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REFLEXÕES Nº 157 — 27/04/2025

Atualizado: 28 de abr.

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

O INSTINTO PINGUIM: UMA REFLEXÃO SOBRE O AMOR QUE RESISTE


No gelo implacável da Antártida, os pinguins caminham juntos, enfrentando ventos cortantes e noites escuras. Escolhem um parceiro e, com uma lealdade que desafia o frio, permanecem fiéis, ano após ano, construindo ninhos de pedras, aquecendo-se mutuamente, protegendo seus filhotes contra o caos do mundo. Esse jogo delicado da natureza é mais do que instinto — é um símbolo de compromisso, de um amor que não desiste, que não se dissolve ao primeiro sinal de tempestade. Mas, ao olhar para o mundo humano, pergunto-me: onde foi parar o nosso instinto pinguim?


Houve um tempo em que o amor era como uma árvore plantada em solo firme. As gerações passadas, com seus casamentos de 30, 40, 50, 60 anos, eram raízes profundas, entrelaçadas, que resistiam a ventos e secas. Esses casais, como meus avós, enfrentavam discórdias, silêncios pesados, contas apertadas, mas escolhiam ficar. Construíam pontes, como dizia o Papa Francisco, que partiu nesta semana, em 21 de abril de 2025: “Apenas os que dialogam podem construir pontes e vínculos.” Eles dialogavam, perdoavam, aprendiam a ceder. Não era perfeito, mas era real. Era profundo. Era um ninho de pedras cuidadosamente empilhadas, protegendo o que importava.


Hoje, o amor parece líquido, escorrendo entre os dedos. A geração atual não planta árvores; prefere flores que murcham rápido. Casar? Para quê? Moram juntos, separam, trocam de parceiro como quem troca de roupa. Ao menor sinal de discórdia — uma palavra mal dita, um plano que não se alinha —, pulam para o próximo. Não há paciência para construir, para dialogar, para cavar fundo. As relações são frágeis como gelo fino, rachando ao primeiro passo mais pesado. Onde está o envolvimento emocional? Onde está a coragem de ficar e enfrentar o frio juntos?


Vejo casais que desistem sem tentar, que trocam a profundidade pela pressa, a intimidade pela conveniência. É como se o amor tivesse virado um aplicativo: deslize, curta, descarte. Não há tolerância para o imperfeito, para o humano. As relações se tornaram rasas, imediatas, como ondas que lambem a praia e voltam sem deixar marcas. E, enquanto o mundo corre, sinto o vazio de um tempo em que o amor não era descartável.


Eu, no entanto, escolhi outro caminho. Há quase 40 anos, prometi ser fiel, e essa promessa é minha âncora. Minha esposa e eu construímos nosso ninho, pedra por pedra. Não foi fácil. Houve ventos gelados, noites longas, momentos em que o silêncio pesava mais que as palavras. Mas escolhemos ficar. Dialogamos, perdoamos, crescemos. Como pinguins, aquecemo-nos um ao outro, protegendo o que é nosso. E assim permanecerei, fiel até o fim, porque o amor verdadeiro não é uma chama que se apaga — é um fogo que aquece mesmo na pior tempestade.


Mas, olhando ao redor, percebo que o instinto pinguim está desaparecendo. O mundo moderno nos empurra para o efêmero, para o fácil, para o descartável. Esquecemos que pontes, como as que o Papa Francisco defendia, exigem esforço, paciência, diálogo. Esquecemos que o amor profundo é um ato de coragem. E, enquanto as relações se dissolvem como gelo ao sol, sinto um aperto no peito: será que ainda sabemos amar como os pinguins?


Que não percamos a capacidade de construir pontes, de escolher o outro mesmo quando o caminho é árduo. Que aprendamos com os pinguins a sermos leais, a enfrentarmos o frio de mãos dadas, a protegermos o que é sagrado. Porque, no fim, o amor que resiste não é apenas uma escolha — é um legado, um ninho de pedras que deixamos para o mundo.


AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

O SILÊNCIO NO CÔNCAVO DAS PALAVRAS

           

As linguagens podem ser belas expressões, de dentro para fora.

Falamos com nosso corpo, palavras que dançam, retratando como estamos ou somos, pois o corpo é um vocabulário vivo em comunicação e muitas vezes as palavras calam o que o corpo fala.


Reverenciamos a mãe natureza, sábia, linda, poderosa.


Sonhamos e silenciamos, para renascermos nas conchas das profundidades oceânicas, agregando o nosso caleidoscópio de histórias, alegrias, dores e paixões.


O nosso corpo fala, geme, grita no côncavo das sensações e emoções, cada letra, cada palavra, me enaltece no canto aliviado de minhas contidas expressões.


Ah! Dia e noite desfruto: amor beleza e composições poéticas, irrigando a seca de palavras mudas.


Fragmentos do texto poético de autoria; Stella Gaspar. “O silêncio no côncavo das palavras”. In: Um Amor em Poesias como uma Flor de Lótus. Botucatu, SP: Editora Valleti Books, 2025.


AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

O CRIME QUE SE TORNOU BANAL


Vivemos o caos na segurança!

A polícia prende, a justiça solta!

Leis frouxas que deixam

os brasileiros com cara

de trouxa diante dessa

política surda, cega, muda

e suja que anda de carro blindado e tem segurança armada.


No arranha-céu do Bairro

de Itaquera nas ruas próximas

ao metrô Corinthians Itaquera

a população clama por justiça,

clama por mais investimento

em segurança diante da criminalidade que se abateu sobre o bairro que está sofrendo na mão dos assaltantes e dos abusadores.


Em agosto de 2010,

o Brasil foi surpreendido

com a notícia que naquele

bairro seria construído um estádio de futebol para a Copa do Mundo e com isso Itaquera ganhou notoriedade por conta

do novo estádio que iria

receber a primeira partida

de abertura daquela

Copa do Mundo.


Houve um alvoroço naquela

região e o metro quadrado

encareceu, imobiliárias e

construtoras ganharam

muito dinheiro, porém,

após onze anos daquela

Copa qual foi o legado

que ficou para o Bairro?

Afinal, quase nada mudou

naquela região a não ser

o estádio e o caos no

trânsito no dia de jogos,

isso porque a segurança

é reforçada para conter

as brigas entre torcedores.


No bairro, algumas ruas

continuam sem pavimentos,

e os principais pontos das

avenidas continuam esburacadas

e a violência cerca a população

de Itaquera que quer paz.


Muita coisa foi prometida

para melhorar a região,

mas quase nada foi

cumprido, os hotéis

se transformaram

em terrenos baldios

que abrigam moradores

de rua, mas também

serve de esconderijo

para os bandidos

e os viciados.


E essa semana

fomos surpreendidos

com uma violência brutal

que foi cometida contra uma jovem de vinte e oito anos;

que no domingo desembarcou

no terminal metrô, Itaquera

e se dirigia para sua casa

quando foi abordada

por um indivíduo.


Que em seguida

sequestrou essa jovem,

e depois a violentou e matou,

ocultando o seu corpo,

com a divulgação da mídia

após quatro dias o corpo

dessa jovem foi encontrado

na região em um terreno

baldio com sinais evidentes

de uma violência brutal.


A população começou

um clamor por justiça

e por mais investimento

em segurança naquela

região que padece na

mão da bandidagem,

e aquela região que

há onze anos teve o metro quadrado supervalorizado

hoje é terra sem lei.


Aliás, o Brasil está se

tornando uma terra sem lei

e infelizmente temos a

quinta maior taxa de feminicídio do mundo, segundo a OMS

e com leis retrogradas

mulheres estão morrendo

com suas medidas

protetivas nas mãos.


E assim:

A cada trinta minutos,

uma mulher é assediada!

A cada uma hora,

uma mulher é sequestrada!

A cada duas horas, uma

mulher é estrupada!

A cada seis horas, uma

mulher é assassinada!


Alguns órgãos sinalizam

que no Brasil quatro mulheres morrem por dia vítima

de feminicídio e os nossos políticos continuam

de braços cruzados

e essas mulheres acabam

se tornando estatísticas

da sociedade que infelizmente

já se acostumou com

essa triste situação.


E aquela jovem de vinte e oito anos

só queria voltar para o aconchego do seu lar, mas infelizmente se deparou com a morte em forma

de gente e teve o seu destino traçado, mas de quem é a culpa?


Precisamos fazer uma

reflexão sobre o crescimento

da violência contra a mulher e o feminicídio que cresce demasiadamente e

precisamos observar as pautas que estão sendo discutidas

no Planalto Nacional,

e em meio a tantas pautas;

qual é a pauta que está sendo

discutida em prol da mulher?


O que está sendo feito para defender a mulher dessa violência?

 

AUTORA KENIA PAULI


Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

QUANDO A VIDA ACONTECE NO MEIO DO CAOS


A vida não tem hora marcada para mudar. Ela simplesmente acontece. De repente, você se vê no meio da louça suja, das preocupações que não dissipam com a noite, das tarefas acumuladas e dos silêncios que pesam. Os dias viram uma mistura de tudo: amor, exaustão, dúvida, culpa e aquela esperança insistente que sussurra: aguenta, você consegue.


Quando menos esperamos, o caos deixa de ser exceção e se torna rotina. Aprendemos a nos mover no meio dele, a respirar fundo mesmo sem respostas. Às vezes, tentamos fugir. Fingimos que não é conosco. Ignoramos o incômodo no peito, o frio na barriga. Mas a vida, teimosa, sempre nos encontra. E nos chama de volta: você precisa retornar ao que é essencial.


Quando nos tornamos pais, tudo muda. Criar um filho vai além de ensinar valores ou estabelecer rotinas. É um exercício constante de autoconhecimento. A cada desafio, a cada fase, somos puxados de volta para dentro de nós mesmos. As dores do passado ressurgem. Não como castigo, mas como oportunidade de cura. Talvez venham de forma dura, mas é assim que surge a chance de triunfar sobre algo que estava lá, esperando para ser enfrentado, sacudido e limpo, removendo a poeira acumulada de toda uma vida.


E então, quase sem perceber, os filhos crescem. Começam a caminhar com as próprias pernas, a construir suas próprias histórias. E nós, que passamos tanto tempo tentando protegê-los do mundo, precisamos aprender a deixá-los viver. A amar sem prender. A orientar sem invadir. A confiar.


Ser pai ou mãe de filhos adultos é um novo aprendizado. Eles já não pedem ajuda da mesma forma. Já não dependem das nossas respostas. Isso, ao mesmo tempo que alivia, também dói. Porque o amor permanece, mas agora é mais silencioso. Está nos gestos sutis, na espera paciente, na escuta atenta quando eles decidem voltar, nem que seja só para conversar um pouco.


O que a vida me ensinou é que não adianta esperar pela calmaria perfeita. Ela raramente chega. A vida acontece no meio da confusão, da imperfeição, da bagunça emocional. E é ali, naquele espaço incômodo, que crescemos de verdade. Não apenas como pais, mas como seres humanos.


Porque crescer com os filhos é isso: continuar aprendendo, mesmo quando achamos que já deveríamos saber tudo. Seguir amando, mesmo quando o caminho deles se afasta do nosso. E aceitar que o amor verdadeiro não exige controle, apenas presença. Mesmo que seja em silêncio.


AUTORA ILZE MATOS


Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.

LEVEZA COMPARTILHADA


Acho que todo sentimento deve ser compartilhado —

alegria, tristeza, dúvidas, medos.

A partir do momento em que dividimos com alguém,

ficamos mais leves; suavizamos as dores do coração,

abrimos a mente e nos tornamos livres para resolver nossas questões.


É tão bom escutar e ser escutado,

ajudar e ser ajudado.

Assim, a vida flui naturalmente,

sem nos isolarmos do mundo ou das pessoas.


Isso é essencial para vivermos bem

e conviver em harmonia.

É amar e ser amado,

seguindo a vida com leveza.


É isso, não é?

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

AMADURECER


Amadurecer

É ouvir sem julgar.

É ser aconchego

Quando o outro precisar.


Amuderecer

É não guardar rancor,

Mesmo sob dor

É agir com amor.


Amadurecer

É abraçar o silêncio,

É enfrentar os medos

E aprender com os erros.


Amadurecer

É vibrar ao ganhar,

Mas se falhar,

É saber perder

Sem se perder.


Amadurecer é ser brisa

A cada amanhecer.

É cultivar ternura

Para o amor sempre florescer.


AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

CONTRADIÇÃO


Antigamente as fotos eram preto e branco e todo mundo sonhava em ter fotos coloridas.


Hoje que temos fotos coloridas percebemos a beleza das fotos preto e branco.


Por que nunca estamos contentes com o que temos?


Por que sempre queremos o diferente?


AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

UM VAZIO PESA


Ninguém entende a minha dor,

A vida que eu levo,

Do meu coração, não conhecem o relevo,

O quanto sou sofredor.


Um côco sem alguma,

Sem uma fonte para matar a sede,

A solidão, de todas as dores é uma,

Dormir sozinho na ilha, sem uma rede


Um reino sem rei,

Uma vida dentro da lei,

Sem ela para me abraçar…


Sem esperança de seguir em frente,

Confesso, me sinto doente,

Sem minha filha para amar.

 

AUTOR AKIRA ORDINE


AKIRA ORDINE é um escritor, poeta e músico carioca. Desde cedo apaixonado pela literatura, utiliza a arte como espaço de luta e refúgio, colocando bastante de si em tudo o que escreve. Tem muitos livros, vários deles, verdadeiros amigos.

OFERTÓRIO


Faço um poema para todas as mulheres que já amei

Mesmo para aquelas que não foi recíproco

Pois embora ninguém se apaixone por poetas hoje em dia

Poetas seguem se apaixonando - e se frustrando


Faço um poema para os suicidas

Pois já fui um deles

E espero que eles encontrem mais

Poesia na vida que na morte

Mesmo que os meus versos não sejam belos

E sequer possam resolver as dores do mundo


Faço um poema para o filho que sai de casa

E para a mãe que espera

Às vezes anos para a sua volta

Mas ela aguarda porque é mãe

Faço um poema para essas mulheres também


Faço um poema para aqueles que não fazem nada

Pois nadar nesse mundo hodierno tão agitado

É quase impossível


Faço um poema para os pobres

Pois a miserabilidade da vida

Mesmo que infinita

Mesmo que difusa

Não é incurável, não é absoluta


E por fim, para terminar por cima

Não vou fazer uma rima não

Pois faço um poema para os ricos

E mesmo com a tecnologia de hoje

Ainda não passaram um camelo

Por um buraco de agulha



1 Comment


Lindas reflexões de domingo!

Que linda reflexão sobre a vida conjugal.

O texto de Wagner traz um sentido extraordinário: em nossa imperfeição, tantas vezes desejamos aquilo que não temos e esquecemos de valorizar o que está ao nosso lado.

Que possamos sempre lembrar do valor de quem caminha conosco.

Um ótimo domingo a todos!

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