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REFLEXÕES Nº 140 — 27/10/2024

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

CRIMES SEM CASTIGOS


"Crime e Castigo", de Fiódor Dostoiévski, é uma obra seminal da literatura que explora a complexidade da mente humana e os dilemas morais enfrentados pelo protagonista, Rodion Raskólnikov. Publicado em 1866, o romance narra a jornada de um jovem estudante que, em meio à pobreza e desesperança, comete um assassinato acreditando estar acima das normas éticas convencionais. Através dessa narrativa, Dostoiévski questiona os limites da moralidade e a capacidade de redenção humana.


A mensagem central do livro reside na profunda análise da culpa e da busca por redenção. Raskólnikov acredita que certas pessoas excepcionais têm o direito de transgredir leis morais para alcançar um bem maior. No entanto, sua teoria é rapidamente desafiada pelas consequências psicológicas e emocionais do crime, revelando a inevitabilidade da culpa e a necessidade de autoentendimento. Essa luta interna reflete a tensão universal entre razão e emoção, entre idealismo e realidade.


Transpondo essa mensagem para os dias de hoje, percebemos que muitos dos conflitos apresentados por Dostoiévski ainda são relevantes. A busca por poder e a justificação de ações questionáveis continuam presentes em diversas esferas da sociedade contemporânea, seja na política, nos negócios ou nas relações pessoais. A tendência humana de racionalizar comportamentos antiéticos em nome de objetivos superiores persiste, evidenciando que, apesar das mudanças sociais e tecnológicas, aspectos fundamentais da natureza humana permanecem inalterados.


Além disso, o tema do isolamento e da alienação abordado no livro ressoa fortemente na era moderna. Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, paradoxalmente, muitos indivíduos sentem-se mais isolados e desconectados. A solidão e a falta de empatia, que afetam profundamente Raskólnikov, são questões contemporâneas que afetam a saúde mental e o bem-estar das pessoas, demonstrando que a alienação social é um problema persistente.


A crítica de Dostoiévski à desigualdade social também encontra eco nos tempos atuais. As disparidades econômicas e a injustiça social continuam a ser fontes de tensão e conflito. A obra evidencia como a falta de oportunidades e a marginalização podem levar indivíduos ao desespero e a atos extremos, refletindo desafios sociais que ainda enfrentamos no século XXI.


Outro aspecto relevante é a representação da redenção através da fé e do amor, personificada por Sonia. Em um mundo onde a espiritualidade e as conexões humanas muitas vezes são negligenciadas, a mensagem de esperança e transformação pessoal de Dostoiévski oferece uma perspectiva valiosa sobre a capacidade de mudança e reconciliação interior.


"Crime e Castigo" também nos convida a refletir sobre a ética e a responsabilidade individual. Em uma sociedade cada vez mais complexa, onde decisões morais são frequentemente diluídas, a obra de Dostoiévski reforça a importância da integridade pessoal e da responsabilidade por nossas ações, independentemente das justificativas apresentadas.


Concluindo, a relevância contínua de "Crime e Castigo" demonstra que, embora o contexto social tenha evoluído desde 1866, as questões fundamentais sobre a condição humana permanecem universais. A obra de Dostoiévski oferece insights profundos sobre a natureza humana, incentivando-nos a introspecção e a considerar como podemos aplicar suas lições para promover uma sociedade mais justa e empática.


Será que, em 2024, estamos realmente aprendendo com essas lições ou continuamos a repetir os mesmos erros do passado?


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.

 

SUSPIROS E AGONIAS


Esta não é uma simples carta de amor; é um manifesto solene e distinto, reservado apenas aos corações enamorados.


Cada palavra aqui contida é um pensamento transmutado em sentimento, compreensível apenas pelos que conhecem o verdadeiro amor...


Te amo com uma profundidade que transcende o entendimento.


Teus olhares são como chamas que acendem meu ser, fazendo meu coração disparar em êxtase.


Mas se me negas teu amor, o vazio se expande, uma dor insondável, difícil de conter.


O verdadeiro amor vai além das aparências; reside na essência, nas ações que cativam e encantam.


Te amo sem saber como explicar, apenas sentindo que juntos somos um, como o oceano em sua plenitude. Onde as ondas levam os defeitos e multiplicam o que é bom.


Ponha tua mão sobre meu coração e sentirás a intensidade de meus sentimentos.


Escrevo com suspiros profundos e uma agonia doce; nosso amor é a chama que se aviva a cada amanhecer.

 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

ESCRITA DA VIDA

A escrita — é a utilização de sinais (símbolos) para expressar ideias humanas. É uma forma de nos comunicarmos surgindo em diferentes lugares. Se tornou um apoio para a memória humana. Escrevemos fragmentos passados, revitalizando o presente, narrando nossas coisas e descobertas da vida. Podemos dizer que a escrita é um grande encontro de memórias, tanto as nossas, quanto as com quem interagimos.

Nossos mundos reais e imaginários, escrevem mapas, rotas e caminhos. Escrevemos sobre tantas coisas…

O mar, as ondas, os barcos, tudo faz parte da nossa escrita visual, e com ela vamos para a escrita desenhada, em papéis ou mesmo na areia da praia.

A escrita da vida, nunca envelhece, porque elas trazem o que foi, o que é e o que poderá ser. É um círculo que não fecha, está sempre em dinâmicos movimentos.

E as escritas das palavras felizes?

Nas páginas de um diário de amor?

Nas frases, e nos bilhetes?

Penso que as escritas felizes, se encontram no nosso prazer em poder escrever com a alma e o coração, repletos de amabilidades, afetos, amor e gratidão.

Cada um tem à sua maneira única. Seu talento, competência, habilidade.

No compasso das canetas, cada linha, dando formas as letras, tem o que contar. Escrever nos fortalece a cada dia, é como se cada letra fosse uma estrela guia!

 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

 

REFLEXOS DE UM TEMPORAL


São Paulo

dia 11 outubro

a previsão do tempo

não é nada animadora,

o calor daquela manhã

era um prenúncio

do que estava por vir,

olho para o céu e vejo

nuvens densas se formando,

relâmpagos, trovoadas

e o vento forte

é um prenúncio

do caos que está

se formando,

a periferia fica

apreensiva e reza,

enquanto a burguesia

desdenha por trás

dos muros altos.


O vendaval se espalha

pela cidade

e vai arrancando

o telhado das casas

e dos galpões

que se tornaram leves,

igual papel,

os alagamentos começam

a surtir efeito deixando

os bairros

de baixo d’água,

e a partir daquele instante

o trânsito passou

a ser caótico,

com os pontos

cada vez mais lotados

e com os ônibus

demorando cada

vez mais,

e entre a chuva

de raios

e o vendaval

a queda de árvores

é inevitável.


Depois de duas horas

de chuva torrencial

e uma ventania

de mais 300k

por hora,

o final não poderia

ser diferente

um amontoado

de árvores que

foram arrancadas

do chão pela ventania

e acabou atingindo

a fiação elétrica

de vários bairros

que agora estão

sem energia,

e desde os pobres

da periferia

até nobres

da burguesia

todos estão

na escuridão.


Enquanto isso

a prefeitura

e a Enel travam

uma batalha

jogando a culpa

um no outro,

e como estamos vivendo

época de eleição

aqueles que estão

tentando assumir

o poder sobem

em palanque

e discursam dizendo:

que são a solução

para resolver esse

problema mas depois

que eles ganham

vem o mesmo dilema.


Mas nós sabemos

que grande parte

dessas promessas

feitas em campanhas,

acabam não se concretizando

depois que eles alcançam

o poder pleno,

e nesse jogo

de empurra, empurra

hoje já é dia 15

de outubro

e até agora inúmeros

bairros estão padecendo

sem energia há 5 dias,

moradores perderam

seus mantimentos

e estão isolados

sem o mínimo

de comunicação,

comerciantes

que além de

perderem tudo,

estão sem faturar

e isso para

quem paga

o seu imposto

em dia é de amargar.


E nos últimos anos vivemos

com o descaso da Enel,

que até hoje não explicou

o motivo do último apagão

que ocorreu em agosto de 2023,

quando a empresa

foi multada,

porém, estranhamente

a justiça não só

suspendeu a multa,

como proibiu o governo federal

de colocar a empresa Enel

no cadastro de devedores.



E mesmo com o descaso

total dessa empresa

que há anos vem

prestando um serviço

de péssima qualidade,

o governo federal

através do presidente

já acenou para

a Enel a possibilidade

de renovação de contrato

junto a empresa,

e aqui vale as

seguintes reflexões,

como uma empresa

que já demonstrou

a sua incapacidade

de atendimento

à população,

e causou diversos

prejuízos a nossa sociedade,

o que leva a justiça

a suspender uma

multa milionária,

que foi aplicada

nessa empresa,

e proibir o governo

de colocar essa

empresa no cadastro

de devedores,

e como o nosso presidente

ainda quer renovar

o contrato com

essa empresa.


 

AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

 

CAMINHOS DO CORAÇÃO


Autor: J.L. Gomes


Para tudo há um caminho,

Há o caminho da fé,

Trilhados por Jesus de Nazaré,

Há os caminhos das almas,

Que Chico Xavier,

Com toda sua calma,

Não sendo um homem qualquer,

Deixou em seus livros,

Os caminhos a ele transmitidos.


Há os caminhos para chegar ao coração;

Onde o sangue faz sua missão;

A ciência nos explica,

Os médicos os triplicam.

Até presencialmente,

De um jeito especial,

Numa sala de operações.


Mas o caminha que venho dizer;

São caminhos inexplicáveis,

Que também não podem ser palpáveis;

Não existe um lugar, ou caminho certo;

E decerto,

Nunca haverá caminhos para esta explicação.


O Caminho do coração,

De alguém apaixonado,

Esta é uma dura lição,

Deixa até um homem desesperado,

Quando sente que é rejeitado,

Pelo coração de uma mulher.


Dizemos que o amor vem do coração;

Mas a realidade,

É que não existe esta possibilidade;

Por ser um órgão humano,

Mas as tristezas das partidas,

Chegam a ser desumanas,

Ao ponto de uma breve parada.


Aos caminhos do coração,

Que quero mencionar,

Começam na alma,

Algumas vezes, de pessoas carentes;

Em busca de uma paixão.


As despedidas nos deixam doentes,

A fé torna-se fervorosa;

Tudo por uma vida amorosa,

Que transforma casas em lares.


Mas este amor,

Que está em nossa alma,

Na cabeça é frequente,

Mas quem sofre, na verdade;

São pessoas que se acham videntes;

E se deixam enganar,

Pela companhia frequente,

De um corpo presente,

Mas com a mente em outro lugar.

 

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

 

NOVO DIA


A lua se escondeu,

As estrelas pararam de brilhar,

O céu escureceu,

O firmamento é puro breu.

Que bom, o dia amanheceu!


Os raios de sol despertando,

Acordo bocejando,

Inicio o dia orando.


Agradeço a vida,

A família, o trabalho...

Peço a Deus coragem,

Força e sabedoria

Para enfrentar o novo dia.


Corpo fatigado,

Agora descansado,

Espírito renovado.

Sigo o novo dia

De modo animado.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

ALMA AO VENTO


O vento sopra meu rosto

Nesta manhã serena de primavera

Vou ao encontro do dia

E me sinto guiada pelo canto dos pássaros.

Sorrio ao deslumbrar a beleza dessa natureza

Que me cerca em todo meu caminhar

E mesmo com a chegada repentina da chuva

Deixo esse momento sublime

Me embalar ao ritmo de uma dança leve e calma

Sentindo que minha alma se eleva

Ao soprar do vento em meu rosto...


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

LUXO É SABER VIVER

Nunca uma frase antiga foi tão atual como “Luxo é saber viver”.

Nos encontramos em uma época da vida onde pessoas se preocupam muito com bens materiais: carro chique, celular última geração, casas que precisam ter piscinas, e outros bens que muitas vezes nos fazem mal.

A preocupação constante em termos aquilo que desejamos, mas nem sempre precisamos, nos leva a uma ansiedade desnecessária, afinal acreditamos que devemos ter o que os outros tem.

O pior de tudo é que ao invés de ficarmos felizes pela conquista alheia, nos retorcemos por não conseguirmos o mesmo.

Perdemos tempo em conquistar coisas que muitas vezes não são para nós, mas para os outros tem grande serventia.

Queremos conquistar a conquista alheia, mas não percebemos os sacrifícios feitos para que tenham conquistado. Como o velho ditado diz: “todo mundo vê as pingas que tomam, mas não os tombos que levam”.

Me lembro uma vez de estar andando na rua com um amigo, e ao ver uma frase colada no vidro de um carro, a li em voz alta: “A inveja é uma merda”. Logo em seguida meu amigo fez um trocadilho interessante: “Merda é não ter o que a inveja quer”, e assim caminha a humanidade.

Não percebemos que luxo é sabermos viver com aquilo que temos, não nos importando com bens materiais em demasia.

Para que fique bem claro, não sou contra termos carrões, celulares de última geração ou uma casa com várias suítes, piscinas, vagas para mais de cinco carros. Posso ter muitos defeitos, mas a hipocrisia não faz parte da lista.

O que penso é que não devemos nos entristecer por não termos, já que a culpa por não termos, muitas vezes se atribui ao fato de nem tentarmos conquistar.

Com o passar do tempo percebemos que luxo é podermos caminhar sem auxílio, respirar sem aparelhos e podermos comer e beber o que desejamos.

E na minha humilde opinião, meu maior luxo, é ter por perto as pessoas que amo.


 

AUTOR AKIRA ORDINE


AKIRA ORDINE é um escritor, poeta e músico carioca. Desde cedo apaixonado pela literatura, utiliza a arte como espaço de luta e refúgio, colocando bastante de si em tudo o que escreve. Tem muitos livros, vários deles, verdadeiros amigos.

 

A MORTE DE UM POETA


(Homenagem a Antonio Cicero)


Quando morre um poeta...

Hoje em dia todo mundo esquece


Morreu um poeta, mais um

Estamos caminhando a passos largos

Para um mundo sem nenhum


Mesmo com toda a resistência

Vejo-me perguntando

Como um mundo sem poetas seria

Mesmo que a poesia já esteja morrendo

Todos os dias


Matam até mesmo poetas em vida:

Mataram Arnaldo Antunes, Chacal

Augusto de Campos

Tom Zé (o último tropicalista)

Arnaldo Baptista

Nelson Rodrigues só vive pros tricolores

Vinicius de Moraes morreu antes de morrer

Noel Rosa nem te conto

Chico Buarque...


Quantos poetas restam?

Eu sou um deles

Vou morrer algum dia

Espero não virar estatística


 

1 comentario


Stella Gaspar
Stella Gaspar
28 oct 2024

Textos com fortes expressões e palavras, que elevam nossos pensamentos. Uma riqueza de diversidades e sentimentos. Parabéns, queridos escritores. 😍🤗

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