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REFLEXÕES Nº 166 — 29/06/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA ChatGPT

AUTOR LUIZ PRIMATI

IG: @luizprimati 

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

A PRESSA QUE NOS DESCONECTA


Em 2025, vivemos sob o domínio de um relógio invisível, cujos ponteiros são movidos por notificações, e-mails e mensagens que exigem respostas imediatas. A tecnologia, com seus smartphones, aplicativos e redes sociais, tornou-se uma extensão de nós mesmos. Não apenas dependemos dela para trabalhar, nos comunicar ou nos entreter — dependemos dela para existir. O celular vibra, e o coração acelera. Uma mensagem não respondida em poucos minutos já parece um atraso imperdoável. A urgência é a nova moeda do nosso tempo, e pagamos com nossa atenção, nossa calma, nossa presença.


Nossas vidas estão entrelaçadas com a tecnologia em níveis que seriam inimagináveis há algumas décadas. Dependemos de aplicativos para nos lembrar de beber água, de algoritmos para escolher o que ouvir, de GPS para nos guiar por ruas que já conhecemos. O trabalho remoto exige que estejamos online o tempo todo, com câmeras ligadas e respostas instantâneas. As redes sociais nos mantêm presos a uma vitrine virtual, onde cada post, cada curtida, é uma validação fugaz. Até o sono é monitorado por dispositivos que nos dizem se descansamos o suficiente — como se precisássemos de um aplicativo para nos convencer de que estamos cansados.


Agora, voltemos aos anos 70. Imagine um mundo onde o telefone é fixo, preso a um fio na parede, e só toca quando alguém realmente precisa falar. Não havia computadores pessoais, muito menos redes sociais. A comunicação era lenta, quase artesanal. Cartas demoravam dias para chegar, e uma conversa importante exigia paciência ou uma visita. As pessoas liam jornais de papel, anotavam compromissos em agendas físicas, e o tempo parecia mais elástico. Havia espaço para o tédio, para a espera, para o vazio que, na verdade, era fértil: era onde as ideias nasciam, onde as conversas fluíam sem interrupções digitais.


Naquela época, a ausência de tecnologia imediata não significava isolamento, mas uma presença diferente. As relações eram construídas em encontros reais, em cafés demorados, em longas conversas ao telefone que não eram interrompidas por notificações. Havia uma lentidão que permitia sentir o peso de cada momento. Não havia a ansiedade de responder na hora, de ser visto, de estar "no ritmo". O mundo girava mais devagar, e as pessoas, talvez, viviam mais dentro dele.


Hoje, a tecnologia nos conecta, mas também nos fragmenta. Cada notificação é uma pequena invasão, cada aplicativo, uma demanda. Estamos tão ocupados respondendo, atualizando, acompanhando, que esquecemos de parar. Parar para olhar o céu sem tirar uma foto, para conversar sem checar o celular, para pensar sem a necessidade de googlar uma resposta. A urgência nos rouba o direito à pausa, ao silêncio, à contemplação.


Não se trata de demonizar a tecnologia — ela nos trouxe avanços inegáveis, da medicina à educação. Mas há algo a aprender com os anos 70, com aquela vida menos acelerada, onde o tempo não era medido em milissegundos de resposta. Talvez possamos resgatar um pouco dessa calma intencional. Desligar as notificações por uma hora, tomar um café sem pressa, ouvir alguém sem dividir a atenção com uma tela. Pequenos atos de resistência contra a pressa que nos desconecta de nós mesmos.


Porque, no fim, o que buscamos não é apenas estar conectados, mas sentir que pertencemos — ao momento, às pessoas, à vida. E se, em meio a tantas notificações, estivermos esquecendo como encontrar esse pertencimento?

 

AUTORA STELLA_GASPAR

IG: @stella_maria_gaspar 

STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

A VIDA TEM MEMÓRIA


Recordamos tudo que deu certo, os medos que nos impediram de tentar.


Novos mundos, com eles livres, podemos ser, viver, tem memórias incríveis, daí ser importante deixar registrada uma história, bem bonita.


Aprendemos a amorosidade dos momentos, dos instantes, dos horários.


Escrevendo nossos poemas, cartas, mensagens, de repente precisamos parar para irmos ao supermercado, escrevemos uma lista de itens: sabonetes, vinhos, macarrão, arroz e feijão, deixamos registrados esses momentos cotidianos nas memórias da vida prática.


A solidão se transforma em multidão subitamente, e eu, como personagem principal, estou contente, feliz e contente. Abraço a vida e seus momentos, com olhares gravados na memória e simultaneamente, um sentimento de solidão, por faltar na minha memória emocional a pessoa que eu gostaria de estar abraçada a ela, descontraída e completamente envolvida.


Às vezes não entendemos o amanhã e seus mistérios, e ao nos deitarmos sabemos que podemos sonhar, com o que deixamos tatuado em nossa memória.


A vida tem memória e olhos que enxergam o que desejam, querem e imaginam.


Vida e memória, nossos neurônios brilham para o universo imenso nas redes de nossos desejos e anseios.


Viajo no tempo… mas, meu tempo presente me espera.


AUTOR ANDRÉ FERREIRA

IG: @andréluis253

ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

FOME E REVOLTA


Nas ruas do Brasil,

a fome denuncia o povo

que sofre e clama por

um pedaço de pão e

sem cama muitos dormem

no chão em meio à lama

e a desigualdade social

que é desumana, enquanto

isso os nobres levam uma

vida de bacana e nas ruas,

a realidade é cruel

e sub-humana.


E esse abismo separa

aqueles que têm muito,

daqueles que nada têm para agarrar, enquanto isso a

impunidade ceifa sem parar

e continuamos reféns de

um sistema que não devia falhar, mas eles não pensam em mudar

e continuam a nos negar os nossos direitos cometendo

a injustiça que é um veneno

que mata sem dó.


Nas ruas, o povo sofre para

sobreviver e sem ter a quem

recorrer bate a revolta que

começa a corroer as vísceras

e a chama da justiça têm que reacender e com um forte clamor precisamos vencer e a vontade

do povo precisa prevalecer

e o Brasil precisa renascer.


O povo já está cansado de ser assaltado e diante dessa violência, vive abalado e segue exigindo os seus direitos e não quer ser calado, por isso, o povo tem que se unir e cobrar dos nossos eleitos os seus direitos diante dessa desigualdade social que alimenta uma vida imoral e mantém o povo sem voz e cativo de um sistema

de coronelismo moderno

criado pelos homens que

se apresentam de terno.


Com isso, a fome e a revolta

são uma ferida que não cicatriza diante de um problema que persiste, e que nenhum governo resolve, mas o povo segue

com esperança de encontrar

um caminho para uma nova

era, sem fome e sem revolta,

com um Brasil mais justo

onde todos possam ter pão e dignidade transformando a fome em uma lembrança do passado.

 

AUTORA KENIA PAULI

IG: @keniamariapaulimachado

Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

QUANDO A BELEZA ERA UMA REGRA


Ao cruzar os portões de um antigo palácio, não é apenas a arquitetura que impressiona. É como se o tempo se abrisse para dar lugar à beleza, que se apresenta com toda a sua pompa, sem timidez ou modéstia. Candelabros brilham como pequenos sóis, livros repousam em estantes como relíquias sagradas, e móveis, com suas curvas e entalhes, não apenas servem, mas contam histórias.



Tudo ali tinha uma intenção. Nada era por acaso. As cortinas pesadas e floridas, o gesso esculpido com esmero, os quadros que parecem querer falar com quem os contempla — cada elemento gritava por permanência, por significado. Era como se cada objeto precisasse justificar sua existência pela beleza.


E então, voltamos ao presente.


Vivemos na era do útil, do rápido, do eficiente. Buscamos espaço, funcionalidade, leveza. Ao olhar para aqueles ambientes palacianos, talvez, num primeiro momento, os achemos exagerados, quase teatrais. “Para que tudo isso?”, perguntamo-nos. Mas, se pararmos por um instante a mais, a resposta pode surgir: porque era essencial viver imerso na arte, como se a própria vida fosse uma obra em exposição.


É verdade, havia ostentação. Havia desigualdade. Mas também havia um cuidado com o cotidiano, como se a rotina não pudesse ser apenas prática, mas também inspiradora. Talvez fosse uma forma de resistir ao efêmero, de marcar o tempo com beleza antes que ele escorregasse pelas mãos.


AUTORA ILZE MATOS

IG: @ilzepoesias

ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.


ACALENTO DA VIDA


A vida nos sacode,

nos transforma,

nos alegra.


E pede que a gente siga firme.


Mesmo com todos os desafios,

é acreditar, com fé,

que tudo na vida

tem um porquê,

um dia de sol

depois de um dia de frio.


Enfim…

uma canção que te faz

sorrir de emoção.

 

AUTORA MARINALVA ALMADA

IG: @marinalva.almada

MARINALVA ALMADA é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

ESPANTO


Hoje eu me peguei pensando:

Quantas palavras já proferi?

Quantos passos já dei?

Quantas palavras já li?

Quantas palavras já escrevi?

Quantas mensagens já enviei?

Quantas mensagens já recebi?

Quantas cartas escrevi?

Quantos bilhetes já li?

Quantas vezes disse "não "?

Quantas vezes disse "sim"?

Enfim, o que demais fiz, o que ainda tenho que fazer?


AUTOR WAGNER PLANAS

IG: @sitedasletras

WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

PAIXÃO EM TEMPESTADE


Paixão em Tempestade,

O amor de Deus pela humanidade,

O dilúvio foi uma explosão,

Lágrimas divinas pelo chão.


O amor por uma mulher,

A centelha divina,

A escolha tem que saber,

Transformá-la em heroína.


Amar, tem que ser feito furacão,

Entregar o seu coração,

Sem nenhum arrependimento.


Não é certeza de felicidade,

Poder haver necessidade,

De buscar a todo momento.


AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA

IG: @zeliamel25

Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

NO EMBALO DA VIDA


Raios de sol despontando,

Olhos brilhando

No embalo da vida,

Que passa freneticamente.


A vida é um presente;

Não economize afeto, empatia,

Viva plenamente cada dia.


Por que procrastinar os sonhos?

E se, de repente, a vida acabar?

Abrace quem você ama,

Semeie amor por onde andar.


AUTORA ALESSANDRA VALLE

IG: @alessandravalle_escritora

Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

VIDA COM SENTIDO


Viver é um ato de fé; sobreviver, um ato de coragem.


Cheguei a essa conclusão nesta semana, pois constatei que vivo sendo uma pessoa de fé e coragem todos os dias da minha vida.


Quando acordo com vigor e alegria para cumprir meus deveres, estou cheia de fé.


Mas, quando me desloco em uma viatura policial caracterizada pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, sou verdadeiramente corajosa.


Ao ouvir, com escuta afetuosa, o familiar de uma pessoa desaparecida, estou repleta de fé. Mas, quando identifico os possíveis autores de homicídios e ocultações de cadáveres, estou sendo corajosa.


Ao terminar o dia com a sensação de ter feito o meu melhor, mesmo sabendo que ainda há muito a ser feito, sinto a fé que me nutre. Entretanto, ao perceber que preciso desabafar e cuidar da mente com terapia, ajo com muita coragem.


E vocês, leitores amigos: onde estão a fé e a coragem na vida de vocês?



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