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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 91 — 19/11/2023


Imagem gerada com IA MidJourney


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.

 

O DESAFIO DO ATIVISMO: CRÍTICA OU SOLUÇÃO?

Hoje, com tanta informação disponível, muitas pessoas se destacam por lutar por causas importantes como a proteção do meio ambiente. Um exemplo é a história recente de Greta Thunberg, a jovem que luta pelo meio ambiente e foi julgada em Londres por participar de um protesto contra uma reunião da indústria de petróleo e gás. Isso nos faz pensar sobre como o ativismo funciona hoje em dia.

Primeiro, é importante reconhecer como ativistas como Thunberg ajudam a aumentar a consciência sobre o meio ambiente. Mas, quando olhamos de perto, surgem dúvidas. Alguns dizem que Thunberg, que se tornou um símbolo global, é apoiada por grandes empresas. Isso levanta questões sobre se ela realmente luta por sua causa de forma independente. Além disso, há preocupações sobre como sua fama pode estar sendo usada para ganhar dinheiro.

O protesto em Londres trouxe atenção para problemas importantes, como a exploração de petróleo e gás e as ações do governo britânico. Mas também mostrou um lado negativo do ativismo. Esses protestos podem causar problemas, como prejuízos financeiros e divisões sociais. A prisão de Thunberg e seus colegas também nos faz perguntar se interromper o normal é a melhor maneira de conseguir mudanças.

É bom criticar, mas sem soluções práticas, o ativismo pode parecer só uma encenação. Diante de problemas ambientais sérios e urgentes, é vital que os ativistas também apresentem ideias novas e possíveis, promovendo diálogo e trabalho conjunto.

Diante disso, convidamos os leitores a pensar: Como podemos protestar e ao mesmo tempo construir soluções? Como o ativismo pode ir além da crítica e ajudar a encontrar soluções reais e práticas? Enquanto pensamos nisso, lembramos que a verdadeira mudança muitas vezes começa com alguém corajoso falando, mas só se realiza quando essa voz inspira, une e traz novas ideias.


 

AUTORA ALESSANDRA VALLE

IG: @alessandravalle_escritora


Alessandra Valle é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 - A MENINA BEL E O GATO GRATO - o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.

 

VALE A PENA?

Há momentos na vida que nos questionamos se todo esforço que fazemos para viver vale a pena.

Desde a idade escolar, acordamos cedo para ir à escola e muitas vezes pensamos, será que vale a pena?

Na adolescência, muitos conflitos internos, dúvidas e anseios surgem por medo de crescer. Então, pensamos, será que vale a pena?

Na fase adulta, são tantas responsabilidades que o questionamento proposto nesse texto é quase diário.

Vale a pena viver?

Mas, amigos leitores, afirmo que mesmo se questionando, estamos todos vivendo, pois viver não é uma escolha, é uma necessidade inconsciente, assim como respirar, se alimentar, dormir e acordar.

A sensação de fazer valer a pena nos move a cada dia.

Quando ganhamos conhecimento na escola, quando aborrecemos nossos responsáveis por discordamos de tudo e de todos, quando escolhemos uma profissão, formar família, ter filhos ou pets.

Ao nos questionarmos se vale a pena, estamos buscando perceber a realidade e potencializar a boa vontade que nos mantém ou nos faz trocar o caminho na jornada da vida.

Cabe grande dose de coragem àquele que se questiona se vale a pena, isto porque induz à autorreflexão, mantendo um constante intercâmbio com a "voz da alma" a qual nos guia por nós mesmos.

Para responder que vale a pena é preciso rever nosso desempenho no passado, nossa atuação no presente e nossa potencialidade no futuro.

Por isso, respondo que todo esse esforço vale a pena.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.

 

JUNTANDO AS PEÇAS DO QUEBRA-CABEÇA: O ETERNO RETORNO

Na trama que nos enrola por caminhos desconhecidos ou não… nos perdemos entre os cachos dos delírios, frustrações e alguma satisfações momentâneas…

Às vezes teimamos em trilhar o trajeto, mesmo sabendo da instabilidade do solo… “por que” deveria ser a pergunta… no entanto, implicitamente já sabemos cada um sua resposta, mesmo que seja sem uma eloquente reelaboração…

E desta resposta, cada um já sabe a sua… mas me ocorreu um novo insight sobre essa hipótese:

Ninguém passa pelo mesmo caminho de forma equivocada. Às vezes pode ser inconsciente, outras vezes nem sempre… e por isso, de forma intuitiva somos atraídos por situações recorrentes justamente para tentarmos aprender a re-elaborar o que de fato foi necessário ser reprisado. Mas não simplesmente como “Um vale a pena ver de novo”. Mas com o outro olhar, percepções e ações.

Como um nativo que se afasta da ilha e assim melhor a percebe… e talvez seja por isso que a terapia tenha essa função catártico voyeur…

Porém, entender os dilemas é apenas o primeiro passo. A verdadeira transformação exige a coragem de encarar os fatos de frente. Por isso, enquanto houver fuga ou terceirização, às situações complexas continuarão se repetindo infinitamente na mesma vida… assim, como no Eterno Retorno, tão bem-apresentado por Nietzsche e assim seguiremos na reprise continuados dos fatos:

Quando de repente ela percebe transitar em alta velocidade pelo tempo entre passado, presente e um vislumbre de um futuro remoto, onde todos seus pensamentos são imersos ao vinagre das ilusões e tudo e nada se misturam… Não sabendo se até lá… num futuro logo ali em um piscar de olhos estará de presente nele ou… será, mais uma espectadora fora dele…

Então o carro para no semáforo fechado, o motorista desce e olha os pneus, enquanto ela tenta entender o que há de errado. E assim, em mais um capítulo da sua vida, se encontra perdida entre uma estação e outra. E onde a simbiose se deu quando adentrou o portão da escola que cursou em 1993 e onde foi reprovada em matemática, amargando o fim do ano com a decepção dos seus pais e a total descrença em si mesma…

No ano seguinte, mesmo amarrotada de vergonha, a esperança renasce em seu coração, sentando na frente da mesa da severa professora Cleusa e ignorando os demais colegas menores a suas costas.

E assim, uma nova história se escreveu: adição de crenças, subtração de medos, multiplicação de conquistas e divisão de tarefas foram agregando-se e propiciando participações em competições nas resoluções de equações lógicas, mas que infelizmente não se encontraram respostas na problemática subjetivas da vida… e nas quais poderemos passar uma vida inteira a entender e procurando uma solução a encontrar…

Dezenove anos depois, 2023 chega como um furacão, revirando nossas almas, desafiando nossas estruturas, e forçando-nos a encarar caminhos que pensávamos nunca mais revisitar. Então, ao adentrar no nostálgico pátio e corredores, onde ela se sentia como o patinho feio, sempre à margem, seus olhos refletindo uma busca constante por aceitação que lamentavelmente nunca houve.

Levando por isso, uma caminhada inteira para entender que seu valor e beleza nunca deveriam ser pautados pela régua dos outros. Mas que por isso, apenas ao longo dos anos e diante de tantos tropeços, concebeu seu real valor, talento e propósito… E foi através dele que estava novamente, após décadas, no meio daquele pátio imenso, que, na verdade, nem era tão grande assim depois de tantos anos… Pois se antes era apenas uma garotinha tímida e repleta de vazios, impulsividade e caos, agora já é uma mulher a maturar sua imaturidade de outrora, porém com consciência dela e repleta de uma extensa bagagem de memórias duras, densas, leves, saudosas, alegres, picantes, ilusórias e sonhadoras que a levaram naquele exato ponto onde se encontrava no pseudo momento presente…

Como no pretérito imperfeito do presente passado, na sala de cima, em dada manhã, tinha sido eleita “presidente” da classe e que por pressão e manipulação do seu oponente, renunciou ao cargo… tempos depois, perdeu o gosto em ser a primeira da turma, se aproximando das colegas de sala do fundão e se perdendo em brincadeiras e não levando a sério o que era tido como valioso anteriormente… E o que ocasionou recuperação em matemática e sua reprovação, como consequência.

A vergonha dos seus pais a sucumbiu, prometendo a si mesma, que isso não mais aconteceria… E o que assim se fez cumprir, até o primeiro semestre da graduação, sendo reprovada em uma disciplina por não cumprir todas as demandas da mesma, devido falta de tempo por trabalhar o dia inteiro.

Porém, mais uma vez se encontra onde tudo começou… e decide assim ter coragem de fazer um caminho diferente do anterior ao não aceitar a imposição alheia de quem a oprimia. E por isso ao atravessar a rua, não o fez para fugir de um relacionamento naufragado. Mas sim para sinalizar “a saída” de emergência que no momento não iria precisar dela… pois dali para frente, iria enfrentar corajosamente o incêndio que estava prestes acontecer.

Então, de cabeça erguida e com propriedade de fala, da partida a um fantástico projeto coletivo que comoveu a todos que assim se permitiram ser tocados por ele e onde, acreditou no potencial do seu trabalho como escritora e mulher, ressignificando sua trajetória dolorosamente errante, no entanto, necessariamente pedagógica fazendo do confinamento em seu casulo, aprendizado e força para arrebentar as amarras de outrora conquistando a tão sonhada metamorfose a lhe proporcionar profundos e intensos voos no desenvolvimento de si mesma.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

DÚVIDAS...

Na dúvida sigo, busco meu mundo e me encontro onde menos espero ser vista. Um mundo necessitado de preenchimentos me espera, as flores querem viver em cada amanhecer de sol. Olho para os teus olhos e não os vejo molhados, eles brilham como o esplendor da primavera.

Na dúvida estou nos meus sonhos, acreditando e respirando coragens, tudo é possível quando existe amor, de todas as formas e possibilidades.

Sorrir com as palavras e em cada letra deixando a minha impressão labial, sentindo-me em preenchimentos e não duvidando da luz, que certamente ilumina meu silêncio.

Dúvidas... Uma força inexplicável, um desejo louco de ficar tão bem como a natureza cuidada, frutificando a terra toda!

Não tenho dúvidas, cada vez mais uma poesia com sentidos metafóricos, me deixam com vontades de compartilhar, os fragmentos de minha alma em exposições intimas. Nesse sentido, prefiro descomplicar as minhas dúvidas e ter como finalização feliz, chegar nas longevidades das poesias do muito que já aprendi com a vida.

Dúvidas...só passageiras.

Certezas? Sim, que temos um livro com ritmos e enredos diversificados pelos momentos. Eu quero o lirismo dos poemas de Shakespeare e dormir, sem dúvidas e logo cedo saborear frutas gostosas.


"A dúvida é a antessala do conhecimento" (Ditado Oriental)


 

AUTORA BETÂNIA PEREIRA


Betânia Pereira, historiadora / enfermeira, colunista na Revista The Bard. Participou de várias antologias poéticas. Escreve desde que aprendeu a escrever. Escreve poesias, prosas, textos de autoajuda, reflexões. Escreve sobre todas as pessoas que rondam as vidas que viveu e as que ainda viverá.

 

MEMÓRIAS

Nosso corpo, cheio de memórias nossas e dos outros. Lá no início somos vazios e daí a cada fase, encontro, desencontros, mortes, nascimentos, crescimento, interesse, desinteresse, dores e amores: os resquícios vão se acumulando, impregnando, alguns após varias lavagens conseguimos retirar sem marcas, outros formam marcas côncavas que não há como voltar ao normal, mesmo com enxertos não conseguimos recuperar, seguimos com elas.

Lembranças vêm e algumas nem se vão. Recordações insistem e outras desistem. Sentimentos nascem e persistem, outros morrem no meio do caminho, atropelados por desprezo, falecem. Dores ardem e algumas deixam quelóides… o acúmulo, depositário ali se forma. Já imaginou o tamanho do seu?

É involuntário, porque eles formam nossas memórias: boas e ruins também. Construímos altares, túmulos, ilhas e destruímos tantas outras, e entre os dentes, mesmo com o passar do fio dental, lá está os restos infiltrados… memórias na mente e dores, lembranças no coração. Somos reflexos das passagens, das chegadas, das partidas. Como não doer tanto? Como digerir? Tantas receitas, tantos modelos e formas, mas, na verdade, a consciência e o inconsciente de cada um ditarão, como irá se comportar. Os insights são individuais, a receita do meu amigo não servirá para mim. Portanto, sigamos evoluindo plantando memórias construtivas e se despedindo das destrutivas.

 


 

AUTOR AKIRA ORDINE


AKIRA ORDINE é um escritor, poeta e músico carioca. Desde cedo apaixonado pela literatura, utiliza a arte como espaço de luta e refúgio, colocando bastante de si em tudo o que escreve. Tem muitos livros, vários deles, verdadeiros amigos.

 

PEDRAS DO PASSADO


Paro de repente

E olho para esse chão

"Quantas pessoas já pisaram aqui?"

Dentro dessa solidez terrena

Penso em quantos passavam apressados

Para trabalhar

Para fugir

Para morrer

Ou para viver seu último dia

Penso em faces inexistentes

Obtusas, que nunca voltarão

Penso em despedidas

E em encontros...

Tudo o que pode ter acontecido

Ou só vive na minha mente.


 

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1 Comment


Stella Gaspar
Stella Gaspar
Nov 19, 2023

Grandes textos reflexivos!

Parabéns, por deixarem meu domingo sorrindo😍🤗

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