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REFLEXÕES Nº 183 — 26/10/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT
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AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

BOA NOITE, CINDERELA


Não se trata de um desejo de sono reparador a alguma donzela. Refiro-me ao golpe que floresce nas noites de excessos, quando o álcool dissolve o juízo e deixa vítimas prontas para o esquecimento.


Ontem passei pela colonoscopia – e quem já enfrentou sabe do que falo. Um procedimento invasivo, que beira o traumático. Para nos poupar do constrangimento, o anestesista aplica o propofol: um apagão químico que varre a memória como um vento forte.


Foi assim comigo. Minha esposa me levou para casa. Segundo ela, conversei o caminho inteiro: dei rotas alternativas, critiquei a marcha, até sugeri que parasse numa padaria. Cheguei, dormi, acordei – e nada. Um buraco negro onde deveriam haver lembranças.


Curioso, não? O mesmo remédio que me salvou do desconforto é o preferido de golpistas. Michael Jackson, por exemplo, usava-o como sonífero caseiro; pagou com a vida. Já a vítima do “Boa Noite Cinderela” acorda num quarto desconhecido, bolsos vazios, sem saber se riu, chorou ou entregou a senha do banco.


O ser humano é uma contradição ambulante. De um lado, cria vacinas e aviões; do outro, usa a mesma inteligência para roubar carteiras enquanto você sonha com unicórnios. Experimentar o vazio da memória sem perder um centavo foi um choque. Imaginem perder tudo.


Agora, uma dúvida me corrói: o que diabos eu contei à minha esposa na volta? Tomara que não tenha revelado o esconderijo do chocolate ou, pior, confessado que não suporto o perfume que ela usa. Se ela começar a rir do nada nos próximos dias, já sei o motivo.

 

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AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros, encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

LEMBRANÇAS EM MOVIMENTOS - O PODER MÁGICO DA NOSSA MENTE


Lembranças em movimentos, é lembrar de tempos bonitos, buscando na nossa memória afetiva, momentos lindos que ao longo de nossas vidas fomos colecionando.


Palavras que vão e que ficam, nas lembranças que não nos fazem sentir dor.


Lembranças positivas, do ontem, do hoje. Ficam os olhares afetuosos, os risos, o calor das mãos seguras uma na outra.


Sorte de quem tem do que lembrar, como ter um porta-retrato, registrando um grande e inesquecível momento colocado na mesinha da sala ou do quarto.


Lembranças felizes ou tristes, nos levando a suspiros.


Lembrar é o ato de trazer à memória informações, sentimentos e experiências do passado, podemos entender como sendo um “reviver”.


Ganhamos amadurecimentos, a vida assim, não escapa, seguimos atentos com nossos olhares nos espelhos do mundo exterior e interior.


Lembrar é um processo fundamental para a regulação emocional, aprendizado e construção da identidade, refletir as lembranças para não repetir erros ou simplesmente apreciar o presente, sabendo que ele também se tornará uma lembrança no futuro.


Nossas memórias formam quem somos. Temos uma vida cheia de sentimentos que nos moldam, somos histórias e verdades em permanentes construções.


É preciso liberar espaços para que o dia a dia possa levar nossas lembranças para lugares, guardando os nossos melhores detalhes. Nesse fluxo constante, abrimos caminhos internos para que novas experiências se entrelacem com o que já vivemos, enriquecendo nosso repertório emocional, físico e cognitivo.


Cada memória ganha nuances distintas quando permitimos que o presente construa novas possibilidades de crescimento e renovação. Assim, nossa história se expande, e nos tornamos capazes de valorizar não apenas o que já foi, mas também aquilo que está por vir, preenchendo nossa trajetória de significados únicos.

 

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AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

TEMPOS DE INJUSTIÇA


A injustiça ronda o povo

que está sentenciado a viver

dentro de um sistema podre

e condenado onde o político

há anos está viciado

a ter as rédeas do

povo que é explorado.


A corrupção é um jogo daqueles

que detêm o poder de fogo deixando o povo sofrer com essa desigualdade que é o foco, por isso, a desordem continua e os ricos obtêm o lucro deixando

os pobres famintos com

a dor e com o dolo.


A justiça se tornou um

sonho roto que só beneficia

um ladodeixando o cidadão

inocente ser acusado

enquanto coloca na

rua um nobre culpado.


Assim, o caos reina diante

dessa lei branda onde o

crime é prescrito e o

bandido é absolvido

mesmo diante do

flagrante ilícito

enfim, o povo clama

pela paz que é um

sonho remoto.

 

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AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

SE ALGUÉM É EXCLUÍDO NA FAMÍLIA, CEDO OU TARDE, PEDE PARA SER VISTO


Era hora do almoço. 


Um silêncio na mesa posta com 6 cadeiras à sua volta aguardava que todos se sentassem.


Sempre que alguém mencionava o nome da tia Maria, a conversa mudava de rumo.


Essa história me veio em forma de acolhimento, mas na verdade é uma válvula de escape para muitas famílias.


Assim como o vento sopra para um lado, assim também os relatos de vida de tia Maria eram acometidos para o outro lado.


Ninguém falava mal, mas também ninguém falava sobre ela. 


Era como uma imprudência falar sobre a tia Maria. 


Até que, num determinado dia, a filha mais nova da família perguntou inocentemente:


— Mãe, por que a tia Maria nunca está presente nas nossas festas? Por que ela parece tão distante da família?


Naquele instante, o tempo parou.


A mãe, meio confusa com a pergunta, respirou fundo e pela primeira vez contou um pedaço da história que ficou guardada nos retalhos de histórias.


Tia Maria, assim como todos nós, era uma pessoa que havia feito suas próprias escolhas e suas decisões nem sempre agradaram à sua família. Sendo assim, ela foi simplesmente colocada à prova do julgo, pois sua família acreditava que suas ações eram erradas.


Depois de todo o desabafo, a família ali ainda sentada na mesa percebeu o quão leve o tempo se tornara. 


A tia Maria agora podia ser notada e aceita, mesmo quando antes tudo parecia muito embaralhado.


Algo leve aconteceu. As justificativas de que algo não estava certo encerraram e mais tarde houve uma notoriedade, mesmo que não de imediato.


O pudim naquela tarde após o almoço pareceu mais doce. A família soltava risadas deliciosas. 


Era como se um lugar vazio tivesse sido preenchido e, na verdade, foi.


Porque quando alguém no nosso sistema é esquecido, seu lugar estará vago e será provavelmente preenchido por alguém que não deveria estar lá.


Agora, quando seu nome é lembrado, a alma coletiva da família consegue respirar aliviada.


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AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


É ASSIM, NÃO É?


O que são essas inconstâncias da vida?

Às vezes, ela deixa o coração apertado,

depois afrouxa, e em seguida aperta novamente.


E de repente vem uma inquietude que dói o coração,

e você quer ir ver o mar, sentir a brisa no rosto,

sem se importar com o vento que desarranja os cabelos.


Então, você vai até aquele lugar e fica ali,

até o coração retomar um ritmo mais calmo,

senta na barraca de coco e vai pensando, pensando, até descobrir o que causa essa inquietude.


Depois de descobrir e conversar com Deus ali na beirinha do mar,

algo mágico acontece: você se sente leve novamente,

volta a sorrir, chega em casa, coloca uma canção favorita e diz pra si mesmo: “Eu já sei o que tenho e o que vou fazer com essa descoberta. É assim, não é?”

É quando nos escutamos que descobrimos as respostas que já estão dentro de nós.

 

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AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

DESEJOS SECRETOS


Ah! Os meus desejos,

Os mais secretos em meu íntimo,

Pode sonhar com o toque em seu corpo,

E todo ele eu beijar...

 

Por quantas vezes,

Fechei meus olhos para imaginar,

O leve toque de minha boca em seu colo,

E depois poder te amar...

 

Quantas vezes a angústia me consumiu,

Mesmo quando você dormiu,

Diante de meus olhos...

 

Ah! Senhora de meus encantos,

Quantas vezes eu chorei pelos cantos,

Com vontade de encontrar você...


Sentir o perfume exalando de seu corpo,

Sua respiração fica ofegante,

Mesmo que o amor esteja tão distante,

Não posso deixar de te amar...

 

Olha sua fotografia,

Faz de minhas manhãs,

A alegria para viver,

É como você poder sonhar...

 

Ah! Se você pudesse me ver agora,

Saberia sem demora,

Que estou aqui a te esperar...

 

E quando o desejo nos consumir,

E a distância não mais existir,

Saberás que nunca mais irei embora.


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AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

MEU REDENTOR


O Criador nos conhece,

Vê nossas tempestades,

Ciclones, tsunamis,

Entende nossos temores,

Sente nossas dores...


Provê ajuda no momento certo,

Guia-nos no “deserto”.

Ao tropeçar, cair,

Ele sempre estende a sua mão,

Ajudando-nos a prosseguir.


Quando eu estava naufragando,

Tua mão poderosa me sustentou,

Infundiu poder em mim,

Do “fundo do poço” me libertou.


Pai, como sou GRATA POR TEU AMOR!

Consegui enfrentar tantos percalços...

Enxugaste meu pranto, aliviaste a dor.

Tu és meu Redentor.

Gratidão, Senhor!


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AUTORA CÉLIA NUNES

IG: @escritora_celianunes

Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

ORAÇÃO


Dizem que a melhor oração é amar

Se eu amo você

Eu oro por você

Eu torço por você

Eu cuido de você

Mesmo estando longe dos meus olhos

Mas perto do meu coração

Presente no meu pensamento.

Daí elevo uma oração a Deus e peço:

— Cuida de quem eu amo, por favor!

Essa é a minha oração de amor!


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AUTORA MARINALVA ALMADA

IG: @marinalva.almada

Marinalva Almada é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023, realizei o sonho de publicar pela Valleti Books o livro "Versificando a vida", juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

O ESSENCIAL


Você já parou para pensar sobre como está usando o seu tempo?

Tem tirado um tempinho para visitar os amigos, as amigas e cultivar bons relacionamentos?

Tem conversado com seu esposo/esposa e filhos, compartilhando bons momentos, contando histórias e revisitando memórias?


Além disso, tem cuidado de si mesmo(a)?

Está se alimentando bem, se exercitando e se permitindo momentos de lazer e descanso?


A sua vida é um bem precioso que vale muito a pena!

Por uma vida mais saudável, lembre-se sempre de:

Se cuidar;

Se alimentar bem;

Se exercitar;

Valorizar os momentos com as pessoas que ama;

Fazer o que mais gosta;

Ler, escrever;

Ouvir música, dançar;

Comunicar-se, interagir...


Faça valer a pena essa vida que é tão bonita!


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AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

OS "INFLUENCIADORES" DE HOJE E OS VERDADEIROS INFLUENCIADORES DE ONTEM


Vivemos na era digital onde telas se tornam janelas para o mundo, parecendo mais espelhos retorcendo as falsas imagens, fazendo com que pareçam reais. Pessoas desconhecidas que ditam maquiagem, moda, comportamentos, como se entendessem do assunto, mas que não tem a menor vivência para tais questionamentos.

Muitas vezes se baseiam em vídeos copiados, sem ao menos darem uma opinião própria, mostrando que utilizam uma pequena porcentagem do cérebro. Pessoas tão desesperadas pelos quinze minutos de fama, que não se importam o quão pareçam tolos aos olhos de quem os vê, desde que se tornem famosos ou ganhem o seu dinheiro por opiniões de pouca valia.


A influência deixou de ser uma inspiração para se tornar um produto de comércio, para altos ganhos e pouca informação valiosa.


Com isso, nossos jovens se tornam discípulos de tais influenciadores, necessitando da aprovação virtual, onde medem seus valores através dos números de curtidas.


Tive o privilégio de ter influenciadores presentes em minha vida, com os quais eu podia trocar ideias e passar horas em uma boa conversa, e no final de tudo, sentir o calor humano com um forte aperto de mão.

Meus influenciadores eram pais, avós, professores, pessoas cultas, inteligentes, ou pessoas simples, mas com uma história de vida capaz de torná-las sábias, sem mesmo terem frequentado escola. Pessoas que realmente tinham conteúdo.


Hoje muitas pessoas se apagam para que outros brilhem. É necessário que nossos jovens deixem o brilho dos celulares e computadores e passem a ver o brilho das pessoas que os rodeiam, e que percebam que o verdadeiro influenciador é aquele que ilumina o caminho do outro.


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AUTORA LUCÉLIA SANTOS

IG: @poetisafalandodeamor 

LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista, contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escrever poemas e minicontos infantis.

GRITO


Há feridas dentro de mim, invisíveis, mas vivas, que sangram em silêncio. Elas tingem a minha alma de uma cor cinzenta, um vazio que ecoa como um abismo sem fim. Sinto-me aprisionada por minha própria existência, como uma linha frágil, prestes a romper, suspensa sobre um abismo. Observo aqueles que celebram a vida, e me pergunto: “O que eles têm que eu não tenho?”


Minha autoestima é um fio tênue, quase rompido, e o mundo parece ter se esquecido de que eu também sou feita de carne e osso. Eu não me encaixo nos moldes sociais, nas métricas de beleza e sucesso que nos são impostas desde o berço. Meu corpo é grande, mas o meu coração também é. E nele, apesar de tudo, ainda ressoa uma canção silenciosa de amor.


Vivo arrastando-me pelos dias, como quem carrega o peso do mundo nos ombros. Noite após noite, meus pensamentos são uma maratona sem fim, correndo freneticamente em busca de uma resposta, de um motivo para continuar. Ainda assim, nunca desisto. Agarro-me à vida como quem se segura à última corda de um precipício.


É nesses momentos, quando o silêncio ensurdecedor toma conta de mim, que pego minha caneta e deixo que ela deslize pelo papel, como um grito mudo. Escrevo não apenas com tinta, mas com a essência do meu ser, com toda a força e vulnerabilidade que habitam dentro de mim. A caneta é a extensão da minha voz, e o papel, o único ouvinte de minha alma.


Nesse instante, faço do meu grito um poema, uma sinfonia silenciosa que ecoa nas páginas em branco. E, mesmo em minha solidão, em meu isolamento autoimposto, eu sinto como se alguém, em algum lugar, pudesse ouvir a minha dor.


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AUTOR LUIZ FELIPE AMIL

IG: @luizz_felipe_escritor

Luiz Felipe de Lima mais conhecido por Luiz Felipe Amil nasceu no dia 22 de abril de 2005, é um escritor natural da cidade de Santarém no estado do Pará. No ano de 2022, Luiz Felipe participou de uma Antologia Poética de sua cidade chamada TERCEIRO ENCONTRO, daí Luiz passou a escrever seus próprios livros e à colocá-los pra fora da gaveta. Ele é o autor dos livros ÉBRIO DE TANTA POESIA (Kindle, 2023) e CHUVAS DE INSPIRAÇÃO (Kindle, 2023). Conhecido por escrever sonetos clássicos, contos, crônicas, seu estilo contemporâneo varia entre o clássico e o verso livre. É membro de duas academias literárias: Academia de Letras, Ciências e Artes da Amazônia Brasileira (ALCAAB) cadeira número 37 do patrono Olavo Bilac, e da Academia Internacional de Literatura Brasileira.

PRIMAVERA AMAZÔNICA


Nessas lindas paragens nas margens dos rios Tapajós e Amazonas, ainda no mês de outubro, a primavera reina em seus espaços, o caboclo não pesca quase nada, malhadeira fica parada, pois é a época da estiagem dos rios, altas ficam as palafitas de suas moradas. A aracauã canta até o entardecer do lindo pôr do sol no horizonte do sítio caboclo, algumas em bando em cima do gado que está pastando nas margens, um barco com uma garça branca na proa, vai seguindo lentamente por essas bacias hidrográficas para registrar e fotografar a simplicidade do interior nesses lindos cenários amazônicos impactantes na estiagem, o olhar melancólico e sonhador do caboclo nas casas de farinha às margens do rio ou na colheita da mandioca e do tucumã.


Os ipês ainda florescentes encantam as paixões das andorinhas nessa época do ano, iluminando como a luz das acácias no escuro a festa do padroeiro São Francisco de Assis na pequena comunidade, no banco da praça onde o namorado pede à namorada para se tornar sua noiva nesse lindo outubro que também é chamado de rosa, é enfeitado pelas pétalas do ipê roxo. As castanheiras com suas flores exalam a resistência do povo nativo tradicional, que ao longo dos anos foi explorado, mas ali como cabanos nas margens da beira do rio, são sinônimos de força, resistência e muito sangue roxo derramado como o vinho do açaí tirado pelo balateiro das altas palmeiras.


Mãe e filho afro-amazônicos navegam de canoa o rio de água doce, a mãe protetora remando com o remo delicadamente, morena de cabelos lisos, olhos claros como um jaguar que deu a vida pela floresta mas ao mesmo tempo de sofrimento pela abandono parental e os naufrágios da vida, mulher de vestimentas simples, fervorosa na fé com um crucifixo de madeira no pescoço, enquanto o filho mestiço, quieto vai apreciando a beleza do rio, os botos pulando, as pupunheiras florescendo seus cachos nas margens do rio ao redor, os dois mostram que uma linda geração vai longe, uma geração que já correu muitos rios da Amazônia em busca da felicidade e independência, o sangue caboclo e afro-amazônico jamais irá morrer, vai renascer todos os dias e enfeitar a primavera colorida de cultura e diversidade étnica na Amazônia. Que esse sangue corra nas veias dos rios que serpenteiam a floresta.




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