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REFLEXÕES Nº 181 — 12/10/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

UMA LIÇÃO DE GRATIDÃO


Ao ler o artigo de 1950 sobre a Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial, publicado na revista Time e condensado em Seleções Reader's Digest, sou levado a refletir sobre como a humanidade tende a esquecer lições duras do passado. Naquela época, a Alemanha Ocidental emergia das ruínas de um conflito devastador: cidades bombardeadas, uma economia em colapso, com 1,3 milhão de desempregados em uma população de 46 milhões de habitantes. Famílias inteiras amontoadas em quartos fétidos, operários gastando salários inteiros em comida básica, e uma "crise de confiança" que fazia até investidores estrangeiros hesitarem. Konrad Adenauer, o chanceler da época, lutava para reconstruir não apenas infraestruturas, mas a própria dignidade de um povo marcado pela derrota, pelo nazismo e pela divisão imposta pelos Aliados. Era um tempo em que a sobrevivência era uma vitória diária – judeus assassinados em massa nos campos de concentração ainda ecoavam na memória coletiva, e o espectro do comunismo soviético ameaçava engolir o que restava de liberdade.


Agora, avancemos para outubro de 2025. A Alemanha unificada é uma das economias mais robustas do mundo, com um PIB que supera os 4 trilhões de euros anuais e uma posição de liderança na União Europeia. Apesar de desafios recentes – como uma taxa de desemprego que subiu para cerca de 6,3% em setembro de 2025, com mais de 3 milhões de desempregados, e um crescimento econômico projetado em apenas 0,2% para o ano, conforme relatórios do governo alemão e da OCDE – o país desfruta de uma qualidade de vida invejável. Redes de saúde pública eficientes, educação gratuita de alto nível, infraestrutura moderna e uma expectativa de vida que ultrapassa os 80 anos. Mesmo com queixas sobre impostos altos ou a "economia paralela" em ascensão devido à burocracia, como apontado em análises recentes da DW e do Washington Post, a Alemanha de hoje é um paraíso comparado àquela "fazenda pobre" descrita no artigo, onde a maioria vivia com 50% do conforto de 1936 e o vício brotava da miséria.


Essa comparação me faz pensar em nós, nos dias atuais. Vivemos em uma era de abundância relativa: smartphones que conectam o mundo em segundos, acesso a comida variada em supermercados 24 horas, e liberdades que Adenauer sonhava em reconquistar. No entanto, reclamamos incessantemente por "coisas pequenas" – uma fila no café, uma conexão de internet lenta, um aumento no preço da gasolina, ou até o estresse de escolher entre streamings infinitos. Nas redes sociais, vemos lamúrias por inconveniências triviais, enquanto ignoramos o quanto avançamos. A Alemanha pós-guerra nos ensina que, das sepulturas do mal, pode brotar o bem: de uma nação derrotada e dividida, surgiu uma potência democrática e próspera. Nós, em 2025, temos muito a comemorar – saúde, tecnologia, paz relativa em grande parte do mundo – e choramos por nada quando comparado à luta pela mera sobrevivência daqueles anos.


Em vez de focar no que falta, talvez devêssemos cultivar gratidão pelo que conquistamos coletivamente. Afinal, se um país pôde se reerguer das cinzas para se tornar um modelo de estabilidade, imagine o que podemos fazer com os recursos que temos hoje.


O que você tem para agradecer nesta semana?



Fontes de pesquisa: Reuters, DW, Washington Post, OECD, Trading Economics, Santander Trade, The 2025 Annual Economic Report of the German Federal Government.

Inspirado no artigo: "O Homem-do-dia da Alemanha" de Seleções Reader's Digest de maio de 1950.

 

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AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

O SENTIMENTO DA INSEGURANÇA


Segundo a psicologia, a insegurança está relacionada à crença de incapacidade, da menos valia, sente-se todo o peso das negatividades nos ombros. A pessoa insegura acredita que nunca será boa o suficiente para viver a vida do modo que deseja. Sente-se pouco amada e se afoga em ansiedades, choros e insônias. A insegurança faz reflexos nos espelhos, onde quem se olha não consegue ver seus valores, o ser que reflete aquela imagem não está ali.


É preciso compreender, saber lidar com as adversidades.


Superar a insegurança é um desafio diário, é preciso confiar em si, não duvidar tanto e persistir. O sentimento de insegurança mexe com as emoções, com o físico e com o cognitivo.

Superar a insegurança é poder comemorar crescimentos, enfrentamentos, cabendo a cada um buscar seus caminhos e fortalecer a busca pelo bem-estar.


Nem sempre é negativo nos sentirmos inseguros, pois a insegurança leva a aprendizagens, à realização profissional, quando conseguimos transformar insegurança em autoconfiança. A insegurança pode ser concebida como necessária, quando nos impulsiona à ação, enquanto a insegurança excessiva pode causar sensações de sufocamento, medos.


O segredo está em encontrar o equilíbrio: usar a dúvida como um guia para o crescimento, sem deixar que ela domine, arrumar as emoções, relaxar, sentir a gentileza da vida e viver o presente com os pés no chão.


Eu li em um texto da escritora (Liana Ferraz, 2002) “que a roupa amassada desamassa com o tempo, o perfeito nunca será… e completa… ainda bem que nunca será”.


Reflita.


O amanhã sempre vai existir, seja leve, espere a sua vez de, com segurança, enxergar seus sonhos.


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AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

ESCÓRIA DA SOCIEDADE


No rastro dos aliciadores, dos

maus feitores dos sequestradores

e dos abusadores que vem sangrando a sociedade

com esses atos de pura

maldade que beira a

mais pura perplexidade

e que vem ferindo a

nossa dignidade

deixando abalada

toda a humanidade.


E no encalço da tecnologia nos

deparamos com aquele que alicia e que esconde a sua identidade para assediar o menor de idade que não tem um pingo de noção da maldade, e nem daquilo que está por trás da pedofilia que

é um braço da prostituição

infantil que é algo que

cresce demasiadamente,

nesse meio de vida

indecente onde tem

muita gente fingindo

e mentindo ser decente.


Mas sabemos que essa gente incoerente vive se fazendo de inocente, mas vive neste meio

de vida indecente, por isso não apertam a ferida que vem sangrando o coração das famílias que estão perdendo os seus filhos

e filhas, e continuam berrando para que as nossas autoridades não se cale diante dessa crueldade que vem assombrando a nossa sociedade que está perplexa diante da falta

de humanidade que vem acontecendo com as

nossas crianças que

só querem viver a

sua infância e na

sua plenitude

precisam ser

respeitadas.

 

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AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

ENTRE UM CAFEZINHO E O TEMPO


Toda sexta-feira carrega um quê de despedida e recomeço.


É como o suspiro que vem após uma semana longa: nem sempre fácil, mas repleto de pequenas histórias que quase não notamos enquanto vivemos.


Hoje de manhã, o café parecia mais lento. Ou talvez fosse eu.


Pela janela, observei o mesmo caminho de sempre, mas algo estava diferente.


As pessoas apressadas, os carros impacientes, o mundo girando no mesmo ritmo... e, ainda assim, havia algo novo ali.


Talvez o novo estivesse em mim. Senti uma vontade silenciosa de desacelerar.


Pensei em quantas vezes atravessamos a vida no piloto automático.


Fazemos, respondemos, seguimos. E, quando percebemos, a semana virou lembrança, e o tempo, saudade.


Chamamos isso de rotina, mas talvez seja apenas medo de parar.


Porque, quando paramos, o silêncio fala.


E, às vezes, ele diz coisas que preferimos não ouvir.


Mas é preciso escutar.


Ouvir o que o corpo sente, o que o coração pede, o que o tempo tenta dizer sem palavras.


Nem sempre o caminho certo é o mais rápido.


Nem toda pausa é perda de tempo. Algumas são respiros; outras, renascimentos.


Então, antes que o dia termine, que tal se permitir um instante de presença?


Feche os olhos, sinta o ar entrar devagar e lembre-se:


A vida acontece agora, entre um cafezinho e o tempo.


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AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


CAMINHOS DO PENSAR


O choro acontece

O sorriso surpreende

Com a alegria das

surpresas que acontecem

no amanhecer, com o sol

esclarecendo sonhos


A alegria de sonhar,

recordar e andar

por entre sonhos e

verdades


O sonho é uma realidade

E a realidade é um sonho

O que faz a diferença

é o nosso pensar

 

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AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

UM AMOR PURO E ÚNICO


Quero um amor,

Puro e único,

Um amor diferente,

Que realmente... Mude minha vida.

 

Viver este amor,

É muito mais que uma busca,

É como entrar em um fusca,

E sentir-se numa nave espacial.

 

Um amor puro

Feito do mel dos deuses,

E que perdemos a razão às vezes.

 

Um amor deste,

Só acontece uma vez,

E passamos uma vida esperando acontecer.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

A PESSOA HISTRIÔNICA


Alguns estão “infectados”

Com o transtorno de personalidade histriônica

E nem se apercebem,

Pois estão absortos

Na busca constante e excessiva por atenção,

Sempre querendo ser o foco

Em toda ocasião.


A pessoa histriônica

Anseia, o tempo todo,

Ser o centro das atenções.

Procura sempre roubar a cena,

Não mede esforços para estar em evidência,

Nem sempre age com decência.


A pessoa histriônica

Busca os holofotes o tempo todo,

Nasceu para as artes cênicas.

Detesta ficar na plateia;

Seu papel é no palco, é representar.

Tem mania de superioridade,

Ama impressionar.


Sente ojeriza quando a atenção

É dirigida a outros,

Que passam a ser tratados com indiferença,

Sendo alvos de apatia e perseguição,

Pois considera isso uma traição.


A pessoa com TPH

Vale-se da aparência física para seduzir.

Somente ela sabe fazer as coisas

E no trabalho do outro quer interferir.


Não percebe que esse comportamento

É uma patologia

Que deve ser tratada

Por um profissional da Psicologia.


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AUTORA CÉLIA NUNES

IG: @escritora_celianunes

Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

GAIOLA


O marido gostava de passarinhos. Ele tinha muitas gaiolas repletas deles. Gostava de conversar com cada um, estimular o canto, colocar água, alpiste e levar para passear pelo quintal para tomar sol.


A mulher, no interior da casa, cuidava, zelava, adornava com o maior esmero.


E assim iam vivendo.


A paz reinava.


Era um casamento de seus 25 anos , ambos estavam acostumados um com o outro. Paixão não existia mais!  Desejo também não!


Viviam como amigos que já se amaram um dia.


O tempo passou.


Cada um cuidava dos seus afazeres.


Até que de uns tempos para cá, a mulher percebeu o marido diferente. Estava mais alegre!


A mulher até brincou: parece que viu passarinho verde!


Não passou muito tempo e a verdade veio à tona.


O marido estava tendo um caso extraconjugal. Estava se sentindo apaixonado e não conseguia mais esconder.


A mulher ficou decepcionada, chorou, gritou!


O marido conversou e decidiu sair de casa.


A mulher pediu para ele pensar bem, mas nada adiantou.


Quando ela viu o marido sair de mala e cuia, não pensou duas vezes! Correu ao quintal, abriu todas as gaiolas e soltou todos os passarinhos.


O marido gritava, chamando-a de louca!


Ela disse: Você está livre como os passarinhos, pode ir! Mas se quiser voltar, não vai encontrar portas abertas!


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AUTORA MARINALVA ALMADA

IG: @marinalva.almada

Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

E AGORA, POETA?


E agora, poeta?

A inspiração acabou.

Já não sabe fingir se é dor.


E agora, poeta?

Será mesmo que a vida vale a pena?


E agora, poeta?

Você já não consegue segurar a pena,

Já não vê a beleza da açucena.


E agora, poeta?

Você já não consegue tirar as pedras do caminho.

Está qual bicho do mato,

Sozinho no escuro,

Sem rumo,

Sem destino,

Num mundo maluco, caduco.


Ó poeta, o que vai fazer agora?

— Não me inquiete!


Assim como Cecília, digo:

“Não sou alegre, nem sou triste: sou poeta.”


Só que hoje me olho no espelho e vejo:

O tempo passou,

E não dei conta da mudança.


Minhas mãos trêmulas e frias,

Meus cabelos prateados,

Meu olhar distante e parado.


Continuo sendo poeta

Do tempo,

Do amor,

Da vida

E da saudade.


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AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

PESSOAS QUE AMAMOS, MAS NOS DEIXAM LOUCAS


Atire a primeira pedra quem não conhece alguém assim. Aquela pessoa que você ama ter por perto, por ser amiga e companheira, mas que ao mesmo tempo te enlouquece por fazer algo que te irrita. Como se vivêssemos em um território prestes a se romper por um terremoto.


O marido que insiste em deixar a toalha molhada em cima da cama e que, apesar dos inúmeros avisos, promete sempre não deixar da próxima vez — mas acaba esquecendo. É o mesmo marido que, quando você fica de cama, vai ao mercado comprar legumes para te fazer aquela sopinha que você tanto gosta.


A irmã que te critica desde a infância por ser muito diferente de você: “Senta direito, fala direito, anda mais devagar (seja menos feliz)”. Tudo o que você faz parece errado, já que ela sempre tem uma opinião a dar, do tipo “Se eu fosse você...”, e mesmo assim acha que não está criticando. Mas é a pessoa que você sabe que estará por perto sempre que precisar — e segurará sua mão quando for necessário.


Tem o amigo fumante, que solta mais fumaça que chaminé de trem antigo, apesar dos seus inúmeros pedidos para que pare — e da forma nada delicada com que você demonstra não gostar absolutamente de qualquer tipo de tabagismo. Mas ele te apoia, não te critica e, muitas vezes, te faz rir quando mais precisa.


Há também os zelosos, que têm a grande necessidade de cuidar do outro, fazendo você parecer incapaz de qualquer pequeno ato — como simplesmente caminhar —, dando a impressão de que estão sempre ao seu lado, prontos para te segurar caso você tropece.


E os que adoram mandar. Estes gostam tanto de se sentir no poder, ordenando, que pedem para você fazer justamente aquilo que já está fazendo. E há ainda os que se incomodam com a sua felicidade — com o fato de você gostar de mostrar que está feliz —, olhando para você como se fosse um extraterrestre invadindo o mundo deles.


A convivência é um aprendizado ao qual nos adequamos dia após dia; é um exercício de paciência, humor e amor. Mas são as diferenças que nos fazem evoluir, que dão movimento às nossas vidas e nos fazem praticar o verdadeiro sentido do amor.


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AUTOR LUIZ FELIPE AMIL

IG: @luizz_felipe_escritor

Luiz Felipe de Lima mais conhecido por Luiz Felipe Amil nasceu no dia 22 de abril de 2005, é um escritor natural da cidade de Santarém no estado do Pará. No ano de 2022, Luiz Felipe participou de uma Antologia Poética de sua cidade chamada TERCEIRO ENCONTRO, daí Luiz passou a escrever seus próprios livros e à colocá-los pra fora da gaveta. Ele é o autor dos livros ÉBRIO DE TANTA POESIA (Kindle, 2023) e CHUVAS DE INSPIRAÇÃO (Kindle, 2023). Conhecido por escrever sonetos clássicos, contos, crônicas, seu estilo contemporâneo varia entre o clássico e o verso livre. É membro de duas academias literárias: Academia de Letras, Ciências e Artes da Amazônia Brasileira (ALCAAB) cadeira número 37 do patrono Olavo Bilac, e da Academia Internacional de Literatura Brasileira.

A CRIANÇA QUE HABITA EM MIM


A criança que está viva na minha essência, é a mesma que dava carinho esperando algo em troca, é aquela que comia escondido dos pais o delicioso chocolate em cima da mesa em datas especiais e sempre seria a inocente desse "crime". Sou ainda aquela velha criança que ama ouvir histórias antes de dormir, gosta de tomar um banho acompanhado com muito carinho e afeto paterno. Quanta carência ainda habita em mim, gosto das crianças, elas são os nossos diamantes da calmaria, suas travessuras um círculo composto de alegria e candura, meu coração se alegra e palpita de felicidade ao ver uma criança aproveitando de forma adequada para a sua idade a vida e a sua beleza como ela é. As crianças são o nosso futuro, elas são a nossa sociedade de amanhã, são o nosso combustível para mudarmos de opinião e sermos mansos de coração, dinheiro nenhum compra a essência positiva de uma criança.


Carrego traumas da minha infância, mas o que eu diria para a linda criança que fui nos dias nublados e que habita no fundo da minha alma: "Acalme o seu coração, nada do que você viveu e passou não foi em vão". Que tudo de ruim que infelizmente uma criança passar, vire forças de aprendizado e de boas energias para encarar a vida adulta, sempre depois da chuva nascerá um lindo sol. Tenho no meu pulmão o fôlego vivo da infância que tive, poucos amigos, poucos brinquedos, aceitando o que meus pais podiam me dar, e nunca vi defeito nisso de modo nenhum, fui feliz e sou com que tenho, a criança que habita em mim tem muitos sonhos a serem cumpridos, desejo o que a infância sempre sonhou.


Que a criança que habita em mim, venha falar mais alto antes de tomar qualquer decisão precipitada, "Será que eu faria isso?" Que a minha doçura de criança jamais venha a se abalar com a maldade e a ingratidão alheia dos adultos, afinal, ser criança é apenas uma vez na vida, mas a boa e verdadeira essência infantil está em você, não deixe essa chama apagar, porque quando envelhecemos, também voltamos a ser criança, e quando estivermos em declínio, será a essência infantil o nosso porto seguro para olharmos o lado bonito da vida.


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AUTORA LUCÉLIA SANTOS

IG: @poetisafalandodeamor 

LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.

RIOS DE MEMÓRIA


Quando o sol se esconde

E a cidade então adormece

A minha alma cansada fenece

Perco-me, mas não sei onde


Mergulho em rios de memórias

Pensamentos me despertam

Angústia e tristeza me acertam

Quando se vive, tem histórias...


Me pergunto se mais poderia ter feito

Anseio pelo amanhecer

Enquanto a noite faz-me entristecer

Sem paz mental, não durmo direito


Então a cidade vem a despertar

A xícara com café está quentinha

E as muitas memórias minhas

Da saudade tua vem me lembrar.




1 comentário


Stella Gaspar
Stella Gaspar
12 de out.

Adoro seus textos, escritores de almas estreladas! 🥰

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