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REFLEXÕES Nº 16 — 17/04/2022

Atualizado: 18 de abr. de 2022

Mais uma edição no ar! Hoje, mais uma colunista se junta a nós: Miguela Rabelo. Seja bem-vinda. O caderno está recheado de conteúdo como nunca vi antes. Sintam-se acolhidos aqui na Valleti Books.


Nossos colunistas: Arléte Creazzo, Ipê (Odilon Azevedo Filho), Luiz Primati, Antônio Carlos Machado, Joana Pereira, Joana Rita, Alessandra Valle, Simone Gonçalves, José Juca, Lina Veira, Lucélia Santos, Rick Soares e Miguela Rabelo.

Leia, Reflita, Comente!


https://www.universalidadedabiblia.com.br/



INSIGHT


por Miguela Rabelo

De repente em meio a uma louça e outra enquanto preparava o almoço, um insight muito interessante me aconteceu. E pode ser uma das respostas para esta pergunta universal:


— Qual o sentido da vida?


Se todos pararmos para pensar, sempre teremos algum motivo para sermos gratos, seja a Deus ou ao universo e mesmo às vezes estar com a vida desabando…


Até mesmo as pessoas que vivem com certo nível de vulnerabilidade ou precariedade, ainda sim, com certeza terão algum motivo para serem gratas por algum motivo, sejam afetos, inteligência ou alegria genuína.


Então qual o segredo?


No entanto, é fato: todos nós temos problemas e desafios a serem superados nesta existência. E cada um destes é importante e pertinente a cada sujeito que a vivência. Por isso, são justamente esses dilemas o portal da nossa existência.


Se fizermos duas listas de motivos, uma de dor e outra de satisfação; vamos entender que justamente a dor é nosso password para algo maior, que representa nossa expansão neste universo. Pois, são essas equações a serem resolvidas a engrenagem para nossa melhora e evolução.


E se existem pessoas com estradas mais tranquila e sem problemas que perturbem... cuidado! Ninguém vem a passeio por aqui. Se esse privilégio é concedido, acredito que essas pessoas estão aqui com a finalidade de serem luz e mão amiga àqueles que necessitam.



Vejo muito isso nos centros espíritas. Pessoas que aparentemente possuem vidas mais pacatas e que que lá estão para ajudar a quem precisa.


Então deixo essa reflexão…


Independente do que acredita

ou não...

Apenas pense nessa mensagem

com carinho e atenção.





NADA


por Ipê (Odilon Azevedo Filho)

Quando o vazio predomina

o nada sobra como opção

ao seu sentido ser especulado

e nada sendo sobra em vão

como a palavra pela qual pergunto

a causa da sua existência

se o nada, nada é

por que empresta seu nome

ao vazio sem solução?




CELEBRIDADES


por Arléte Creazzo

Vivemos em uma época em que pessoas “batalham” por quinze minutos de fama.


Digo batalham por fazerem qualquer coisa para aparecerem, até mesmo invadir entrevistas de famosos, subir em palcos, ou qualquer outra coisa que lhes faça famoso.


Sempre pensei que a palavra celebridade foi utilizada para denominar alguém que tivesse feito algo grandioso, mas me equivoquei.


A palavra é utilizada para descrever pessoas que ficaram simplesmente conhecidas nas mídias.


E como ficaram conhecidas? Salvando vidas? Ajudando os necessitados?


Esses até existem, mas estão no final da lista.


Se pesquisarmos sobre celebridades brasileiras, encontraremos os mais diversos tipos: cantoras que usam mais o corpo do que a voz, as que ficam “aprisionadas” em uma casa com toda mordomia, pai que mata filha, filha que mata os pais, as que vão com microssaias na faculdade para causar e até mendigos que descrevem com riqueza de detalhes uma noite íntima.


E quem faz esta lista de celebridades? Não, não é o governo, é a população.


Mas esperar o que de um povo que está sempre reclamando de seu governo? Não conseguimos nos entender nem para escolha de governantes. E não estou falando que o povo tem que ter a mesma opinião sobre eles, mas ao menos não lutar contra. Nem sempre meu candidato é o eleito, mas torço para que o que conseguiu o cargo faça um ótimo trabalho.


Temos excelentes médicos, professores, políticos, escritores, artistas, esportistas, mas estamos sempre dando ênfase a celebridades menores.


Sabemos mais os nomes dos famosos com canais na internet, do que os nomes de pintores ou escritores renomados.


Lembro-me de uma entrevista com Ariano Suassuna, sobre a Banda Calypso, onde ele dizia ter encontrado uma notícia sobre o fato de Chimbinha ser um guitarrista genial, e completa:


— Se eu gastar a palavra genial com Chimbinha, o que direi sobre Beethoven?


Estamos gastando nossas palavras e nosso tempo.


Não estou dizendo que muitas dessas celebridades não são divertidas, mas acredito que o valor dado é exagerado.


Os valores ficam invertidos, como no dia de hoje que é Páscoa.


Percebemos que o coelhinho, que seria um mero coadjuvante, é mais celebrado do que o personagem principal. Cristão ou não, usamos a data para nos reunirmos com a família, por isso seria muito bom pensarmos o verdadeiro motivo desta reunião.


Não somos pobres em cultura, somos pobres em escolhas.




A HORA DE DIZER ADEUS


por Luiz Primati

Tudo tem um fim. Nada é eterno, nem o amor, nem a amizade, nada. Precisamos saber identificar os sinais de que algo acabou.


Na maioria das vezes não queremos enxergar, mesmo sentindo que tudo mudou. E por que fazemos isso? Medo? Insegurança? Cegueira seletiva? As causas podem ser muitas.


Ninguém gosta de dizer adeus, principalmente quando não planejamos o fim. Quando menos esperamos, tudo à nossa volta indica que é chegada a hora.


Hora de sair da casa dos pais, hora de sair do emprego, hora de ir em busca de um novo relacionamento, hora de dizer adeus a quem desencarnou, hora de admitir que o casamento acabou.


Vejo isso acontecendo ao meu redor e as pessoas protelando para tomar uma decisão. Sei que é um momento difícil e temos receio de tomar a decisão errada. Depois tem a vergonha em admitir para as pessoas que fracassamos e pior ainda se resolvermos voltar atrás e isso não funcionar.


As pessoas precisam ter clareza de que as coisas precisam de uma decisão e "empurrar com a barriga" só piora a situação. Parece que as pessoas querem ficar num canto, chorando, esperando que tudo se resolva, que volte ao normal. Não voltará! Fechar os olhos só fará todos, à sua volta, sofrerem.


Experimentei essa sensação quando tive minha primeira decepção amorosa e demorei para esquecê-la. Depois sofri com a ideia de sair da casa de meus pais. Posteriormente essa sensação voltou quando rompi sociedades. Também enfrentei dúvidas em meu casamento e me afastei para tomar a decisão de continuar. Foram momentos necessários que me fizeram crescer. Não demorei para fazer as coisas mudarem e, acreditem em mim, quando tomamos decisões importantes como essas, ocorre uma catarse em nosso interior que nos faz sentir rejuvenescidos.


Mais uma vez eu repito: sei que não é fácil. Já fiz isso e faço novamente se for necessário.


E você? Vai ficar esperando a vida voltar ao normal enquanto os anos avançam? Ou vai decidir logo, ganhando mais anos na sua vida nova?


Não espere a vida acabar! Aja agora! O tempo não espera ninguém.




EU SEI DE COR!


por Antônio Carlos Machado


A expressão antiga diz muito do que é saber alguma coisa tão bem que sai sozinha de nós mesmos, sem nenhum átimo de consciência ou ponderação.


No entanto, fazendo uma analogia muito pouco ou nada assimétrica, penso agora, quanto de mim eu faço assim, sem muito pensar ou ponderar.


Quanto de nós é produto de conhecimento recebido, emprestado, legado de alguém que é ou era referência e que se transformou naquilo em que acreditamos piamente, sem espaço para questionamento ou dúvida, mínima que seja?


Quantos dogmas vivemos, sem saber? Quantas certezas nos foram passadas?


Quanto de você não é o que você repete, reproduz sem contestação, ou antes, e principalmente sem vivência?


Os sentimentos que nutrimos, as considerações primeiras, os valores, os princípios?


Quando alguém diz alguma coisa que lhe afronta lhe ocorre minimamente perguntar:


— Mas por que fulano pensa tão frontalmente diferente de mim?


Será este sujeito, alguém tão absurdamente “fora da casinha” e a melhor coisa que posso fazer é manter distância?


A bem da verdade eu me treino a não bater de frente com pessoas, porque sei que nem sempre, ou melhor dizendo, raramente irei me deparar com pessoas que pensam como eu, e mais ainda, fica claro que as pessoas irão me enriquecer, são justamente as que pensam diferente de mim.


São anos de processos de maturação de ideias, contradições e mudanças, até chegar aonde chegamos e saber que isso é de fato sempre um processo em andamento sem tempo ou prazo de validade, tudo é um por vir, uma estar sendo e nunca ser de fato e imutável.


Eu sou hoje o que não era ontem e não serei amanhã e tudo enfim vai seguir adiante, no fundo, envelhecer é justamente não permitir que alguma coisa em nós, mude.


Não se aprende por vontade, se aprende por dívida e motivação, eis tudo.


Amanhã nos cumprimentaremos.


— Prazer, eu.


— Prazer, você.




MIL RÓTULOS


por Joana Pereira IG: @temjuizo_joana


Incrível como o ser humano involuntária ou voluntariamente mete rótulos a tudo.


Literalmente a tudo.


Não sei se para simplificar, para meter tudo em caixinhas e poder arrumar nas respectivas gavetas. Ou se para facilitar a identificação.


O que é certo é que todos nós o fazemos. Por género, raça, cor, textura, forma, crenças, lateralidade, preferências, gostos, classe social... todos o fazemos! E, a maior parte das vezes, nem com intenção ou conscientes de que o estamos a fazer. E está tudo bem!


Os rótulos existem.


De facto limitam-nos. Criam circunferências em volta de riscos que não podes pisar. Ou que não era suposto pisar.


Desde que nascemos que são criados limites. Dão-nos um nome. Um nome! Que só o nome já nos limita. Ora, eu sou a Joana, já não posso ser Aurora ou Tânia. Joana, será o nome a que me vão associar para o resto da vida. Associando experiências, vivências, memórias. Só a um nome!


Os rótulos existem.


Nascemos com eles e vamos associando novos mini-rótulos ao longo da vida. “Escolhe uma profissão”, mais uma circunferência. “Acreditas em Deus?”, outra circunferência. A própria sociedade foi-se desenhando assim. Simplesmente assim, tens de escolher de que circunferências te queres envolver.


Os rótulos existem.


E está tudo bem. Está tudo bem se não criarmos pisos de desnível entre circunferências. Se soubermos que cada um de nós não cabe num só rótulo com a receita perfeita e os ingredientes certos. Porque há ingredientes que vamos descobrindo ao longo do caminho. Se soubermos que podemos ser a mesma receita de ingredientes diferentes. Se soubermos que o que nos define está muito para além de rótulos circunflexos. Se soubermos que pisar o risco às circunferências pode fazer-nos muito mais felizes do que dentro delas.


Os rótulos existem.


Existem nas bocas do mundo.


Sítios onde somos em perspectiva.


Onde um ou mil rótulos nunca nos irão servir.




A CRUZ DE CADA DIA


por Alessandra Valle


Semana da Páscoa, para os cristãos é momento de reflexão objetivando a própria renovação moral, entretanto, os ovos de chocolate estão caros e pagar por eles é o mesmo que se permitir sofrer um assalto.


O costume impõe a abstenção da carne e o jejum na Sexta-Feira Santa, pois o ato remete à Paixão de Jesus, aumentando a devoção e a própria configuração Daquele que deu seu sangue e Sua vida por amor a nós, pobres criaturas, todavia, deixar de comer carne tem sido comum aos demais dias da semana e ao longo do ano, pelo mesmo motivo dos ovos de Páscoa, está caro demais comprar carne.


Há mais de dois mil anos Jesus esteve entre nós, com seus ideais renovadores baseados no amor, na justiça, na caridade e no perdão das ofensas, mas foi acusado, julgado e sentenciado à crucificação, pois, supostamente, estaria querendo roubar o trono do rei. Seu ato de resignação e obediência é por nós, refletido ao longo destes milênios, porém, agir como Jesus quase ninguém quer, pois, também custa caro.


Aqui, não estamos falando do valor monetário de se pagar uma dívida, mas sim do quanto de esforço moral se deve fazer para agir no bem. A jornada do bem encontra barreiras sombrias, a começar por nós mesmos.


Muitas vezes me pergunto refletindo: “Quanto estou disposta a amar como Ele amou?”


Mesmo querendo me esquivar de uma ou outra situação que me impele a perdoar, a agir com compaixão, paciência ou coragem, não consigo escapar da contabilidade divina. Serei, mais cedo ou mais tarde, chamada para saldar meus débitos.


Meu julgamento não será feito por um rei e nem serei condenada à cruz, mas será realizado diariamente, a cada nova oportunidade, a fim de que eu possa mudar o rumo e escolher o caminho do bem.


A cobrança para o pagamento de minhas dívidas, até saldar o último ceitil, não será feita pelos cobradores de impostos, mas sim, ocorrerá no trato diário com os mais íntimos, na atividade do meu labor, nos encontros e reencontros pelas ruas da vida com todos os seres da criação.


Comer ou não comer carne, jejuar ou não jejuar, comprar ou não comprar ovos de Páscoa para presentear as pessoas, tudo isso se apequena quando releio as palavras de Jesus pregado na cruz, injustamente: “PAI, PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM”.


Fontes de consulta:

Evangelho de Lucas, 23:34.

O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XVII – Sede perfeitos



LIMITE


por Joana Rita Cruz


Por vezes chegamos ao limite

Ao tão triste e feio

Deplorável e necrótico

Limite.


Naquela manhã

Uma bela alvorada

De sol a raiar

Uma menina lá chegou.


E as lágrimas rolaram

Como linhas concisas

De dor, frustração

E mais dor.


Mas a menina não conseguia

Gritar e suplicar

Avisar e pedir ajuda

Por puro ingénuo orgulho.


A alvorada da ilusão

Presente de forma tal

Naquele cérebro jovem

Era tentadora.


E

por isso

Deixou se

Chegar ao limite.


Oh menina orgulhosa

Deplorável alma lutadora

Tão alegremente justiceira

Mera teimosia enfadonha.


Oh mera mulher choradeira

Que te deixas destruir

Porque tens medo

de simplesmente seres humana.


Admite

Chegaste

Ao

Limite.


Não te deixes tentar

Pelo tão profundo abismo

Nem tentes

Suster as lágrimas.


Deixa-te cair

Na alegre envolvência

Desse amor

Daqueles que querem saber.


E permite-os

Afastar-te

Do

Limite.


A alvorada pode ser real

O orgulho pode ser curado

Mas pelo menos

Deixa te ser menina.


Menina chora e ri

Humana cai e grita

Mulher luta e perde

Mas vive e vive a vida.


E assim,

Admite que

Chegaste

Ao limite.




MINHA MÃE


por Simone Gonçalves


A doçura no olhar

Acalanto no abraço

Seu sorriso dispensa as palavras

Quando vou ao seu encontro

Bondade nos gestos

Mesmo que seja um aceno

Já transmite o amor

Que ilumina meu dia

Perfume inebriante

Se espalha no seu caminhar

Leva o aroma da mais bela rosa

Que floresce em cada manhã

És minha doce amada

Amiga confidente

Aquela que me deu de presente

A vida nesse mundo

Minha mãe, meu amor

Na candura da sua presença

Esteja sempre de braços abertos

Para em teu colo descansar

No embalo da sua calma

Sentir a força do que é Amar




BOEMIA


por José Juca


A música, que ao fundo tocava, era de boa qualidade, MPB. Embora o repertório fosse bastante variado. Indo de rock nacional… Barão Vermelho, Capital Inicial, rock anos oitenta. Mas também, Codplay, Queem, Bee Gees, entre outras. Músicos, muito bons, voz e instrumentos afinadíssimos.


Ao centro, estava aquele senhor, marcando ponto, como todo fim de semana. Não faltava um. Bêbado, bastante bêbado. Era sempre assim. Não era vagabundo. Aliás, muito pelo contrário. Trabalhava, por dia, sessenta horas. Professor, manhã e noite. A tarde Analista Judiciário. Tinha, em companhia, o irmão ao seu lado, que não bebia. Estava ali, numa paciência de Jó, porque era o único que conseguia levá-lo para casa. Atendendo pedido da cunhada. E ficava esperando e pensando “como poderia ser tão excepcionalmente inteligente, se acabando na bebida”. Quando não estava no bar aos fins de semana, era em casa, diariamente, no pouco tempo livre que sobrava.


Uma explicação havia. Puxara ao pai. Mecânico, também diariamente bebia. Chegava a casa todas as noites bêbado. Trazia sempre um agrado aos filhos pequenos. Balas, doces… E fazia a felicidade das crianças. Não era da mesma sorte a convivência com a esposa. No fim, os momentos seguintes eram sempre de brigas. Pior! Empurrões, palavras duras e agressivas. Num tempo em que o machismo era muito mais corriqueiro, sem muitos direitos das mulheres, num estado mais omisso, bem como, família, vizinhos etc.


Então, voltando ao bar, continuavam o analista judiciário e o irmão, por horas a fio. Como era paciente e tranquilo, o irmão aguardava, até vencer, seu mano, pelo cansaço. Mas, o que passava em sua cabeça era a segurança do irmão. Estando ao lado dele poderia evitar que se metesse em confusão ou acidentes. O mais incrível dessa história toda era a postura do analista. No dia seguinte estaria no trabalho, sem faltas, cumprindo suas funções, com responsabilidade. Nunca faltava. Seu pai também era assim.


Outra curiosidade, o irmão estando bêbado era um tagarela. Ficada nas madrugadas, ligando para familiares e amigos para ficar conversando. Não tinha desconfiômetro. Alguns atendiam, outros não, pois já sabiam quem ligava.


Noite adentro, o tempo passando, até que, depois de muito beber, dormia sobre a mesa. E era a deixa para o irmão levá-lo para casa. Se perguntando: “três horas da matina. Como consegue estar às sete horas, pontualmente, no trabalho. Saindo daqui, praticamente, carregado. E com cinquenta e cinco anos de idade! Inacreditável”.


E essa era a rotina do boêmio.




CAMINHADAS NA ILHA


por Lina Veira


Como de costume fui caminhar no calçadão. Hoje, assim que o sol do  inverno me aqueceu um pouco mais. E me deixei ficar ali, a contemplar o infinito, o horizonte, as coisas do alto a meditar sobre acontecimentos e sentimentos. Evidências...  O destino... Esses anos todos aqui conversando com o mar, eu reconcluo que o universo não é um absurdo como muitos defendem ser, explicado pelo Big Bang. Me desculpem os céticos,  mas a vida não pode ser uma simples reação química entre tantas reações que  conheci e estudei em minha engenharia. Nada vem do nada, mas o poder do pensar é  brilhante, algo que  transcende qualquer matéria. Brilhante como a mente que compôs esse universo, a vida. E talvez  tudo isso seja  apenas  fé. 


Hoje falei nos stories sobre o destino. O destino ligado  a solidariedade  real  que precisamos gerenciar  urgentemente, para que o homem saia da mediocridade social manipulada que  tanto  lhe traz retrocesso,  e  desordena sua vida.  Vejo que a crise é o melhor meio para o homem produzir sua história.  Vejo que amar a acolher o diferente por pura decisão pessoal  de  sentimentos que ainda nem conhecemos. Somos amor. Vejo que a  solidariedade está  ligada ao destino sim! E é nosso dever pessoal comum de aperfeiçoamento do homem como pessoa humana que promova sua dimensão pessoal,  social, política,  espiritual, através de seus talentos, sonhos, de seu amor maior. E não uma solidariedade baseada na profissionalização da mendicidade entre nós, da gratuidade de coisas materiais e benefícios.


"Tu terás o pão com o suor do teu rosto", ele deixou dito. Isso é puro dever pessoal e solidariedade humana. Sem o gerenciamento   desses conceitos não existiremos  de fato.




CORAÇÃO ALHEIO


por Rick Soares

Reprovo totalmente brincar com o coração alheio.

Quanto ao meu não lhe dei arreio

e saiu em disparada a buscar bolinha jogada

por quem o via como diversão declarada.

Cansou de brincar e partiu!

Devo tornar meu coração alheio.




AMOR FRATERNAL


por Lucélia Santos

Um amor que sentimos num olhar, em um sorriso, ao se abraçar, as palavras edificam, e são como bálsamo para o coração, nos sentimos alegres, transbordando gratidão.


Amor fraterno, amor de amigo verdadeiro, amor de irmão, o tempo passa, mas, nada muda a afeição, até mesmo fortes tempestades, não declinam o coração.


E esse amor que não morre, é ele que nos acolhe, até mesmo quando sentimos medo, esse amor sustenta segredo, nos move a sempre dar a mão, a pedir pelo outro em oração.


É como água fresca em um dia de extremo calor, e é possível compartilhar e eternizar esse amor, e quando lágrimas cair, ele nos move a ouvir, a sentir empatia, compaixão, dar o ombro para chorar, e sempre persistir em suportar e acima de tudo, amar.


Amor fraternal, sabe perdoar e jamais desejar o mal, nos momentos mais difíceis, sozinhos nunca estamos, quem nos ama com esse amor, vai aliviar a nossa dor, nos ajudando de coração.


Esse amor logo se nota, às vezes ficamos até sem respostas, como gotas de chuva em um dia incerto, esse amor chega em nossa vida, bem na hora, no momento certo.


Assim se deixe abraçar por esse amor, esta acolhida te fará acreditar, que nunca estamos sozinhos, um amigo leal e irmão, a mão sempre nos dará.



NOSSOS COLUNISTAS


Da esquerda para a direita: Arléte Creazzo, Luiz Primati e Alessandra Valle. Depois Joana Rita, Joana Pereira e Simone Gonçalves. Depois José Juca, Antônio Carlos Machado e Ipê. Encerrando: Lina Veira, Rick Soares, Miguela Rabelo e Lucélia Santos.

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11 Comments


sidneicapella
sidneicapella
Apr 18, 2022

Parabéns à todos colunistas!

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Stella Gaspar
Stella Gaspar
Apr 17, 2022

Sofrer, amar, estar em contato com a realidade nem sempre a desejada, muitas são as reflexões e buscas de interlocuções. Todos os textos de hoje me deixaram diante de sopros , emotivos, críticos, fotografando a morte e a vida e o tudo que continua... Gosto muito de escrever e ler reflexões, elas saem de nossas almas e do amor de nossos corações. A presença de todos neste Caderno o faz maravilhoso! Parabéns aos escritores e seus escritos! 💝

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Stella Gaspar
Stella Gaspar
Apr 17, 2022
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Domingo estarei aqui, não parei de ter vontade 💝

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luceliags5
luceliags5
Apr 17, 2022

Fico com o coração transbordando de alegria, estar aqui com todos vocês, escritores incríveis, é um privilégio para mim. Parabéns a todos. Reflexões maravilhosas que nos enriquece. Sinto orgulho em fazer parte da família ValletiBooks ❤

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miguelarabelo
miguelarabelo
Apr 17, 2022

Fico imensamente grata e lisonjeada de estrear nesta coluna, justamente hoje.. em uma data tão importante e simbólica, onde todos somos convidados a reflexão de renascernos pessoas melhores.


E de fato cada reflexão de hoje nos traz uma riqueza impagável de oportunidade de metamorfose aprimorada com cada um dos belíssimos textos. Gratidão Luiz Primati pelo convite e Lucélia Santos pela indicação deste valioso recanto!😍🙌❤

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miguelarabelo
miguelarabelo
Apr 17, 2022
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Muito obrigada querilinda escritora e amiga pelo convite e recepção!😍❤🙌

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Alessandra Valle
Alessandra Valle
Apr 17, 2022

É um imenso prazer escrever e ler sobre a vida, suas agruras, alegrias, paixões e amores que vão e vem, sobre os ciclos que se encerram ou renascem. Parabéns aos escritores da família ValletiBooks.

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