AUTORA MIGUELA RABELO
Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
LUA EMBRIAGADA
Preciosa e mística clareia
Noites a fio coberta pela
Solidão que gela a carne trêmula
Que soa a revirar os lençóis vazios...
Na procura daquela saudade infinita
Embriaga nas lembrança
De um conto mal passado
Ou... de uma chamada nostálgica
Com trilha sonora risos,
Ou poderiam ser soluços,
Talvez...
Saudade do que se foi,
Com um álbum de fotografia
Esquecido no guarda-roupas abarrotado
De um perfume sem nome,
Mas apenas aquela sensação de aconchego...
Lá topo do céu ela ilumina
sonhos De uma sexta-feira
quente de primavera,
Com paladar de vinho amanhecido
No copo ja vazio...
E com de sede:
De que te quero
Por mais uma dose...
Porém o tempo nos carrega
com seus ponteiros a nos arrastar
Por caminhos tão dispersos
Que nem mesmo ela...
Lua minguante pode nos conceder
Um frame entre uma estação e outra a viver ou revivir...
O que os desejos da carne
e da alma nos secretam
ao pé do ouvido
Em voz mansa, baixa e quente
De um dejavú
temperados na pele
Embriagados na simbiose da alma
E perfumados no calor da vida
que Palpita entre texturas distintas...
Mesmo que em sonhos
nos alucina em mais uma dose...
É claro que eu tô afim,
A noite nunca termina baby,
Porque que a gente é assim?
AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
MEUS PENSAMENTOS VOAM...
Sinto-me amada como um ninho de sol.
O amor me encontra a todo momento e me deixa como botões de rosas entreabertos.
Sinto renascimentos em meus pensamentos, me levando para ti, meu querido amado.
A vida em nós dois perpétuos, a natureza sadia és tu, e ser tua é como um leve verso de amor. Quero ser macia e mansa, acariciando cada pensamento em ti, quero ser rítmica em meus contatos de mãos em tua pele aveludada e dominadora.
Nossos pensamentos juntos voam e se distanciam do ódio, das mentiras e dos desenganos. Por você eu voo, com asas de mil imaginações, com asas musicais, com ideias sensacionais.
Palavras de amor, luzes para a orquestra, todas me convencem, me cativam.
AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
LISTAS
Final de ano é uma época em que passamos a fazer listas de afazeres que não fizemos durante um ano inteiro.
Queremos fazer tudo que não foi feito em 300 dias em apenas dez por cento do tempo.
E com certeza iremos nos estressar, pois não conseguiremos.
Isso digo de carteirinha, já que nos últimos anos foi exatamente o que fiz.
Na verdade, passei a desistir das listas futuras e comecei a ver as listas passadas.
Listas futuras são aquelas que queremos fazer tudo o que não foi feito. Listas passadas são as que já fizemos.
Percebi que toda vez que fazia uma lista de tarefas, ao findar o dia não havia feito metade daquilo a que me propus e com isso me frustrava.
Então percebi que não conseguia terminar minhas listas, por ter feito muitas coisas que não estavam nelas.
Ao iniciar o dia aparecia um filho me pedindo para que o levasse ao médico ou lhe fizesse uma tarefa a qual não teria tempo para cumpri-la.
Minha mãe que me pedia para que fosse ao mercado para ela ou uma tia que telefonava simplesmente para conversar (por longos 45 minutos).
O marido sempre se lembrava de algo que precisava fazer e não conseguiria e lá ia eu para finalizar sua tarefa.
E isso tudo não é por não ter vida própria, mas sim por ter uma família que conta comigo.
Mas mesmo quando não temos família, temos listas passadas.
O sorriso que fizemos uma criança dar, a gentileza feita a um estranho, o fato de ajudarmos um cego atravessar a rua, o fato de pararmos nosso carro para ajudarmos a empurrar o carro de alguém que deu problema.
Todas essas tarefas já coloquei nas minhas listas passadas, e sinceramente, nenhuma considerei perda de tempo.
Listas são ótimas desde que não nos estressem mais do que ajudem.
Então para este final de ano fica minha sugestão: façam listas de tudo o que já fizeram de bom a alguém, por menor que o gesto tenha sido e perceberão que esta lista será muito maior do que a lista de coisas que nos faltam a serem feitas.
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