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BECO DOS POETAS Nº 13 — 05/05/2022

Poderosos poetas e poetisas, palavras que marcam, que emocionam, que não se calam... e nos fazem sorrir! Hoje temos mais um novo colunista: Marcelo Girad. Ele está participando da I COPA DE POESIA DE PORTUGAL. Não deixem de prestigiá-lo nesse domingo no canal do Youtube da TV Cronópolis.

Leia, Reflita, Comente!


Luiz Primati





por Paulo Brito


Acho que eu comecei a criar, expectativas com às vezes em que ele se faz presente;


O problema é que uma hora ele é intenso demais e outra hora raso demais;


E se eu nunca for amada?

Nunca encontrar ou sentir esse amor, esse desejo de ter alguém e sempre estar perto dessa pessoa.


E se ninguém nunca sentir isso por mim?

E se eu for ficar sozinha pelo resto da minha vida?


Mas, se por um acaso do destino, alguém se apaixonar por mim, pensar na minha felicidade, na minha companhia, me desejar, será que eu vou me permitir?


Será que vou estragar isso, como todo o resto da minha vida?

Amar sem ser amada… me machucou demais...

Amar você foi como: amar por dois, sozinha.


É difícil aceitar que você não me ama, 

pois, você foi o amor mais avassalador que eu tive, por mais que eu carregaria sem problemas o fardo de amar por dois, 


No fim, isso acabaria comigo.


Às vezes não importa o quanto ame alguém, se ele não pode te amar do mesmo jeito, é como estar mais solitário do que viver só.




DOU-TE


por Gaspar


A nudez de meu coração

Latejante e palpitante de amor

Que adormece e amanhece

Pertencendo-te e amando-te.

Dou-te o aconchego de meus sussurros

Que mergulham no mar de teus olhos.


Sou tua...

Em meu corpo tenho tuas digitais

Com a tua arte sonora e delicada

Quando nos entrelaçamos

Plenamente amantes.


Dou-te

Meu amado

As minhas melhores sensações

O sabor de minhas levezas em brisa

Quando nos abraçamos

Em um só ritmo amoroso.


Para ti

Dou-te meus céus de amores

E a minha floração de amor infinito

Em você, encontro

O maior espetáculo do mundo

O encanto de amar-te

Em todas as horas

Minutos e segundos.




NÃO VOU AO MEU ENTERRO


por Marcelo Girard


Para evitar o cheiro das flores

O choro do meu inimigo

O encontro de meus dois amores

As roupas apertadas

Parede de madeira envernizada

O sono silencioso dos sonhos

A maquiagem fora de moda

Rabecão correndo sem cuidado

Pertences pelo coveiro roubados

Eu virar santo

Qualquer um da autópsia

Desnudar o manto

Um padre desconhecido

A missa comprada

Uma reza obrigada

E em vida me lembrar

Que não fui nada.




AZUL DO CÉU, TERAPIA DA PAIXÃO


por Sidnei Capella


Amor, como é bom te amar!

No seu colo deitar

Sentir o frescor da brisa do mar.

Apreciando o pôr do sol.

Devanear no azul do céu…

Escutando a linda canção

Que fala de amor!

Tocando nossos corações apaixonados

Somos dois corpos entrelaçados

Delirando em nossos anseios…

De apreciar a beleza da natureza.

Vagar em pensamentos, no final da tarde.

Até o cair da noite.

Deixando nossos desejos

Aflorar nossos sentidos…

Percorrer pela madrugada…

Em nossos toques, sem bloqueios.

Vivendo uma louca paixão.

Na cama, ao seu lado estarei.

E no nascer do sol

Somos eu, você e uma flor sobre o lençol.




POETA QUE HÁ EM MIM


por José Juca


O poeta que há em mim!

Um poeta em busca de identidade…

Que escreve a emoção,

Que luta com a razão,

O poeta que há em mim!

Um estudioso a cavalgar…

Galopa entre versos livres e brancos…

Sonhando com soneto de versos regulares…

O poeta que há em mim!

Vive atrás da isometria de seu verso…

Vive atrás da poesia de seus poemas, para seus leitores,

Vive atrás da metáfora original…

O poeta que há em mim!

Sofre com rebusco de seu poema,

Sonha com o simples autêntico,

Sonha com a linguagem coloquial…

O poeta que há em mim!

Quer partir dos dísticos, chegar às décimas,

Quer partir de estrofes simples, chegar as compostas ou livres

Quer partir de estrofes brincantes, a estrofes reluzentes…

O poeta que há em mim!

Não quer só rimas!

Quer rimar das alternadas as opostas,

Quer rimar das emparelhadas as internas…

O poeta que há em mim!

Quer ritmo no seu poema,

Sonoridade e musicalidade,

Escolher palavras que bailam no papel…

O poeta que há em mim!

Quer escrever poemas líricos,

Quer escrever poemas épicos,

Quer escrever poemas narrativos…

O poeta que há em mim!

O poeta que quer brincar com palavras,

Com o tema, linguagem, discurso, eu-poético e organização,

Com versos, estrofes, rimas e métricas,

Estruturas internas e externas da natureza do poema…

O poeta que há em mim!

Quer escrever sonetos, trovas e haicais,

Também balada, rondó…

Rondó dobrado, rondó simples…

O poeta que há em mim!

Quer se divertir! Com figuras de linguagem!

Divertir-se com recursos de estilo…

Onomatopeia, Ironia, Antítese…

O poeta que há em mim!

Quer escrever cantigas de amigo,

Quer escrever cantigas de escárnio,

Quer escrever o amor,

Mas também, temas de contestação…

O poeta que há em mim!

Só quer filosofar…

Só quer ideologizar…

Só quer democratizar…

O poeta que há em mim!

Só quer se divertir em versos…

Só quer se divertir em prosas poéticas…

O poeta que há em mim!

Só quer prover poesia às pessoas.

Só quer descobrir sua própria identidade poética!!!




ANDARILHO


por Rick Soares


Vaguei por lugares ermos, lugares íntimos e antes intocados.

Fiz-me andarilho por vielas e becos escuros à procura de uma sombra que se tornara meu próprio ser.

Fiz-me um andarilho cujo objetivo ia além do andarilhar.

Era uma busca pelo próprio ser, tomado pela própria sombra.

Fiz-me um andarilho sem sair do lugar.

E ainda não me encontrei.

Mas não vou parar.




ÂNSIA DE AMAR


por Lucélia Santos


O amor em toda sua ânsia

A intrepidez de um abraço Onde não sobra espaço

E se entregam com constância


E assim, encontram asas os amores

Com um laço mais forte que antes

Que traduz teu iluminado semblante

E no universo ver mais cores


Erguendo os olhos para ver

A linda Lua que está lá fora

Que chega e não se demora

Faz o romantismo nascer


Palavras doces se elabora

Para um coração impressionar

E acelerado chega a pensar

Em te amar aqui e agora.




LA LLORONA Y EL SILBÓN


por Breidy Lara Abreu
IG: @breidylaraabreu

La llorona y El Silbón se fueron de Venezuela por la insoportable situación que hasta a los “espantos” aleja consiguieron la cola en un camión donde al ganado, al matadero llevan el chófer les dio un aventón muy cercano hasta la frontera. Los vieron llegando a Ecuador amaneciendo, como a las dos y media vestidos con harapos los dos él, con un morral viejo de tela alpargata que no le cubría el talón y una deshilachada franela ella, con un desteñido y sucio camisón

y unas descosidas Chancletas. Dijo con gran pesar el Silbón en Venezuela la cosa esta fea el apocalipsis disfrazado llegó de hambre, injusticia, muerte y miseria y en la Patria de Simón, se expandió como una terrible pandemia coctel de letal combinación

peor que la Malaria, Sida y la Erisipela.

Continuó diciendo el Silbón lo que le ocurrió a Venezuela es que la corrupción carcomió y desunió a conciencia, a familias enteras la llorona con la cabeza asintió ya no hablaba, ni sollozaba siquiera caminando detrás de él continuó por la desolada y extensa carretera. Esa plaga sin compasión, destruyó al paraíso terrenal, que Venezuela fuera la ambición desmedida consiguió una maestra perversa en su escuela amordazó, ensordeció y secuestró a la justicia, que ya de hecho, era ciega confiar tan solo en la justicia de Dios es lo único que nos queda. Aunque hasta la llorona y el Viejo Silbón se hayan ido huyendo de Venezuela con el estudio, el trabajo y la unión sé que podemos recuperar nuestra Tierra al prepararse y ser cada día mejor el Creador premiara nuestra siembra estoy seguro que es la única solución aunque muchos quizá no lo crean.



Amigos, hoy les hago entrega de un poema escrito, como una reflexión, sobre el éxodo de venezolanos hacia otras latitudes, motivado a la Crisis que se vive en Nuestro país. No quiero ahondar en explicar sobre un tema que ya es del conocimiento del mundo entero, solo quise parodiar sobre una situación por demás delicada y complicada., ya que no es fácil irse de su país, dejando atrás, familia, amigos y sueños. En honor a todos ellos y para ustedes:

El Silbón es un espectro del folklore de Venezuela,​cuya leyenda es originaria la región de Guanarito, estado Portuguesa;​sin embargo, también es muy conocida y difundida en Colombia como el Silbador. Según la tradición oral, es el alma en pena de un joven que asesinó a su padre.


La Llorona es un espectro del folclore hispanoamericano que, según la tradición oral, es el alma en pena de una mujer que ahogó a sus hijos, y que luego, arrepentida y maldecida, los busca por las noches por ríos, pueblos y ciudades, asustando con su sobrecogedor llanto a quienes la ven u oyen en la noche.




PASSOS INCERTOS


por Regina Prado


Vislumbro, atônita, em silêncio

O ir e vir despreocupado

Ao mesmo tempo, transloucado

Da turba a caminhar muitos sem destino

Largados, sem mínimo cuidado...

Sabem por acaso

Onde levam seus passos?

Ou caminham por caminhar,

De acordo com o coração em compassos?

Para onde te levam?

Onde querem chegar?

Nada importa, parece

Nem ao menos um mínimo contato

Apenas preocupam em se levar.




ÔHHH DE CASA


por Ayadittrich


Ei, dá licença...

Estou a procura de mim!

Acaso vistes-me a perambular...

Pelas bandas daí?

A dias que, olho e..., não me vejo.

Até me pus a monologar:

— Espelho, espelho meu...

Porém, o côncavo, do convexo, emudeceu...

Peço…(posso?!?) :

— Se, acaso, vires-me a mim

Favor, solicitai que, a cá, me volte.

Pois, minha améncia necessita desta completude...

Há p(é)nicos nas cabeças

Como borras nós chapéus

Que será dos nós sem amarras?!?

Que será de mim sem meus eus?!?




SINGULARIDADES


por Miguela Rabelo

Entender que podemos

Nem sempre

Estar em movimento...

É essencial.


Cada um

Possui um ritmo,

Metas,

Projetos,

Prazos...


E outros

não se programaram

Para tudo isso...

E também

Está tudo bem.


Planos são importantes,

Nos dão meta e foco

E nos fazem caminhar

E quem sabe um dia...

Voar.


Porém, se cobrar

Ou se frustrar...

Nem sempre

É o melhor caminho.


Se a flecha

Não atingir o alvo,

Apenas continue vivendo...

A vida é uma coleção

De momentos

E tentativas...


Se abster

É deixar de viver

E simplesmente

Sobreviver...

Por isso,

Respire fundo,

E apenas

Tente outra vez...




TUA BOCA


por Lina Veira

Boca que leva pra ti minha boca

Arrastando todo meu corpo para o teu


Em tua boca deixo minha vida

E escuto o cantar do rouxinol


Boca que desperta meu desejo

Excita-me como beijo

Estremece-me  de paixão


Em tua boca saro minha vontade

Em teus lábios escrevo minha intenção 




RECOMEÇO


por Simone Gonçalves

Recomeçar

vida plena na alegria

de descobrir o sentido

do amor que acabara de chegar

despertando -se para o novo

na vontade de sair dançando

na chuva que cai no fim da tarde

na despedida do verão

solta... plena

vibrando na energia que vem

de encontro com sua vontade

de se entregar a esse novo amor

abraçando seus sonhos

que logo se realizarão

no momento em que num olhar

contemplar a beleza da paixão

refletido no desejo de se viver

a vida toda uma grande

história de amor





NOSSOS COLUNISTAS


Da esquerda para a direita: Sidnei Capella, José Juca e Paulo Brito. Depois Stella Gaspar, Breidy Lara Abreu e Lucélia Santos. Depois Rick Soares, Miguela Rabelo, Ayadittrich. Por último, Lina Veira, Regina Prado, Marcelo Girard e Simone Gonçaves.

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