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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 50 — 11/12/2022

Leia, reflita, comente!

 

AUTORA JOANA PEREIRA


O meu nome é Joana Pereira e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…
 

ANOMALIA


Ficar onde não pertencemos,

Entulhar coisas e gente em nós

Ao mesmo tempo que nos sentimos sós.

Desaprendendo a voar, com tamanha opressão,

É viver com a pele, mas sem o coração.


Forrado, na camuflagem, sigo

Sei o que sou, aqui debaixo

O que os outros veem é só mais um rosto

Que se alinhou ao mesmo eixo


Não existe pausa no ser em sociedade

Não existe pausa para a realidade

A vida corre rua acima

Exalamos, em bafos crus, a verdade.


Não pertenço aqui,

Neste canil de imitações

Obrigados ao mesmo uniforme

Escondemos pensamentos e reprimimos emoções.


Legam este sentimento de inclusão,

Dão-nos circo, flores, água e pão.

Mas, se a nossa verdade entrar em dicotomia,

A sociedade expurga-nos como se fôssemos epidemia.


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
 

COMO VOCÊ DORME?


Um dos desafios que mais vejo pessoas enfrentando é em relação ao sono. Médicos especialistas analisam como as pessoas dormem e recomendam mudanças no comportamento para terem uma melhor noite de sono. Pouco resultado eu vi nas pessoas que já fizeram essa análise. Eu durmo bem. Durmo pouco, cerca de 6 horas diárias e para mim é suficiente. No entanto, quando vou me deitar, preciso apagar, e dormir por 6 horas sem interrupção e assim maximizar o tempo. Na minha casa as pessoas não entendem isso e muitas vezes me acordam para perguntar algo e isso destrói minha noite de sono. Raras vezes tenho insônia e quando me deito estou dormindo em menos de 5 minutos.


Já li muito sobre o sono e uma das teorias é de que as pessoas devem dormir ciclos de 1h e 30 m, ou seja: 6 horas, 7,5, 9 horas, 10,5 ou até 12 horas. Nunca 4 horas, 7 horas. Não sei até onde isso é verdade. Se formos seguir essa teoria, se você acorda por volta das 6h e 30 m e quer dormir mais meia hora, não faça isso. Ou dorme mais 1h e 30 m ou já se levanta.


Outro estudo afirma que é mito que necessitamos de 8 horas de sono diárias. Isso veio da época em que não existia a eletricidade e as pessoas dormiam, o período em que não tinha mais a luz natural e isso era em torno de 8 horas. Nesse mesmo estudo pegaram como exemplo Leonardo Da Vinci. Pintor, inventor, engenheiro etc., não tinha sono regrado. Dormia em ciclos de 15 minutos. Tentaram repetir esse comportamento na cidade de São Paulo, convidando artistas para viverem como Da Vinci, por um mês. A maioria era artista plástico e, a cada hora, pediam para as pessoas dormirem. Depois de 15 minutos as acordavam e eles trabalhavam. E isso se repetia por toda a noite, dormindo em ciclos de 15 minutos. Depois de 30 dias do experimento, os artistas disseram que se sentiam normais, sem a necessidade de dormirem mais.


Hoje vi mais um estudo (eles não param). As horas que dormimos antes da meia-noite, correspondem à 2 horas dormidas após a meia-noite. Ou seja, se eu dormir às 22 horas até as 6 da manhã, é como se eu tivesse dormido 10 horas após a meia-noite. Confuso? Nem tanto, só não entendo como chegaram a essa conclusão. Enfim, cada um tem o seu ciclo de sono e seus problemas para dormir, ou não. A verdade é que não existe uma verdade sobre as horas de sono e como dormi-las corretamente. E você? Dorme bem?


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
 

MILAGRES INESPERADOS


Após semanas tentando, consegui agendar a consulta tão esperada. E chegando lá, quase que esbaforida, sento e abro um livro de uma querida escritora, Cíntia Franco, intitulado: "Começando do fim". Levei meses para iniciar a leitura, porém… em cada capítulo me reconheço nos fragmentos expostos da vida da autora e penso... como Precisaria ter lido está obra há 15 anos... Coincidentemente, ela começa um dos capítulos falando sobre como sua vida havia mudado há 15 anos…


Curioso que essa virada de século talvez tenha mudado substancial a vida de muitas pessoas... ou o simples fato de chegarmos na vida adulta, sem as bases tão fortalecidas, nos tenha feito sofrer mais..., porém, vejo como os fins que ela vivenciou, nos relatando, apesar de serem dilacerantes... o quanto nos ensinam, quando sabemos ressignificá-los e assim crescer diante as adversidades.


Assistindo a outra palestra filosófica dias antes, ouvi que justamente o atrito é que nos faz caminhar... ou ascender o fogo, o carro deslizar na pista..., ou seja, exatamente o que nos provoca é o que nos faz sair do lugar e conquistar novos horizontes físicos, emocionais ou mentais.


Então ouço psiquiatra me chamar e saiu as pressas para sua sala. E quando entro, ela me deixa a vontade com sua cordialidade e empatia. E diante a uma sociedade tão líquida e até volátil, comportamentos de sensibilidade me encantam... E assim me sinto segura e relato resumidamente meu drama.


Ela naturalmente ficou perplexa e de imediato me orientou, prescreveu medicações e encaminhamos. Mas o melhor foi a resiliência que senti em suas palavras ao ouvir versículos bíblicos de uma profissional da ciência, confortando meu coração em saber que de fato Deus está em todos os lugares e nos corações de quem menos esperamos.


Então saio de lá confiante, mesmo após me emocionar em vivenciar todas as recordações mal passadas do pesadelo de outrora... E de repente deparo-me com ruas vazias e em alguns trechos, permeadas de canarinhos na fissura da busca por mais uma Vitória. Acho essa situação tão estranha, me sentindo o personagem "O estrangeiro" de Albert Camus.


Não consigo ter esse espírito de patriotismo e às vezes me questiono porque sou tão distinta dos demais que são felizes em se reconhecem semelhantes em meio a multidão. Por isso, me pergunto: será que estou dentro também do espectro autista? Será que minha genética tem de fato genes de neandertais? Ou será que sou uma pessoa naturalmente deprimida? Mas recordo que na infância tinha essa alegria patriótica assistindo aos jogos com meu pai e irmão. Porém, após a separação dos meus pais, isso acabou se perdendo em mim...


No entanto, desisto de tentar me entender quanto ao estranhamento deste mito, ou outros, porque a copa do mundo não é a única fantasia para mim…por isso, enquanto o mundo vibrava ou sofria, eu resolvi focar nos meus afazeres e nas minhas pendências profissionais, conseguido assim, colocar minha vida em dia.


Mas enquanto torcia apenas para a copa terminar, muitos choravam em ter que aceitar a derrota, onde outros haviam anteriormente sofrido. Outro texto que fez uma pertinente colocação sobre este fato, foi do Pedro Calabrez que narrou um diálogo entre seu amigo e querido filósofo Clóvis de Barros Filho, onde ele explica que na vida há sempre mais perdedores do que vencedores. E por esse motivo precisamos entender que essa roda que conduz o girar da terra, nos faz experimentar diferentes sabores das batalhas, nas mais distintas estações desta jornada. E que assim, saber recomeçar do fim é o milagre que necessitamos apreender diariamente para, assim, crescermos espiritualmente um pouco em cada dia presenteado de vida.


 

AUTORA ARLÉTE CREZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

MAS QUEM PASSOU A BOLA?


Assistindo a diversos jogos de futebol, comecei a analisar uma partida como se fosse a vida.

Afinal entramos na vida assim como os jogadores, saindo de um túnel escuro.


Ao entrarmos na vida, somos observados por diversas pessoas, cada uma com sua opinião sobre nós.


Os jogadores do time adversário, significam todos os obstáculos que teremos que ultrapassar para chegarmos ao nosso gol.


Os nossos companheiros de campo, são as pessoas que nos auxiliam no decorrer da “partida”, sendo eles que mais me chamam a atenção.


Quando é marcado um gol, todos vibram e repetem o nome do marcador, mas rapidamente se esquecem dos que passaram a bola, e isso nos acontece no decorrer da vida.


Somos auxiliados por diversas pessoas que nos ensinam o que fazer ou o que não fazer.


Pais, tios, avós, professores... muitas pessoas passam por nós, mas geralmente não lhes damos a devida importância.


Toda pessoa bem sucedida (ou não) teve auxílio para chegar onde chegou. Muitos aproveitam estes auxílios para marcarem seu gol de placa, outros não.


Para cada chute errado que damos, ou cada gol que fazemos, alguém nos passou a bola.


Me lembro de uma colega de trabalho, indignada ao contar uma conversa que teve com seu irmão, que desprezava o fato dela ser professora primária. Ele, já na faculdade, dizia a ela que estudaria para se formar em engenharia, enquanto ela seria sempre uma professorinha.


Rapidamente ela pediu ao irmão que parasse e contasse por quantas “professorinhas” ele havia passado, até que conseguisse chegar onde estava.


Afinal, quantas pessoas nos passam a bola? Não nos dão a chance de pensarmos por nós mesmos para podermos evoluir e marcarmos o nosso gol?


É preciso colaborarmos uns com outros.


Muitas vezes não conseguiremos marcar o gol, mas poderemos passar a bola para que um companheiro o faça.


Lembrarmos de quem nos ajudou nos torna grandiosamente humildes.


A grande jogada está em sabermos a hora de marcarmos um gol ou passarmos a bola.


Nem que seja aos quarenta e cinco do segundo tempo, lembre-se de quem te passou a bola, e agradeça.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

VIDAS


Não sei como foi minha vida passada

Nem posso imaginar como será a outra

E até mesmo, fico a pensar… será que existiram tantas outras mesmo?

O que fui? Uma rainha ou escrava?

Homem… animal?

Mas, a grande questão para mim e que mais me deixa atenta é: o que vou deixar aqui, nesse mundo, dessa vida que vivo?

Só espero que fiquem boas lembranças dos momentos  vividos com os amigos,

As datas comemoradas em família,

Minha missão em ser mãe seja sempre lembrada como algo que perceberam meu esforço, em querer ser, na medida do possível, a melhor!

Meu sorriso,

às vezes que fiz alguém rir até chorar.

Com aquela dor de barriga de satisfação.

Enfim… queria uma bola de cristal nesse momento para já ter essa visão futurista.

Bobagem, pode até ser.

Mas será que só eu penso assim?

Ah! Acredito que não.

Somos todos seres curiosos.

Bom, mas nesse exato momento,

Só tenho certeza de uma coisa:

Estou é vivendo.

Apenas… vivendo!


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
 

AS FORÇAS QUE ENCONTRAMOS NAS NOSSAS PERSISTÊNCIAS


Podem estar no mar ou em um cruzeiro do sul, com estrelas de sete pontas.

Tudo pode ser bonito, como uma estrada de estrelas.

Ou como o brilho de cristais que sopram com as nossas forças imaginárias.

As forças que encontramos de repente estão presentes, nas nossas apreciações poéticas.

Encontradas nas rosas

Que são inspirações constantes.


As forças que encontramos nas nossas persistências

Nascem em nossas resiliências, que sobrevivem diariamente.

Em um viver de intensidades, afetividades e racionalidades.


É preciso persistir para o eu e para o outro

Com a finalidade incessante para sobreviver, alimentar-se, cuidar-se, proteger-se.

Vivendo para as múltiplas possibilidades como: o bem-estar e o amar em tempos incertos.


Cada experiência tem sempre algo significativo, forte e até jubiloso.

Nossas forças têm sonhos movidos por nossas profundidades, como olhos de esperas. Forças encontradas nas nossas persistências humanamente possíveis.


Se tivermos a paciência de quando éramos crianças

Que dormíamos esperando o nosso brinquedo sonhado chegar

Nas mágicas noites do Natal.

Poderemos nos presentear com o êxito.

Então, força, coragem e ação!


 



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