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REFLEXÕES Nº 150 — 09/03/2025

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2025.

 

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES


Hoje, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher floresce como um grito silencioso, uma chama que dança no vento, lembrando-nos de quem sustenta o mundo com mãos delicadas e corações indomáveis. Não é apenas um dia para lembrar das mulheres, mas para sentir o peso de sua existência em nossas vidas — um peso leve como pluma, mas profundo como o oceano.


Mulheres, vocês são o solo sagrado onde a vida brota. Carregam em seus ventres o milagre de nove luas, moldando-nos com traços de amor e entrega, até que possamos abrir os olhos para o primeiro raio de sol. São divinas, sim, deusas de carne e osso, mas quantos de nós, homens, esquecemos de reverenciar esse altar vivo no correr dos dias? Quantos, em vez de erguer hinos, erguem punhos, transformando gratidão em cinzas com atos de fúria? Ainda bem que nem todos se perdem nessa escuridão.


Vocês, mulheres, são montanhas que desafiam tempestades, raízes que se aprofundam para sustentar a quem amam. São flores frágeis, sim, mas com pétalas de aço — capazes de dobrar-se ao vento sem jamais quebrar. Quantas vezes vi uma mãe abrir mão do próprio pão para que o filho saciasse a fome? Quantas vezes vi uma mulher erguer-se, exausta, mas invencível, como um farol em meio à tormenta, guiando-nos para a segurança?


Elas não pedem muito. Um olhar que enxergue além da superfície, um abraço que aqueça a alma, um “obrigado” sussurrado com o coração. Gestos simples, mas que as fazem sentir o que já são: o próprio pulsar da existência. Não espere o calendário gritar por isso — faça hoje, amanhã e sempre, com cada mulher que cruza seu caminho. Elas não são apenas parte do mundo; elas são o mundo.


No meu dia a dia, sou um aprendiz privilegiado, cercado por mulheres que são espelhos da vida. Cada uma, com sua luz única, me ensina o que é força, o que é delicadeza, o que é ser humano. Agradeço aos céus por essa dádiva, porque ao lado delas percebo o quanto ainda sou pequeno, o quanto preciso crescer para merecer a sombra de suas asas.


Mulheres, vocês chegaram ao mundo como estrelas que já conheciam o céu antes de nós, homens, sequer sonharmos com o voo. Hoje, eu me curvo diante de vocês, não apenas para homenageá-las, mas para reconhecer: vocês são o alicerce, a poesia, o fogo que aquece e transforma. Parabéns, mulheres! Que cada canto deste planeta seja seu trono, pois vocês merecem reinar em todos os lugares, todos os dias.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

RECOMECE, SIGA EM FRENTE E VIVA O PRESENTE COM PAZ E AMOR

 

Toda a animação carnavalesca se foi, e outra começa. A animação do viver dia a dia, no tempo e na hora, sentindo a paz que os detalhes nos trazem.  


Ser plenitude, busque o amor, viva e se delicie como mergulhar em um mar de sentimentos bons. Como a fala de Guimarães Rosa: “Felicidade se acha é em horinha de descuido.”

 

Lute por sua sobrevivência entre o intervalo de sua coragem e certezas. Não busque perfeições, mas as verdadeiras formas de recomeçar, despertando um novo jeito de viver e seguir adiante com amor e bondades.

 

Vamos agradecer o que foi, o que buscamos e encontramos, tudo pode dar certo, confie nas suas ações e pensamentos, procurando deixar seu coração feliz.


Pense em você, nas suas emoções, na sua responsabilidade e saiba que ninguém é superior a ninguém, mas considere o caráter, as batalhas enfrentadas e o amor incondicional, o que te torna único e singular, pois cada um tem a sua parcela existencial.

 

Enfim, recomece, siga em frente e viva o presente com paz e amor.


Siga adiante por estradas afetivas, não duvidando de sua fonte de inspiração com suaves sonoridades.


Seja a sua felicidade e com ela espalhe belos carnavais fora de época.


 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

 

A FARSA DA FOLIA


E na farsa da folia, vivemos

em um mundo de hipocrisia

onde o povo canta,

dança e faz estripulia

e na avenida o folião

encharca sua fantasia

na passarela do samba

até o raiar do dia.


E por trás dessa

farsa da folia

existe um plano perverso

dos nossos eleitos que estão

te vendendo a distração

e te induzindo a profanação

nesse mundo sombrio

que só oferece ilusão.


E na farsa da folia enquanto

o povo corre atrás do trio elétrico,

as calçadas e os becos

se transformam em um teatro

explícito estilo Sodoma e Gomorra,

e nas passarelas o povo

exalta a nova Babilônia.


E na farsa da folia

enquanto os carros alegóricos

varão as madrugadas,

depois desse rito de manipulação,

os nossos eleitos aproveitam

o momento para votar

o seu próprio aumento 

na calada da noite,

enquanto o povo se diverte.

 

E na farsa da folia

depois da quarta-feira de cinzas

o povo volta a ser sofrido

dá uma de coitado

e se diz injustiçado,

mas como dizia Júlio César,

é só dar pão e circo

para eles no próximo carnaval

que tudo volta a ser normal.

 

 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

FRAGMENTOS DE SONHOS


Vou em passos leves

Ao encontro do mar

Pela noite à fora

Com a lua como companheira

Guiando meus sonhos

Em sua sutizela feito dama

Me sinto livre

Sem amarras, nada me impedindo

De desfrutar da magia da noite

Na companhia do mar

Tendo as estrelas como testemunhas

Entre fragmentos de sonhos

Que percorrem minha mente

Vestígios de quimeras

Me envolvem nessa noite

Desejos que ainda me saciam

Na esperança de encontrar

Respostas para minha história...


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

SEGUNDA CHANCE


Iniciamos sempre um novo ano fazendo mil promessas, as quais não cumpriremos nem metade no decorrer do ano que se inicia.


Passamos mais tempo fazendo planos do que tomando atitudes. Parece que temos medo de começarmos algo novo, com medo de errarmos.


Mas será que não vale mais a pena errarmos do que nem ao menos tentarmos?


É preciso agir para que as coisas aconteçam. Tirarmos nossos sonhos do papel.


Não temos a garantia de que as coisas funcionarão do modo que desejamos e é por isso que existem as segundas chances.


As pessoas passam a desistir daquilo que não funciona logo na primeira vez: a tentativa de um novo emprego que fracassa, a receita nova que estraga, a viagem que não deu certo naquele momento: tudo é motivo para desistirmos.


A vida é feita de escolhas e podemos escolher a desistência, afinal a perseverança dá trabalho.


Insistir em algo que não deu certo de primeira, significa que teremos que nos esforçarmos mais, perdermos mais tempo e muitas vezes até dinheiro, e o ser humano não gosta de perder.


É necessário amadurecimento para que se entenda que nem tudo é só ganho, como também nem tudo é só perda.


A vida é uma eterna tentativa e erro. Mas se não continuarmos tentando após errarmos, nunca chegaremos a um resultado satisfatório.


Amo segundas chances e vivo delas, pois não sou perfeita e na maioria das vezes não acerto de primeira.


Amo também a vida e cada novo dia que se inicia.


Afinal, todo dia é uma segunda chance.


 

AUTORA KENIA PAULI


Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". Também escrevi meu próprio livro que estará disponível no inicio do ano de 2025. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

 

O BAILE DE NOSSOS DIAS

A vida é como uma teia que criamos sem notar. Sempre observei a vida como uma dança. Às vezes, danço tranquila sob um céu cheio de estrelas. Outras vezes, erro ao tocar as músicas, tentando achar o ritmo certo.

Você já se percebeu nesse baile da vida?

Quantos ritmos precisamos aprender para driblar, de uma forma extraordinária, os nossos passos?

E olha, eu já tentei praticar cada passo e adiantar cada movimento. Mas a vida, que gosta de brincar, sempre consegue me surpreender.

Eu me lembro de quando era pequena e achava que o mundo todo estava no quintal da roça do meu avô. Eu e meu pai íamos todos os sábados. Eu não tinha ideia da imensidão e da proporção do mundo.

Tinha uma árvore de jambo que, para os meus olhos pequenos, parecia chegar até o céu. Eu a subia com a segurança de quem nunca sentiria medo. Não sabia que um dia a vida ia me mostrar o que são quedas.

Crescer é entender que nem sempre temos um apoio forte para nos segurar. Às vezes, cair é algo normal que acontece.

O tempo passou e notei que a vida não é como um plano. O que antes parecia verdade agora se perdeu, como areia que escorrega pelas mãos. Amigos se foram, amores se perderam durante a jornada e sonhos mudaram de jeito.

Teve dias em que fez sol e outros em que a chuva não parou. E mesmo nos dias mais escuros, eu percebo que a vida sempre encontra um jeito de trazer a alegria de volta.

Até mesmo um abraço que não esperávamos, uma risada que surge do nada ou pelo fato de acordar e ter mais um dia para começar de novo.

Não temos como controlar a música da vida. Aprendi a confiar em fazer as coisas na hora, a achar coisas bonitas nos contratempos e a entender que nem todas as perguntas precisam de uma resposta rápida.

E a vida continua me chamando para dançar. E, mesmo sem praticar, vou em frente. Estou de braços abertos para a próxima música.

Viver é assim: um baile sem fim entre o que pensamos em fazer e o que a vida traz para nós.

Com o coração tranquilo e os pés firmes, estejamos prontas para dar mais um passo e aprender novos ritmos.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


MIGUELA RABELO escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.

 

IPÊS AMARELOS


Da janela, ela admira um frondoso ipê amarelo. Isso quando se levanta com calma, horas antes do trabalho, para tomar seu café e refletir sobre a vida. Já em outros dias, acorda no susto com o resmungar do filho e, às vezes, passa a madrugada a fio acordada... porque não tem como desvincular uma função da outra. Não sabe, por isso, onde começa a mulher e termina a mãe.


No entanto, uma sentença é fato: para sermos mães, antes foi necessário nos descobrirmos como mulheres. E esse despertar se inicia sem tempo para findar, pois estamos sempre em contínuas transformações ao longo da vida, desfolhando-nos em outonos cortantes de podas inesperadas ou, outras vezes, necessárias... Logo mais, hibernamos em invernos solitários, mas que nos fazem despertar para as folhas novas a brotar e, na estação seguinte, florescer e assim compartilhar nossas primaveras com afetos novos ou que renascem com as chuvas a hidratar a estiagem de outrora.


E depois vem o verão, e podemos brilhar novamente a cada amanhecer, encantando-nos diante de cada pôr do sol... Mas, nesta estação, nem tudo são flores, e assim que as sombras do anoitecer surgem, precisamos correr, diante dos vultos que dobram as esquinas em nosso encalço.


Por isso, ser mulher nos proporciona a delícia e a dor do peso que carregamos nos ombros, sabendo que somente nós podemos carregar nossas bagagens e, assim, aprender com elas... Porque, de fato, como já dizia Nietzsche: "O que não nos mata, nos fortalece." Parabéns a todas as mulheres que sobrevivem às diversas avalanches, desertos ou guerras que enfrentamos, muitas vezes em silêncio... Parabéns pela resistência em sermos resiliência umas para as outras, como um campo repleto de girassóis ou a imponência e beleza de ipês amarelos que se mantêm floridos mesmo sem chuva e meses contínuos ensolarados.


 

AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

 

GRITOS NA MULTIDÃO


Sim, eu sou explosivo,

Confesso… não vou negar,

A mentira é algo corrosivo,

Até difícil de explicar.


Sempre que acontece,

Seja só ou em Companhia,

Minha alma adoece,

Perco toda alegria.


Então, eu me recolho,

Na minha solidão,

Tento digerir este molho,

Para não causar uma explosão…


Muitas vezes o meu silêncio,

Torna-se a minha solução,

Como faria José Inocêncio,

Diante da Ingratidão.


Eu me calo,

Me aquieto,

Para aqueles que são espertos,

Não ouve o cantar deste galo.


E longe de toda confusão,

Eu recolho as falas da ingratidão,

A Deus eu peço proteção,

E sigo a vida, pegadas no chão.

 

 




1 Comment


Só levezas para sentir. Expiro e inspiro palavras tranquilas e cheias de energias!

Um belo recomeço, amigos😍 estimados 🌹

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