REFLEXÕES Nº 158 — 04/05/2025
- Luiz Primati
- 3 de mai.
- 11 min de leitura


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.
A HUMANIDADE QUE DESCONHEÇO
Era um dia como outro qualquer. O céu não dava sinais de tempestade, e os noticiários seguiam sua rotina. Mas, como um coração que para de bater, a energia elétrica caiu. Tudo parou. O mundo, que parecia tão sólido, desmoronou em instantes. As pessoas, pegas desprevenidas, transformaram-se em sombras de si mesmas, agindo como se a civilização fosse apenas um verniz fino, pronto para rachar.
No caos, o teste mais simples revelou nossa falha mais antiga: em vez de estender a mão, nos fechamos em conchas de egoísmo. Estocar comida, guardar água, trancar portas – cada um virou uma ilha, desconfiando do outro, protegendo o que é “seu”. Somos, ainda, criaturas das cavernas, guiadas por instintos primitivos, lutando por um osso ou um canto seguro. O bem-estar alheio? Que se dane.
Será que nosso cérebro está preso em um código ancestral, incapaz de evoluir? Estamos condenados a repetir esse ciclo de autoproteção, como um disco riscado que não para de tocar a mesma nota? A Terra pode colapsar, se reconstruir, e ainda assim continuaremos despreparados para o imprevisto. Nosso instinto de sobrevivência, esse velho tirano, sempre toma o controle quando o mundo desaba.
Dessa vez, a Europa enfrentou apenas 12 horas sem energia. Um susto breve, mas revelador. E se fossem 12 dias? 12 meses? 12 anos? O que sobraria de nós? É hora de reprogramar nossa mente, de trocar o medo pela união, antes que nosso próprio instinto nos apague do mapa.

AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
ABRIL SE DESPEDIU
Ficou um cheiro, um sabor, continuou o amor.
Juntos ou solitários, ganhamos dias de sol, ou chuva, ganhamos sementes para deixar onde as paisagens se abriam em caminhos, para espalharmos o nosso enfeite do bem, do otimismo, dos desejos de saúde e paz interior.
O mês se vai e outro chega, esse é o ciclo, o circuito de nossas histórias de vida e emoções. Então, o que desejamos? Serenidade e silêncios, sabedoria, sorrisos. Ao invés de condutas como ressentimento, raiva, rancor, que nos deixam carregados de pesos.
Isso nos leva a pensar, refletir, o qual é mais interessante iniciarmos o novo mês com ânimo, amor no coração, apreço e amizade, aproximação de pontes que distanciam as pessoas. Que nossas escolhas se voltem para o cultivo de sementes que floresçam.
O bom jardineiro é zeloso, cuidadoso. Então, olhemos para as nossas potencialidades, para a nossa capacidade de fazer o bem, iluminando vidas, pensando bonito, lutando com perseverança pelo nosso lugar ao sol.
Que o seu mês de maio seja tão radiante quanto o seu coração e tão inspirador quanto a sua alma. Que o seu mês de maio seja belo, quanto o amor que nos abraça sem hora e nem dias marcados.
Em frente, com uma paz vinda do céu!

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
NADA MUDOU
Infelizmente, o Brasil
não valoriza os seus
aposentados que após
contribuírem com o país,
deveriam ser exaltados,
mas infelizmente muitos
são maltratados
e como um objeto,
após ficarem velhos,
são descartados
e mesmo vivendo
a melhor idade,
não são respeitados,
grande parte dos
idosos são rejeitados
pelos próprios filhos,
acabam sendo internados
e aqueles que resistem,
sofrem com a dor do abandono,
sofrem diariamente na fila do SUS, sofrem na fila da farmácia porque nada é de graça e são julgados pelos nossos governantes
que os consideram um
problema na folha de
pagamento do INSS.
Atualmente, o Brasil sofre
com diversos aumentos
e com a alta dos alimentos
muitos idosos ficam
sem mantimentos
para comprar os
seus medicamentos,
enquanto isso,
um furo de reportagem
nos revelou uma velha
e repetitiva imagem
que denunciou uma
das maiores ladroagem
que estava acontecendo
na previdência social,
e se não bastasse o fundo eleitoral
que totalmente imoral,
agora temos um desconto indevido em folha salarial
e concluímos que a corrupção
no Brasil é algo visceral.
E depois de tantas
promessas, nada mudou,
por que a investigação nos revelou
que o lobo não perdeu o vício
e despertou muitos acharam
que isso até demorou para acontecer, mas o castelo desmoronou com a descoberta
de que o sindicato nos roubou;
e o governo da situação
diz que ninguém os alertou.
E esse é um dos maiores
escândalos no cenário nacional,
enquanto isso, nos corredores
do congresso nacional
os nossos eleitos pregam
uma falsa moral,
e fingindo que não sabiam
de nada eles estão deixando
a população indignada
com esses políticos e
decepcionada com a justiça
que protege essa cambada
que transformou o Brasil
em uma piada
suja de mau gosto
que vem nos causando desgosto
no povo brasileiro, porém,
mesmo a contragosto
continuamos pagando
o nosso imposto.
Enfim, revivemos o mesmo cenário
de anos atrás, com uma quadrilha conhecida de estelionatário
que fazem um discurso
contra a corrupção em plenário
mas, nos bastidores, corrompe o justo que se tornou um mercenário
e se juntou com um bando de salafrário com carteirinha
de sindicato para fazer
um desconto bancário
e subtrair uma parte
do nosso mísero salário;
e como sempre, nós
ficamos mais uma vez
com a cara de otário.

AUTORA KENIA PAULI
Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
APÓS A TEMPESTADE
Algumas tempestades chegam sem aviso. O céu escurece aí dentro, e você nem sempre entende o porquê. Lá fora, o mundo continua — com seus sons, seus passos apressados, suas rotinas que não param. Mas dentro de você, tudo silencia. Tudo desacelera. E, para quem nunca teve um colo onde pudesse repousar, a solidão pesa ainda mais.
Naquele tempo, você não teve abraços. Nenhuma mão estendida, nenhum olhar que dissesse: “Vai passar.” O que você teve… foi a si mesma. Quando tudo ameaçava desabar, foram os seus próprios braços que te sustentaram. Seus pensamentos, incansáveis, buscavam uma fresta de luz. Seus olhos cansados, mas teimosos, tentavam encontrar sentido até mesmo no escuro.
Você aprendeu a se acolher. E talvez esse tenha sido o gesto mais bonito de todos. Porque, quando ninguém esteve por perto, foi aí que você se encontrou. Descobriu que podia chorar e, mesmo assim, continuar. Que podia cair e, mesmo sozinha, se levantar. Não com pressa — mas com dignidade. Com calma. Com amor. O seu próprio amor.
Hoje, você já sabe: nem toda história começa com um berço macio ou com laços familiares firmes. Algumas histórias nascem de recomeços silenciosos, de ausências profundas, de uma força que brota da falta. E está tudo bem. Porque também há beleza em quem floresce mesmo sem ter um jardim.
Se pudesse olhar nos olhos da menina que foi, talvez dissesse com ternura: “Obrigada por não desistir.” Foi ela — com medo, mas firme; sem apoio, mas inteira — que construiu tudo o que você é hoje.
Após a tempestade, os dias de glória realmente chegam. E, quando chegam, você entende: não foi azar. Foi coragem. Foi resistência. Foi amor — mesmo que, por muito tempo, tenha vindo apenas de dentro.

AUTORA ILZE MATOS
Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
GARRAFA MÁGICA
Deixamos tantas coisas presas dentro de garrafas… e fechamos.
Coisas que nos magoaram, nos alegraram —
felicidade, pessoas, tristeza, raiva, alegria —
tudo tão misturado, preso na garrafa,
que, por muito tempo, nem sabemos mais
o que nos alegra ou o que nos entristece.
Então…
E se separássemos tudo o que está lá dentro?
O que nos faz bem, o que não faz,
o que não queremos mais…
E, no lugar, colocássemos flores do campo — bem lindas.
E deixássemos as dores do lado de fora, para resolver,
em vez de prendê-las dentro da garrafa.
A gente precisa é colocar flores nos nossos corações.

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
A DOR
Quanto tempo para uma ferida cicatrizar?
A dor passar e não voltar?
Fico a indagar...
Apesar de muito tempo,
Parece que ainda é muito recente
Essa dor latente,
Que no peito está presente.
Às vezes, cachoeira,
Às vezes, gotejante,
É faca afiada, cortante.
Às vezes, silenciosa, distante,
Reaparece num instante
E se torna constante.
Procuro esconder, disfarçar,
Mas a memória traz à tona
O que não quero lembrar.
A dor começa a pulsar,
E a minh’alma a sufocar.
Mas sigo resiliente,
Carregando sentimentos,
Na esperança de um novo dia
Ver a dor virar poesia.

AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
TEMPO
O tempo voa para quem é atarefado demais.
O tempo passa devagar para quem nada faz.
Com pressa ou devagar,
O tempo irá passar.
Não há nem mais, nem menos tempo.
Tudo é no tempo de Deus.

AUTOR WAGNER PLANAS
Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
GRITO NO ABISMO
Sinto-me sufocado,
Uma explosão de sentimentos,
Ninguém está ao lado,
Para ouvir meus lamentos…
Apenas o Eco me responde,
O desespero me consome,
Já não me sinto o homem,
Caminhos a seguir? Por onde?
A dor é avassaladora,
A desilusão me transformou em um nada,
Dores infinitas, em mim fez morada…
Ela também será a transformadora,
Para reerguer - me na próxima alvorada,
Com a minha fé consoladora.

AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
O MEDO QUE MURMURA
Estranho sentimento
Que às vezes sufoca... às vezes domina
Prendendo meus sonhos num canto qualquer
Sem dó nem piedade.
Estranho sentimento
Me faz refletir sobre a vida
Os dias atuais
Onde tudo parece estar de cabeça para baixo
Não me encontro num caminho seguro
Preciso mudar minha rota...
Mas, para onde ir?
Para onde seguir sem sentir insegurança?
Parece que todo lugar está dominado
Por algo que escurece minha estrada...
Não consigo desvendar esse mistério
Do que me prende a esse medo
Esse estranho sentimento...

AUTORA LILA LEITE
ELIANA ROCHA, da cidade de Brumado, interior da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB - Universidade do Estado da Bahia; Pós graduada em Psicopedagogia, pela FACINTER - Faculdade Internacional de Curitiba. Professora aposentada, atualmente Coordenadora da Escola Particular "O Pequeno Príncipe" - Brumado.
UM VAZIO SEM NOME
Estou em busca de paz
Há quem saiba onde encontrar?
Ou como é que se faz?
Pois eu vivo a procurar.
Eu planto o amor em todo canto
Fazer o bem eu sempre quis
Mas para mim, só nasce o pranto
E a culpa do que não fiz
Até quando serei raiz
Dessas flores sem encanto.
Confesso que estou cansada
De tentar resolver tudo, sozinha
Minha alma está sufocada
Por uma causa que não é minha
Mas um dia todo mundo cansa
E o corpo pede tempo
Porque viver de tormento
Não há cristão que consegue
Ou larga tudo e segue
Ou cai de vez no sofrimento
E quando a corda se quebra
O lado mais fraco é quem sofre
É uma dor que consome
É um vazio sem nome
Que pra aguentar, tem que ser forte.
Lindas reflexões.
Trazemos tantas informações dentro de nós, por honra a nós e também a nosso sistema. Como é incrível ler cada texto de uma forma que somente o coração pode compreender. Abençoada semana a todos os autores do blog e a todos que leram e ainda lerão.