REFLEXÕES Nº 169 — 20/07/2025
- Luiz Primati
- 19 de jul.
- 11 min de leitura

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.
ENTRE VIDAS E ILUSÕES
Vivemos como se nunca fôssemos morrer. E morremos como se nunca tivéssemos vivido de verdade.
O mundo moderno nos ensina a correr. Corremos atrás de sucesso, de curtidas, de corpos perfeitos, de promessas líquidas e recompensas vazias. Acumulamos bens, filtros e distrações. Mas no silêncio da noite, quando as telas se apagam e os ruídos cessam, muitos encaram uma verdade incômoda: a sensação de vazio permanece.
O Livro Tibetano dos Mortos, escrito há séculos, não fala sobre luxo, redes sociais ou capitalismo. Mas fala sobre a mente, sobre a ilusão que criamos da realidade e o quanto nos afastamos de quem somos de verdade. Segundo a tradição tibetana, ao morrer, não enfrentamos um inferno externo, mas sim as projeções da nossa própria mente. Medos, apegos, vícios — tudo retorna como sombra ou luz, dependendo do quanto soubemos reconhecer a natureza impermanente da vida.
E se esse bardo — esse estado intermediário entre a morte e o renascimento — já estivesse acontecendo agora? E se já estivéssemos vivendo, todos os dias, uma espécie de morte em vida, enquanto ignoramos nosso propósito mais profundo?
Afinal, quantos de nós existem, mas não vivem?
Quantos seguem um roteiro ditado por algoritmos, padrões de consumo e expectativas externas? Quantos adoecem por dentro tentando parecer bem por fora?
Enquanto isso, a alma grita por sentido. Não um sentido grandioso, escrito em neon, mas o simples e silencioso propósito de estar presente, de amar, de aprender, de servir, de se conectar com algo maior do que o próprio ego.
No bardo, dizem os mestres tibetanos, temos uma escolha: seguir a luz clara e nos libertar — ou nos perder nas ilusões da mente e recomeçar o ciclo de sofrimento.
Talvez o mesmo se aplique aqui, neste exato instante.
Mensagem final
Você não precisa esperar pela morte para despertar. Desligue o ruído. Abandone o que é fútil. Questione o que te disseram ser sucesso. A vida começa quando você decide estar inteiro onde está. E, talvez, isso seja a verdadeira libertação: não esperar o fim para, enfim, começar a viver.
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
ENTRE O SOL E O GIRASSOL
Aprendendo a ver, conseguimos enxergar. E assim, não perdemos a beleza do sol e o olhar do girassol. O sol, fonte de luz e calor, e o girassol, que gira em direção a ele, criando uma relação poética de busca e admiração.
É importante nos cercarmos de luzes, com olhar iluminado, e o coração, despertando nossos sentidos, como o sol desperta a terra adormecida.
A beleza vibrante do girassol e seu movimento em direção ao sol inspiram sentimentos de admiração e encantamento, como o amor, que não deixa de admirar a pessoa amada. Imagine-se sendo como essa linda flor, acompanhando o movimento do sol, sentindo o prazer de viver a beleza que lhe rodeia, liberando a química da alegria.
Luz do sol, energia de girassol, permita ter pensamentos positivos, criando mil possibilidades para o seu bem-estar, que de tão especial, se espalha para quem estiver perto ou ao seu lado. Como é belíssimo e benevolente espalhar energias pelo mundo!
Procure levar um novo colorido nas estradas de sua vida, com resiliência, procurando a luz do sol, como busca o girassol. Observe o dia a dia, com afeto e gratidão, pois a cada novo amanhecer, você melhora, se aperfeiçoa, sentindo como é especial.
Você: ser multidimensional, espiritual e reflexivo. Arquiteto de suas emoções, caminhando em direção à felicidade!
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
FARRA DAS EMENDAS
Entra governo e sai de governo
a farra das emendas continua
e os nossos eleitos não se emendam, após o mensalão
e o Petrolão nos deparamos
com a troca de malas e com
o dinheiro na cueca, nem os
nossos idosos escaparam
do estelionato.
Afinal, a farra dos sindicatos
estamparam as capas de
jornais com o rombo do
INSS que é uma fratura
exposta no holerite dos
nossos idosos, que
estranhamente foi
abafada nas mídias
e nas redes sociais
pela chegada do bebê reborn.
E agora nos deparamos
com o escândalo das emendas
e o dinheiro no sapato que está deixando o povo brasileiro ainda mais indignado e cansado
dessa corrupção que há
anos está massacrando
a nação que é refém da
ganância e da ambição
daqueles que prometem
no dia da eleição.
E diante dessa polarização
que estamos vivendo aqui no Brasil, e 2026 é ano de eleição, muitas mentiras serão ditas como
verdade e analisando o atual cenário aqui no Brasil nenhum candidato tem um plano de governo para salvar o povo brasileiro dessa crise, o que
existe é plano de poder.
Por isso, o povo precisa entender
que sem a mentira e sem a miséria o político não sobrevive portanto, durante a campanha
não aceite nenhuma barganha
pense bem e vote consciente
para que no futuro a gente
tenha um Brasil descente.
Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
ENTRE O CANTO E O RUÍDO
Escuto o canto dos pássaros, um concerto gratuito da vida, como se cada nota brotasse de um céu em paz. A chuva cai suave, seus pingos como dedos que acariciam o telhado, enquanto a brisa, esgueirando-se pela fresta da janela, traz o frescor de algo eterno — uma presença silenciosa que nos acolhe sem nada pedir em troca.
Nesse instante, tudo parece perfeito. Não uma perfeição imaculada, mas a perfeição de um abraço que chega no momento exato. A natureza tem esse dom: não pede licença, mas tampouco invade. Ela simplesmente é. E, nesse ser, oferece beleza, refúgio, contemplação.
Mas, como um sussurro abafado por gritos, ouço também o outro lado: o ronco dos motores, o zumbido metálico dos aviões, o pulsar apressado do mundo que forjamos com nossas mãos. Ao erguermos nossa grandeza, parece que desaprendemos a ouvir. A perceber.
Carregamos em nós uma centelha divina — uma sabedoria misteriosa, um presente ancestral. Mas nem sempre sabemos desembrulhá-la. Ora a transformamos em cura, ora em arma de destruição. O mesmo intelecto que tece pontes pode erguer muros. A mesma mente que anseia por respostas, por vezes, esquece as perguntas que realmente importam.
Vivemos entre o canto e o ruído, entre o que germina da terra e o que nasce de nossas inquietudes. Nesse limiar, somos desafiados a ouvir — não apenas o que é dito, mas o que é sentido. Nem todo som precisa ser estridente para carregar verdade.
O segredo, talvez, esteja em encontrar o equilíbrio. Em não permitir que o fragor do mundo moderno ensurdeça a voz da alma. Porque é nesse contraste — entre a brisa e o motor, o trinado do pássaro e a buzina impaciente — que moldamos nossa humanidade.
E que privilégio o nosso, por ainda podermos escolher a qual som dar ouvidos.
ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
A DELICADEZA POR TRÁS DE UMA FUGA
O passarinho foge quando alguém se aproxima.
Foge para não ser pego, com medo de se machucar — quer ser livre por aí.
As pessoas também fogem.
Fugimos de alguém ou de nós mesmos:
do medo de se ferir,
de ser feliz,
de sermos enganados,
de sentir de verdade.
Mentimos para nós — e fugimos.
O passarinho não quer ser preso.
E se soubesse o quanto o achamos lindo, e que só queremos admirá-lo — talvez não fugisse.
As pessoas fogem de seus medos, de seus sentimentos, quando o que carregam no coração é tão bonito e delicado.
O amor precisa florescer.
Só ele alcança e cura os corações que fogem e mentem para o seu adorável coração.
WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
O MEDO QUE ME SEGUE
O medo que me segue talvez seja causado pela minha introspecção, diante de cada situação.
Às vezes tentamos poupar pessoas amadas da dura realidade, e ganhamos a amargura de uma situação.
E mesmo que andemos no vale da morte, temos que contar com a sorte, com sabedoria, para seguir em frente, diante dos desafios.
Quando não, na ânsia de poupar machucar sentimentos alheios, o tempo se encarrega de fazê-lo isso.
Somos julgados e culpados por tentar ser doces, em um mundo de amargura.
Nos tornamos pessoas absurdas, que tenta evitar situações, usando sentimento e corações, mas a verdade sempre vem para tudo destruir.
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
SORTE
Era o mês de maio, mês das mães, e eu queria fazer algo especial. Fui ao centro comercial da minha cidade e comprei duas toalhinhas de rosto, e, como bônus, ganhei dois cupons para um sorteio. Coloquei o nome da minha mãe e da minha avó em cada um, esperando que a sorte estivesse ao nosso lado.
No final do mês, o sorteio aconteceu, e para nossa surpresa, minha avó foi sorteada com um caminhão de prêmios! Não acreditávamos!
Certa manhã, estávamos tranquilamente cuidando dos afazeres domésticos quando um carro parou na nossa porta. O locutor começou a falar o nome da ganhadora: Raimunda de Jesus Pinheiro Almada. Nós paramos tudo que estávamos fazendo e fomos ver o que estava acontecendo.
Era o carro da loja onde eu havia comprado as toalhinhas. Minha avó, surpresa e feliz, perguntava o que estava acontecendo, sem entender nada. Então, eu expliquei sobre a compra e os cupons. Foi um presente incrível, que serviu para as minhas duas mães. Aquele dia foi tão especial que jamais esquecerei.
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
TUDO É FÁCIL, DESDE QUE NÃO SEJA EU
Criticamos os outros por não agirem como agiríamos. Parece simples, mas nem sempre é. Deixe-me explicar.
Quando pedimos ajuda ou um conselho, muitas vezes já temos em mente o que queremos ouvir ou como gostaríamos que as coisas fossem feitas. Esperamos que o outro siga exatamente nosso raciocínio. Quando isso não acontece, achamos que falta boa vontade ou competência. Um pedido simples se torna complicado, e um conselho solicitado a um amigo vem carregado de histórias e exemplos, sem a resposta direta que esperamos.
Na nossa visão, já sabemos o que fazer ou que decisão tomar, mas, por insegurança, buscamos validação. Quando a ajuda não corresponde às nossas expectativas, ficamos frustrados. Às vezes, a demora ou a complexidade da resposta nos leva a desistir.
Parece que as pessoas simplesmente não entendem o que queremos.
Mas e quando somos nós a oferecer ajuda? A perspectiva muda. Ficamos inseguros, sem saber o que dizer ou fazer. E se falarmos algo errado? E se nossa atitude não for a melhor? Por medo de errar, muitas vezes evitamos opinar ou inventamos desculpas para não ajudar.
Temos receio de cometer erros, mas somos intolerantes com os erros dos outros. Não conseguimos compreender o raciocínio alheio, embora acreditemos que o nosso é claro e simples. Para nós, o outro é quem complica.
No fim, tudo parece fácil — desde que não seja eu a fazer.
ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
ALÉM DA MARÉ
Confiar num milagre,
Para a vida continuar.
A fé é um ingrediente
Que não pode faltar.
Muita coisa para viver,
Sonhos a realizar,
Lutar, acreditar
Que a maré vai passar.
O coração embala esperança, desejos...
A fé expulsa o medo,
Afugenta o pesadelo,
Atenua o desespero.
É luz que guia o coração
Em dias de escuridão.













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