentem mesmo agindo pelo extinto, são carinhosos mesmo perigosos, selvagens ou domésticos são afetuosos com os cafunés que recebem. Clarice, que mistérios tem o seu lindo olhar, quando tira os óculos escuros em dias de sol? Teu olhar, olhos verdes do leste europeu, nos leva a meditar que a velha Chaya que veio para o Brasil ainda pequena, correu descalça nas pedras, pelos os espinhos da alma, ralou os pés, mas cicatrizou, e foi essas cicatrizes que a fizeram ser uma personagem dúbia com os demais parceiros de cena nessa longa metragem chamada vida real, sem intuito de fama, nessa brincadeira de relatar seus sentimentos ilegíveis de interpretar no seu subconsciente, se tornou um marco atemporal na literatura brasileira e até mesmo ultrapassou fronteiras mundiais com seu sentimentalismo intimista sincero. Clarice que tentou aprender o português com sua língua europeia, morou em tantos países que em cada lugar dominou um sotaque que fez da sua língua um charme, dominava bem o português e outros idiomas essenciais para a diplomacia, engolia os rs que falava, mal de todo estrangeiro, mas escrevia bem discreto e culto o bom e velho português camoniano tupi guarani. A água regava suas lindas plantas no hall do seu apartamento, mas a água que Clarice bebia era a sua eterna água viva, que dominava o seu coração selvagem, sem grau de vaidade e sem horas para ser uma estrela literária, o reconhecimento, só veio após a sua morte, infelizmente, é preciso morrermos um dia para nossas palavras ter o valor devido na leitura, mesmo com um cigarro ferindo em chamas no rosto e pulmão, as cartas não foram queimadas, e estão aí como literatura obrigatória se um jovem quiser passar no vestibular. Temos que ler Clarice e tentar compreender seus pensamentos prodígios, quando viva, infelizmente não teve todo o valor, e mérito reconhecido que merecia, era séria, tímida, achavam a que era fraca por retratar tanto e desabafar a sua alma luz intimista em suas prosas, mas era uma dama da boa e verdadeira escrita psicológica, entendia muito bem o ser humano e suas patologias. O peso da máquina de escrever, não define o peso que é 'a alma luz e as palavras de Clarice, sincera, sem nenhum grau de vaidade, se vai haver rugas, ou se os cabelos loiros vão ficar grisalhos, sagitariana de não emendar muita conversa, mas em escrever palavras. A companhia de seus dois filhos, seu cachorro e seu inúmeros livros na sua estante, os livros emocionantes em cima da máquina de escrever, seus filhos de capa e ISBN, foram nascidos com muito esforço e pensamentos que se aproximassem da mente humana confusa, coisas atemporais que muitos se identificam, Clarice não media, nem amaldiçoava as palavras, fazia da sua solitude, um livro de cores e palavras, sentido que a mente fraca não encontra, Clarice achou um meio com seus gestos de se tornar imune a qualquer tipo de abalo, que as lágrimas da sua infância e do seu passado, tenham se tornado chuva fértil de esperança e prosperidade. Se todos fossem no mundo igual a você, existiria menos debate pejorativo, existiria a verdade sutil, mais liberdade interior e inspirações em tanta solidão nesse meio fatídico material, onde o ser humano só ver com sua vista o carnal, sem saber que o espiritual dar continuidade após a morte que é apenas uma viagem. Amar não acaba, se dermos amor sem receber nada em troca, vamos continuar sentindo o amor em nosso coração, convertendo o para o bem numa deliciosa morada nessa descoberta cotidiana do mundo, admirável mundo novo clariciano que adverte para não termos medo de amar e nunca desistir do amor, pois o amor é a resposta para solucionar tudo, tenha muito cuidado com o amor que às vezes pode ser exigente, viva o amor, porque o amor nasceu para ser vivido intensamente, por amor, fazemos tudo, mas devemos ter cuidado com o amor excessivo que apaga tudo. O amor retratado por Clarice é coisa simples, uma sensação de nunca esquecer o primeiro amor, o amor próprio da solitude, o amor pode vim com pontadas, mas pode ser um amor vacinado, não romântico, um amor de quem já sofreu por amor. Sabemos como disse Clarice, resumindo, o amor não tem que ser algo difícil, deve ser entendido, se fores difícil, calce teus sapatos e parta para outro amor secundário sem perder o seu amor próprio. A clássica definição é que o amor é rela e fatal ao mesmo tempo. Você ama porque tem medo de estar sozinho? Amaremos de encontro com o amor, dezembro vai, janeiro vem, sigamos nos amando para poder amar alguém com certeza e confiança total, pois o amor pode ter mil faces, amar é a única forma de viver bem. Não tenha medo de amar, mesmo o amor sendo um sistema de trocas, Clarice nos ensina que o amor sempre será um sentimento essencial para a sobrevivência. É preciso estar preparado para o amor, amor é riqueza, mas é pobreza, é água da fonte, mas também é poeira. Amor é suportar o fardo do outro, pois amar é tudo, seja bom ou seja ruim, siga amando nesse combustível.


“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil".

Clarice Lispector


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AUTORA MIGUELA RABELO

IG: @miguelarabelo

MIGUELA RABELO escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.

MAIS UMA ESTAÇÃO DE PRESENTE


Assim como a Odisséia de quem retorna para vida, assim regressei... como uma espécie de dádiva de mais possibilidades de acertar ou fazer dar certo, mesmo sabendo que nem sempre conseguimos....


Porém é em meio a tantos tropeços que estamos sempre em busca de sucesso... mesmo que o alvo saia fora, estamos no encalço de cada dia sermos melhores, e desta forma espero e oro todos os dias.


Porém... tem dias mais tempestivo que vou desaguar e desabar, me achando inferior ou insuficiente... invalidando tudo alcançado de outrora. E curiosamente é justamente nesses momentos que as desafiadoras provações surgem fazendo-me virar do avesso para resolver as equações infinitamente mais complexas que as anteriores... me mostrando assim, que sou capaz e corajosa o suficiente para arriscar mais uma vez em continuar. acertando ou errando, de fato não importa.. sendo mais importante, persistir e resistir a todas intempéries que esta viagem têm constantemente colocado-me a prova, sem consulta ou cola... como uma prova inesperada na qual apenas precisa aceitar e feita... igual aquela de recuperação da 3° série, na qual tentei, mas tive insucesso... mas que no entanto, foi decisiva na mudança de pessoa que me tornei, ao ter que repetir de ano e prometendo para mim mesma, com sangue nos olhos e orgulho ferido de que seria a primeira e última vez.


Então, sim.. aceito de bom grado, mais um ciclo de vida e que sejam bem-vidas outras tantas primaveras, verões e invernos e se necessários outonos para futuros e belos recomeços a florescer na próxima estação de primavera, logo mais a me florir.


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AUTORA SIMONE GONÇALVES

IG: @apoetizar_se 

SIMONE GONÇALVES, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

MEMÓRIA AFETIVA


Era sempre por volta das 20 horas.


Ela saía do banho com a toalha enrolada na cabeça.


A janta estava quase pronta.


O Jornal Nacional começava, mas só o escutávamos da cozinha, porque o momento pedia que estivéssemos ali.


Era o cenário perfeito!


Ela preparava algo que me faz viajar numa doce memória até hoje. E essa viagem será eterna...


Um cheiro, ou melhor, um “perfume” com gostinho salgadinho, acebolado, naquela gordura que, misturado no feijão com arroz, era divino!


Eu amava aquele momento... era tudo perfeito!

Eu comia minha comida, mas também precisava comer com ela.


Aquela imagem me acompanha por décadas: ela sentada fora da mesa, a toalha ainda na cabeça. Eu me aproximava e sentia uma emoção ao saborear aquela garfada deliciosa.


Comia apenas uma ou duas vezes, mas aquelas poucas garfadas eram uma verdadeira magia.

Depois, eu ia olhar a noite, com o céu estrelado e a lua clara, que às vezes se escondia por trás da mangueira que tomava conta do nosso quintal, mesmo estando do lado do vizinho.


Era assim, em algumas noites, na casa dos meus pais. Mesmo depois de mais de quarenta anos, essa lembrança me traz uma magia nostálgica, e sinto que ela vai me acompanhar por toda a vida...



1 comentário


Kenia Pauli
Kenia Pauli
03 de ago.

Lindas mensagens e reflexões de domingo para uma nova semana preenchida de oportunidades ✨✨.

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