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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 148 — 22/12/2024

Atualizado: 28 de dez. de 2024

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

QUANTO CUSTA A SUA AMIZADE?


Já pensou em comprar uma amizade? Parece absurdo, eu sei. Mas e se fosse possível adquirir uma parte de alguém sem que ela sequer percebesse? A proposta é simples: não precisa concordar conscientemente, apenas acredite na história que estou prestes a contar.


Tudo começa como uma brisa leve, um toque sutil de casualidade. Aproximo-me sem intenções claras, ao menos não que você possa notar. No início, pequenos elogios caem como sementes ao vento, e uma ou outra emoção ensaiada serve apenas para regar o terreno. É tudo parte do plano.


Quando a amizade começar a florescer, te oferecerei mundos e fundos. Meus elogios virão como uma tempestade de pétalas, te envolvendo, encantando, até que seu coração será meu. Nessa etapa, você estará paralisado, mas sem saber. E eu, sorrateiramente, serei a teia que te prende sem chance de fuga.


Te farei sentir tão culpado que cada passo em falso será como afundar ainda mais no meu visgo. Sua liberdade, antes alada, será enredada por fios invisíveis que controlo com precisão. Suas emoções? Serão como marionetes nas minhas mãos.


Parece ficção, não? Quem me conhece sabe que não sou assim. Mas quantas pessoas você conhece que seriam capazes de tecer um jogo tão cruel? Eu conheço algumas.


Essas pessoas – se é que podemos chamá-las assim – são verdadeiros mestres da manipulação. Ardilosas, egocêntricas, e, muitas vezes, inconscientes do mal que causam. Quando finalmente percebemos seus fios invisíveis, já estamos completamente enredados.


Não se culpe por isso. Essas criaturas possuem uma habilidade quase sobre-humana, uma determinação que, por vezes, assombra. Imagino, às vezes, como seria se canalizassem essa engenhosidade para o bem. Talvez fossem insuperáveis, líderes de um mundo mais justo. Mas não, elas preferem o obscuro, a dança silenciosa das sombras.


Esse mistério, esse poder enigmático que envolve essas almas manipuladoras, talvez nunca seja desvendado.


Se você já foi vítima dessa trama e conseguiu escapar, parabéns. Sua liberdade é um troféu inestimável. E nunca mais, nunca mais permita que alguém te capture novamente. Pois todos merecemos voar com a alma leve, sem amarras, sem ninguém para nos prender ao solo.

Lembre-se: sua liberdade é sagrada. Proteja-a com unhas e dentes.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

A FORÇA POÉTICA

 

Essa força é incansável.


Ela é o bem maior de nossos corações.


A força poética vive de portas abertas, deixando os ventos das flores de nossa alma espalharem nossas versões mais belas.


A vida é uma arte, que nos permite conhecer-nos para conhecer a tessitura de nossas histórias em cada estação e suas inspirações.


Somos idas e vindas, horas, minutos e segundos, deixando rastros de resumos em nossas reflexivas caminhadas, transbordando carícias em nossos olhos, a cada sensação de calor, frio ou brisa.


Perguntamos: qual a nossa força poética?


Penso que ela pode estar nos nossos braços transformados em asas voando ao encontro das iluminações estrelares. Daí, a importância das nossas extraordinárias artes em fazer, no nosso dia a dia, uma composição poética do “viver” e tudo pode ser intenso e profundo, como um oceano guardador de amor.


Deixe fluir efeitos estéticos nas suas formas de ser e sinta o brilho da lua em seus olhos e o calor do sol nas suas emoções.


 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

 

O PREÇO DA NEGLIGÊNCIA


Que país é esse?

Que Rio de Janeiro é esse?

Que descaso é esse?

O povo carioca sofre!

Cidade de Deus, meu Deus!


Em plena sexta-feira treze, pasmem, algo que não poderia jamais acontecer, infelizmente aconteceu, pela manhã na recepção de uma Upa que fica na Cidade de Deus um homem de 32 anos chegou, berrando com muita dor, sem atendimento, ele permaneceu sentado esperando a boa vontade da triagem, e os profissionais que ali estavam acharam que aquela dor era bobagem.


Com a demora no atendimento os pacientes que aguardavam o atendimento estranharam o rapaz, que há horas estava ali sentado e imóvel com o pescoço tombado, ao chamarem pelo rapaz eles notaram que o homem estava morto, tão logo começou uma gritaria — um corre, corre dos médicos — que agora estavam preocupados e prontamente colocaram

o homem na maca.


Os pacientes que ali estavam ficaram revoltados e indignados com aquela situação humilhante, todos começaram a gritar — agora você vem, doutor, todos vocês são culpados — o rapaz chegou aqui com dor, mas vivo,

e agora vai sair morto.


No outro dia a manchete de jornal dizia: morte à espera de atendimento, no sepultamento, familiares clamavam por justiça — prontamente vinte funcionários foram demitidos, mas vão continuar as suas vidas, por outro lado, — a vida de um jovem de 32 anos não volta mais, e para trás ficou uma mãe enlutada, — uma jovem viúva, — e um filho de três anos órfão, — enfim, uma família destruída, — uma vida que se vai por conta de negligência e descaso.


Até quando vamos aguentar isso?

Políticos dizendo que o SUS é o melhor sistema de saúde!

Mas eles não usam.

Quantas vidas vamos perder para negligência?

 

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

 

MOMENTO ESPERADO


Chegou o tão esperado momento:

Trégua do trabalho secular.

Após a maratona do ano inteiro,

Enfim o período para "descansar".

Ir ao médico, realizar shecap,

Visitar parentes, viajar,

Assistir uma boa série,

Dormir tarde,

Sem preocupação com a hora de acordar.

Colocar a leitura em dia...

Ter mais tempo para escrever poesia.

Recarregar as energias

Gastas durante o ano,

A escrita é perfeita terapia.

Momento para relaxar,

Viajar, sonhar,

Passar mais tempo com a família,

Desacelerar.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

REFLEXÕES NOTURNAS


Quando a noite chega

Caminho só, pela rua.

Algo plangente toma conta dos meus pensamentos

Acelerando meus passos...

Reflexões de uma vida

Estão a me controlar nesta solidão da noite.

E algumas gotas deságuam no meu rosto.

Até agora, não consegui decifrar esse enigma

Do que se tornou minha vida, após a partida de alguém.

Sinto-me como uma noctívaga, à deriva.

No silêncio da noite,

Que anseia me abraçar com tanta intensidade.

Ainda não consigo imaginar-me livre dessa dolorosa prisão

De que se fez essa solidão...

E em meio às minhas reflexões noturnas.

Continuo caminhando sozinha, mas ainda mantenho a expectativa de encontrar alguém

O que anseia o meu coração...


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

NATAL


Nada mais clichê do que falar de Natal na época do Natal.


Mas é que esta época do ano me traz tantas lembranças, que é impossível não falar sobre elas.


Sou apaixonada pelo Natal e por tudo que esta época me traz: reuniões com amigos e família, decorações natalinas e claro, as lembranças.


Quando era menina, os natais eram sempre os mesmos, e eram ótimos.


A família era grande e uma família grande sempre vem repleta de crianças.


Para que não saíssem brigas na hora de abrir os presentes, uma tia se encarregava de comprar tudo igual para todas as crianças, sendo que os meninos recebiam bolas, carrinhos ou jogos e as meninas bonecas, bolsinhas ou algum utensílio doméstico como panelinhas ou jogos de vassourinhas.


As festas eram feitas na casa de meus avós que não era grande, então os móveis da sala eram guardados nos dois quartos que havia na casa e duas portas eram retiradas para que sobre cavaletes, se transformassem em mesas.


Isso para os adultos, pois as crianças se dividiam entre a cozinha e o minúsculo quintal.


Sempre fui a agitadora dos primos, inventando brincadeiras e fazendo teatrinhos. Inclusive montando um presépio vivo, onde minha prima Selma foi Maria, meu primo André com seis meses foi Jesus e eu fui José, já que os primos homens mais velhos (na faixa de 6 ou 7 anos) não aceitavam serem casados, mas gostavam da ideia de serem reis.


Infelizmente na época não tínhamos celulares e câmeras fotográficas eram artigo de luxo, já que a revelação das fotos era muito cara. Fora o fato de as crianças não conseguirem ficar por muito tempo na posição; então não tenho o fato registrado em papel, mas na memória ficou gravado.


Com o falecimento de meus avós, tentamos manter a tradição do encontro familiar, mas aos poucos este encontro foi se encerrando.


Com o passar dos anos, a família vai se renovando, e muitos que fizeram parte do passado não se encontram mais conosco no presente. Muitos tios se foram e o primo André que foi o bebê Jesus também partiu.


Como a vida é feita de capítulos, viramos a página e continuamos uma nova tradição com minha pequena família: mãe, irmãos, marido e filhos.


Tradição esta que durou por muitos anos, até que a história tomou outro rumo.


Neste Natal não teremos minha mãe, que infelizmente partiu este ano. Mas por ser a vida um livro com vários capítulos, viraremos a página e continuaremos a escrever novas histórias, com novos personagens.


Este ano não teremos a D. Ciça presente, mas meu genro Matheus e minha neta Clarice que já entraram em nossa história há alguns anos, estarão presentes.


O Natal continuará sendo uma época de lembranças, e mesmo que os personagens não continuem na história até o capítulo final, permanecerão nas páginas que foram escritas, e estas jamais se apagarão.


 

AUTORA KENIA PAULI


Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". Também escrevi meu próprio livro que estará disponível no inicio do ano de 2025. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.

 

UM OLHAR SEM PRECONCEITO LIBERA A CURA


Estamos constantemente em busca de cura, acreditando que somos imperfeitos em determinados aspectos. Essa busca reflete nosso desejo de equilíbrio e harmonia, tanto física quanto emocional.


Nosso corpo é um mensageiro constante, revelando verdades sobre nós mesmos, mesmo quando não prestamos atenção. Ele comunica aquilo que muitas vezes evitamos enxergar.


No livro Ordens do Amor, Bert Hellinger nos ensina que o primeiro passo para a cura é acolher nosso sistema familiar com amor. Quando aceitamos nossa história de vida e introduzimos novos significados a ela, somos capazes de abrir mão de ressentimentos e dores acumulados ao longo do caminho. Essa nova perspectiva liberta sentimentos que nos aprisionaram no passado.


Carregamos muitos pesos ao longo da vida, mas nem todos eles são realmente nossos. Essas cargas, frequentemente herdadas ou assumidas por lealdade inconsciente, tornam-se fardos desafiadores. Quanto mais peso acumulamos, mais sentimos que algo está além do nosso controle, dificultando nossa capacidade de enfrentar e resolver os desafios que surgem.


Essa sobrecarga, além de drenar nossa energia, nos leva a acreditar que precisamos suportar mais do que o necessário para sermos amados, aceitos ou valorizados. Criamos, assim, a ilusão de que devemos carregar os fardos alheios, interferindo nos caminhos daqueles ao nosso redor.


Nesse processo, passamos a enxergar os outros como incapazes de lidar com suas próprias questões. Esse olhar preconceituoso e, muitas vezes, inconsciente, gera exclusões e invalidações. Ao acreditarmos que nossa forma de fazer é a mais correta, acabamos perpetuando ciclos de controle e julgamento.


Percebe a armadilha?


Se eu acredito que o outro não consegue lidar com suas responsabilidades, sinto que preciso assumir o controle. Mas, ao fazer isso, ignoro os limites do meu corpo e da minha mente, que acabam reclamando e sinalizando o esgotamento.


O caminho para a cura começa com o respeito: respeitar nossa própria história, nossos limites, e a capacidade do outro de trilhar sua jornada. Assim, liberamos tanto o corpo quanto a mente dos pesos desnecessários que nos impedem de viver com leveza.


 

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1 Kommentar


Stella Gaspar
Stella Gaspar
22. Dez. 2024

Adorei os textos, grandes escritos! 😍💐

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