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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 146 — 08/12/2024

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

COMPRE, UM DIA PODERÁ SER ÚTIL!

Um documentário chamado “Conspiração Consumista” me chamou a atenção recentemente. Ele escancara a realidade de um consumo desenfreado que alimentamos sem sequer precisar.

Compramos pelo simples fato de estar barato, em promoção, ou apenas para satisfazer um desejo antigo. E o que ganhamos com isso? Gavetas abarrotadas de quinquilharias eletrônicas, closets repletos de roupas nunca usadas, um ciclo de acúmulo que nos prende, sufoca e sufoca também o planeta.


Os números são de assustar:

  • 13 milhões de celulares descartados diariamente ao redor do mundo.

  • 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano.

  • 400 milhões de toneladas de lixo plástico anualmente.


Como se não bastasse, Gana recebe cerca de 15 milhões de peças de roupa por semana, enquanto sua população gira em torno de 30 milhões de habitantes. É como enfiar, dia após dia, uma montanha de lixo pela garganta de quem já está farto.


Por que consumimos tanto se não precisamos? Por que insistimos em alimentar uma voracidade insaciável? O marketing das empresas é um caçador habilidoso: estuda nossas rotinas, nossas fraquezas, nossas cores preferidas, e arma a isca perfeita. Caímos, compramos e sequer questionamos. Somos peixes famintos diante da isca colorida, ignorando o anzol afiado que nos aguarda.


Muitas vezes, guardamos aparelhos que não usamos, pensando: “Um dia pode ser útil.” Mas esse “um dia” raramente chega, e o entulho cresce, levando consigo recursos, energia e dignidade ambiental. Precisamos quebrar esse ciclo. Digerir a ideia de consumir menos, de descartar com consciência, de tomar as rédeas antes que o planeta escorregue de nossas mãos.


Será que o despertador da consciência já tocou e simplesmente ignoramos o seu toque? Ou vamos continuar dormindo enquanto o relógio da nossa existência se desfaz em ruínas?


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.

 

SOMBRAS DE INVERNO


A xícara de chá esfriou de repente com o vento gélido que  entrou por entre as frestas 

O inverno me reprimiu e envolvida em um casaco, saí em busca de ti 


Chovia lá fora e eu com meu rosto pálido, olhos tristes e tristeza expressa 

Em meio a densa névoa, perdi-me caminhando lentamente e tudo parecia embaçado diante de mim 


O frio envolveu-me em seu abraço gelado e segui com o suspiro doloroso na esperança de te encontrar 

Para que tu, meu raio de sol fugidio me aquecesse, fazendo-me esquecer as mazelas da vida


Ao te avistar senti um grande alívio, foi como se uma luz atravessasse as frestas da névoa para iluminar 

E tu encontraste-me perdida nas sombras do inverno, em que me abandonaste entorpecida.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

NASCENDO E RENASCENDO

 

Nascendo e renascendo em todas as manhãs, fazendo as minhas escolhas humanas, buscando ser melhor do que fui ontem, adorando o poder do sol e, na noite, as estrelas são dignas de admirações. Assim, creio na vida, nas belas paisagens e nas somas dos afetos.

Ter um coração que não para de bater, sentindo a vida vibrando, como é bom viver, sem pensar em coisas abstratas e sem motivações.


Ter uma alma que contemple a todos de diferentes histórias e mundos, como é grande essa sensação de efeitos positivos.


Livros lidos, usados ou doados, ou comprados, nossos olhos mergulham na erudição das belas realidades escritas. Esse é também um pleno estado de ser, como uma suave brisa.


Sonhos calmos, íntimos, com a permissão do nosso inconsciente. Freud definiu algumas etapas fundamentais para compreender a manifestação do sonho na mente, que ele chamou de "trabalho do sonho". Essas etapas são: Condensação, Deslocamento, Figurabilidade, Dramatização.


Nascer e renascer, amando as tardes de verão, o sossego da cidade pequena em contraste com as enormes metrópoles.


Viva a sua alegria, sinta a essência das belezas naturais. Como tão bem nos diz Fernando Pessoa “Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições.”


Ah, nada assim é monótono, nem um entardecer de inverno, tudo passa, menos a nossa liberdade de amar, nascendo e renascendo dentro da gente!


 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

 

ESPELHO DA VERDADE


De frente ao espelho,

eu reluto em enxergar

a verdade que eu

não quero aceitar,

por isso, vivo tentando

me enganar, mas eu

não posso negar,

o fato é que preciso

acordar para a vida

e entender que ela

já não me quer mais,

vejo que eu me afoguei

nas minhas falhas,

nas minhas fraquezas

e nas minhas mentiras.

E diante do espelho

da verdade, eu revisito

a minha consciência

e me deparo com as feridas,

com as dores que causei

e com as cicatrizes

que deixei em tu’alma,

contudo, meu amor

não se acaba,

a esperança não morre,

e eu não vejo a luz,

e agora sem máscaras,

sem disfarces, eu assumo

todas as minhas mentiras,

e por isso tenho medo

de nunca mais ter você

em meus braços.

Enfim, por mais que

eu queira esconder,

Inevitavelmente, o espelho

revela a verdade,

E, e claramente, eu vejo

o quanto fui um canalha,

e agora estou pagando

um preço muito alto

por não ter te valorizado,

e por maior que seja

o sofrimento tenho

que aceitar as minhas falhas

e aprender com elas.

 

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

 

ESCUTE


Escute,

Não dê sermão.

Permita que o outro abra o coração,

Ouça-o com atenção,

Sem julgar ou censurar.

Pois é fácil apontar, criticar.


Se sua fala não for encorajar,

É melhor silenciar.

Procure agir todos os dias com empatia,

Viva em harmonia!


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

LABIRINTO INTERIOR


Alguns sonhos

Se perdem às vezes

Por caminhos tortuosos

Que se formam no nosso interior

Criando um labirinto no coração.

Caminhos escuros

Criam crateras que fazem os sonhos

Ficarem escondidos sem saída.

Alguns acabam como algo perfunctório

Entre decepções e perdas.

Mas a vida sempre acaba nos surpreendendo

E no fim do túnel

Num cantinho iluminado do coração

Sentimos que ainda há uma saída.

E que nossos sonhos e desejos

Tem poderes para, em algum momento

Se realizarem...


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

SAIA DOS TRILHOS


Conheço pessoas que não fazem nada se não for tudo completamente agendado e cronometrado, tendo dia para lavar a roupa, dia para ir ao mercado, dia para ligar para determinada pessoa; e quando digo dia, muitas vezes também tem a hora certa.


Tudo parece que funciona tão redondinho, que fico imaginado um trem andando sobre os trilhos, indo e vindo sempre na mesma direção, onde as pessoas visualizam sempre as mesmas paisagens.


E geralmente para essas pessoas, quando têm que alterar sua intocável programação, é como se o trem descarrilhasse e tudo se tornasse um grande acidente.


Já as pessoas que vivem “fora dos trilhos” se permitem ver paisagens diferentes, aprendem a se relacionar com novos caminhos e novas situações.


Quando saímos dos trilhos, passamos a ver o mundo por outro ângulo, diferente daquele que víamos todos os dias. Passamos a descobrir novas formas de se viver.


O fato de as pessoas ficarem repetindo sempre as mesmas coisas e das mesmas formas, pode ser que funcione muito bem a elas. Mas como saberão se o diferente não é melhor, se não se permitirem a mudanças?


Para conhecermos novas possibilidades é necessário mudanças, e para isso, muitas vezes precisamos sair de nossos trilhos, para que consigamos caminhar pelo desconhecido e termos a oportunidade de decidirmos o nosso melhor caminho.


 

AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

 

POR QUE RECLAMAS?


Tu tens uma casa para morar.

Tu tens alimentos para comer.

Tu tens um salário para sobreviver.

Tu tens uma família para te acolher.

Tu tens amigos para te ajudar.

Tu tens onde pousar tua cabeça e descansar.

Tu tens de onde o teu sustento tirar.

Há milhares que não têm nada disso.

Pare, pense e reflita.

E então, reclamas de quê?

Agradeça mais e reclame menos!


 

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1 Comment


Stella Gaspar
Stella Gaspar
Dec 08, 2024

Gratidão por me permitirem ler tantas reflexões edificantes!❤️

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