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REFLEXÕES Nº 29 — 17/07/2022


Estamos alterando o formato do nosso caderno para ter uma melhor visualização em aparelhos celulares. Como a maioria vê nosso conteúdo em seu celular, resolvemos aprimorar para uma melhor experiência. Espero que gostem do novo formato.


Comentem!


Luiz Primati

 

AUTORA JOANA PEREIRA


O meu nome é Joana Pereira e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

 

ANDA, MENINA!


Lança, menina, lança! Lança e balança-te neste molho que é a vida! Entre a expectativa e a esperança, atira-te, desbrava caminho e vê como te embaraças nos outros, em tudo. Na lança, nunca vais sozinha, vais projectada nos outros, em tudo. Envolves-te e, enleada, vais nos outros e em tudo.


És a causa do meio e o meio também te causa, combinando numa osmose inevitável, mas desprovida de obrigações. Entrelaçam-te as energias por simples sopros, na vulnerabilidade de que és desfeita.


Não te contenhas! Não queiras desagrupar-te, quando dos agrupados nascemos, nos aglomerados nos distinguimos e em associação vivemos. Anovelada nos outros e em tudo segues em festa tecida do cosmos, na assembleia de tudo o que é universo, seja lá o que isso for. Anovela-te! E num equilíbrio do interser, anovelada és, deixa-te ir no baloiço, mas com balanço.


Não é bonito?


Isto de sermos tudo e todos do mesmo cardume, de sermos interseres no mesmo mar?


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
 

CONSELHOS


A máxima de que “se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia” ainda é válida. Qualquer idiota pode sair por aí distribuindo conselhos, isso é fato. Você pode até ouvi-los, mas está disposto a segui-los? Quase todo mundo ignora conselhos vindo de outros, afinal somos autossuficientes, mais espertos e inteligentes que nosso interlocutor, então por que dar ouvidos ao que ele diz? Realmente é estranho seguir um conselho de alguém já que nos auto-declaramos acima de todos, principalmente dos amigos. Isso é do ser humano, não tem como negar.


Essa semana li sobre a peça de Shakespeare, Hamlet e um trecho me chamou atenção. É onde Polônio, um homem sem caráter, um pouco idiota e dá conselhos a seu filho Laertes. São 9, referem-se à felicidade e ei-los aqui:


  1. Não expressar tudo o que se pensa.

  2. Ser amistoso, mas nunca ser vulgar.

  3. Valorizar amigos testados, mas não oferecer amizade a cada um que aparecer na sua frente.

  4. Evitar qualquer briga, mas se for obrigado a entrar numa, que seus inimigos o temam.

  5. Ouvir a todos, mas falar com poucos.

  6. Usar roupas conforme a sua renda, sem nunca ser extravagante.

  7. Não emprestar dinheiro a amigos, para não perder amigos e dinheiro.

  8. Ser fiel a ti mesmo.

  9. Jamais ser falso com ninguém.


Mesmo tendo vindo de um idiota, os conselhos parecem bem sábios. E tem outra máxima que diz “Faça o que eu falo, não faça o que eu faço”. É como ouvir o médico dizer para não beber e nem fumar, enquanto ele tem esses dois vícios, o endocrinologista gordo que sugere métodos de emagrecimento, o instrutor de academia que odeia seu ofício e por aí afora.


Afinal, do que se trata mesmo esses conselhos? Felicidade? E o que é felicidade? Felicidade é um conceito abstrato e só existe quando podemos compará-la com seu antônimo: infelicidade. Sou feliz à medida que comparo minha situação atual a uma em que fui infeliz. O conceito de felicidade é recente. Os homens primitivos não tinham ideia do que era felicidade. O que os humanos sentem há muito tempo é uma sensação de realização, de dever cumprido e isso pode ser traduzido hoje como felicidade.


Voltando aos conselhos, se você quer um, de verdade, peça a um especialista no assunto: a um advogado se for um processo, a um veterinário se quiser um animal de estimação, a uma prostituta se o assunto for sexo, a um criminoso se quiser cometer um crime, a um drogado se quiser saber sobre os efeitos das drogas. Ou então aconselhe-se com o Dr. Google. Ali, anonimamente você poderá sorver muitos conselhos e não seguir nenhum. Ninguém saberá e nenhuma satisfação terá que dar sobre suas decisões.


 

AUTORA JOANA RITA CRUZ


Joana Rita Cruz nascida a 11 de março de 2002, é portuguesa e estudante de Engenharia Informática. Começou a escrever inicialmente no género de ficção com especial interesse em literatura fantástica, mas em 2015, escrever poesia tornou-se uma parte integrante da sua vida.

 

FUI SOU?


Houve uma altura

Em que eu

Era isso mesmo

Única e simplesmente

Eu.


Vestia-me sem olhar o espelho

Amava sem limites

Vivia todas as amizades

Com o mesmo despacho:

Momentos dos mais felizes.


Já fui tudo

O sucesso e a felicidade,

O talento sem animosidade,

Uma indomável brisa de vento

Que desafia a sociedade.


E hoje não sei nada.


Fechei o coração

Aos meus poemas

E o sorriso

Abandonei-o por uns tempos

Face a tantos dilemas.


Perdi-me em mim própria,

Mas mais do que isso

Deixei-me desvanecer na vida

Deixei desvanecer a minh’ essência

De menina.


Hoje não sei nada,

Se não que falta algo

Algo em mim de essencial,

Tudo aquilo que me fazia

Eu, que me fazia especial.


Por isso abro o peito,

Deixo escorrer as letras

Num poema honesto,

Sem necessidade de embelezamento

Um poema simples, cru, sincero.


Deixo o sorriso vir um dia,

Primeiro sai a lágrima,

Na verdade, de meus olhos

Corre uma piscina de mágoa

Necessária para eu me curar.


Deixo-me ser o nada,

Sem me sentir vazia,

Folha em branco, cristalina água

Poesia a ser escrita

E vida a ser desenhada.


Preencho as entrelinhas de mim,

Com coisas simples como um momento,

Acolho as amizades que deixei esquecidas

E os amores que são de meu intento,

Neste difícil processo de ser.


Começo e escrevo um verso,

Um simples verso,

Que me permita começar,

Recomeçar a viver

Sendo eu.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.

 

PRINCESA


Ela espera pela janela

Mas ele não aparece...

Ela canta seu pranto

Sereno e doce,

E nada acontece...


Mais ainda sim,

Acredita nele...

Porém,

Seu corpo reclama

Das dores

E clama

Pelo sapato

Perdido

Entre olhares

E esquecido

Nas promessas

E lembranças...


Então descalça

Seus pés,

Amarra suas tranças

Na janela

E desce Sozinha

Da da torre.


E corta estão

Suas madeixas,

Se libertando

Do peso de outrora

Convidando a si mesma

Para a bailar

Com a vida.


Mas ela ainda sim,

Acredita nele...

Traiçoeiro amor.

Porém, agora

Será diferente,

Pois, será ela

A autora,

Diretora,

E protagonista

Da sua própria

História.


Desapegando-se

De ser princesa,

E tornando-se

Rainha,

De si mesma.


 

AUTOR ANTÔNIO CARLOS MACHADO


Paulistano da garoa e da fumaça, consultor de empresas, além de planilhas cansativas faz bom picadinho e escreve poemas com alguma filosofia e muito sentimento. Leitor e autodidata das ciências humanas, amante dos filmes noir de Humphrey Bogart, George Raft, do jazz suingado de Ella Fitzgerald e outros dinossauros extintos há muito preto e branco atrás. Pai, avô e poeta “pela metade e de trás pra frente”, este é Antonio Carlos Machado.

 

HUMANAMENTE COISA


Ansiedade, a palavra que já não causa as mesmas sensações de antes ou mesmo não é vista como uma característica especial, por que todos somos potencialmente ou mais que isso, naturalmente ansiosos.


Contudo, é com esta base que sinto o quanto estamos tornando tudo consumível e quando digo tudo me refiro às mais humanas questões, aos fragmentos e manifestações de nossa humanidade, a impressão de que qualquer coisa seja ela física ou não, pode ser comprada, adquirida, degustada, engolida, posta para dentro de nós como se fosse um alimento seja do corpo ou do espírito.


O que pode ser consumido como se assim fosse? O pote de margarina, um automóvel, um hidratante, um sanduíche, uma música, um filme e uma reflexão a respeito do nosso cotidiano, tudo enfim?


Nossa expectativa é construída e queremos a cura, a satisfação ou minimamente a clareza objetiva de qualquer coisa que nos passe a frente do nariz?

Já pararam para pensar que uma gota d’água tem inúmeros componentes químicos mesmo sendo uma “coisinha banal”?


A simplicidade, muitas vezes decantada e sacudida nas bandeiras dos inteligentes da vez, não é uma definição do fato ou da coisa em questão, a simplicidade ou o simples é o olhar de quem observa, de quem sente, é a capacidade de aceitar inclusive, ou antes, e principalmente o que está além da compreensão, do conhecimento empírico e teórico de cada um.


Por conta disso e de muito mais que eu, escritor de poemas, crônicas e outras polêmicas, conheço e dou conta de saber, é que nas vezes que proponho qualquer coisa nestes mesmos textos, estou, na verdade, invocando, provocando um pensar, um sentir diferente, como que servindo um prato com temperos diferentes ou metade dele, ou ainda só uma ideia do que seja aquilo que nem pensei de maneira completa.


E quantos esperam de um ser tão complexo como o ser humano, alguma coisa bem explicadinha, bem definida e de preferência, completa e bem-acabada, de outrem...?


Ansiedade, expectativa, coisificação e consumo, vivemos isso e frustramos os outros e nos frustramos também.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

A GRANDE LIÇÃO


Como sabemos que aprendemos uma grande lição?


Somos pegos de surpresa há todo momento na vida... nos desenganos, nos golpes duros que afetam nossa auto-estima... Ah! Quantas ilusões.


Pensamos que, de cara, encontramos o verdadeiro amigo, aquele que podemos ter ao lado para o que der e vier. Acreditamos nas palavras, mas não lemos direito seus olhos, porque o olhar pode transmitir tanto. Mas não deciframos o segredo da alma. A cegueira da mentira toma conta de uma forma tão forte que nos tornamos reféns dessa "doce ilusão"...


O que precisamos deixar acontecer é sentir nossos instintos tomar conta das situações decisivas com aquele olhar apurado. Um olhar que nos remete para o íntimo do outro com certa sabedoria de ler o que de verdade se esconde em seu semblante. É deixar o lado mais sensível do coração nos levar para onde um caminho de luz.


Mas, como saber que estamos seguindo esse caminho, e que aprendemos alguma lição de vida?


A lição da vida que nos ensina algo bom é justamente quando quebramos a cara, seguindo um caminho ao contrário, porque é aí, justamente no que é ao contrário que o certo chega. Temos que saber tirar proveito, peneirar os detalhes e usar o que nos feriu como um livro cheio de receitas para se saber, a cada dia, preparar o prato da vitória, da doce conquista de como sorrir de forma sincera para a vida e ver no outro a verdadeira face do amor.



 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


Lucélia Santos, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e mini contos infantis.

 

PERDÃO


Ao sentir agonia, aquela ausência de paz, lembrando-se de quem não perdoou um dia e decidiu viver com isso por toda vida. É o momento em que a mágoa o prejudica, é como se envenenar e esperar o outro morrer, é remoer um acontecimento que já não existe, que o tempo já levou e mudanças aconteceram. É como se achar perfeito sendo imperfeito. Somos errantes e falhamos todos os dias. Necessitamos de perdão, por que então não perdoar?


Acredito que o perdão é uma qualidade poderosa e edificante, é uma decisão que nos dá chance para um recomeço, é ser humilde para pedir e corajoso para dar, é saber usar a sabedoria que temos na medida certa.


E quando chega o momento em que ao outro se perdoa, sentimos aquela sensação confortante, como um bálsamo para prosseguir em paz, um alívio imenso, como se tivesse se livrado de uma pesada carga. Se necessitas dar este grande passo, desejo-te coragem e persistência, que a esperança de um novo dia de união e paz nos acene constantemente. E que o abraço do perdão nos aqueça sempre que necessário.

 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

O VENTO


Me deixa sentindo a vida.


Com ele a liberdade é um presente com sopros de silêncios nos pensamentos. Pensamentos profundos, que só o vento brando pode alcançar.


O vento nos acompanha na praia, nos jardins ou naturalmente caminhando.


È nessa harmonia entre senti-lo na pele e com brisas na alma, que temos a sensação em estarmos voando, em voos de desejos românticos.


Todos nós precisamos de vento: eles são inseparáveis de nossas horas.


De todas as maneiras o mantemos íntimo, admirando de uma varanda no alto andar de um edifício a lua e os mistérios das nuvens.


A sensação do distante ao sentirmos o vento, se transforma em proximidade.


É impossível não sentir esse imponente fenômeno, que nos faz bem na medida certa.


Sonhos, sorrisos, segredos, doces entregas aos abraços arejados, como é nobre seu balançar nas folhas de inverno a verão, até mesmo as deixando cair no outono.


Vento de primavera, vento de verão, vento de chuva ou vento de outono meus pensamentos se deixam levar em meditações, na companhia das cores do céu e suas nuvens, tudo isso nos faz respirar seduzidos por ventos que parecem nos levar para agradáveis destinos.


Vejo-me, agraciada inteira e relaxada.

Com a minha vitória em poder ter uma visão profunda das metáforas perdidas em abismos, o vento pode jogar para longe.


Caminhando nas areias da praia meus sonhos ficam grandes, a minha vida, a minha prosa, a minha eternidade, levo comigo em companhia do vento.


 

AUTORA WANDA ROP


Wanda Rop, paulista, residente em Porto Velho-RO, antologista, poetisa, escritora, Formação Curso Superior de Filosofia, graduanda do último semestre do Curso Superior História, Pós-Graduada em Estudos Linguísticos e Literários, Docência Do Ensino Sup/Neuropsicologia; Gestão Escolar e MBA Executivo em Negócios Imobiliários e Turismo. Acadêmica da A.I.S.L.A, A.L.S.P.A, FEBACLA, AILB, AIML e Membra Fundadora da ABHL, Autora do Livro “Paixões e Poemas de uma mulher intensa” e “TEMPO DE AMAR”.

 

PADRÃO


O que você deseja?

É o padrão de beleza?

É a posição social?

É o dinheiro que te importa?

Roupas caras te satisfazem?


Nada disso é um erro.

Erro é forçar o outro a ser aquilo que você quer.

Não se prenda a padrões de beleza, magreza, riqueza, doidera


Somos únicos neste mundo louco.

E daqui nada levamos

Nem a grife, nem o carro, nem as joias.


Só o que somos e o que fizemos de bom será lembrado. Você é um ser de luz, então seja a luz que o mundo precisa.

Faça a diferença, abandone as futilidades que não acrescentam nada em seu viver.

Seja alguém importante na vida de outro alguém!


 

AUTORA BETÂNIA PEREIRA


Betânia Pereira, historiadora/enfermeira, colunista na Revista The Bard. Participou de várias antologias poéticas. Escreve desde que aprendeu a escrever. Escreve poesias, prosas, textos de autoajuda, reflexões. Escreve sobre todas as pessoas que rondam as vidas que viveu e as que ainda viverá.

 

NA FAMÍLIA ESTÁ A CURA?


Nós, mulheres nunca estivemos tão vulneráveis socialmente quanto nos últimos tempos, enfrentamos um mundo onde a violência em todas as suas formas ainda estão ajustando a humanidade aos padrões “humanos”. E não podemos deixar de ter uma visão holística de toda e qualquer situação que envolva violência.


Culturalmente, vemos ao longo da história homens que foram educados para renegar socialmente tudo que é feminino, criados para subjugar mulheres. Dando a impressão de seres limitados de sentimentos, não buscam entender e internalizar que ser homem está muito além do estereótipo do machão. Compreendamos, há lados saudáveis na masculinidade. Não se pode encaixotar e generalizar todos os homens. É uma discussão ampla, envolvendo aspectos socioculturais, psicológicos, psicogenéticos, etc.


Não procuro justificativas, nada justifica atitudes de violência, que nos causam náuseas, repulsa. Quero despertar o olhar para a família, início de tudo. Suscitar questionamentos a respeito do ser que foi (des) educado para ser homem, as possíveis disfunções psicológicas que rondam sua mente, em que seio familiar ele foi criado, como ele recebeu as mensagens relacionadas a sua sexualidade, quais traumas traz e como perpetua todo a carga disfuncional que recebeu. Sempre me seduziu estudar o psicológico das vítimas e agressores. E questiono-me como as disfunções emocionais, traumas deturpa a mente e atitudes de muitos. Relativo à sexualidade principalmente.


Pouco se ensina no seio familiar sobre sexualidade. Sexo antes de tudo é um ato santo, de encontros de almas, de pureza. Tanto homem quanto mulher, tem corpos como templos e devem ser respeitados, amado! Na verdade, pouco se conversa em família, o diálogo foi cortado ou resumido a “o que temos hoje para o almoço?” “Vou sair, e não demoro”. Esquecendo de demonstrações de afetos e diálogos construtores.


Quando você subjuga o outro com atitudes grotescas como a ocorrida, revela identidades mascaradas, traços de personalidades frágeis e doentios.


Ninguém cura os males se não for à raiz, e tenho tentado compreender (se há compreensão) e analisar o quanto a saúde mental de homens e mulheres tem sido afetada nos últimos tempos, e penso que a raiz da cura se encontra no seio familiar, o alfa e o Ômega da humanidade. Criamos seres sadios, quando somos sadios. A ciência tem conhecimentos que traumas pregressos afetam o psicopatológico refletindo na vida cotidiana.


Mas há ainda um longo caminho a percorrer, até a família entender a importância que tem diante dos seres que lhe foram confiados.


Violências contra a mulher sempre existiram ao longo da história, nos tempos atuais, o grito de basta de muitas, permite que outras ganhem forcas e saiam de relações tóxicas. Ficamos aguardando maturidade e tomada de posse por todas as mulheres, das características de poder e força que há nelas. Enquanto isso, deixamos empatia e pedimos urgência na efetivação das leis que protegem as minorias e no respeito as mesmas.

 


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