REFLEXÕES Nº 155 — 13/04/2025
- Luiz Primati
- 13 de abr.
- 10 min de leitura


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.
BORBOLETAS QUE NUNCA POUSAM
Você já sentiu aquela empolgação de Ano Novo? Pega um caderno novinho, faz uma lista brilhante de tudo o que vai transformar na sua vida: academia, alimentação saudável, aquele idioma que você jura que vai aprender. Cada item é uma promessa de um você melhor, mais realizado. Aí, o dia 1º chega. E com ele, a primeira desculpa: 'Amanhã eu começo, hoje tá corrido.'
Os dias viram semanas. Você até tenta — dá uma corrida, troca o refrigerante por água (por dois dias), abre o aplicativo de idiomas. Mas, de repente, a lista some. Não é mais um plano; é só um eco distante de uma intenção que nunca ganhou vida.
E não é só no Ano Novo, não é? Toda segunda-feira traz um novo recomeço: ser mais paciente, visitar aquela tia que você prometeu, estudar para aquele concurso, diminuir a cerveja, ligar para o amigo que anda sumido. Você sonha alto — tocar violão, pedir um aumento, talvez até contar para o colega aquela verdade que ele precisa ouvir. Mas essas ideias? Elas ficam presas. Giram na sua mente como borboletas que nunca encontram onde pousar.
Por que fazemos isso com nós mesmos? O que nos impede de transformar promessas em realidade?
Talvez seja o peso dos nossos próprios sonhos. Eles são tão grandes, tão brilhantes, que às vezes nos assustam. Começar significa arriscar — arriscar falhar, arriscar descobrir que não somos exatamente quem imaginamos ser. Então, nos escondemos atrás de 'amanhã', como se o futuro tivesse o poder mágico de nos tornar mais corajosos, mais prontos. Mas o amanhã nunca chega com uma varinha de condão. Ele é só outro hoje, esperando que você decida.
Ou talvez o problema não seja o tamanho dos sonhos, mas a forma como os encaramos. Você já parou para pensar que, às vezes, queremos tudo de uma vez? Queremos o corpo perfeito, a mente afiada, a vida organizada, o coração em paz — e queremos isso agora. Mas a vida não é uma lista de tarefas a serem ticadas. É um caminho, com curvas, pedras e, sim, momentos em que você vai tropeçar. E tudo bem. Tropeçar não é fracassar — é aprender a caminhar.
Pense naquela lista de Ano Novo. Cada item ali não é só uma tarefa. É uma pista sobre quem você quer ser. A academia não é só sobre músculos; é sobre cuidar de si. O idioma novo não é só sobre palavras; é sobre abrir portas para mundos que você ainda não conhece. Ligar para o amigo, visitar a tia, contar aquela verdade difícil — tudo isso é sobre conexão, coragem, sobre deixar uma marca no mundo, por menor que seja.
E se, em vez de promessas grandiosas, você começasse com algo pequeno? Um passo tão simples que nem parece contar. Beber um copo d’água logo cedo. Escrever uma frase no caderno de estudos. Mandar uma mensagem para um amigo, só pra dizer que ele importa. Pequenos atos têm um poder silencioso. Eles se acumulam, como gotas que, com o tempo, escavam montanhas.
Agora, pare por um segundo. Feche os olhos e imagine: quem você seria se, hoje, escolhesse uma dessas borboletas na sua mente e a ajudasse a pousar? Não precisa ser perfeito. Não precisa ser grande. Só precisa ser real. Porque, no fundo, a pergunta não é por que somos assim. A pergunta é: e se você decidisse ser diferente, só por hoje?
O que você faria agora?

AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
MEDO
Quem não conhece esse sentimento?
Estamos sempre nos perguntando: estou preparada(o) para enfrentar o desconhecido?
Vários são os tipos de medos que experimentamos, somos humanos e os sentimentos nos formam.
O que seria da vida sem medos?
O lado positivo do medo é que sem ele não teríamos limites, seríamos corajosos e pularíamos em abismos, nos jogaríamos em mares revoltos, teríamos uma fictícia coragem. Claro que não podemos negar os medos que nos paralisam, assaltando nossas vidas e, como é bom saber, que deles podemos nos libertar!
O que fazer?
Que tal abrirmos diálogos privativos, com nossos medos?
À medida que dialogamos com eles, nos familiarizamos com os mesmos. Quando temos coragem de revelar nossas fraquezas, podemos descobrir outras facetas e significados para nossos medos, o que nos leva a conclusões hipotéticas que se instalam dentro da gente e na e nossa mente. Por fim, o medo nos conduz a um ser superior que está além de nós, despertando reflexões sobre o que me causa imagens e sentimentos de pânico.
Por fim, viver e não ter medo, se convide para a confiança que você constrói, viva suas alegrias e infinitudes, procure ser o seu presente e aproveitar cada encontro consigo. Reprima os medos que lhe aprisionam os pés e viva intensamente com suas resiliências.
Força, segurança, sentimentos positivos, controle a sua vida, com mãos de generosidade!

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
O SILÊNCIO QUE CORTA
Somos excluídos!
Somos renegados!
Somos subjugados!
Somos maltratados!
Somos ignorados!
Esse é o retrato fiel do povo de rua
que vive a sua realidade nua e crua
e diante disso, a sociedade
segue em silêncio
e com o olhar clinico de
uma criança pedindo flor,
vejo um velho pedindo um pão.
Enquanto isso, o silêncio
dorme e a indiferença corta
a alma do morador de rua
que está com a sua carne
dilacerada pela fome que
ele quer matar para não morrer,
enquanto isso, a sociedade
segue conformada com
essa situação que me
embrulha o estomago.
Governantes omissos!
Poder público, omissos!
População omissa!
E dentro desse cotidiano
a sociedade segue com
um rito de abandono.
Enquanto isso, o morador de rua
segue como estatística,
e pelas ruas e pelas madrugadas
pobres mendigos só conseguem
um abraço em época de eleição
quando os candidatos distribuem
cobertores, sopa e pão.

AUTORA KENIA PAULI
Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". No final de 2024 lancei meu primeiro livro "INESQUECÍVEIS SÃO AS MARCAS QUE CARREGO EM MIM", pela editora Valleti Books; em março de 2025, mais dois lançamentos: "CRÔNICAS PARA MELHOR VIVER" e "CUIDANDO DE SI PARA CUIDAR DOS OUTROS", ambos pela editora Valleti Books. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
QUANDO OS DESAFIOS BATEM À PORTA
Era uma segunda-feira qualquer — daquelas que já nascem com cara de cansaço. O despertador tocou como um aviso de que o mundo lá fora não ia esperar minha vontade de ficar na cama. Abri os olhos devagar, com a sensação de que algo estava prestes a desabar. E estava. O dia ainda nem tinha começado, e eu já me sentia derrotado por dentro.
Tem dias assim, em que os problemas batem à porta sem avisar. E eles não vêm sozinhos. Chegam trazendo a conta atrasada, a notícia ruim, o “não” inesperado, a dúvida que pesa mais que o próprio corpo. Nessas horas, a gente se pergunta se vale a pena continuar tentando ou se é melhor se encolher num canto e esperar a tempestade passar.
Mas, curiosamente, é nesses momentos que a vida planta sementes invisíveis.
Às vezes, um tombo é o único jeito de enxergar a direção certa. Às vezes, o que parece o fim é só o começo com outro nome. Quantas vezes, sem perceber, a dor me empurrou para lugares que eu jamais teria ido por vontade própria? Quantas vezes um “fracasso” me salvou de um caminho que não era meu?
A verdade é que nem sempre percebemos quando um desafio começa a se transformar em oportunidade. Isso só fica claro depois, no silêncio das madrugadas ou no alívio de um sorriso que a gente achava que nunca mais daria.
A vida tem dessas ironias bonitas. Ela fecha portas com barulho, mas abre janelas em silêncio. Só entende isso quem tem paciência para esperar, para respirar fundo e seguir — mesmo sem entender tudo.
E foi naquela segunda-feira cinza que aprendi, mais uma vez, que o que nos derruba hoje pode ser exatamente o que nos levanta amanhã.

AUTORA ILZE MATOS
Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
BRILHO NO CAMINHO
Lute por seus objetivos,
siga a sua intuição sempre!
Siga seu coração.
Você vai encontrar muita gente te dizendo
para não seguir
e que você não vai dar certo.
Não escute, somente siga.
Siga, que a sua vitória está logo ali na frente,
te esperando de braços abertos.
Siga com ânimo, fé e muita alegria,
na certeza de que seu brilho
já desponta no caminho.

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
SEM VOCÊ
Em cada amanhecer
Tua presença é constante no meu ser.
Doces memórias,
Quantas histórias!
Ah, no vazio do coração
A saudade abraça a solidão.
Procuro-te ao redor,
Enfim, percebo que estou só.
O coração murmura
Transforma-se em nostalgia.
A minh’alma sussurra
Querendo tua companhia.
Quem acalentará meu coração?
Sem você
O mar da solidão
Inunda a minha vida.
A saudade corrói
E meus sonhos destrói.

AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
LUGAR ONDE MORO
Quero viver feliz em meu país.
Quero ver meu país livre da imprudência.
Quero ver meu país livre da violência.
Quero viver no meu país com independência.
Quero ver meu país voar nas asas da liberdade.
Quero que em meu país, reine a honestidade.
Quero ver no meu país a fraternidade.
Quero viver em união, juntos com muito amor no coração.

AUTOR WAGNER PLANAS
Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
O MEDO QUE ME CERCA
O medo me cerca,
Não tenho com fugir,
O medo não é perca,
É o momento de refletir.
Mesmo em meu canto,
Me escondendo do mundo,
Pensamentos vou a fundo,
Mesmo entre prantos.
A angústia de um sentimento,
De algo que ainda não aconteceu,
Pensar que este momento…
Eu sou um perdedor,
Que ainda nem sofreu,
Perder o seu amor.
Kenia tem razão quando diz que temos lindas reflexões... Pena que nem todos usufruem desses textos e assimilam o conteúdo tão necessário. Parabéns, escritores!
As reflexões que nos levam a repensar: qual o caminho que estou tracando? Esse é a jornada que quero ir?
Lindas reflexões 🙏❤️.