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BECO DOS POETAS Nº 127 — 20/11/2025

Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


Imagem criado com IA Midjourney
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AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março de 2023 lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em agosto de 2025.

ROCHEDO INVISÍVEL


Acordei e a cama ainda guardava o meu vazio moldado por ela. O lençol era um mapa de ausência: aqui o meu braço que a envolvia, ali a curva da cintura que eu desenhava com os dedos, mais além o lugar onde os meus pés procuravam os dela para aquecer o mundo. O universo, esse teatro sem diretor nem plateia, simplesmente apagou o segundo ato e deixou-me sozinho no palco.


Levantei-me. O espelho devolveu-me um homem que já não reconhece a própria dor — porque a dor, para doer de verdade, precisa de sentido, e o sentido morreu com ela. Camus veio-me ao pensamento, seco como sempre: "O absurdo nasce deste confronto entre o meu grito humano e o silêncio irracional do mundo". Compreendi, enfim. Não é a morte dela que me mata; é o universo se recusar a explicar por que a levou.


Amar foi o meu ato mais puro de revolta. Amar foi empurrar o rochedo dela montanha acima todos os dias, sabendo que ele rolaria de volta. Eu empurrava-o com beijos, com silêncios compartilhados, com noites inteiras em que o corpo dela era a única resposta que eu aceitava. Ela ria, sem saber que cada riso seu era uma pequena vitória contra o nada. Eu beijava-a como quem desafia o céu: "Eu te amo", dizia. "O mundo não tem a última palavra".


Agora o rochedo jaz lá embaixo, imóvel. Eu poderia chorar, implorar, inventar deuses que a devolvessem. Mas Sísifo não chora. Sísifo desce a montanha de cabeça erguida, consciente da própria escolha. Desci até a cozinha, fiz café para um só, e o cheiro — traidor — trouxe-a de volta por um segundo. Sorri. Um sorriso seco, quase cruel. O absurdo venceu outra rodada, e eu aceitei jogar de novo.


Porque o amor, quando perde tudo, torna-se a lucidez mais alta que conheço. Já não pergunto “por quê?”. Pergunto apenas: “E agora?” E agora bebo o café frio, olho o sol que nasce sem me pedir licença. O sol também é absurdo: queima sem saber que queima, ilumina sem saber que ilumina. Resolvi ser como ele.


Na ausência dela, faço-me luz.

Na falta de respostas, faço-me pergunta viva.

No silêncio do mundo, faço música com o meu coração partido.

E assim caminho, dia após dia, empurrando o rochedo invisível para continuar.

Não há esperança, diz Camus.

Há apenas esta revolta teimosa:

amar o que já não está,

e viver,

e viver,

e viver.


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AUTORA STELLA GASPAR


STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros técnicos e didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

AMO EM SILÊNCIO


Na linguagem do silêncio

Eu quero tudo com você

Tudo além do ver e tocar.

No mundo das inspirações

Isso é amar.

No silêncio dos teus olhos

Vejo-me tão bonita.

Nenhum dia deixo de ter nosso silêncio.

Ébria de amor!

 

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AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

O PRAZER DE ESTAR SOZINHA


Em um mundo de desilusões

eu sempre sonhei em ser amada e sempre enxerguei um mundo cheio de cores e nele vivi com muitos amores que tão logo se transformaram em desamores,

alguns se transformaram em dissabores e depois disso,

antes só do que

mal acompanhada.


E hoje eu tenho a certeza de ter feito a escolha certa, eu sou uma mulher liberta que há anos era desvalorizada, eu cansei de

ser usada, afinal, eu mereço

ser valorizada, por isso, eu

decidi fazer a minha própria

caminhada e como diz o

ditado, antes só do que

mal acompanhada.


E em tempos de empoderamento

não há espaço e nem respeito pelo sentimento e ninguém mais quer saber de casamento principalmente por conta do falso juramento e não há espaço para o lamento e nem para uma história de amor que nos dias atuais acaba sempre em constante

pavor ao estilo Hitchcock,

como num filme de terror,

e nesse mundo de ilusão,

eu não troco por nada o

prazer de estar sozinha.


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AUTORA ILZE MATOS


Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.

ENTRE O CORAÇÃO E AS MÃOS


Entre o coração e as mãos

está a poesia.


É por ela que

me encanto todos os dias,

apreciando uma tarde, um mar,

um parque, uma criança, um sol,

um pássaro pousando

levemente,

como uma borboleta doce

e cheia de magia colorida.


Assim é você, minha

poesia,

te vejo em todos os lugares,

com olhos brilhantes

e pensando já em te

escrever.


Eu já sinto no coração

a batida das tuas letras

em minhas mãos.


Você renasce em mim

a cada verso

e a todo instante.

 

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AUTORA CÉLIA NUNES


Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

NÃO DESISTA


Nada em mim foi covarde

Se eu desisti de você

Foi por não depender de mim

Eu não desisto de ninguém

Não desista de mim também!

 

Tenha paciência comigo

Me ame quando eu menos precisar

Tenha empatia por mim

Assim como eu tenho por você!

 

Não precisa colocar a mão no fogo por mim

Eu também não coloco por você

Todos nós erramos

O importante é reconhecer

E se arrepender!

 

Procure se colocar no meu lugar

Sente em uma cadeira em frente a mim

Me ouça com carinho sem julgar

Me olhe nos olhos

Me abrace no fim!

 

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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

ÚLTIMO ADEUS


Quando será o último adeus?

Não podemos precisar.


O futuro é uma incógnita!


Sempre procure evidenciar

Seu amor:

Falar,

Demonstrar.


Cuide carinhosamente de quem você ama.


Quando partir,

Boas memórias ficarão;

As pessoas lamentarão.


Não podemos viver de conjecturas...

E se...?

Eu deveria...

Se eu tivesse mais uma oportunidade...


Viva,

Esbanje afeto,

Espalhe amor.

Não se concentre nos problemas,

Suplante a dor.


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AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suíça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

O CIÚME É DOENTIO


O ciúme é doentio,

Vem transvertido em forma de amor,

Mas, com o passar do tempo,

Tudo vira dor...

 

O ciúme corrompe a alma,

Uma pessoa fica transtornada,

E o mundo colorido,

Viva uma vida apagada.

 

O ciúme contamina a alma,

Amarga todo nosso ser,

Não dá vontade de viver...

 

Enquanto o outro jura que ama,

Só busca na vida ter um corpo na cama,

Para saciar seu prazer...

 

O ciúme dilacera vidas,

Causam feridas,

O ciúme não tem esta de proteger,

O ciúme que, na verdade, é ter você sob o poder.

 

O ciúme é um vício, uma possessão,

O ciúme vira agressão,

E em ti...

Ele faz dominação.

E para ele, nada mais precisa saber.

 

O ciúme não é segurança,

O desejo é de vingança,

Transformando o belo no inferno.

 

O ciúme será a desgraça,

A vida se acaba...

Enquanto ele se diverte.


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AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.

O TEMPO, LUTAS E DOR...


O tempo passou

E muito de mim se esqueceu

Tudo mudou

Os dias, rotinas e a alegria se perdeu


Tenho a continuação do nosso amor

Motivo para lutar, seguir, continuar...

Após as perdas, lágrimas e dor

Pela manhã, consigo me levantar


Abro os olhos, lavo o rosto, olho para mim

Na cozinha, vou coar o café

Lembro-me de que não estás mais aqui

Mas sei que preciso me manter de pé


Nada é para sempre

Nem mesmo as estações

Está tudo tão diferente...

O tempo, lutas, dor e sensações.


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AUTOR SIDNEI CAPELLA


Sidnei Capella, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo, Graduado em Administração. Escrevendo e publicando poesias e contos nos cadernos semanais da Editora Valleti Books. Participou da II Copa de Poesias da revista Cronópolis, em janeiro de 2022. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, grande parte dos seus textos é publicada na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”

RIQUEZAS DIVINAS


Que tão belo é o azul do céu.

Que tão belo é o amor.

Que tão belo é a poesia no papel.

Então, deixa o vento soprar…

A água do rio banhar…

Que tão belo é o verdejar.

Que tão belo é o pássaro voar.

Que tão belo é o artista cantar.

Então, deixa a onda avançar…

Deixa o pé molhar…

Que tão belo é o florescer.

Que tão belo é a natureza.

Que tão belo é saber agradecer;

as riquezas divinas que,

Deus tem a nos oferecer.

Que tão belo é ver o sol nascer.


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AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

FOLHAS DE OUTONO


Por entre ruas e avenidas...

Envolvidas pela cortina de folhas caídas do outono

Ando à luz do amanhecer

Desejo encontrar você...


Por um olhar ou um sinal

Algo que possa vir de você

À minha procura...


Espero te encontrar

Sentir teu aroma que sempre me envolve

De sonhos e utopias

Quando estamos juntos


Pela brisa da manhã, sob a luz do sol

Espero ter a chance de sentir um beijo seu

Para me conduzir por todo o caminho

Me guiando ao instante

De amar você...


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AUTORA ELOISE JANSEN


Sou ELOISE JANSEN, tenho 10 anos, gosto de dançar balé, estudar, brincar, fazer cálculos e escrever poesias. Tenho uma família linda, pais amorosos e dedicados e um irmãozinho maravilhoso, que é cavalheiro e me faz rir muito. Escrever poesias é uma terapia! Me faz sentir feliz e inspirada. Tenho o sonho de publicar meu livro de poesias.

BELOS SONHOS 💭

 

De noite, fui para a cama

Descansar para o outro dia

Queria muito sonhar

Um sonho que contagia.

 

Acordei dentro do palácio

Me vestindo como princesa

Saindo do quarto encantado

E na família da realeza.

 

Depois fui para uma floresta

E me tornei uma fadinha

Tinha asas exultantes

E não estava sozinha.

 

Logo virei  uma sereia

Nadava e cantava

Arrasava nos castelos de areia

E as crianças se impressionavam.

 

E sonhei que era um arco-íris

Que derramava chocolate

Junto com morango

E o lugar era uma arte!


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AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA. Encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas por meio da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.


CONSCIÊNCIA NEGRA


C - Coragem para lutar, sem medo de ser

O - Origem de uma raça, história a conhecer

N - Natureza forte, resistência a persistir

S - Sabedoria popular, em cada voz a ouvir

C - Ciência e cultura, tecendo liberdade

I - Igualdade racial, um sonho a expandir

Ê - Êxito na luta, com mais passos a conquistar

N - Notável resistência, em cada gesto a buscar

C - Compromisso com a lealdade, sem cessar

I - Identidade que pulsa, em cada coração a sonhar

A - Ancestralidade que nos guia, com forças para lutar


N - Negritude vibrante, com beleza a se valorizar

E - Espetacular é a luta, com amor a transformar

G - Grandiosa é a história, de um povo a se libertar

R - Rica em diversidade, em união a se elevar

A - Ancestral é a voz que ecoa, sem parar.




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