REFLEXÕES Nº 28 — 10/07/2022
- Luiz Primati
- 10 de jul. de 2022
- 12 min de leitura
Grandes escritores, grandes reflexões. Aqui, todas as vozes podem se expressar.
Leia, reflita, comente!

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Bônus Track
MENOPAUSA SEM PAUSA
por Betânia Pereira
IG: @btannia
Quando meu corpo entrou na quarta estação, os homônimos em plena ebulição resolveram ter uma queda brusca. Queda Brusca? Sim… Uma terrível baixa me fez refletir sobre tudo que eu havia construído até aqui, se eu realmente estava feliz e quanto tempo ainda me restava para realizar novas e velhas coisas. Envolvia-me uma liberdade, um superpoder até então desconhecido que me dava asas, me permitia. Mas a sensação de impotência era evidente. Os olhares sobre mim e a imagem no espelho me mostravam que a sociedade cobra e não paga. Idoso tem espaço limitado. Idade produtiva significa que produz e se não produz não serve.
Enfim, corri para a academia, disparei nos suplementos e complementos, me olhei no espelho e vi rugas surgindo, algumas acentuando. Botox resolve? Temporariamente, as dores externas refletiram internamente, muita coisa doía dentro. O fato de não ser mãe, de não ter um espaço para chamar de meu.
Sou TDAH (Transtorno do deficit de atenção com hiperatividade) e o climatério me deixou bem mais difícil para conviver. Meu corpo ainda mais desanimado e o mundo se tornaram enfadonho. Dias de cansaço extremo. Inquietação falta de concentração, ansiedade, me senti perdida no caldeirão, pronto para a masmorra. Precisava reverter. Precisava curar dores internas e externas. Correr e parar. Mas ainda havia tempo?
Muitas mulheres irão se encontrar nas linhas acima, e os homens também encontrarão aí suas esposas, mães, irmãs, etc., o temido evento da menopausa (A menopausa é uma fase da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural da menstruação) quando chega na vida de quase todas as mulheres, a sensação é bem parecida, de que tudo vira de cabeça para baixo. Literalmente, inicia aí, uma nova vida: sem cobranças, com cuidados (a impressão que se tem é de uma corrida de são silvestre tentando recuperar tudo que se perdeu) as oscilações hormonais trazem diversas dificuldades a serem enfrentadas pelas mulheres interna e externamente: a baixa autoestima e o olhar atravessado da sociedade gera um misto de sentimentos que se não forem trabalhados adequadamente trazem prejuízos a vida da mulher. A ideia mesmo é sair da rotina e iniciar. Iniciar novos projetos, cuidados, e ter um olhar empático sobre si. O sentimento de incapacidade, de fim de linha não deve ser a prioridade de ninguém, se acolher é fundamental.
Por mais natural que seja falar de menopausa, ainda é tabu, mesmo com todos os avanços da medicina, voltados para amenizar tanto seus sintomas típicos, quanto o aumento da expectativa de vida de modo geral, ainda é temida pelas mulheres, seja pelo desconforto causado pela queda hormonal, ou até mesmo pelos preconceitos (Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério, ou imparcial) que envolve o sexo, e outras rotinas na terceira idade.
A menopausa não é o fim, é uma passagem, um ciclo como todos os outros. Para algumas mais leves, para outras nem tanto. Podemos e devemos aproveitar as pausas, mas sem pausas que possam prejudicar o cotidiano. As metamorfoses são necessárias, mas você escolhe se vai continuar no casulo ou tomar posse das asas e voar.
ISOLAMENTO
por Joana Rita Cruz
IG: @joanarc_poetisa
É muito fácil para o poeta
Isolar-se na sua poesia
Ver os versos como amizades
Refugiar-se nas estrofes
Que surgem da epifania.
A folha em branco
É a mais frequente presença
O absoluto ponto seguro,
Aquela entidade que o impede
De entrar em decadência.
E o poema é uma entrada
No diário e é a fofoca do dia
Para quê procurar drama
Quando se pode criar tudo
Numa poesia.
Como poeta me refugiei
Mas nem na folha branca
Me despi
Os meus pensamentos
Quase me puseram insana.
E hoje em dia vejo a porta
É de carvalho nobre
Com maçanetas de ouro
Não tem ar de pobre
Nem ar de novo.
É a porta para a realidade
Da qual nos meus versos
Inconscientemente
Me escondi.
Knock-knock
DE LOUVAR EXISTIREM SERES COMO TU NA TERRA
por Joana Pereira
IG: @temjuizo_joana
Nasceste a achar que a felicidade dos outros depende de ti. Carregas isso às costas, com muito sacrifício. Sacrifício. Sacrificas a tua própria felicidade em prol dos que amas. Mesmo tendo perfeita noção disso, continuas. Num masoquismo a que estás habituado e que é o teu estado usual, o confortável, onde aprendeste a morar.
De louvar existirem seres como tu na Terra.
Vives para ver sorrisos à tua volta, dependendo o teu sorriso disso.
Com um sorriso tão bonito e genuíno, que podia ter mais vezes vida própria, vive atrelado a vontades alheias, a privilégios que são de todos, menos teus. Num sorriso tão altruísta, que o torna ainda mais mágico.
Com o mundo às costas, não só o teu, mas o de todos. Vives a felicidade dos outros como sendo responsabilidade tua. Não é. Ensina-os a saberem ser felizes com o muito que levam dentro. São dependências que não vais conseguir suportar a longo prazo.
Tens medo de falhar. Quem não teria? Com tantos encargos. Esqueceste que só vives esta vida e que é vivida pelo teu corpo, pela tua essência, não através dos outros.
E vais falhar. Mas tu sabes que não falhas. E por não gostares de falhar, intensificas ainda mais o teu estado de alerta, prostração e de inquietação. Que te desgasta, que te deixa exausto.
De louvar existirem seres como tu na Terra, ainda assim, gabo-te a coragem, a determinação e, mais que tudo, o custo.
Vives sobe a benevolência do que é o amor e não vives o amor em si. Numa sabedoria de saber dar demais sem deixar receber. Porque, ainda assim, achas-te pouco merecedor de o receber. Um sufoco que poucos aguentariam. Um sufoco cheio de expectativas voltadas na tua direção, que entopem o canal de entrada, o de receber.
No meio de tanto aperto, aprendeste a ser forte, a ser perspicaz, a ser os que os outros precisam que sejas. E esqueceste-te que ainda vives dentro de ti. Esqueceste-te que existes e que tens tanto potencial camuflado por todas essas camadas de tarefas pesadas que te sentes condenado a carregar.
Não sei quem te incutiu tamanhas responsabilidades. Acredito que sempre te sentiste capaz, porque sabes que és. Mas dá medo ser tanto para tantos. Dá medo colocar tanta energia e foco nos outros e achares que não é retribuída da mesma maneira. Porque cada um dá o que pode/consegue/quer dar. E tu, por dares tanto, por reconheceres em ti tamanho sacrifício, assumes que a retribuição nunca será suficiente.
Tratas com tanta delicadeza e compaixão os que amas e esqueceste, com a mesma delicadeza e compaixão, de te amar a ti. O amor por ti, esse sim, deveria ser suficiente, se reconhecesses o mesmo talento e mestria que eu distingo em ti.
Ainda assim, é de louvar existirem seres como tu na Terra.
CLARICE
por Simone Gonçalves
IG: @apoetizar_se
A tarde seria demais!
Uma conversa nos levaria embora, embalada com um café de primeira.
"A senhora da sabedoria sobre as mulheres"...
Talvez ela ficasse um pouco chocada,
com a realidade de hoje.
Mas, com certeza ela daria
uma lição de moral, de conduta
e até altas gargalhadas
não deixaria de lado sua autenticidade
como também sua doçura
orgulhosa por fazer parte de um mundo revolucionário...
Mas já garantindo para um próximo
capítulo de sua história
deixar registrado em poema
algo sobre a loucura que está vivendo nesse mundo
com uma pitada de seu belo olhar cheio de mistério...
A TAMPA CERTA
por Arléte Creazzo
IG: @arletecreazzo
Quando jovens amamos e deixamos de amar com muita facilidade.
Encontramos alguém e saímos dizendo ao mundo: ela é a pessoa da minha vida, com essa pessoa passarei o resto de meus dias. Isso dura em torno de 1 a 6 meses (se chegar a tanto).
Muitas vezes entram pessoas em nossas vidas (quando jovens) que juramos naquele momento – agora acertei, agora sim, encontrei a pessoa certa. E lá se passam dois meses e a pessoa certa se mostra errada, o príncipe se transforma em sapo e a princesa vira uma ogra.
Será que exigimos demais das pessoas? Será que existe mesmo a tampa certa para toda panela?
Dizendo isso olho para meu fogão onde fervo algo que está “brigando” para sair de dentro da panela. Corro para pegar a tampa para que nenhum estrago aconteça. Não encontro a “tampa certa” e trocar de panela daria muito trabalho, então alcanço uma tampa que não tem o tamanho certo, mas “servirá” ao propósito.
Então observando a situação em meu fogão, vejo uma panela cuja tampa não se fecha totalmente, fazendo com que parte de seu conteúdo transborde fora.
Mas ao terminar a fervura, percebo que a panela cumpriu sua função de ferver e a tampa de não permitir que transbordasse todo o conteúdo.
Acho que o amor maduro é exatamente isso: panela e tampa que não se encaixam, mas juntas “cumprem seu objetivo”.
Com a maturidade aprendemos que as pessoas não precisam ser como nós, pensarem como nós; apenas precisam ter o mesmo objetivo, ou seja, de que a união dê certo.
O bom da maturidade é percebermos que o diferente é bom, o diferente nos faz pensar fora da caixa.
Duas pessoas com modos de vida diferentes, educações diferentes, tendo que pensarem em conjunto, unificando objetivos.
Não estou falando em anulações, já que quando se fala em uma união dar certo, a primeira coisa que se pensa é que alguém na relação tem que se anular (isso deve funcionar para um amor não maduro), estou falando em doação. Doar um tempo àquela pessoa a quem você escolheu para ter uma vida em comum. Não há como viver à dois, sozinho.
O amor maduro é justamente entender as diferenças e conviver muito bem com elas (ou quase isso) , é tornar-se um só entendendo a individualidade de cada um. Afinal duas cabeças sempre pensam melhor que uma.
A maturidade é ótima porque nos tira do ombro a necessidade de buscarmos a perfeição.
Mas o amor maduro pode ser um amor que também nos ensina que podemos viver sós. Que não precisamos de um príncipe encantado ou de uma princesa submissa. O amor maduro nos ensina que devemos nos amar, para que consigamos amar o próximo.
“Amar ao próximo como a si mesmo” – como então amar o próximo se não me amo?
Não é egoísmo, é entendimento, é maturidade.
Não preciso ser perfeita, ter realizado todos os meus sonhos para ser feliz, o que preciso é entender as minhas imperfeições e aproveitar tudo o que me é possível.
Maturidade não é ser realizado com um emprego fantástico, realizações de grandes sonhos ou um relacionamento duradouro e incrível. Maturidade é conseguirmos nos ver como realmente somos, incapazes de sermos perfeitos e dentro dessa nossa imperfeição, nos aceitarmos.
Eu me amo e me amando consigo me entender e me entendendo consigo entender o próximo.
O amor me permite tirar dos ombros o peso do que deu errado, do que ficou para trás e seguir em frente e sem esse peso torno o caminho mais leve e com muito mais espaço para novas oportunidades.
Posso me amar sim, sem culpa e sem pressa, porque demora para percebermos que somos merecedores de amor.
O amor maduro nos realiza já que nos ensina a nossa forma de amar.
A tampa da minha panela? Posso ser uma frigideira e continuar junto com todas as outras panelas em perfeita harmonia, fazendo o que posso fazer de melhor.
NÃO QUERO ME ESQUECER
por Stella Gaspar
Não quero me esquecer do tempo, do que escrevi em segredo.
Lembrando-me, olhando-me eu posso ter infinitas fotografias, colecionadas no álbum da minha vida, que fiz questão de viver, com os meus desejos de me imaginar.
Nas escolhas que faço, e no amor que amo.
Não quero me esquecer, porque eu aprendi a ser, a sorrir sentindo uma liberdade vitoriosa. Sendo vida que segue, que sonha com pedacinhos de céu em meus caminhos.
Diante do mundo, escrevo tudo que o meu jeito de escrever, gosta de dialogar. Neste momento, recordando os diálogos de Platão: o homem não muda a sua essência, ele deve sempre procurar o equilíbrio, o amor e a justiça.
Hoje, com tantos estímulos em nossas relações humanas, o nosso panorama de sentir, de reler o mundo não deve ter fronteiras com limites para desenvolver a nossa humanidade e amorosidade, também a nossa capacidade de refletir, que precisamos não nos esquecer para sermos à nossa própria reflexão e autoria.
Não quero me esquecer.
Quero cuidar de mim, para cuidar do outro, não quero deter o meu saber e sim desenvolver a escuta sensível no meu coração e alma. Ser sabendo viver o que o real da vida nos submete.
Não se esqueça de você, seja o grande amor da sua vida, e a sua grande esperança. Busque potencializar o seu potencial de florescimentos, investindo nas dimensões do corpo, da alma e do coração.
Realmente, uma pergunta: quem sou eu?
Eu sou o meu inesquecível.
DE FATO, SÓ AS MÃES SÃO FELIZES
por Miguela Rabelo
IG: @miguelarabelo
E mãe é a primeira acordar
e a última a dormir.
E entre um afazer e outro,
Se desdobra em mil
para assim a vida
Não lhe caber
e conter...
E entre um corre
E outro...
Uma lágrima
Suada assim
Escorre...
Que misturada
Aos temperos,
Cozinha mesmo
cansada os mais
Saborosos pratos
Que se empilham
A abarrotar a pia
De lamentações
E emoções...
Mãe guerreira
Que de uma lida
A outra
Escreve suas memórias
Nas roupas a quarar
Na brisa gélida
Que namora
Pela janela
A admirar
As flores que caem
Na rua a decorar
Seus sonhos
A divagar que dias melhores
Ainda virão...
UM SORRISO
por Lucélia Santos
É incrível como um sorriso transmite paz e tranquilidade. É uma manifestação dos lábios, quando os olhos encontram o que procurava o coração. Reflete uma incrível beleza interior.
Com um sorriso, da até para pedir desculpas, para dizer o quanto de carinho se sente.
O sorriso verdadeiro faz os olhos brilharem, se doado com total entrega, faz a tristeza viajar.
Iniciar o dia com um sorriso nos lábios, eleva a positividade, nos dá força para respirar fundo e lutar, a passar por cima de um dia ruim e continuar.
Ser recebidos com um sorriso, dá vontade de ficar, sorrir com os amigos faz bem, ele expressa o que há em nós.
O sorriso é uma marca registrada, é único, uma lembrança eterna. Ninguém esquece um sorriso, se reconhece em qualquer época ou lugar, dele até sentimos saudades, ainda mais se fizer barulho.
Sorrir em situações difíceis, nos fortalece e enriquece.
Semear sorrisos ajuda-nos a buscar coisas boas e bons momentos.
Mesmo com um nó na garganta, sorrir devolve o nosso brilho. Ele é feito um abrigo que carregamos para onde for.
Um sorriso envolve e fascina, alegra o coração, nos mostra a direção.
Devemos mostrar o nosso sorriso, para abrilhantar ao nosso redor, mandar embora um clima triste e jamais se sentir só.
AQUILO TUDO QUE EU NÃO DISSE
por Luiz Primati
IG: @luizprimati
Dizer tudo que se pensa não é benéfico para nós. Guardar rancor, engolindo “sapos” menos ainda. Então como fazer para encontrar o equilíbrio?
O homem é o único ser que se comunica inteligentemente. Quando conseguimos articular as palavras com ideias organizadas, dominamos o planeta, inclusive conseguimos abater animais ferozes, dez vezes maiores que nós. Isso tudo graças à comunicação verbal.
Toda essa conquista é louvável. No entanto, continuamos nos comunicando mal quando o assunto é relacionamento pessoal.
É difícil segurar a língua quando estamos com raiva. Pelo instinto, assim que ouvimos algo que não gostamos, rebatemos imediatamente, dizendo frases que depois nos arrependeremos.
Na véspera de Natal, logo pela manhã, recebi várias mensagens negativas e, uma delas, de um prestador de serviços. Comuniquei-lhe que a partir do ano de 2022 eu não utilizaria mais seus serviços. Ele ficou muito irritado e me ofendeu, dizendo muitas coisas pesadas: que eu era ingrato, que cuspia no prato que tinha comido e outras palavras que prefiro não repetir. Parei, analisei o que ele me disse e cheguei à conclusão de que não fiz nada de errado. Tudo que ele disse ter feito por mim, foi através de um acordo comercial. Eu o pagava mensalmente para ele fazer o que eu pedia e se não fosse sua obrigação, deveria ter dito. Eu poderia ter respondido-lhe com muitos xingamentos, mostrando que ele estava errado. Porém, resolvi me calar, pois de nada adiantaria descer no nível dele.
Belo gesto, não?
No entanto, quando veio a noite de Natal, tive uma discussão em família, por motivo torpe e não resisti, respondendo de pronto. Deveria ter agido como fiz anteriormente e não consegui. Então como podemos achar esse meio-termo e viver em harmonia?
Fui atrás de entender o problema e listo alguns pontos que achei interessante seguir:
Se estiver sentindo raiva e não consegue se controlar, não faça nada. Depois que as coisas serenarem, procure a pessoa e dialogue com calma e ponderação;
Use o espelho e diga a si mesmo o que dirá à outra pessoa. Se você aceitar o que vai ouvir, então poderá dizer ao outro;
Respire fundo. Isso parece frase feita e não é. O fato de inspirar e expirar faz nossa mente e corpo se acalmarem. Discutir no calor da emoção só piorará as coisas;
Elimine palavras negativas de seu vocabulário. Essa é a parte mais difícil. Quando sentimos raiva, no auge de uma discussão, dizemos as palavras que mais causarão impactos na pessoa que nos dirigimos. Essas palavras, na maioria das vezes, são as piores e sempre causam mágoas profundas. Evite-as, eliminando-as de seu vocabulário;
Aprenda a escutar. Ouvir é mais importante do que falar. Quem sabe ouvir, quando fala, também é ouvido. Temos uma necessidade de sermos ouvidos e para isso não nos importamos com o que a outra pessoa está dizendo. Precisamos nos controlar e ouvir. A mesma ansiedade que sentimos quando queremos falar algo ocorre com a outra pessoa. Enquanto você escuta, ganha tempo para responder e ao final, se não responder nada, terá falado muito.
Bem, parece uma resolução de Ano Novo, não é mesmo? Garanto que não é.
Procuro a cada dia me policiar e melhorar. É muito difícil e sinto que venço as barreiras muito lentamente.
Temos que nos tornar um pouco psicólogos e dizer: “Fala que eu te escuto”.
O INVENCÍVEL
por Antônio Carlos Machado
IG: @machadisses_ac
Nada vence o amor, posto que este, está a par do mundo existente e vivente.
Este, o amor, sempre prevalece ante o tudo e mesmo ante o que ainda não existe.
Amor de fato e não só de direito, porque amor não se clama nos tribunais.
Amor é e está fora dos parâmetros que se criam;
Amor nasce e pronto.
Ali se põe, sem condição alguma.
Amor é o absoluto que não se contesta, até porque seria besta fazer isso.
É como o pensamento, uma vez tido se acaba a pensação e nada mais.
Se reconhece, se contradiz por ser humano e basta.
Ama-se sem mais.
Mais dele não existe, mas não sei.
É tudo dele e é isto.
AUSÊNCIA
por Wanda Rop
Quando perdemos alguém
Seja um amor ou um ente querido
Nosso coração se sente perdido
Podemos sentir a dor de maneiras diferentes
Em momentos diferentes
E compreender que talvez nunca vamos entender
A experiência da perda pode ser um choque
Causando grande dor, tristeza e angústia
Algumas pessoas acham difícil
E outras até impossível
Será que podemos superar a dor do luto
A ausência de quem amamos
Experiência traumática
Conseguiremos parar de pensar?
Oh dor intensa que habita meu lar
A saudade intensifica o amor
De quem em vida me abraçou
NOSSOS COLUNISTAS
Da esquerda para a direita: Joana Rita Cruz, Luiz Primati e Joana Pereira. Depois Lucélia Santos, Antônio Carlos Machado e Simone Gonçalves. Depois Arléte Creazzo, Stella Gaspar e Miguela Rabelo. Por último Wanda Rop e Betânia Pereira.
Parabéns Colunistas!
Como são ricos esses textos. Eu os leio e me apaixono cada vez mais! 😍😍😍
Parabéns pelas belas reflexões.
Belas reflexões. Parabéns a todos. Betânia, seja bem-vinda ao nosso blog.