REFLEXÕES Nº 165 — 22/06/2025
- Luiz Primati
- 21 de jun.
- 13 min de leitura

LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.
O NADA
O nada é um conceito que desafia nossa compreensão, um vazio que provoca tanto fascínio quanto desconforto. Não é apenas a ausência de algo, mas uma presença em si, um silêncio que ecoa significados.
Na filosofia, o nada foi explorado por pensadores como Sartre, que o associou à consciência humana, à liberdade de existir sem essência pré-determinada. Na ciência, o nada remete ao vácuo quântico, um espaço aparentemente vazio, mas repleto de possibilidades subatômicas. Na vida cotidiana, o nada pode ser o instante de pausa, o momento em que nos perdemos em pensamentos ou nos confrontamos com a falta de propósito.
Refletir sobre o nada é paradoxal. É tentar segurar o vento com as mãos. Quando tentamos defini-lo, ele escapa, porque o ato de pensar já o preenche com algo. Talvez o nada seja menos um estado e mais uma perspectiva, um convite à introspecção. É no nada que encontramos espaço para criar, para questionar, para recomeçar. O nada não é o fim, mas o começo de tudo o que ainda não nomeamos.
E se o nada for, na verdade, um espelho? Ele reflete o que carregamos dentro de nós. Para alguns, é medo; para outros, liberdade. Para mim, o nada é um lembrete de que, na ausência de respostas, há beleza na busca. Mas, no fim, o que o nada significa para você?
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
O GOSTO DO SABOR DE PENSAR
Pensar nas coisas boas que fazemos.
Pensar nas nossas atitudes iluminadas, sentindo os mimos que nossas energias podem passar, a todo instante a partir de nosso corpo, alma e coração, bem cuidados. Olhando para os nossos potenciais, para um mundo ainda sem imagens, pois diante da ausência de influências, pensamos na rosa, no perfume que exala e nos espinhos, que diante de tanta vida, ficam em segundo plano.
Pensar em quem amamos e podemos amar, a vida nos espera e vamos fazer o que ninguém, pode fazer por nós, que é sentir o gosto do nosso pensar. São muitas as oportunidades, encontramos pessoas generosas e agradáveis.
Viver com esse sabor, é atrair o bem na gente.
Esse gosto leva-nos a caminhos, que nos fazem relembrar, que somos construtores do nosso destino, que tudo que plantamos, haveremos de colher.
A vida é resultado de nossas escolhas.
Ter o gosto do amor em nossos pensamentos é a melhor delas…
Pense, reflita, deseje, afinal, a vida é um ir e vir.
Tudo é começo, meio, e um fim recomeçado.
Desabroche seus pensamentos;
sinta o gosto de seus esperançados momentos reflexívos!
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
O CANTO DO CORTE
No canto do corte, a vida de um boia-fria não é nada fácil. E da cidade de Veríssimo, Uberaba, Delta, Campo Florido e Água Comprida, em Minas Gerais, até a cidade de Igarapava, no interior de São Paulo, a vida vem castigando de maneira dolorosa inúmeras famílias que sobrevivem do corte de cana.
Por outro lado, os fazendeiros desfrutam de uma vida luxuosa às custas dos trabalhadores que cortam cana e são constantemente aliciados. Afinal, esses pobres trabalhadores são contratados com a promessa de altos salários, inicialmente oferecidos pelos seus capatazes, que em um futuro próximo se tornarão seus inimigos na condução do trabalho e na agricultura que será realizada nas fazendas e nos grandes engenhos.
Sem fiscalização, trabalhadores são contratados para mão de obra barata com uma falsa promessa, mas quando chegam ao local de trabalho são submetidos à escassez alimentar em todos os sentidos por uma corja de bandidos que cada vez mais estão unidos.
Mas essas atrocidades precisam acabar, chega de trabalho escravo! Eles precisam ser autuados e punidos. Portanto, chega dessa lei que protege o rico que vive usurpando o povo pobre.
Que coloca a sua gente debaixo do açoite, sempre com a supervisão da espingarda do capataz que dita a ordem para começar o trabalho escravo que há anos vem ferindo a dignidade humana, submetendo esses trabalhadores a viverem em uma condição sub-humana.
E essa é a história de Dona Maria, mulher guerreira, mãe de três filhas. Por aqui, todas trabalham no corte de cana. O dia nem bem amanheceu e Dona Maria já está em pé para mais um dia de luta e na companhia do seu radinho ao som de fuscão preto quem conta o cotidiano dá vida no estradão é o Zé Bétio, que grita para o povo dizendo: joga água nele, — vamos acordar turma amiga — tão logo dona Maria acende o fogo em brasa — que lentamente vai aquecendo a chaleira do café e a comida para almoço.
Por aqui, tudo é muito simples, no café da manhã a manteiga derrete em cima do cuscuz e o café no coador de pano não tem igual — para o almoço, arroz, feijão, farofa de cuscuz e linguiça frita.
Enfim, depois do café, todas começam a se arrumar e mesmo com o clima ameno da cidade, Dona Maria e suas filhas Marta, Manoela e Mirtes se agasalham bem por conta do frio da madrugada que é de quebrar os ossos.
E na companhia do sereno — elas saem para enfrentar uma longa caminhada até o ponto combinado — e ao logo da estrada a cantoria alivia a dificuldade costumeira — até que elas escutam o ronco intenso dos motores e ao avistam os caminhões, pouco a pouco os boias frias começaram a embarcar para mais um dia.
Ao chegar na fazenda de corte, os trabalhadores se apresentaram aos nobres senhores de engenho. São 6h da manhã e em seguida, eles começam a labutar. Se vê que a vida de um boia-fria no corte de cana não é nada fácil, afinal, dia após dia eles enfrentam o sol escaldante, frio e sede, mas continuam enfrentando o batente.
E logo já são 9h da manhã e Dona Maria dá uma pausa no corte com as suas filhas para comerem um pouco da sua marmita que continua quente. Elas se alimentam e rapidamente voltam ao trabalho.
Em meio ao sol escaldante e à rotina dolorosa do corte de cana, o coração do boia-fria só se alivia com aquela cantoria — e na voz de Dona Maria, entre suor e lágrimas, o corte afiado do facão faz os versos simples sobre a vida triste do boia-fria — que sofre no seu dia a dia para sobreviver.
Nessas alturas, já são 12h e Dona Maria já cortou três toneladas de cana. E Dona Maria e as suas filhas fazem uma pausa para comer aquela marmita que nessas alturas, já está fria.
Depois do intervalo, elas retornam ao trabalho e o suor que escorre pelo rosto de Dona Maria revela o desgosto dessa triste jornada que elas têm enfrentado ao longo dessa vida sofrida.
E a lâmina afiada do facão revela uma miséria costumeira e dolorida de um boia-fria — que dia após dia é contada — no início da madrugada — onde eles enfrentam uma triste e longa jornada — contudo, Dona Maria não se faz de coitada — mas sem opção se vê totalmente obrigada a subir em cima de um caminhão para enfrentar a poeira e o estradão.
No final do dia o capataz somou o corte de Dona Maria que cortou 6 toneladas de cana, mas ela sabe que não vai receber o suficiente para ter uma vida decente, mas prefere seguir em frente e grata a Deus por conseguir o suficiente para se alimentar mais um dia.
E, ao receber a féria do dia Dona Maria sobe em cima da carroceria do caminhão com as suas filhas e com a sua gente para enfrentar novamente a poeira e o estradão para voltar para a sua casa.
Contudo, mesmo desanimada, ela tem a convicção de que está fazendo o certo para ganhar o pão de cada dia e agora só quer chegar em casa para descansar porque amanhã tem que enfrentar mais um dia de labuta.
Enquanto isso, os nobres senhores de engenho levam as suas vidas em suas fazendas luxuosas às custas da mão de obra barata, onde inúmeros trabalhadores são submetidos ao trabalho escravo.
Olá, eu sou a KENIA MARIA PAULI. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
O SOLSTÍCIO COMO PORTAL DE CONEXÃO ENTRE CÉU E TERRA
Estar na Inglaterra durante o solstício é mais do que presenciar um fenômeno natural; é sentir uma alinhamento silencioso entre nós e o céu.
Neste fim de semana, celebramos o solstício de verão em Stonehenge, um lugar extraordinário na Inglaterra. Suas pedras, erguidas com propósito ancestral, simbolizam o alinhamento com o sol durante o solstício, criando um momento verdadeiramente surreal.
Por muito tempo, questionei por que demorei tanto para me conectar com esse lugar. Hoje, percebo que certas conexões acontecem quando estamos prontos para acolhê-las, não com os ouvidos, mas com o coração.
O solstício, seja de verão ou de inverno, vai além de marcar a mudança da luz. Ele revela um espaço sagrado entre o visível e o invisível, entre o mundo concreto e o espiritual. É um lembrete ancestral de que fazemos parte de algo maior, de um ciclo sem começo nem fim, apenas transformações.
Há uma sabedoria antiga pulsando neste solo. Aqui, compreendo que o sol não apenas aquece a pele, mas desperta a alma. Ele traz clareza, força e, ao mesmo tempo, pausa. Em seu trajeto alto ou baixo no céu, convida-nos a refletir sobre onde estamos, o que deixamos para trás e para onde desejamos seguir.
Celebrar o solstício é um ato de presença: parar, respirar, agradecer. É reconhecer que luz e sombra caminham juntas, cada uma com seu tempo e propósito. A energia desse momento nos atravessa com um convite silencioso: renovar quem somos, com bondade, consciência e amor.
Hoje, sinto que uma parte de mim se encontrou com algo antigo, algo que talvez sempre esteve à minha espera. Essa conexão entre céu e terra, entre o sol e o espírito, é um presente que carrego comigo, profundamente enraizado no agora.
Mais do que um círculo de pedras, Stonehenge é um portal que une natureza e espiritualidade, trazendo a sabedoria construída através dos tempos.
ILZE MARIA DE ALMEIDA MATOS nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
SEGURAR A VELA
A vida é assim…
gira para um lado,
para o outro,
e vai testando a gente.
Então…
é permanecer firme,
segurar na vela do seu barco
com fé e esperança,
mesmo quando o vento muda
ou o mar se agita.
Depois de tudo,
o mar sempre acalma —
e nossa alma também.
A alegria retorna,
serelepe, o sorriso.
Porque a vida é assim…
uma caixinha de surpresas.
MARINALVA ALMADA é diplomada em Letras Português / Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
ENCONTRO
O encontro dos amigos aconteceu e foi lindo.
Encontrar com pessoas que há anos não se viam é realmente emocionante.
Ao observar o comportamento daqueles amigos, via a alegria e a sinceridade de crianças da primeira infância. Tudo tão puro, natural e fraterno.
O abraço, então, era de um calor intenso de amor e de saudade.
Valeu amigos, e até o próximo encontro, que Deus nos uniu e nos fez mais fortes e caridosos!
WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
UM VAZIO SEM NOME
Um vazio sem nome,
Um rosto perdido na multidão,
A curiosidade me consome,
Neste mundo de solidão.
Meus pensamentos introspectivos,
Pensamentos vagueiam nos passivos,
De minha mente perdida,
Orbitando as minhas feridas
E neste momento de solidão,
Repousando em meu sofá,
Você surge em minha mente…
Balança meu coração,
Lembranças boas não há,
E as lágrimas seguem insistentes…
Lágrimas a derramar,
Como o pescador que ama,
E sonha dia e noite com o mar .
SIMONE GONÇALVES, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
DESPEDIDA DO OUTONO
Oh, saudade...
Por que continua me visitando
Durante as tardes de outono?
Seria apenas o eco das emoções
Que um dia deixei escapar?
Meu coração ainda sente tanta falta...
Das conversas ardentes nas sombras,
Dos ipês roxos que embelezavam nosso trajeto.
Será que é o tempo que não volta,
Ou sou eu que me recuso a seguir adiante?
Oh, que saudade...
O outono agora passou,
Dando lugar ao inverno frio e misterioso.
Mas por que a ausência insiste em provocar em mim
Essa aflição de uma melancolia
Que escolheu caminhar ao meu lado,
Sem permitir que o amor encontre espaço para chegar?
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
CRIANÇAS
Há os que não gostam, mas sempre fui apaixonada por crianças.
Da mesma forma que nos tiram do sério, nos enchem de amor (e de perguntas que levamos dias para responder).
Tive dois filhos com os quais aprendi muito e com certeza, mais do que ensinei.
As crianças nos mostram uma forma de vermos a vida mais simplificada, nos mostrando como complicamos aquilo que é simples.
Briga de família para quê? Basta dar o dedinho e ficar de bem, terminando assim a encrenca.
Continuar a brigar com o amigo? Eles preferem gastar o tempo brincando.
Me lembro uma vez que deixei minha neta à vontade, com vários potes de tinta pintando desenhos, na época ela estava com cinco anos. Me distrai por cinco minutos e lá estava ela com as mãos inteiramente sujas de tintas, de uma cor preta suja, já que misturou tudo.
Quando a vi daquele jeito, lhe perguntei exclamando:
— O que faço com você agora Clarice?
Ela toda feliz com a diversão, simplesmente respondeu:
— Dá banho na criança.
Tudo bem que essa praticidade às vezes nos encurrala — não tem dinheiro, passa cartão.
É uma delícia ver o quanto as crianças nos ensinam, basta aceitarmos esses ensinamentos.
Uma pena perdermos essa inocência, o mundo seria muito melhor com ela.
Lindas reflexões de domingo.
Que nosso bom Deus nos abençoe nesse dia e nos permita a continuar criativos e atentos para que continuemos a criar lindas conexões. Que a vida nos presenteie mais e mais.