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REFLEXÕES Nº 113 — 21/04/2024

Atualizado: há 5 dias

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

EM QUEM DEPOSITAR CONFIANÇA?


Quem compõe o círculo da sua confiança? Será que se encontra entre os familiares que permeiam seu dia a dia, aqueles conhecidos que acompanham sua trajetória há anos, ou nos amigos de infância, dos quais o tempo afastou os caminhos? Surpreendentemente, cada um desses agrupamentos possui uma reação única quando buscamos estabelecer contato.


Decidi realizar um experimento: entrei em contato com três grupos de pessoas anunciando o lançamento de meu novo livro, convidando-os a adquirir uma cópia. O cerne da questão era observar suas reações diante da oferta de duas edições do livro, sendo uma delas, a de luxo, significativamente mais cara que a versão padrão em preto e branco.


O primeiro grupo, aqueles com quem mantenho um contato esporádico, e amizade com menos de 2 anos, optou pela edição mais cara, manifestando entusiasmo e apoio ao meu projeto. Demonstraram-se felizes com a novidade e expressaram ansiedade pela chegada de sua cópia.


Já o segundo grupo, composto por pessoas mais íntimas, com contatos semanais, apresentou uma reação mista. Alguns adquiriram o livro, enquanto outros, apesar de não o fazerem, justificaram-se por motivos financeiros ou de tempo para a leitura, mas não deixaram de manifestar apoio ao sucesso da obra.


O terceiro grupo, amigos de longa data, com mais de quatro décadas de histórias compartilhadas, reagiu com uma certa mágoa. Suas respostas giravam em torno do reencontro e da saudade, evitando qualquer menção ao livro, como se este fosse um elemento estranho à nossa relação.


Este experimento revelou nuances intrigantes sobre a natureza das relações humanas. O grupo com o qual menos esperava solidariedade foi justamente aquele que demonstrou maior apoio, tanto emocional quanto financeiro. Por outro lado, os amigos de longa data pareceram interpretar meu contato como um interesse financeiro, ligado apenas à venda do livro.


Essa experiência lança luz sobre um ensinamento espiritual profundo: muitas vezes, é mais fácil estender a mão a um desconhecido do que a um ente querido. Contudo, não se pode generalizar, pois em todos os grupos há exceções.


Agora, deixando de lado a questão do livro, é imperativo refletir sobre nossa disposição para com aqueles que nos cercam, especialmente a família. Sabemos que dedicar-se aos próximos é desafiador, frequentemente resistimos a oferecer ajuda, optando por auxiliar estranhos em detrimento de quem compartilha nossa jornada mais de perto.


É importante lembrar que aqueles que estão próximos a nós talvez façam parte de um caminho maior, possivelmente conectados por laços de outras existências. Quanto mais cedo reconhecermos e nos reconciliarmos com essas almas, mais rica será nossa evolução espiritual.


Quanto ao meu livro, no final superou as expectativas, mas a verdadeira lição reside na introspecção e na evolução pessoal que tais reflexões incitam.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

PASSADO, PRESENTE E FUTURO


“Mergulhar no tempo

Nas verdades dos instantes

Assim me faço poesia

No formato que a vida

Me faz, em sentimentos

É tão bom encontrar

Momentos felizes

Como um rio que corre

Silenciosamente na beleza

Que se veste de amor”

(Stella Gaspar)

Que os tempos te encontre feliz e fascinado pela vida que escolheste trilhar.

Veja que a vida pode ser, sim, conforme a música diz: ‘a vida pode ser maravilhosa’, com nossas escolhas e consequências.

Desejo que ao olhar-te no espelho não vejas apenas uma sombra, mas sim a tua genuína face, verdadeira ou falsa?

A nossa subjetividade diz tanto sobre nós... por que fugir dela? É preciso se perguntar, se questionar e obter as respostas em você.

Medos? Quem não os tem? Covardia para enfrentá-los?

Cuidado... as correntezas dos rios da vida podem te carregar, reme com segurança onde escolheste navegar, caso contrário, poderás afogar-te nas tuas fragilidades e incompletudes.

O que passou, é o hoje, ressignificado, aguardando com otimismo o futuro, nos fortalecemos, nos deixando mais criativos e racionalmente bem encaminhados, para transitarmos pelos caminhos das emoções.

Na contemporaneidade, precisamos entender que nada é perfeito, que o aprender é um apreender constante e que o mundo, a vida, o dia a dia, são nossos grandes professores.

Vamos aproveitar o que passou. O hoje é, naturalmente, um grande aliado, para renascermos e mostrar-nos que o amor é belo e nos embeleza, sustentados pela nossa crença de que ele é a mais forte das verdades.

Seja a Paz do amor!


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


SIMONE GONÇALVES, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

FELIZ ANIVERSÁRIO, BIANCA


É algo mágico.

Não tem explicação.

Tal qual felicidade.

Em poder comemorar.

Essa grande emoção.

Festejar a vida.

A sua em especial.

Presente divino.

Que completa minha sina.

Poder brindar nova idade.

Dançar no ritmo do "parabéns para você "

Só enche de orgulho.

Agradecer aos céus é pouco.

Pois, teu aniversário é um acontecimento.

Que tanto me fascina, me encanta.

Sou sua eterna apaixonada.

Por anos e anos estarei com você.

Para mais momentos assim.

Te ofertar todo meu amor… meu viver...


 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

 

LIXO EMOCIONAL


Palavras ríspidas,

Desapontamentos, falácias,

Atitudes que atormentam,

Frustrações não verbalizadas

Que dormem camufladas...

Essas coisas deixam a alma fatigada.

Magoou?

Esqueça o que passou!

Por que ficar remoendo

E continuar sofrendo?

Não fique ressentido,

Aprenda com o ocorrido...

Não permita que tirem

A sua paz mental.

Lixo emocional

Deve ser descartado

Ou reciclado.

Readapte-se às situações,

Intensifique suas relações

Com que transmite leveza, 

Vivendo boas conexões.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


MIGUELA RABELO é uma escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.

 

A CRUELDADE QUE DEGRADA A SOCIEDADE

O mundo poderia ser mais belo, justo e leve… se não fosse a maldade humana, essa natureza que devora desmedidamente o que não se enquadra ou encaixa no padrão e se camufla em meio à multidão. Sim, infelizmente é uma ira e revolta com tudo o que destoa do já previsível e posto.

Quando nos deparamos com ataques de ódio contra o diferente, não consigo entender por que tamanha raiva existe. Na minha mente incessante, não cabe espaço para tal justificativa que tente justificar o injustificável: a ode ao ódio de tudo que é diferente, que infelizmente sempre existiu, mas que em pleno século XXI, com toda tecnologia, políticas de direitos humanos ainda não se baniu a prática contra o que destoa em sociedade, como se este fosse, de fato, ofensivo ou uma ameaça aos pilares que ela se sustenta.

Infelizmente, a prática de ódio, também intitulada Bullying, não tem gênero, classe social, religião, raça ou neurodiversidade. Ela acontece indiscriminadamente, amparada em crenças nas quais o agressor(a) se respalda, atacando assim o outro indivíduo de maneira gratuita.

E hoje, o que me motiva a escrever sobre esse tema é diante ao lamentável óbito que um adolescente de 13 anos que sofreu diante aos ataques físicos que recebeu em sua escola por colegas que o perseguiam com humilhações e agressões físicas.

Carlos, autista, estudava na rede estadual de ensino no litoral de São Paulo, na cidade de Praia Grande, e sofria constantemente bullying por parte de alunos da escola. O pai reclamou diversas vezes na escola e solicitou uma reunião com os pais dos demais alunos envolvidos, mas, infelizmente, nada foi feito. No dia 9 de abril de 2024, Carlos recebeu golpes nas costas enquanto conversava com um colega, o que ocasionou lesão pulmonar e, por erro médico no tratamento imediato do quadro, levou ao óbito no dia 16, uma semana após o ocorrido.

Esse não é um texto jornalístico, mas sim emocionado, de uma professora da Educação Especial e também mãe atípica de um pré-adolescente autista não verbal, nível 3 de suporte. Tento, arrasada, compreender de onde vem tanto ódio no coração destes alunos? Será um fenômeno sintomático de adoecimento de nossa sociedade? É escassez de valores e afeto? Será a maldade nua e crua da natureza humana ou a impunidade que encoraja ações degradantes e hediondas em nossa estrutura social?

Penso, como mãe atípica e professora, que a estrutura penal junto à justiça precisa ser revista. Outros casos já ocorreram dentro e fora deste contexto relatado e infelizmente as leis continuam as mesmas. Lamentavelmente, os lares estão cada dia mais adoecidos com a ausência de seus tutores e, assim, os valores de moral, ética e religiosidade se perderam. E quanto a isso, infelizmente nada pode ser feito.

Por isso, acredito que algo necessita ser urgentemente mudado quanto à impunidade de ações desta natureza. Para que outras vidas não sejam ceifadas de forma autônoma ou, como neste lastimável episódio, homicida. É preciso que fatos sejam apurados, responsáveis sejam indiciados e a sociedade assuma a responsabilidade que lhe cabe.

Não entendo o que motiva o bullying, pois nunca cometi e sempre fui vítima. Por sorte, para alguns, e por Deus, em minha crença, nunca cheguei perto do que muitos, infelizmente, experimentam… Mas, não compreendo o que motiva tamanho sadismo contra o outro. Penso que se cada sujeito se amasse, cuidasse de sua vida, dos seus sonhos e projetos, e não se importasse negativamente com a vida alheia, o mundo, sim, poderia ser mais belo, justo e leve.


Obs: Após a preparação desse caderno, saiu uma notícia na mídia dizendo que o garoto não era autista.

 

AUTORA ROBERTA PEREIRA


Roberta M F Pereira nasceu em 1986 e cresceu na cidade de Brumado, interior da Bahia. É Historiadora, Tradutora, Intérprete de Libras, Professora e Poetisa. Desde bem jovem já demonstrava seu amor e dedicação a escrita, especialmente poesias. Tem suas poesias publicadas em diversas coletâneas e no site Recanto das Letras com o pseudônimo, Betina. É autora do livro “Verdades de um Coração Ferido”.

 

SERÁ QUE PRECISO MESMO DE MAIS TEMPO?

Tempo, eu preciso de tempo, preciso de mais tempo...

Acho que a maioria das pessoas tem essa ideia de precisar de mais tempo, e por mais tempo que ela consiga, nunca será o suficiente.

Eu fazia parte desse grupo de pessoas, até perceber que o tempo está diretamente ligado às nossas prioridades, e não simplesmente aos minutos que nos restam para viver.

Comecei então a me organizar de forma mais eficiente, a priorizar tarefas e a distribuir as atividades menos urgentes. Não posso dizer que minha vida se tornou perfeita ou que sempre tenho tempo livre, mas posso garantir que tenho alcançado os objetivos que estabeleço. E quando algo sai do planejado, eu reajusto minhas rotinas, o que me traz uma sensação de calma e paz interior impagável.


 

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