AUTOR JOSÉ JUCKA SOULZ
José Juca P Souza, professor, ator, psicopedagogo, analista de sistema, ambos por formação acadêmica… Desde pequeno imbuído nas artes, com o desenho. Como profissional, agente administrativo no Ministério da Agricultura, técnico em edificações na Companhia Energética de Brasília. Assim segue, vendedor de tudo na infância (“triste realidade”), almoxarife, gerente lojista… Em seguida, veio o teatro, com poucas temporadas, lecionou artes na escola pública do DF, estando até hoje, trabalhando com informática, afastado de sala de aula… Embora escreva desde criança, com textos engavetados… Se reconhece poeta em um concurso para novos poetas, em 2019, classificado e publicado em uma determinada editora. Hoje providencia seu primeiro livro.
PAIXÃO CONSCIENTE
Todo dia desperta a esperança,
D’uma relação sob confiança,
Encontro-a sob sonhos e realidade dia a dia.
Improvável ao córtex pré-frontal,
relação que não vinga a euforia,
Um freio nos desejos e impulsos,
antecipo futuro, se bom ou ruim,
não entro em apuros, não sou curumim.
De sentimento intenso e passageiro,
Não ando ligeiro,
Se meu coração age sob taquicardia,
Minha mente é freio sem nostalgia.
Resultado da falta de sono,
Está em admirá-la todos os dias.
Euforia, ansiedade, insegurança,
já vencidas etapas, eu diria…
Não quero mais que a realidade...
Desta solidão, não há sofrer, estrela-dia...
Espaço que la gracia não preencheria,
Se motivação fez e perfez…
Amor não atestaria…
És bela, intensa, até mesmo…
Michel Foucault não esconderia.
AUTOR LUIZ PRIMATI
Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
SOCO NO ESTÔMAGO
Você já levou um soco no estômago? Se não levou, saiba que a sensação é de morte iminente. O ar falta, as pernas estremecem, o cérebro considera desligar. É como se tivesse a dor da apendicite concentrada toda de uma vez com a duração de 30 segundos. É essa a sensação.
Clarice Lispector agia assim com seus leitores. Era um soco no estômago cada vez que ela abria a boca. No meu caso, não quero que ninguém sinta que está levando um soco no estômago. Quero relatar os diversos socos no estômago que levei durante a vida.
Dizer que a vida é curta e que devemos curtir cada instante, como se fosse o último, é apenas uma frase de quem ligou o botão do “foda-se”. Na realidade não é assim. Se eu soubesse que minha vida iria terminar hoje à noite, até faria sentido aproveitar cada minuto restante. Na prática, se fizermos isso, amanhã teremos muitas consequências. Fica fácil quando relatado no filme “O Dia da Marmota” onde o personagem revive diariamente o mesmo dia. Agora, lançado pela Netflix, veio “A Boneca Russa”. Mesma ideia do filme com Bill Murray, só que o personagem morre todos os dias e revive o dia anterior. Nessa série os personagens tentam mudar o enredo fazendo coisas inusitadas, ofendendo pessoas, ajudando outras, se embebedando, pois, sabem que o dia seguinte recomeçaria no ponto de partida. Na realidade isso não acontece.
Os socos que a vida me deu no estômago foram muitos. Na maioria deles achei que iria morrer. Graças à minha perseverança, sobrevivi. Sou um ser que teima em se manter de pé. Seria mais fácil desistir, mas aí te pergunto: para quê? Vale a pena virar uma lembrança na mente das pessoas? Por mais que pessoas chorem no seu velório e elogiem suas atitudes enquanto vivo, pode ter certeza de que será esquecido em menos de um mês. Parentes mais próximos podem demorar um pouco mais para se acostumarem com sua ausência. Depois se lembrarão em datas festivas, datas de aniversário e morte. Após alguns anos você será apenas uma lembrança remota na cabeça de bem poucas pessoas. E assim que deve ser mesmo. Não devemos ficar presos aqui na Terra com preocupações mundanas. Depois da morte do corpo, melhor é se desligar dos espíritos terrenos e seguir na evolução espiritual.
Somos espíritos eternos e não devemos nos prender a esse mundo. No universo de Deus muitos planetas existem para serem habitados e evoluídos. Se não pudermos seguir para um planeta em estágio mais avançado, melhor que possamos ajudar um planeta primitivo a evoluir. Temos que ser uteis.
Voltando aos socos no estômago, se fosse rememorar todas às vezes que me senti assim, encheria páginas e páginas de lembranças inúteis. Acredito que as mais importantes são as que nos colocaram em rota de colisão, as que nos fizeram acreditar que a vida acabaria em breve, onde o chão sumiu sem nos avisar.
A primeira vez que senti isso foi quando o dia começou com uma dor do lado direito, acima da virilha. Parecia aquelas dores de quando você bebe demais e seu organismo começa a tirar água de tudo quando é órgão e a gente sente uma dor terrível do lado. Era apendicite. Até a constatação, fiquei sofrendo com a dor por mais de 12 horas. Quando os médicos descobriram o que era, fui para a cirurgia e logo estava sem dor.
O segundo soco no estômago foi quando Deus resolveu levar minha mãe para junto Dele. Todos nós, eu, meu pai e irmãos fomos pegos de surpresa. Desde a descoberta do câncer até seu falecimento foi menos de um ano. Foi em 1999. Ela nem teve oportunidade de ver um novo século se iniciando. Não teve oportunidade de conhecer o bug do milênio e nem de ver o fim do mundo anunciado que, afinal de contas, não aconteceu ainda. Nostradamus errou ou ainda não conseguimos decifrar a data exata do fim dos tempos. Foi num final de semana que a visitei com pressa no hospital.
Foi num domingo à noite. Visita rápida. Precisava voltar para minha cidade. Nem me lembro se disse a ela que a amava. Dois dias depois, o câncer tirou o último sopro de vida de seu corpo. A notícia me deixou bem abalado. Segui para o seu velório a mais de 150 km por hora e, claro, que fui parado por um policial que lascou uma multa gorda. Nem me importei. Apenas pedi para me liberar logo, pois estava indo enterrar minha mãe. Ele entendeu minha pressa. Multa já lavrada, não poderia cancelar. Segui meu caminho.
Foi um dos dias mais tristes da minha vida. Não consegui derramar uma lágrima. Apenas a tristeza corria minha alma e perguntava a Deus o porquê de tê-la levado com tão tenra idade. Exatamente a que tenho agora, e, isso me assusta um pouco. As palavras não ditas no último encontro, o abraço que deixei para depois, o carinho que podia ter dedicado a ela nesse final de semana. Mas como eu ia saber? E por que não fiz tudo isso naturalmente? Enfim, esses fantasmas todos assombraram minha mente por muito tempo.
Recentemente recebi uma carta psicografadas de minha mãe e aí me senti aliviado. Dizem que o sentimento de culpa corrói nosso perispírito. Deve ser verdade mesmo, pois recebi vários outros socos no estômago originados dessa culpa… ou não.
Depois veio o primeiro câncer. Testículo. Nasci com os dois, mas um deles resolveu não descer para o saco escrotal. Ficou preso em algum lugar dentro do meu organismo. Após adulto, numa consulta com um urologista, resolvi operar. Perguntou se eu queria que colocasse uma prótese no lugar. Eu disse que não. A vida inteira tinha me habituado a apenas um, estranharia se tivesse dois.
Durante a cirurgia constatou-se que o testículo estava intacto e o meu médico recolocou ele no saco escrotal. Lugar onde deveria estar desde que eu era pequeno. Essa cirurgia foi bem tensa. No mesmo dia que descobri meu câncer, minha esposa passava por um procedimento de mioma no útero. O médico dela dizia que a causa poderia ser emocional e nesse dia ela se submetera a um exame para colher material das paredes do útero para análise. Ela estava bem fragilizada. Eu tinha consulta no meu médico e logo que me examinou, desconfiou e me mandou imediatamente fazer um ultrassom.
Logo constatou o câncer, que ele chamou gentilmente de tumor. Era uma quarta-feira e ele queria me operar no dia seguinte. Pedi que fosse na sexta, assim conseguiria que o convênio autorizasse e me preparasse para tal. Fiquei pensando uma maneira de falar para minha esposa sem que ela ficasse preocupada. Com o mioma que a afligia, se eu desse uma notícia de um suposto câncer ela poderia piorar. Acabei dizendo que a consulta correu tudo normal e que na sexta precisaria viajar para visitar um cliente. Voltaria no sábado pela manhã.
Na quinta, avisei minha filha mais velha que faria a cirurgia e que não deveria contar nada para a mãe. Ela me levou para o hospital na sexta pela manhã. Me internei e fiz a cirurgia. Durante o dia minha filha me visitou no hospital. No sábado pela manhã sai do hospital e retornei para casa. Minha esposa pensava o tempo todo que eu estava viajando a trabalho, inclusive nos falamos por celular. Eu no hospital e ela em casa. Quando revelei o ocorrido ela nem teve tempo de se preocupar, pois eu já tinha feito a cirurgia e estava só me recuperando.
Não relatei isso tudo para reclamar da minha vida. Nunca reclamei dos socos que levei, pois sempre tive forças para me levantar. A vida corre rápido e de nada adianta sentar e se lamentar. Temos que seguir adiante, sempre! Mais adiante levaremos mais socos no estômago. Temos que estar preparados para não sucumbirmos na próxima esquina.
Então é melhor nos acostumarmos com os socos, pois, eles surgirão nos momentos em que você estará despreparado.
AUTORA MIGUELA RABELO
Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
PEDAGOGIA DA VIDA: DESAPEGOS
Talvez a vida simplesmente pareça incompreensível, nos atordoando diante aos se's... ou as simples ausências que não existiam...
No entanto, ela é danada de pedagógica, nos mostrando que nascemos nus e sós..., mas que com sorte, recebemos um colo e um peito para acalentar nossos vazios eternos e aquela vontade que vez ou outra, bate, de voltarmos para o ninho…
Mas esse colo, infelizmente, não é eterno e por isso precisamos aprender a desapegar de tudo que um dia amamos ou até do que nos machucou... desapegar das mágoas ou das esperas de qualquer resposta da vida ou de alguém… pois um dia, também partiremos solitariamente, sem aviso para despedidas ou acerto de contas.
Desapegar dos laços, vínculos construídos ou de ter sido especial para alguém em algum momento… infelizmente tudo passa, inclusive nos mesmos e a nossa memória na vida dos outros, seja em vida ou fora dela...
Mas, entendendo melhor esse quebra-cabeça que a vida nos conduz a montar... o fato é que somos efêmeros..., mas o que deixamos não. Por isso, plantar o bem, cativar corações, sempre rende frutos. Mesmo que não sejamos nós que um dia venhamos a colher... nosso plantio será sempre lembrado e germinando nos corações daqueles com terra fértil... ou que assim se disporam a torná-la produtiva, mesmo em meio a todas as adversidades de outrora.
AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
FAMÍLIA
Engraçado que por mais que as famílias sejam diferentes, acabam por serem todas iguais.
Já perceberam como os parentes de cada família se parecem?
Um exemplo do que estou dizendo é o famoso tio do pavê, aquele que não perde a oportunidade para fazer a famigerada piadinha: é para ver o para comer?
Tem a tia da famosa salada, aquela que não importa a ocasião, seja natal, ano novo, piquenique familiar, levará sempre a mesma salada já que é sua grande especialidade.
Tem o sobrinho revoltado, aquele que não importa o quanto lhe agradem sempre será capaz de dar um verdadeiro show por não ter gostado de algo.
O tio nariz empinado, que se julga sempre acima dos pobres mortais do restante da família, mas este nem conta muito já que geralmente este tipo de tio é agregado e não consanguíneo.
Tem o arroz de festa que está sempre presente em qualquer evento da família.
Tem o reclamão, que coloca defeito em tudo do que ele não tenha participado.
A tia fofoqueira que sabe sempre de tudo o que acontece na família, dando a impressão de que o que ela não sabe, inventa.
Tem a caçula que se acha sempre no direito de ser poupada dos afazeres ou contribuições, simplesmente porque chegou depois de todos.
Há também a família atrasada, que não importa o evento familiar, sempre consegue chegar depois de todos.
Mas nem só de defeitos vive uma família.
Há os que sempre estão prontos a ajudar, sem reclamar ou fofocar sobre qual foi a ajuda.
O que tenta a todo custo unir a família para reuniões já que em família grande, isto passa a ser uma tarefa quase que impossível.
Infelizmente sempre tem o primo que não gosta de outro, algum tio que brigou com alguém, a tia que criticou a educação dada a um sobrinho. Muitas vezes detalhes pequenos que separam os integrantes da família, tornando o esforço do membro UNIÃO da família, ser muito maior do que deveria.
Mas o mais engraçado, é que apesar de todas as picuinhas de uma família, a diversidade de pessoas torna realmente uma família interessante.
Os mais novos sempre aprendem algo com os mais velhos, nem que seja o que não fazer em uma família.
Mas no geral as reuniões em família são memoráveis. Dificilmente alguém se reunirá pensando em brigar. Por mais difíceis que sejam os membros de uma família, farão o possível para que o momento se torne agradável.
Embora todos os membros se pareçam completamente com membros de outras famílias, cada um, com sua particularidade, seus defeitos e qualidades, tornam uma família única.
AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
POR CAMINHOS
As lembranças que passeiam na minha memória neste momento
Me levam a percorrer por caminhos diversos
Dos quais já andei algumas vezes na vida
Quanta saudade...
Bons tempos de quando eu ia trabalhar e não precisava pegar condução. Passava por algumas casas que eu adorava observar, mesmo por segundos. Um jardim florido ou aquele cachorro que ficava só prestando atenção como um guardião do seu território. Era época ainda dos jornais que eram deixados nas varandas das casas… nossa, que saudade!!
Meu primeiro emprego foi de babá, depois fui para o Pronto Socorro, onde trabalhei na área da limpeza e por último fui Inspetora de alunos numa escola para onde fui transferida. Todos esses locais eram próximos um do outro e assim tive o privilégio de poder repetir por anos esses caminhos memoráveis...
Fui ganhando uma certa intimidade com determinados trajetos… o bom dia daquele senhor à espera da sua carona para o trabalho, lá na praça por onde eu passava, o vendedor de pães que vinha ao meu encontro na sua velha bicicleta, sorridente e numa alegria contagiante.
Criançada indo para a escola...
Assim começava o dia. E eu era mais uma pessoa no meio dessa constante rotina...para os outros, apenas mais uma.
Mas só eu sei o quanto significou toda essa trajetória por caminhos onde me levaRam para a construção do que sou hoje.
AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
AMANHÃ É UM NOVO DIA
Uma frase otimista, a escutamos quase todos os dias. “Amanhã é um novo dia”
Mas a vida é o hoje, não podemos negar isso e muitas vezes, não conseguimos esperar por um dia melhor, afinal somos histórias em movimentos, com objetivos conectados a um mundo imediatista e não resistimos em esperar para o outro dia.
Ficamos a lamentar nossos erros, e não seguimos muitas vezes, os desejos de nossos corações. Parece que temos uma voz gravada dentro de nós, nos dizendo, que amanhã é um novo dia. Mas viver é sempre um privilégio, uma inspiração constante, uma maravilha sempre à espera de algo a mais.
As experiências de vida no dia a dia nos incentivam a pensar no amanhã seguinte, deixando para trás as situações que não conseguimos vencer. Então é muito importante construirmos caminhos e seguirmos em frente com fé e vontade, fortalecidos pelo amanhã que nascerá.
O importante são as nossas jornadas com o desejado ou indesejado, com um encanto ou desencanto, o importante é sentir que sobrevivemos com as nossas esperas e paciências, aprendemos de todas as maneiras com os acontecimentos e através das janelas de nossas almas, podemos sentir vozes amorosas nos falando: amanhã é um novo dia.
AUTORA BETÂNIA PEREIRA
Betânia Pereira, historiadora/enfermeira, colunista na Revista The Bard. Participou de várias antologias poéticas. Escreve desde que aprendeu a escrever. Escreve poesias, prosas, textos de autoajuda, reflexões. Escreve sobre todas as pessoas que rondam as vidas que viveu e as que ainda viverá.
MINHAS NORMAS E REGRAS
Talvez o maior desafio da humanidade, em dias atuais, seja Amar. Tornar o Amor regra de conduta, norma a ser seguida na vida, penso que assim poderemos ter uma humanidade com menos dor, com expressões de eu curados. Tendo o eu curado, dificilmente cairemos nos erros comuns de prejulgamento, de amor-próprio em demasia (a ponto de julgar-se supremo ao outro, o que considera outra deficiência da humanidade atual), da análise contínua do outro como modelo a ser seguido, só assim construiremos nossos próprios modelos e regras, baseadas no amor. Mas amar requer coragem. Coragem para furar as bolhas, transpor correntes, assumir riscos.
Mas como arriscar se não conhecemos? Como amar o desconhecido? Como conhecer em tempos de amores líquidos, voláteis? Sem parecer, utopia, vejo que somos feitos para o amor, somos a expressão máxima do amor, e se não estamos amando (pai, mãe, irmãos, filhos, etc.) estamos vazios. Mergulhar por inteiro é um risco a correr por amor ao outro, voar de peito aberto e receber raios — reconheço — decisão difícil, mas como a humanidade caminhará em direção a esse amor altruísta, senão se ariscando? O grande primeiro passo é encontra-se em si, esse ninho seguro, escolher-se e perceber que amor é doação, sem sufocamento do eu.
Não tenhamos medo de voos livres, ao longo da trajetória conheceremos os pássaros que voam ao nosso lado, de forma geral as pessoas se apresentam por si só, somos enganados a todo tempo, mas não por todo tempo. Tempo ao tempo, ele construirá conceito atualizado e real sobre os seres que passeiam por nossa história, no mais somos passagens, enquanto passamos, deixemos. Deixemos amor!
Amo e me emociono cada domingo, que beleza de corações e inspirações!!!! 😍😍😍