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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 143 — 17/11/2024

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

ADEUS TERRA


A Terra já foi azul, vibrante, um lar de sonhos e possibilidades. Mas hoje... hoje ela me parece um palco saturado de caos, onde os atores se esquecem do roteiro da humanidade. Estamos afundando em mares de ganância, viciados em conflitos, alimentando fogueiras de inveja e raiva que consomem o próprio ar que respiramos. As cidades pulsantes, que antes ecoavam progresso, agora sussurram uma melodia dissonante de dor e destruição.


E então, olho para o céu noturno. Marte, o solitário planeta vermelho, brilha como um farol distante em meio à escuridão. Será que ele guarda a pureza que perdemos? Ou seria apenas um espelho do que somos, uma paisagem árida refletindo nossa própria desolação interior?


Imagine se fosse possível deixar tudo para trás: as guerras travadas por motivos mesquinhos, os vícios que corroem, a inveja que corrói a alma. Imagine um novo começo, um mundo onde as pegadas humanas ainda não deixaram cicatrizes. Marte seria este refúgio? Ou ao tocá-lo, carregaríamos conosco os mesmos fantasmas que nos assombram aqui?


"Is there life on Mars?" perguntava David Bowie, e eu repito a pergunta com um peso diferente. Não me pergunto apenas se há vida — pergunto se há esperança, um vislumbre de algo melhor. Porque se Marte estiver vazio, talvez isso seja um alívio. Um planeta virgem, esperando ser explorado sem os vícios que nos condenaram aqui. Mas se houver vida, será que ela é inocente, ou será que, como nós, conhece as guerras e as dores de uma civilização exausta?


Olho ao redor e sinto o peso de estar preso a uma Terra em combustão. Cada esquina guarda histórias de violência, cada rosto traz marcas de cansaço. A gravidade que me prende aqui não é física — é moral, é existencial.


Mas Marte... Marte é a promessa de liberdade. Talvez não de nossos corpos, mas de nossas mentes. Porque a verdade é que só seremos dignos de Marte quando conseguirmos limpar a Terra que chamamos de lar. Até lá, o planeta vermelho será apenas uma miragem, um sonho inalcançável.


Então, enquanto encaro o céu, faço um pedido ao cosmo: que Marte, em sua vastidão silenciosa, nos ensine o que esquecemos — que a verdadeira vida, seja em um planeta vermelho ou azul, começa com a paz dentro de nós mesmos.


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.

 

SAUDADE TEM NOME


Aquele foi o nosso último dia, juntos, o nosso último momento... Naquela noite rimos e conversamos muito até tarde.


Ele não tem culpa por partir, não pôde avisar que não voltaria mais para casa. E eu, com as mãos quebradas, sem forças, quase sem ar, com a face inundada por lágrimas, fui encontrá-lo na esperança de um milagre…


E lá estava eu, a filha primogênita, o abraçando e acariciando seu rosto já sem vida e gritando para os quatro cantos que queria salvá-lo, que ele precisava voltar para casa.


Fui ao chão e meu coração se partiu, são pedaços que não se juntaram, ele ficou com deficiência, ele sangra todos os dias...


Eu sou mãe, sou casada, sou adulta, mas choro todos os dias com saudade do meu pai.


Queria que o tempo voltasse um pouco, para poder vê-lo de novo e dar um abraço sem motivo, como aquele que dei quando cheguei de uma viagem 1 mês antes dele partir.


Eu já havia dito o quanto o amava e era grata por poesia, mas queria dizer olhando nos olhos dele com alegria.


Saudade tem nome, tem face, tem endereço...


Não queria tê-lo deixado sozinho naquele dia em um lugar gélido e triste. Mas eu sei onde está. E tenho certeza que vamos nos reencontrar. E nesse dia, vou abraçá-lo e nunca mais soltar.


P.S. Para o meu pai Luis Henrique.

 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

ACHAMOS QUE NADA SABEMOS E COM ISSO SOFREMOS

 

Toda a história da humanidade lembra que, em algum momento, sentimos falta de algo, de alguém, de alguma coisa material ou imaterial. Sentimos sensações de que nos falta chão, falta teto, falta até mesmo um pouco de ar. Sufocados por nossos anseios, saímos em busca do Éden, sem desejarmos ser expulsos do paraíso e ficarmos vagando em desertos, em fanatismos e conclusões cheias de inverdades. Essa sensação de que nos falta algo é comum, como se fizéssemos algo errado, nos culpamos e achamos que nada sabemos.


Daí, ser importante a ampliação de conhecimento, sem perder o contato com o coração, porque ele é como um imenso jardim florido com brotos em abundância.


Não são só os conhecimentos que nos preenchem. Nesse espaço existe a sabedoria, acontecendo por meio de abertura ao novo, despertando nossa curiosidade e clareza para compreender. 


A conexão do sentir, ter e ser é o caminho, a energia, a amorosidade e a novidade. À medida que a nossa sabedora cresce, as pétalas do nosso conhecimento se abrem. A sabedoria liberta nossos pensamentos de que nada sabemos, e se estamos nos transformando, nos sentindo mais felizes, ficamos com a nossa disposição aumentada. Milhares de pessoas se fecham como ostras, o mundo delas não flui e só veem pedras, inimigos em seus caminhos.  Ficam cegas para suas verdades, vida e capacidades.


Tudo está em constante movimento, inclusive as nossas dúvidas. As árvores se modificam no outono, as flores na primavera, a noite nos seus mistérios. Afinal, nós somos tão vastos e intensos, quanto a profundidade dos oceanos.


Nenhum sentimento é impossível de modificação. Noventa e nove por cento de positividades está em nós, a intensidade da luz está em nossos olhares, e o êxtase de viver é uma abundante explosão de esperanças, amor e sabedoria.


Para refletir essas palavras, deixo aqui uma mensagem de um momento inspirador!

 

“Não sei escrever tudo o que sinto, e que muitas vezes;

é extremamente dedicado ao amor.

Mas, sei sentir, com um amor imenso, o que me faz ser.

Um ser de amor.

Não sei amar, morrendo, sofrendo.

Porque, para mim, amar é viver, é sentir que o amor.

É imortal e não mendiga ser amado.

Não sei se meus sonhos podem ser reais.

Mas sei sonhar o que o meu coração recebe.

Sei que o amor é a estrela mais brilhante.

Que vive em mim.

Não sei dar tudo de mim.

Mas me esforço para dar o que posso.

O que de mais bonito posso compartilhar.

Não sei quase nada da vida em deleites;

mas sei que é bom existir.

Seja no amanhecer e anoitecer.

E que, enquanto houver um mínimo de ternura para oferecer;

Vale a pena viver.”


(Stella Gaspar)

 


 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

 

EM BENEFÍCIO PRÓPRIO


Sem verba para saúde.

Sem verba para segurança.

Sem verba para educação.

Médicos desvalorizados.

Policiais desvalorizados.

Professores desvalorizados.

O ano ainda nem acabou

e os nossos eleitos

que já são bem remunerados

com altos salários,

principalmente se compararmos

com o salário que recebe,

grande parte da população

sustenta a sua família

com 1 salário mínimo.

Mas os nossos eleitos

nunca se dão por satisfeitos

e já mexeram os seus pauzinhos,

e com as suas caras

de paus envernizadas

eles só pensam

no seu numerário,

e em uma votação

simbólica em plenário,

com apoio dos seus correligionários

essa corja de abutre salafrário

aumentou o seu próprio salário

e deixou o povo

com a cara de otário.


É meu caro cidadão paulistano

os nossos eleitos não têm limites

e não tem um pingo

de dó do contribuinte

que tem o seu direito

garantido pela constituinte,

mas o cidadão de bem

tem que engolir essa Acinte.

E infelizmente depois de eleitos

ao assumir poder na máquina pública

para o povo, eles não oferecem nada,

para os inimigos oferecem a vingança,

e para os amigos oferecem tudo,

e por trás nos bastidores

essa corja de legisladores

se juntaram com os vereadores

e na troca de alguns favores

aprovaram um aumento salarial

que é no mínimo imoral,

enfim, vossas excelências

conseguiram 37% de aumento

que entra em vigor

a partir de fevereiro de 2025,

e o discurso dos nossos governantes

e da mídia geral é o corte de gastos,

mas a pergunta que devemos fazer:

é justo um médico

que luta para salvar,

um policial que

luta para preservar

e um professor

que luta para educar

ganhar menos que um vereador?


 

AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

 

O AMOR


A dor apurou minha alma, talvez ninguém entenda o meu jeito de amar.


Para quem vive no meio do deserto, uma lágrima é um mar.


Quem cruza comigo pelas ruas, acham que meu sorriso é felicidade, puro engano, meu sorriso é a represa de dor que minha alma carrega.


As pessoas acham que amar é estar perto, como as pessoas se enganam; Amar é estar distante, até em outro planeta se for o caso, mas sem esquecer aquele ou aquela que ama por um só segundo.


É torcer para que ela seja feliz, extremamente feliz, mesmo que você não tenha ela ou ele em seus braços.


O amor, não se agarra a paradigmas, e muito menos é pragmático, ele simplesmente é a ligação fluídica de duas almas, independente do mundo que estejam.


O amor, que é dito que vem do coração, não me serve.


Eu quero um amor que venha da alma, pois este sim, este vai para a eternidade, não quero um amor de corpos, mas um amor de almas.


Se você não quer um amor assim, por que razão ainda insiste em amar.

 

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

 

EDUQUE-SE


Atitudes de delicadeza

Não dependem de dinheiro,

Apenas de gentileza.


Às vezes, conversando com uma amiga,

Outra pessoa aproxima-se para cumprimentar-lhe,

Saúda você de forma afetuosa

E não fala com sua amiga.

Que atitude horrorosa!


Não custa nada dar um bom dia,

Quem sabe até pegar na mão

Como gesto de educação.


É verdade que

Não temos com todos proximidade;

Há aqueles com os quais

Temos mais afinidade.


Mas isso não justifica

Estar no trabalho,

No fim de uma reunião,

Dar bom dia, boa noite

Para uns e outros não.

Emudeço ao ver

Tamanha deseducação!


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

LABIRINTO INTERIOR


Alguns sonhos

Se perdem às vezes

Por caminhos tortuosos

Que se formam no nosso interior

Criando um labirinto no coração.

Caminhos escuros

Criam crateras que fazem os sonhos

Ficarem escondidos sem saída.

Alguns acabam como algo perfunctório

Entre decepções e perdas.

Mas a vida sempre acaba nos surpreendendo

E no fim do túnel

Num cantinho iluminado do coração

Sentimos que ainda há uma saída.

E que nossos sonhos e desejos

Tem poderes para, em algum momento

Se realizarem...


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

QUANTO TEMPO DURA UMA DOR?


Ao cairmos e ralarmos os joelhos, ficaremos com a dor por vários dias, até que o machucado cicatrize e desapareça.


Uma dor de cabeça poderá durar o tempo de tomarmos um comprimido ou algumas gotas de remédio e estes fazerem efeito.


Uma topada no dedo mindinho ao pé da cama ou do sofá, doerá por alguns minutos, mas a raiva de termos bobeado e batido talvez dure um pouco mais.


A mudança de casa ou até mesmo de cidade, doerá até o momento de fazermos novas amizades e nos acostumarmos com a nova vida, isso se a mudança nos foi benéfica.


Dizem que as piores dores são a do parto e pedras nos rins ou vesícula. Minha mãe que teve a oportunidade de sentir as duas, dizia que crise de vesícula era muito pior, já que a dor do parto era prazerosa, pois vinha acompanhada da benção de se ter um filho.


Mas e a dor da perda de um ente querido?


Sabemos que o tempo é um excelente remédio, e que ameniza dores que nos feriram o coração, mas talvez este seja o que mais leva tempo para fazer efeito.


Quando pensamos estar nos curando, temos uma recaída: uma foto, um presente, uma carta (sim, ainda tenho cartas escritas por pessoas que já partiram), tudo nos traz lembranças doloridas e não há como tomarmos uma segunda dose do remédio tempo, já que a primeira dose não tem término.


Talvez a dor da perda seja a que menos me incomoda. Não por doer menos, mas por vir acompanhada da alegria da convivência com essas pessoas fantásticas e que me ensinaram muito nesta vida. Pessoas com quem pude conviver, passear, rir e passar excelentes momentos com elas.


Pode ser que nunca me cure da dor da perda, mas ela nunca será a pior, pois tenho a convicção de que no futuro, estaremos juntos novamente.


 

AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

 

CACHEADOS


Conheci uma garotinha que gostava do seu cabelo cacheado; no entanto, não tinha condições de comprar shampoo, condicionador e cremes para cuidar.


Certo dia, sua tia comprou um creme alisante de cheiro forte e passou no cabelo da menina.

A menina, que já tinha um certo entendimento, pensou:


- Vou estudar, trabalhar e terei condições de comprar bastante creme para deixar meu cabelo bonito e cacheado.


De fato, essa realidade se concretizou. Hoje, aquela menina, já é uma mulher que cuida dos seus cabelos cacheados e é feliz com eles.


 

AUTOR WALTER BERG


WALTER BERG, pseudônimo de Valter Alves da Silva, poeta contemporâneo, professor de Língua Portuguesa, Licenciado em Letras Português e Literatura pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, especialista em Gestão, Supervisão e  Coordenação escolar pela FAVENI, tem participação em várias antologias nacionais.

 

SEM COMPARAÇÃO


Não me compare

com o que eu não sou.

Sou eu mesmo.

Sem comparação!

Meu jeito.

Meu cabelo.

Minha cor.

Tudo sou eu.

Como quer o meu criador.

Não me descrimine não!

Não machuque minha mente.

Deixa de desamor!

Vamos!

Ei, preste atenção!

Sou gente!

Sou quem sou!

Sem comparação.


 

AUTOR AKIRA ORDINE


AKIRA ORDINE é um escritor, poeta e músico carioca. Desde cedo apaixonado pela literatura, utiliza a arte como espaço de luta e refúgio, colocando bastante de si em tudo o que escreve. Tem muitos livros, vários deles, verdadeiros amigos.

 

AINDA ESTAMOS AQUI


(Uma homenagem ao belíssimo filme "Ainda Estou Aqui")


O tempo passa

Décadas, meses e anos

Morreram os bons, nós os matamos

E ainda estamos aqui


A memória cada vez se torna mais difusa

Os culpados não são punidos

E ainda estamos aqui


O certo vira errado

O errado vira certo

O quanto isso abala

O seu fanatismo discreto?

Você ainda tem aquele quadro

Do seu herói predileto?


Ainda estamos aqui

Mesmo depois de tanto tempo

Olhando para o nada

Não fazendo nada

Jogando mais sujeira para debaixo do tapete


 

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1 Comment


Belos !!!!💐

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