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REFLEXÕES Nº 78 — 27/08/2023


Imagem gerada com IA MidJourney


 

AUTOR AKIRA ORDINE


AKIRA ORDINE é um escritor, poeta e músico carioca. Desde cedo apaixonado pela literatura, utiliza a arte como espaço de luta e refúgio, colocando bastante de si em tudo o que escreve. Tem muitos livros, vários deles, verdadeiros amigos.

 

QUENTE QUE SÓ O DIABO


Com o agravamento do aquecimento global, é uma tendência que dias quentes se tornem cada vez piores e mais quentes. É muito fácil desprezar e relativizar isso tudo sendo alguém que mora em apartamento climatizado com ar condicionado, ou podendo passar o dia e a noite dentro de um shopping center.


Essas benesses, infelizmente, não caem no colo de todos, e é muita falta de empatia alguém vir negar a existência dessa calamidade planetária. Convido quem faz isso a assar o dia inteiro no calor de 40 graus que atrai mosquitos para as lâmpadas e faz derreter o asfalto.


Além disso, convido quem faz isso a trabalhar exposto ao Sol de meio-dia como peão de obra ou como entregador por aplicativo, recebendo um holofote fervente na cabeça por horas.


Em suma, convido quem faz isso a sentir na pele a realidade dos fatos, porque quem não vive com os pés no chão, o vento do idealismo leva.


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI (1962), é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e seu último lançamento foi o livro "A MALDIÇÃO DO HOTEL PARADISIUM".

 

AJUDA ESPIRITUAL


Muitas vezes, somos surpreendidos por relatos impressionantes de pessoas que desafiam diagnósticos médicos devastadores, sobrevivendo contra todas as probabilidades. Os profissionais da saúde os consideram enigmas da ciência — situações em que a fé e a força de vontade parecem superar os limites conhecidos da medicina. Para aqueles que acreditam em visões mais espirituais, como o espiritismo, esses casos representam apenas mais uma confirmação de que talvez tenhamos destinos e tempos de vida pré-determinados.


Este é um conceito explorado no filme intrigante "Um fim de semana prolongado". Nessa narrativa cinematográfica, o protagonista se envolve emocionalmente com uma mulher aparentemente vinda do futuro. Embora duvide de suas afirmações, ele opta por um fim de semana de paixão e romance. No clímax do filme, ele acaba levando-a ao hospital, acreditando que ela pode estar delirante. No entanto, o twist é revelador: ele sofre um aneurisma e é salvo por estar no local certo, no momento certo. Ao despertar, percebe que a mulher nunca existiu; ela era uma fantasia criada pela sua doença.


Surpreendente, não é? O filme nos faz questionar: até que ponto essa história é pura fantasia? E qual é a probabilidade de que forças benevolentes o tenham direcionado ao hospital justo naquele momento crucial? O fato é que, acredite você ou não em vida após a morte, este filme é um convite à reflexão sobre o nosso propósito e permanência aqui na Terra.


Então, deixo para você esta pergunta final e inquietante: estamos aqui de passagem, cumprindo um propósito pré-determinado, ou cada vida é uma experiência única e irrepetível?


Não importa qual seja a sua crença, o que é indiscutível é que histórias como essa fazem-nos parar e ponderar sobre os mistérios que ainda estão além do nosso entendimento. E isso, por si só, é motivo suficiente para assistir ao filme e, quem sabe, questionar o que você pensava saber sobre o enigma da existência humana.


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


Lucélia Santos, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.

 

NOITE ADENTRO


Uma lágrima e pálpebras molhadas

Coração a rebentar-se neste deserto

Nem sei mais quem sou ao certo

Olham e dizem, pobre coitada!


Sofro horas a fio em um pesadelo

Uma profunda tristeza me definha

Nesta solidão que é tão minha

Sinto frio, febre, desespero..


Que o meu verso nunca se cale

Por mais triste e adormecido ao vento

Um fogo que consome, um sentimento

Que enquanto o céu repousa, me invade


Em uma floresta esquecida adentrei

Sem rumo, por entre os arvoredos

De tanto medo, não sentia mais medo

E o vento que acariciava meu rosto eu beijei


Sobrevivo ainda por ter esperança e alento

Suspiro, na palidez das rosas brancas

Enquanto o silêncio derrama lembranças

Nas sombras do vale noite adentro.

 


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1 Comment


Stella Gaspar
Stella Gaspar
Aug 27, 2023

Belos escritos, todos tem o poder de nos fazer viajar por undos imaginários!😍💝

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