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REFLEXÕES Nº 160 — 18/05/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

O VENENO DO RANCOR


Imagine o rancor como uma taça de veneno que você segura com mãos trêmulas, desejando que o outro a beba. Shakespeare, em Hamlet, já alertava: “O rancor é um veneno que tomamos torcendo que o outro morra”. É uma armadilha traiçoeira, um fogo que consome quem o carrega, não quem o acendeu. Quantas vezes você já segurou essa taça? Eu confesso: já a ergui mais vezes do que gostaria de contar.


Houve um tempo em que o rancor era meu companheiro silencioso. Antes de encontrar um farol para guiar meus dias, antes de ter um propósito que me fizesse levantar da cama com o coração leve, eu o alimentava. Não sei precisar quantas vezes — talvez dezenas, espalhadas pelos anos. Era como carregar pedras pesadas nos bolsos, afundando a cada passo.


Quando criança, a fé me foi oferecida como uma corrente dourada, com a medalha de Nossa Senhora pendurada. Minha tia, com olhos cheios de esperança, colocava-a em meu pescoço. Mas o que significava aquilo para um menino que mal decifrava as letras? Era apenas um metal brilhante, frio contra a pele. Anos depois, já adulto, troquei aquela corrente por uns trocados. Naquele momento, percebi: minha fé era frágil, como um prego fincado na areia, incapaz de resistir à menor onda.


Eu não tinha dogmas, nem rituais. Batizado católico, mas sem prática, flutuava pela vida sem âncora. Até que a vida, com sua mão implacável, resolveu testar-me. Levou a menina que eu amava, não para a terra, mas para um abismo sombrio, onde sombras a aprisionaram. Não entrarei nessa história agora — é um conto longo, para outro dia. Mas foi ali, na dor de perdê-la, que encontrei o espiritismo. Não como quem acha um mapa, mas como quem agarra uma corda no fundo do poço.


Tentei salvá-la. Mergulhei na doutrina, estudei seus princípios, busquei respostas. Não consegui trazê-la de volta, mas, em vez de abandonar o caminho, aprofundei-me nele. O espiritismo tornou-se minha bússola, dando sentido ao caos. Ainda assim, o rancor não me deixou de imediato. Ele era como uma erva daninha, enraizada, resistindo a cada tentativa de arrancá-lo.


Acreditar é apenas o começo. Aplicar o que se aprende é uma jornada de décadas. Foram necessárias quatro para que eu, enfim, deixasse o rancor para trás. Hoje, ele não mora mais em mim. Mas não se engane: sou um viajante, não um santo. Ainda carrego outros fardos — vícios a superar, defeitos a lapidar, virtudes a cultivar.


E você? Ainda segura essa taça de veneno? Saiba que o rancor é um ladrão cruel. Ele rouba sua paz, corrói sua alma, apaga sua luz. Mas há um caminho. Comece mudando o olhar. Solte as pedras que carrega. Perdoe, não por quem te feriu, mas por você. Porque a liberdade verdadeira nasce quando você escolhe não beber o veneno.


AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

UMA MENSAGEM

           

Que nossos dias sejam bons para abrirmos os nossos corações com os melhores de nossos sentimentos, com nossos talentos.


É preciso ser bondoso para os outros e primeiramente conosco.


Ser especial, sentindo que somos amados por muitos, recebendo amor, abraços, não tendo receios de dizer para as pessoas que as ama.


O importante é sermos livres de feridas dolorosas.


Sim… o amor desinteressado é ótimo, dar sem esperar receber, joguem a rede ao mar sem esperar abundância de peixes, é bom lembrar que há peixes no fundo do mar, do rio. Tenhamos paciência, para o bem viver, pois sem esperar nos defrontamos com os inevitáveis acontecimentos negativos, nem sempre acontece o que planejamos ou desejamos.


Sabedoria, amadurecimento, respeito aos ritmos da vida, entre a plantação e a colheita, há um tempo próprio, que deseja ser respeitado.


Eis uma grande verdade da vida: “você pode somente ser quem você é, e nada mais. E é maravilhoso ser quem se é. Tudo aquilo que é original irradia beleza, frescor, perfume, vitalidade. Toda forma de imitação é algo morto, apagado, falso, plastificado.” (Osho)


O mundo precisa de encantos e nós somos protagonistas desse propósito.


AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

O MUNDO É UM MOINHO


Em busca do progresso

de São Paulo já se tornou

uma selva de pedra e com

poucas áreas verdes,

os nossos governantes

continua fazendo

desocupações para

construção de prédios

e parques dentro da

nossa cidade, e afirmam

que tudo isso é em prol

da modernidade e nessas

horas quem paga o preço

comunidade e nessa

semana nos deparamos

com mais uma reintegração

de posse e o plantão de

notícias traz a seguinte

notícia: na favela do

Muinho, a população

resiste, enquanto isso,

o choque avança o

confronto é inevitável,

nas ruas a barricadas

de madeira e colchão

estão prontas para

ser acesa.


A população não se rende

e a polícia arquiteta, como

invadir é o prenúncio do caos

na TV, a imprensa chama

a atenção das nossas

autoridades enquanto isso,

alguns moradores que se

deram por vencidos,

colocam na calçada um

sofá, um armário, o fogão

e botijão do outro, crianças brincam risonhas sem se

dar conta da realidade

cruel que vivem; enquanto

isso, os seus pais lutam

indignados e vomitam

na telinha da TV. a realidade

cruel que vivem, e dizem

que criaram raízes

profundas naquele local

e que eles não têm para

onde ir e que o governo

federal precisa repensar

essa atitude.


No final do dia, as

negociações começaram,

mas logo o clima ficou

tenso, veio o enfrentamento

e a fogueira foi acesa, logo

começou um corre, corre,

e em seguida, a gritaria

das crianças em meio

aos tiros de borracha

e em meio à fumaça,

os moradores estavam

desorientados por conta

do gás lacrimogênio.


E ao amanhecer,

a matéria na capa do jornal

destacava a situação tensa

que já durava mais de uma

semana dentro e fora

daquela comunidade,

onde os moradores

indignados querem,

por direito, permanecer

na sua simples moradia,

porque não tem para onde ir.


O governo federal

entrega milhões de

moradias anualmente,

porém, não tem dado conta

de tanta demanda para

a população da periferia,

onde todos merecem ter

uma moradia digna, mas

dentre aqueles que ganham, infelizmente alguns fazem negócios e regressam para

comunidade perdendo a oportunidade que muitos

anseiam ter, a sua casa própria.

 

AUTORA KENIA PAULI


Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

O ABRAÇO SILENCIOSO DA VIDA


A vida tem uma maneira sutil, quase silenciosa, de nos envolver em seus braços. Muitas vezes, não percebemos esse abraço, distraídos pela pressa, pelo medo ou pelas dores. Mas, quando acalmamos o coração, sentimos que cada experiência, por mais árdua que pareça, traz um convite: crescer, superar e, acima de tudo, reconectar-se com quem somos.


Nada cruza nosso caminho por acaso. Mesmo os desafios mais intensos nos encontram porque há, dentro de nós, algo pronto para desabrochar — força, paciência, coragem ou compaixão. A vida não busca nos quebrar; ela deseja nos despertar.


E a autenticidade, ah, ela não é um peso, mas uma liberdade. Ser autêntico é viver o que pulsa em nosso peito, sem magoar o outro, mas também sem nos abandonar. Podemos escolher não engolir o veneno alheio e, em vez disso, transformá-lo em aprendizado. Ao não responder dor com dor, tornamo-nos um ponto de luz, um espaço de transformação.


No fundo, a vida sempre sussurra que somos maiores do que acreditamos, mais fortes do que supomos e mais amados do que muitas vezes ousamos sentir. É só olhar com o coração.


AUTORA ILZE MATOS


Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.

VAI LÁ E ESCREVA


Como é escrever?

Como é ler?

Como é ler e escrever você por dentro?


Você consegue dizer o que sente com palavras?

Como você se sente hoje?

E, se escrevesse agora, o que diria?


Escreveria sobre a alegria,

a felicidade,

os problemas,

a rotina,

o trabalho,

as dúvidas…

Tantas coisas poderiam ganhar forma.


Então,

pegue uma folha de caderno

e escreva como se sente hoje.

Não se demore.


Vai lá e escreva.

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

LABIRINTOS DO ESQUECIMENTO


A mente vagueia,

Não encontra direção,

Perdida nos caminhos da vida,

As memórias sendo esquecidas.


O olhar, muito distante,

Um medo mórbido constante,

A conversa vacilante,

Repetitiva a todo instante.


Passos arrastados,

Vê e ouve o que não existe;

Suas palavras se perdem...

Vê-la assim, como é triste!


Meus olhos rompem em lágrimas,

Meu coração agoniza;

Vendo seu sofrimento,

Meu peito paralisa.


Nos labirintos do esquecimento

Desaparece nossa história,

Mas seu amor, tatuado em mim,

Sempre estará na minha memória.


AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

POR QUE LER?


Ler para conhecer;

Ler para compreender;

Ler para se divertir;

Ler para evoluir;

Ler para aprender;

Ler para se reinventar;

Ler para ouvir;

Ler para viajar;

Ler para imaginar;

Ler para pensar;

Ler para refletir;

Ler para opinar;

Ler para se informar;

Ler para a alma alimentar;

Ler para o belo contemplar;

Ler para a vida melhorar.

Leia sempre!


AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

O MEDO QUE ABRAÇA


Enquanto o medo me aquece,

Na minha introspectiva redenção,

As dores, não me esqueceu,

Viver para machucar… Meu coração.


Cartas, e-mails, prints e mensagens,

Tudo agora não passa de sacanagens,

Que a vida me pregou,

E lágrimas, uma a uma derramou


Tento me reerguer,

Tento tudo esquecer,

Mas como a Cruz de Cristo,

Me faz lembrar que eu existo…


E que a vida sempre foi cruel,

Desde a época que estive no Quartel.


AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

BRISA DE OUTONO


Brisa da manhã

Que me desperta num outono sereno

Me beija o rosto suavemente

Num bom dia sorridente de sol

Na dança do orvalho

Que se desenha na minha janela

Posso sentir até de olhos fechados

Todo o carinho do canto dos pássaros

E me entregar a magia que se desvenda

Pelo céu tão azul...


Brisa de outono

De manhãs mais calmas

Me acalenta no abraço das flores

No doce aroma que contém seus segredos

Em cada pétala que me guia no caminhar

Dos meus dias...



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