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REFLEXÕES Nº 167 — 06/07/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT

AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

BORBOLETAS: ALMAS EM TRANSIÇÃO?


Dizem que as borboletas carregam em suas asas frágeis o peso de um simbolismo profundo: seriam as almas dos mortos, atravessando a terra — um purgatório transitório — em direção ao paraíso. Essa crença, que ecoa em culturas antigas, como entre os povos mesoamericanos que viam nas borboletas monarcas a encarnação de seus ancestrais, convida a uma reflexão sobre a transitoriedade da vida, a transformação e o destino da alma.


A borboleta, com seu ciclo de metamorfose, é um espelho da existência humana. Do casulo à liberdade do voo, ela encarna a ideia de que a vida é uma passagem, um processo de purificação. No imaginário coletivo, a terra como purgatório sugere um espaço de provação, onde as almas se desprendem das amarras do passado. Mas o que significa essa travessia? Seria a terra um mero palco de expiação, ou um lugar onde a alma aprende, cresce e se prepara para algo maior?


Friedrich Nietzsche, em Assim Falou Zaratustra, fala da necessidade de "tornar-se quem se é", um processo de autotransformação que ressoa com a metamorfose da borboleta. A lagarta, confinada em seu casulo, não sabe que se tornará alada; assim, talvez, a alma humana atravesse a vida sem compreender plenamente seu destino. A crença nas borboletas como almas em trânsito nos faz perguntar: e se a vida for o casulo, e o paraíso, o voo? E se o purgatório não for punição, mas oportunidade de transcender?


Hoje, em um mundo acelerado, onde a morte é muitas vezes um tabu e a espiritualidade se dilui em distrações, a imagem da borboleta nos convida a pausar. Relatórios da Organização Mundial da Saúde (2023) apontam que a ansiedade e a depressão cresceram globalmente, refletindo uma busca por sentido em meio ao caos. Talvez a borboleta, com sua delicadeza, nos lembre que a transformação exige paciência, que a dor do casulo é parte do caminho para a leveza.


A filósofa Hannah Arendt, ao refletir sobre a condição humana, sugeria que a vida ganha significado na ação e na conexão com o outro. As borboletas, ao cruzarem campos e florestas, polinizam, conectam, perpetuam a vida. Talvez as almas, em sua passagem pela terra, também sejam chamadas a deixar marcas sutis, a tocar outras vidas, a criar beleza antes de partir.


Assim, a borboleta nos ensina que a travessia não é apenas sobre chegar ao paraíso, mas sobre o que fazemos no caminho. Cada voo, por mais breve, é um ato de criação. Cada alma, por mais imperfeita, carrega a promessa de transformação. Resta-nos perguntar: que casulos estamos dispostos a romper? Que asas estamos prontos a abrir?

 

AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

O SOL E VOCÊ


Acordo pensando no sol

Ele é tão poderoso que me atrai para a contemplação de sua beleza

Meu sol, minha luz, meu olhar de saudade

Caminhando te encontro

Sou chamada por uma flor e ao me aproximar, incrédula, a contemplo

Nela vejo teu olhar

Um brilho amarelo me entusiasma e como encantada perto de ti me aquieto

Um sol forte, energético como um café da manhã

Nele começo e recomeço nossos continuados momentos

Pedaços de luz me envias e eu me completo nessa esperança, para o meu dia.

Os dias passam correndo e nem sinto que tudo se movimenta

Estou em teus raios e em teu calor que não arde, não incomoda

Na Paz de teu poder sobre meu pensamento, te sigo

E minha alma tem a cor do ouro, metal resiliente

Crio em ti as minhas asas e para ti voo o mais alto que posso

Nada me detêm, nessa fantástica viagem

Te encontrarei e em teus raios nos transformaremos em um

Sou a fada e tu meu encantador sonho luz, na alegria de ver o sol

Sede saciada por teus beijos de paixão pelo viver.

Querido sol, em tua vida quero amorosamente ser

Sempre o teu amanhecer.


AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

GUERRA BURRA


Já se passaram 600 dias dessa

guerra que vem deixando um

rastro de destruição entre

prédios, escolas e hospitais,

a devastação assola o povo

com fome, sede e desnutrição

sem motivo e sem explicação

a guerra segue com um

rito de destruição.


Famílias inteiras são dizimadas,

corpos são jogados nas ruas

e nas calçadas, entre mortos

e feridos, crianças são

resgatadas e após

perambular pelas

ruas desorientadas

nos abrigos elas são

amparadas e em

seguida são alimentadas.


Enfim, é mais uma madrugada

e diante da sua inocência, cheias

de esperanças; as crianças

deitam em seus sacos

para dormir, mas avistam

as estrelas caindo do céu

em seguida, ouve-se um

barulho ensurdecedor

e logo acontece

um apagão.


E entre os flashes e os escombros

muitos acham que é o apocalipse ou eclipse, ninguém me disse,

ninguém me avisou,

eu vi, são mísseis.


Vivemos dias difíceis onde a ganância pelo poder prevalece, mas na verdade nós precisamos de um mundo com mais amor e

humanidade, um mundo onde a paz prevaleça, um mundo sem guerras onde nós possamos construir pontes e não muros.

 

AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

O PESO DAS FOTOGRAFIAS ESCONDIDAS


Dias atrás, uma cliente me procurou com os olhos marejados e o peito apertado. Ela não sonhou, ela viu.


Ao mexer nas coisas do marido, encontrou uma carteira que não era dele. Dentro, três fotos cuidadosamente guardadas: duas de um amigo dele, Gabriel (uma sorrindo, outra mais séria) e uma terceira, no topo, mostrando Gabriel ao lado da esposa. A mulher aparecia à esquerda, ele à direita, como num retrato de casal feliz.


A estranheza foi imediata. Por que o marido carregaria fotos tão íntimas de outras pessoas? Por que guardar imagens que não faziam parte da sua própria história?


Movida pela curiosidade, ela perguntou:


— Você conhece a esposa do Gabriel?


— Sim — ele respondeu.


— Acha ela bonita?


— Sim — ele disse, novamente.


E então, com um misto de ironia e dor, ela foi mais fundo:


— Você já ficou com ela?


Sem hesitar, ele confessou:


— Fiquei. Há um ano e meio.


Naquele momento, o chão desabou sob os pés dela.


Mas o que mais a destruiu não foi a traição em si, e sim a naturalidade com que ele falou. Como se ela fosse apenas um capítulo antigo de um livro que ele já estava fechando. Ele admitiu que estava com a outra mulher havia todo esse tempo. Que gostava dela. E então, sem briga, sem luta, começou a juntar suas coisas e foi embora.


Ela me contou isso com uma dor que transborda. Disse que, um dia antes, os dois tinham brigado, como tantas outras vezes, porque ele nunca assumia plenamente as responsabilidades da casa, da vida em comum. Ela lembrou quantas vezes segurou as pontas, sustentou os dois, enquanto ele abandonava empregos por “não se adaptar”. De como ela fez além, sempre além, na esperança de que ele um dia “crescesse” ao seu lado.


Mas o que mais a machucava não era o abandono presente — era olhar para trás e perceber o quanto de si mesma ela deixou pelo caminho. Anos de juventude, energia, amor, paciência. Tudo entregue de forma inteira a alguém que nunca esteve por completo.


Essa história me fez refletir: quantas mulheres e quantos homens vivem exatamente isso?

Quantas pessoas sustentam sozinhas relacionamentos frágeis, na esperança de que o outro “volte” emocionalmente, quando já partiu há muito tempo?


A maior dor, muitas vezes, não é ser trocado por outra pessoa.

É descobrir que foi deixado muito antes, aos poucos, enquanto ainda se acreditava no “nós”.


Essa história não é ficção. É real. Uma mulher viu com os próprios olhos o que o coração já pressentia em silêncio.


E talvez, ao compartilhar isso, eu ajude alguém, mulher ou homem, a perceber que não é normal amar por dois. Que presença sem entrega não é companhia, é peso. É cansaço. É solidão disfarçada.


AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


SILENCIE E FALE DEPOIS


O silêncio

A conversa

Conversar só com os pensamentos


Silêncio… e depois a conversa é uma conversa pensada.

Uma conversa endireitada… será que existe? (rindo)


O silêncio… parece que fica tudo distante,

mas a verdade é que o silêncio

te faz falar o que estava no fundo do seu coração.


Então… silencie e fale depois.

 

AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

O NADA QUE ME HABILITA


O nada que me baita,

Que em minha alma faz morada,

Eu quero que você reflita,

Como a vida me foi moldada.


Eu tive que abrir mão,

Do amor puro e verdadeiro,

Fui a batalha, estava de prontidão,

Sempre fui guerreiro.


Minha flor cresceu,

Enquanto estive longe,

Virou uma linda mulher.


Eu não seria um Monge,

A saudade por toda vida irá doer,

E nosso amor, não sobreviveu.


AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

AGRADEÇO


É maravilhoso viver,

Abrir os olhos a cada amanhecer,

Com o peito feliz, agradecer.


O coração transborda de gratidão

Pela vida, casa, família e trabalho;

Sussurra de satisfação.


O coração medita,

Às vezes sem perceber

O que a alma revela sem querer.


A vida passa rapidamente,

Às vezes desliza serenamente...

Como é bom agradecer

O milagre de estar presente.


Pelas frestas do pensamento,

No silêncio barulhento,

Agradeço a Deus cada momento,

Por ser meu amparo e sustento.



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