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BECO DOS POETAS Nº 119 — 25/09/2025

Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


Imagem criado com IA Midjourney
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AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março de 2023 lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em agosto de 2025.

ASAS PERDIDAS


As mulheres que amei foram pássaros.

Cada uma deixou no meu peito um rastro de voo, uma pena caída, uma canção interrompida.

Amores não permanecem: pousam, cantam, depois seguem o vento.


Houve a que veio como pardal, simples e corajosa, pedindo tão pouco e oferecendo tanto. Foi companhia breve, mas intensa, como um sussurro contra o frio. E quando partiu, deixou o silêncio das manhãs cinzentas.


Outra foi sabiá: trazia no peito uma melodia de primavera, mesmo quando eu estava coberto pelo inverno da alma. Sua voz era água correndo em pedras antigas, me lembrando que ainda existia beleza no mundo. Mas o sabiá não canta sempre no mesmo lugar — ele se foi, levando a música para outras varandas.


Também amei andorinhas: leves, impossíveis de aprisionar. Elas riscavam o céu com sua dança, anunciando liberdade, promessas de retornos que nunca vieram. Com elas aprendi que alguns amores não pertencem ao chão, apenas ao horizonte.


Houve quem fosse colibri, delicada e vibrante, alimentando-se da doçura dos instantes. Tocava a vida com pressa, como se cada beijo fosse o último néctar do dia. Seu voo era tão rápido que mal percebi quando já não estava mais ali.


E houve a que chegou como corvo: escura, misteriosa, trazendo consigo presságios. Amei-a no enigma, perdi-me na sombra de suas asas. Ela não cantava — apenas me fitava com olhos que sabiam mais do que queriam revelar. Foi embora como chegou: deixando atrás de si o peso de um segredo.


Hoje, quando caminho pelo quintal da memória, ouço ainda o farfalhar dessas asas. Nenhum amor se perdeu completamente: cada um deixou um eco, um ninho vazio, uma pena solta no vento.


Eu, que permaneço como árvore, recebo e me despeço.

Sou o galho que sustentou voos, o tronco marcado pelas ausências, o chão coberto de penas que a brisa já não leva.


E assim aprendi com os pássaros:

o amor é sempre voo, nunca jaula.

E quem ama precisa aceitar que, cedo ou tarde, o céu chama.


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AUTORA STELLA GASPAR


STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

QUANTO TEMPO FAZ?


Faz tanto tempo

Que eu todos os dias

Tenho mil motivos para dizer.

Que amo você.


Não poupo palavras

Meu favorito amor

Tão colhedor

Me fazendo imensa.


Quanto tempo faz?

Que em todos os poemas

A inspiração é demais.

É calma e rara

Como encontrar

O caminho das estrelas.


Lembra quando você me disse

Que existimos na mesma hora,

E no mesmo tempo?


Eu sei, eu sei.

Então, venha, venha logo!

Faz tanto tempo…

 

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AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.


MEDO


O medo é um inimigo que

me assombra sem piedade

e me envolve com a sua sombra paralisando a minha coragem,

roubando a minha tranquilidade

para que eu siga em frente fracassando.


O medo é como um tirano

que governa a minha mente

fazendo a gente duvidar

da nossa própria força,

o medo é um veneno

que lentamente vai se

espalhando até que a

realidade se distorça.


Mas sei que posso enfrentar

os meus temores calando

o medo e despertando a

coragem para que eu

possa vencer as

minhas dores.


Sei que não posso deixar que

o medo me domine, mas sei

que o medo será um inimigo

constante, mas nessa luta

peço a Deus que a sua

paz me ilumine.


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AUTORA ILZE MATOS


Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.

PÔR DO SOL


Põe tuas saudades

no infinito do mar,

por aí vão teus doces versos

de ternura sobre o amor.


Amanhã, quando o dia amanhecer,

tudo se movimenta

e até o sentimento muda de sentido,

e a vida vai girando

feito um catavento.


E o mesmo vento

venta felicidade

que te traz alegria

sem melancolia.

 

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AUTORA CÉLIA NUNES


Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

PARADOXO


Vivo um paradoxo!

O que não quero

Vivo todo dia!

Parece trágico

Se não fosse cômico!

Você enche e preenche a minha vida

E eu consigo ter paz

Em meio à guerra.

Consigo dormir

Em meio ao caos.

Vivo uma solidão a dois

Em altos e baixos

Alegrias e tristezas

Amor e raiva

Que desafiam a lógica do bem viver.

Sinto -me no limite

Mas ainda tenho muito a caminhar

Evitando conflitos

Buscando a paz que excede todo entendimento.

É difícil entender com a razão

Somos feitos de emoção

Tento ser forte em meio à fraqueza

Corajosa em face do medo

Vendo a vida avançar para a morte

Com esperança no coração.

 

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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

FLORINDO


Sinto-me alvorecer,

Resplandecer,

Florescer

Com tua presença

Constante em meu ser.


Exalo esplendor;

Com teu amor,

A vida ganha cor.


E, assim, florindo,

Devagarinho,

Envolta de ternura,

Sinto-me forte e segura.


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AUTORA ELOISE JANSEN


Sou ELOISE JANSEN, tenho 10 anos, gosto de dançar balé, estudar, brincar, fazer cálculos e escrever poesias. Tenho uma família linda, pais amorosos e dedicados e um irmãozinho maravilhoso, que é cavalheiro e me faz rir muito. Escrever poesias é uma terapia! Me faz sentir feliz e inspirada. Tenho o sonho de publicar meu livro de poesias.

LUGAR DE CRIANÇA É NA ESCOLA


Na nossa infância

Temos que brincar

E o errado

É trabalhar.

 

Para termos inteligência

É preciso estudar

E depois de uma ótima aula

Ter tempo para descansar.

 

O lugar de uma criança

É em uma escola

Não é no sol quente

Trabalhando toda hora.

 

O trabalho infantil é crime

Não é fácil de lidar

A criança que trabalha

Pode até se machucar.

 

Se ver um pequeno

Nessa triste situação

Não perca tempo

 E ajude de coração.

 

Somente o adulto

Tem a obrigação de trabalhar

E ter a capacidade

De sua família sustentar.

O conselho tutelar

Tem experiência nessas situações

Chame-o quando for preciso

E tire crianças dessas condições.


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AUTOR SIDNEI CAPELLA


Sidnei Capella, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo, Graduado em Administração. Escrevendo e publicando poesias e contos nos cadernos semanais da Editora Valleti Books. Participou da II copa de poesias da revista Cronópolis, em janeiro de 2022. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, grande parte dos seus textos são publicados na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”

DO OUTRO LADO


Olhei o horizonte infinito…

Meu pensamento vagou lá…

Contemplei o lindo céu.

A poesia eu vou versar.


O lindo arco-íris.

Brilhou no meu olhar.

A paz tocou m'alma.

Com o vento a soprar.


Compus... algumas rimas.

Com a brisa a resvalar…

Escrevi o poema na pedra.

E os versos vou declamar…


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AUTOR LUIZ FELIPE AMIL


Luiz Felipe de Lima mais conhecido por Luiz Felipe Amil nasceu no dia 22 de abril de 2005, é um escritor natural da cidade de Santarém no estado do Pará. No ano de 2022, Luiz Felipe participou de uma Antologia Poética de sua cidade chamada TERCEIRO ENCONTRO, daí Luiz passou a escrever seus próprios livros e à colocá-los pra fora da gaveta. Ele é o autor dos livros ÉBRIO DE TANTA POESIA (Kindle, 2023) e CHUVAS DE INSPIRAÇÃO (Kindle, 2023). Conhecido por escrever sonetos clássicos, contos, crônicas, seu estilo contemporâneo varia entre o clássico e o verso livre. É membro de duas academias literárias: Academia de Letras, Ciências e Artes da Amazônia Brasileira (ALCAAB) cadeira número 37 do patrono Olavo Bilac, e da Academia Internacional de Literatura Brasileira.

SE EU FECHAR OS MEUS OLHOS AGORA


Se eu ficar agora em tão silêncio

Eu vou te trazer também uma mensagem

Pensarei na sensata da tua imagem

No lirismo ameno do teu Juvêncio.


Teu canto de rouxinol deveras afinado

Bate suave como a bruma no meu rosto

Me toca na essência de um bom gosto

Vivo das letras, não te deixo de lado.


Se eu fechar os meus olhos agora

Viajarei ao oásis que te abriga

Não viveremos de momentos e de hora,


Seguiremos nesse amor que se irriga

Nossas almas de dentro para fora

Preenchendo as lacunas que instiga.


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AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suíça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

CEREJINHA


A Cerejinha,

De tão pequena e doce,

No sonho da vida me trouxe,

O desejo de amar você...

 

A cerejinha tão pequena,

Provocou minha imaginação,

Querendo o seu ser,

O doce prazer de viver...

 

Aquela pequena Cerejinha,

De tão doce que era,

Adoçou todo meu ser...

 

A partir daquele momento,

Que experimentei a doce cerejinha,

Nunca mais eu troquei...

 

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AUTORA LILA LEITE


ELIANA ROCHA, da cidade de Brumado, interior da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB - Universidade do Estado da Bahia; Pós-graduada em Psicopedagogia, pela FACINTER - Faculdade Internacional de Curitiba. Professora aposentada, atualmente Coordenadora da Escola Particular "O Pequeno Príncipe" - Brumado.

BENDITA INFÂNCIA


Naquela época éramos especiais e presentes, como estrelas cadentes a espera da lua quente e envolvente.


Na verdade, ainda nem éramos gente, éramos como sementes carentes, a germinar, esperando pacientes por outras gentes sempre sorridentes.


Tudo era eficiente, e nada muito urgente. O espelho reluzente, mostrando nossos lábios vermelhos, os quais retratavam novas vidas eloquentes.



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