ESTÓRIAS DO VALLETINHO Nº 12 — 20/11/2022
- Luiz Primati
- 19 de nov. de 2022
- 3 min de leitura

A Valleti Kids tem a honra de apresentar a 12° edição do caderno ESTÓRIAS DO VALLETINHO.
Os colunistas Alessandra Valle e Luiz Primati, apresentam contos para crianças, jovens e famílias.
Querem conhecer a infância de mais uma personalidade com dom inato? O conto de Alessandra Valle vai apresentar NATASHA menina que desde cedo descobriu a importância de sorrir e ser feliz.
Vamos nos encantar com as ESTÓRIAS DO VALLETINHO desta edição.
Mães, pais, responsáveis e educadores encontrarão boas estórias para divertir, educar e entreter a criançada.
Aos sábados, quinzenalmente, uma novidade da Valleti Kids.
Alessandra Valle

AUTORA ALESSANDRA VALLE
Alessandra Valle é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 — A MENINA BEL E O GATO GRATO — o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.
O SORRISO É CATIVANTE
Natasha está sempre em movimento, seja brincando, dançando ou sorrindo.
Parece estranho falar que alguém se movimenta ao sorrir, mas é verdade. Quando rimos, movimentamos doze músculos faciais.
Esse movimento é a marca desta menina que é amável, simpática e adora ver os outros sorrindo.
Durante as brincadeiras como queimado, taco, pique-bandeira ou no esconde-esconde, Natasha está sempre transparecendo a sua alegria e animando os amigos.
— Hoje, que tal brincarmos de boneca, casinha e depois, de panelinha, com direito a mexer na terra e na florzinha? — convidava a sorridente menina.
Em casa, a família já havia notado o sorriso cativante de Natasha e no intuito de manter a autoestima, sua mãezinha sempre lhe dizia:
— Minha filha, você tem uma energia boa, cheia de luz e de vida. Você ilumina nossa casa, sorria sempre.
Natasha não compreendia as palavras de sua mãe, mas sentia a amabilidade que lhes eram dirigidas.
Certa vez, enquanto familiares brincavam ao redor da piscina, a sorridente menina viu a irmã Nicolle cair e quebrar o dente. Naquele instante, a alegria de Natasha se perdeu e o choro compassivo se fez presente.
A mãe e o pai não sabiam ao certo quem deveriam acudir primeiro, pois ambas as filhas estavam chorosas.
É claro que Natasha informou aos pais sobre o tombo da irmã e solicitou socorro, pois estava ferida.
A primeira providência a ser realizada pelos pais foi de levar a filha Nicolle ao dentista, mas Natasha fez questão de acompanhá-la, para garantir que a alegria se restabelecesse na vida da irmã.
Ainda bem que o dentista que foram visitar é pessoa conhecida e íntima, pois é avô das meninas.
Ao chegar no consultório, o avô já estava aguardando Nicolle, pois fora informado sobre o acidente e preparou o ambiente para que estivesse o mais descontraído possível.
Recebeu as meninas com alegria e levou Nicolle até a cadeira odontológica, permitindo que Natasha os acompanhasse, pois percebera a inquietação e tristeza da neta que não estava sorridente como antes.
Antes de iniciar os procedimentos em Nicolle, o avô percebeu que Natasha olhava atentamente para todos os aparelhos e instrumentos que utilizava.
Foi então que a curiosidade de Natasha despertou e uma sequência de perguntas iniciou:
— Vovô, para que serve isso? Qual é o nome disso? Isso parece ser bem legal, posso usar? — tagarelou a menina de olhos brilhantes e esboçando o sorriso novamente.
Após breve explicação, o avô pediu que Natasha aguardasse na recepção do consultório até que ele pudesse examinar e reparar os danos sofridos pela neta Nicolle.
Natasha atendeu ao pedido do avô, mas antes de sair da sala de atendimento se aproximou de Nicolle e sussurrou:
— Vai ficar tudo bem e seu sorriso voltará a ser cativante — disse carinhosamente à irmã, dando-lhe um beijo na testa em seguida.
Já na recepção, inquieta, ficou e não conseguia permanecer sentada. Folheou uma revista, mas nada lhe chamou a atenção. Foi quando ouviu o som da música na rádio que tocava e relembrou os momentos felizes ao redor da piscina, as brincadeiras e sorrisos de todos, principalmente, da irmã.
A música proporcionou alegria à Natasha, que logo pôs-se a dançar e cantar por tempo que não soube precisar, tendo parado apenas quando o avô abrira a porta da sala de atendimento e pode ver Nicolle, de pé, voltando a sorrir.

Homenagem à Natasha Ajuz
Instagram: @dranatashaajuz
Aprendo muito e me inspiro cada vez mais ao escrever contos sobre personalidades com dons inatos. Compartilho com vocês essa experiência literária. ❤️✍️📚