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REFLEXÕES Nº 15 — 10/04/2022

Mais uma edição no ar! Hoje, coincidentemente, temos 2 histórias que falam de cães. São histórias tristes que traz a reflexão sobre nossos pets. Uma delas é sobre a minha Paçoca e a outra é de Antônio Carlos Machado e ele fala de Frida. Duas cachorras queridas e deixarão os leitores emocionados.


Nossos colunistas: Ipê (Odilon Azevedo Filho), Luiz Primati, Antônio Carlos Machado, Joana Pereira, Joana Rita, Alessandra Valle, Simone Gonçalves, José Juca e Lina Veira.

Leia, Reflita, Comente!


Imagem: https://www.azpetshop.com.br/



TEMPO PERDIDO


por Ipê (Odilon Azevedo Filho)

Não entendo quando falam

“tempo perdido”.

Como posso ter perdido um tempo

que nunca foi meu?


Cronos é o dono do tempo.

Como somente um deus

poderia ser.


Nós, mortais,

não temos tempo

para sermos um deus.


O tempo nos tem.

Um deus nos detém.




ADEUS PAÇOCA


por Luiz Primati

Paçoca entrou na minha vida e da minha mulher, no final de 2021, precisamente em 28 de dezembro. Há anos minha mulher queria um cachorro de companhia e eu dizia-lhe que não deveria adotar, pois, esses animais requerem muita atenção. Ela andava num período carente e acreditou que o animal a tiraria desse estado. Não foi bem assim.


A esperança era que o cãozinho a fizesse ter a vida mais ativa. Nos primeiros dias convivendo com Paçoca, ela se animava acordando cedo. Passeava com a Paçoca, dava carinho e atenção. Depois de 2 meses, veio o Gabriel, nosso mais novo neto e Paçoca teve sua atenção diminuída.


Não é preciso ser um expert para saber que isso não deu certo, pois, Paçoca não entendia o motivo de passar horas, trancada, sozinha no apartamento. Eu e minha mulher íamos paparicar o netinho e Paçoca passou para segundo plano.


Quando chegávamos à noite, ao nosso lar, estávamos exaustos e Paçoca, animada. Cada vez que colocávamos a chave na porta, rezávamos para que tudo estivesse em ordem em nosso apartamento. Na maioria das vezes, quando éramos recebidos com latidos, pulos e lambidas, as coisas estavam em seu devido lugar. Mas Paçoca também tinha seus dias de fúria e, rolos de papel higiênico eram espalhados pela casa, tapete higiênico destruído (parte dele, no estômago de Paçoca), portas arranhadas, camas e sofás ligeiramente mordidos pelos seus dentes afiados.

Foi uma luta os 3 meses em que convivemos com Paçoca. Quando tínhamos a certeza de que ela aprendera a fazer as necessidades no lugar certo, Paçoca nos surpreendia. Perdi as contas de quantas vezes pisei sobre suas vezes, escondidas, de nossas vistas. Urinar aos pés da minha cama era uma traquinagem que ela fazia e pisei vez ou outra, encharcando os pés. Fora isso tudo, Paçoca gostava de morder os cadarços de meus tênis, lamber o meu chinelo, digo, encharcar a parte onde eu acomodava meus pés, com sua saliva; latir alto até que eu me levantasse para ver o que ela queria, saltar sobre o sofá, lamber e morder o que estivesse ao seu alcance.


Nesse sábado não foi diferente. Quando eu estava em meu computador, Paçoca veio até mim e latiu muito alto, estridente. Perdi a paciência e corri atrás dela pelo apartamento. Ela fugiu de mim com uma velocidade incrível e eu não consegui pegá-la. Até que me cansei e sentei de volta próximo ao computador. Ela veio, quieta, se deitou ao lado e ficou com a cara espalmada no chão, feliz por chamar minha atenção. Fiel companheira.


Em outro momento ela ficou arranhando a porta do quarto onde minha mulher dormia até eu abrir para ela entrar. Perturbou tanto que ela se levantou e foi para o sofá. Paçoca, num salto, estava ao lado dela e ali foi acariciada pelas mãos de sua dona. Lambeu todo o braço de minha mulher que, deixava. Dizia que a sua saliva era limpinha. Eu, no entanto, odiava isso. Sentia minha pele coçar.


Meu sábado parecia com outro qualquer. Resolvi tirar os lixos: banheiro, cozinha e lavanderia. Separei o que era reciclável e fui até a lixeira do prédio. No caminho parei para conversar com o porteiro e olhar o meu carro. Não tendo mais nada a fazer fora do apartamento, retornei e, ao abrir a porta da sala, minha mulher estava eufórica.


— Vamos! Ajuda-me aqui que o cara já chegou — disse minha mulher.


— Ajudar com o quê? Que "cara" já chegou? — perguntei confuso.


— Ajude-me com as coisas da Paçoca — respondeu.


Olhei em volta e vi as coisas da Paçoca em sacolas plásticas: cama, coleira, ração, travessas de comida e água, brinquedos. Fiquei olhando aquilo ainda sem entender.


— Não estou entendendo... quem é o cara que chegou? — questionei novamente.


— O homem que dá banho na Paçoca — respondeu.


Entendi. Paçoca iria para o banho. Mas, por que ele tinha que levar todas as coisas da minha cachorra para um simples banho? Foi aí que a ficha caiu.


— Você está dando nossa cachorra? — falei ainda esperando uma resposta negativa.


— Sim! O cara que dá banho nela disse que fica com ela — respondeu tristonha e agitada.


— Mas, por quê? — ainda confuso.


— Porque será melhor para ela. Não tenho tempo de cuidar. Pensei a noite toda e me corta o coração cada vez que ela chora diante da porta do nosso quarto. Não consigo cuidar dela e nem você.


— Eu dou atenção, sim! — discordei.


— Eu sei que você dá, mas ela é ainda um bebê. Precisa correr, brincar, gastar energia. Veja hoje, por exemplo, nós vamos sair após o almoço e só voltaremos lá pelas 22h. Ela vai ficar sozinha, tadinha...


— Mas...


— Está tudo certo! O cara chegou! Pega as coisas dela e me ajude a levar até o carro dele.


* * *


A despedida foi triste. Minha mulher chorou muito. Eu segurei um rio dentro de mim. O cara prometeu dar carinho a ela. Paçoca olhava confusa a cena. Minha mulher a pegou no colo e a beijou, como sinal de despedida. Logo Paçoca partia na traseira do furgão do petshop e nós retornamos ao apartamento, com minha mulher em prantos, apoiada em meu braço.


Eu não queria um cão para não me apegar a ele e não sofrer durante a separação, no entanto, eu dizia para minha mulher que o motivo era pela falta de tempo para cuidar.


Eu reclamo muito da Paçoca e até escrevo uma série sobre suas aventuras num caderno todas as sextas. Ela não vai sumir tão cedo das histórias, pois, deixou muita lembrança. Já tenho muitos capítulos escritos e os leitores não ficarão órfãos.


Ela me deixava irritado e eu corria atrás dela pelo apartamento. Se pensar bem, ela estava me ajudando a me exercitar para eu não ter um problema de circulação nas pernas. Já estou sentindo saudade de suas travessuras. Enquanto escrevo esse texto, já olhei várias vezes embaixo da minha mesa para ver se ela não estava mordendo os cadarços dos meus tênis — força do hábito, e vai demorar para sumir. Minha esposa fez o que era melhor para ela e não o que era melhor para nós. Eu compreendi.


Adeus, Paçoca!


Aí! Justo agora caiu um cisco no meu olho...




FRIDA, FRIDOKA, FRIDOLINA


por Antônio Carlos Machado


Podiam ser nomes de uma amiga, uma tia, qualquer pessoa a quem se conhece de maneira íntima ou não, no caso se trata de um outro tipo de ser ao qual bilhões de seres humanos estão acostumados a ter próximos de si e de maneira muito familiar, estou falando, na verdade, de uma cachorra, uma cadela da raça SRD (sem raça definida) o nome politicamente correto que hoje em dia se dá aos populares vira-latas, os mesmos que nos encantam com sua fidelidade tão maior que a nossa, humana e tão inferior.


Frida foi colocada em frente ao portão de casa, há 16 anos, tinha ao seu lado dois vasilhames, um com água, outro com ração, com todo cuidado alguém a deixou ali, suponho que com a certeza de que ela seria adotada por um outro alguém que gostasse de latidos e todo o pacote nem tão harmonioso que compõe a vida canina.


Nunca tivemos animais em casa, minhas filhas já não eram mais crianças, mesmo assim eu a quis, lhe dei esse nome estiloso porque achei que ela era de fato especial como a pintora mexicana, iconográfica e atemporal, Frida Kahlo.


A Frida cão que chegou a minha casa era loira, esbelta, porte médio e muito arisca, achei que seria uma forma de dar mais vida a casa.


Frida fazia a alegria da casa e muita festa quando eu chegava do trabalho, de todos da casa ela se afeiçoou mais a mim, a mim ela respeitava mais ou desacatava menos talvez.


Foi chamada por alguns de cachorra-canguru, pelos pulos altos que dava quando demorávamos a levá-la para passear e por nós da casa de cachorra-galinha, porque em certas oportunidades, ficava na cadeira do quintal se protegendo de pequenos alagamentos que o piso fora de nível permitia.


Fugiu algumas vezes, durante os passeios, fez lá suas estrepolias, afinal era o que dela se esperava na sua condição jovial e canina.


Nesses passeios adorava cheirar tudo e todos, inofensiva representava a frase típica dos cães que apenas ladram, costumava dizer a quem num primeiro momento temia seus dentes que seria mais fácil ela ser mordida por um visitante do que o contrário.


Frida nos gostava e nós gostamos dela e era tudo que nós precisávamos saber.


O tempo passou, seus passos foram ficando mais lentos, ela deixou de reclamar da demora ou da falta de passeios, Frida, como todos nós, envelheceu.


Foi um processo lento, gradual e triste.


De uns dez dias para cá ela se debilitou drasticamente, começou com um problema de coluna, agora já não anda mais, chora á noite, a veterinária diz que pode ser dor ou confusão senil, seus rins estão comprometidos pela longevidade, não consegue mais beber água nem se alimentar sozinha, recebe alimento quase líquido numa seringa, toma remédios, está morrendo aos poucos, pelo seu olhar ela sabe disso.


Nos resta cuidar dela até o fim e tentar fazer com que sofra menos.


Todo esse processo de dor me faz refletir é claro sobre a finitude das coisas todas e quanto é penoso ir-se aos poucos e ver quem nos é próximo nos deixar aos poucos.


Nada disso é evitável, morreremos todos, algum dia e a morte não é nada além do fim, é o lugar onde não estamos.


De certa forma ao cuidar dela celebro a vida porque faço o que considero o melhor que poderia fazer por qualquer ser que me é precioso, a vida tem o valor que damos a ela.


Mais dia ou menos dia ela irá nos deixar, ficaremos tristes, pensei que seria bom se ela pudesse pelo menos me ouvir lendo esse texto, para saber que ela é importante, mas acho que eu e toda família fez com que ela soubesse disso de outra forma, ela sentiu, ela sabe.


Frida, Fridolina, Fridoka, cachorra da gente.




NINGUÉM ME DISSE


por Joana Pereira IG: @temjuizo_joana


Sabem quando ficam perplexos com as situações? Quando a indignação conquista todo o espaço cerebral? Talvez o espaço onde são processadas as emoções de alta intensidade… é assim que me sinto! Numa aversão pelos imprevistos e circunstâncias. É que nunca ninguém me disse que a vida era assim, que era isto, estes ciclos de dor-alegria, chorar-rir, morrer-nascer, cair-levantar. Nunca ninguém me disse!


Se, na adolescência, me dissessem que iam haver fases de lua versus sol na minha história, eu não quereria crescer. Ninguém me disse que as pessoas seguiam caminhos diferentes, de forma individual e que toda a adolescência acabaria mesmo ali!


Tão pouco me informaram das decisões, das escolhas que podiam mudar-me o rumo. Até das incertezas se esqueceram de me avisar, quando o que me davam para ler eram histórias de “viveram felizes para sempre”. Mas até essas personagens tiveram dúvidas, viveram nas mesmas hesitações sísmicas que eu.


Também ninguém me disse que iria temer pela morte dos meus, nem nunca me prepararam para isso. Se me dissessem que eu ia trepidar com o toque do telefone, fora de hora, eu preferia não crescer. Os acontecimentos menos bons não escolhem hora, nem o dia perfeito para acontecerem. Simplesmente acontecem! Levam-nos o chão em instantes. Tudo o que era garantido passa a ser incerto ou, até mesmo, dispensável.


Não é fácil, isto de sermos crescidos, dos que vivem com o coração nas mãos, cheios de cuidados. Se não é cuidado com o meio envolvente, é com a língua. Ninguém me disse que teríamos de ser tão apertados de bons modos, de cautelas, responsabilidades e preocupações. Queria ter ficado na infância, quando os meus pensamentos pairavam entre chocolates, bonecas e desenhos animados. Crescemos para conhecer o sabor amargo da tristeza e saber lidar com a aflição. Crescemos para saber colocar tudo numa balança e zelar para que o lado mais pesado seja o das conquistas, do amor e dos momentos felizes.


Ninguém me contou que iria viver numa corda bamba e que ia ter medo de cada vez que me desequilibrasse. Que iria ter medo das quedas e, muito mais medo, das quedas livres, desprovidas de amortecedor. É que ninguém me disse!


Quanto mais o tempo passa, mais conscientes somos do quão frenética a vida é. O tempo dá-nos a vil lucidez, de que não importa o quanto façamos, os acasos, ao acaso, surgem, mudando todo o universo e os universos dentro de nós.


Nunca ninguém me disse que, afinal, estas dores da vida, eram as tão faladas dores de crescimento.




AS BENÇÃOS DESTE MUNDO


por Alessandra Valle


Uma frase “É BOM SER DO BEM”, colada por adesivo, na traseira de um carro, me levou a refletir durante a semana sobre como posso ser do bem num mundo de provas e expiações, tal qual é o planeta Terra.


Assisti o noticiário e desanimei. As reportagens reproduzem um cenário de violência, de vingança e desgraça moral entre os seres humanos. Alguns, preferindo dar tapa na cara de outros, incitam o olho por olho, dente por dente. Outros, determinam que tropas militares ceifem vidas e destruam um país inteiro.


Entretanto, urge que olhemos para nós mesmos e busquemos compreender que estamos todos em aprendizado nesta Escola bendita, vivenciando as experiências necessárias para nossa evolução.


Ao olhar atentamente ao redor veremos as bênçãos deste mundo, pois que o Criador nos ama e tal como um pai, jamais negaria pão ao filho com fome por isso, abundantemente, nos presenteia.


Existe o ar, a água, os alimentos que nos sustentam fisicamente. Existem flores, campos, paisagens belíssimas para nos encantar. Existem irmãos de caminhada que são amigos, amores, e sobretudo, existe a oportunidade do trabalho.


Deus nos outorgou o desejo incessante do melhor e é esse desejo que nos impele à pesquisa dos meios de melhorar a nossa posição, que nos leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento.


Enquanto a inteligência nos engrandece, o moral nos depura. Disse Jesus, “PEDI E SE VOS DARÁ; BUSCAI E ACHAREIS; BATEI À PORTA E SE VOS ABRIRÁ; PORQUANTO, QUEM PEDE RECEBE E QUEM PROCURA ACHA E, ÀQUELE QUE BATA À PORTA, ABRIR-SE-Á.”


Cada um de nós, no trabalho e no lar, encontra vasto campo de aperfeiçoamento, porém teremos de dar nossa cota de esforço para progredir.


Haja vista convivermos com os seres nos mais variados graus de estágio na escala evolutiva, certo é que toparemos com pedras pelo caminho, e deveremos afastá-las nos mesmos; receberemos tapas, e deveremos buscar perdoar e não nutrir desejos de vingança;


Percebo que dentre tantas bênçãos deste mundo, uma delas sou eu mesma, pois posso trabalhar e agir no bem, basta PEDIR e BUSCAR, através do esforço pessoal e que RECEBEREI a força necessária para resistir ao mal e a assistência dos bons espíritos que me guiarão pelo caminho do bem.


Por isso, confirmei que é bom ser do bem e poder contribuir com a minha cota de trabalho para um mundo melhor.


Fontes de consulta:

Evangelho de Mateus, 7:7 a 11.

O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXV – Buscai e achareis



FANTASIA REAL


por Joana Rita Cruz


Há fantasias que prevalecem

sonhos de criança

nem sempre se desvanecem

numa íntima e alegre esperança.


Cantam-se músicas de embalar

Pintam-se casas e famílias

Damos prevalência alta ao imaginar

Nos primeiros anos como crias.


Porquê esquecer

Porquê deletar

Porque não saber

Porque não relembrar.


Os unicórnios existem

As salamandras são dragões

As lendas e mitos desenvolvem-se

como magia em nossos corações.


Dão asas à criatividade

Dão forma à arte e espírito

A qualquer monótona sociedade

São como ancestral manuscrito.


Que torna real o irreal

E cria o necessário

Para que surja o original

E se torne em si lendário.


Há fantasias que (são)criam realidades.




AVÓS

por Simone Gonçalves


Um bolo quente

Café no bule

Conversas ao pé da mesa

"Causos" da roça

Vovô adora contar

Vovó sempre a sorrir

A casa sempre

De portas abertas

Aquela sala aconchegante

Primos brincando

E a tardezinha

Aquela voz anuncia

"Vamos fazer pastel?"

Em volta da mesa todos se reuniam

A janta não ia acontecer

Pois, os pastéis "empaturravam"

Um dia perfeito

Na verdade, sempre foi assim

Uma infância feliz eu pude viver

Sou grata eternamente

Hoje eles vivem comigo

No coração e na alma

Do céu me protegem

Minhas estrelas maiores

Meus avós

Eternos amores




BIPOLAR


por José Juca


Entre a euforia e a depressão, ele estava eufórico. E por incrível que possa parecer, consciente de sua condição. Sabia que dali para frente seriam noites sem dormir. Precisava achar algo para ocupar o tempo. Não podia sair de casa. Tinha que guardar o cartão de crédito. Para ir ao mercado, teria que sair com o dinheiro contado. Foram anos de terapia até chegar nesse nível de autoconhecimento. Situações que para alguns classificam-se como banal e corriqueira, para ele pode ser o caos. Um simples debate, num momento de euforia, numa reunião normal de trabalho, com ideias opostas, já desencadeava uma briga homérica. Acredite, chegando às vias de fato. Essa é, muitas vezes, a realidade de quem tem o transtorno bipolar do humor. Sabendo de sua realidade, e ciente das estratégias criadas em tempos de terapia, durante o dia, estando no trabalho, evitava reuniões, lugares movimentados, sempre se esquivando de discussões polêmicas com colegas. Enfim, fugindo de qualquer situação que desencadeasse situações pessoais de impulsividade. Voltando para casa, nas noites que não dormia, trabalhava na biblioteca pessoal, reorganizando livros… Também, vinis, CDs e DVDs, ou punha-se a trabalhos artísticos… Assim levava a vida, associando terapias, medicamentos controlados e estratégias aprendidas durante o tratamento. Ciente de que havia qualidade de vida, apesar das dificuldades com a doença. Afinal, a realidade de quem tem transtorno bipolar do humor é ceifada de muitos mitos e fantasias. E há que se combater estes fatos.




DESEJOS DE UM DE MEUS OLHARES


por Lina Veira


Doa-se  pouco para  as coisas boas e pessoas certas na vida.


Bocas falam demais e ouvidos  escutam o que não devem e merecem:


Os exageros.


Nem tudo que você  merece  você oferece, mas, para tudo que você se doa  e abraça até o talo, representa você e te deixa imortal neste mundo.




NOSSOS COLUNISTAS


Da esquerda para a direita: Luiz Primati, Alessandra Valle e Joana Pereira. Depois Joana Rita, Antônio Carlos Machado e Simone Gonçalves. Por último José Juca, Lina Veira e Ipê.

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