BECO DOS POETAS Nº 105 — 19/06/2025
- Luiz Primati
- 18 de jun.
- 9 min de leitura
Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.
O SILÊNCIO FERE MAIS QUE MIL PALAVRAS
No princípio, quando a mágoa nos atravessava, nossas vozes rugiam como felinos acuados, disparando palavras em rajadas descontroladas, como uma metralhadora cega pela fúria. Eram dardos envenenados, lançados sem mira, que feriam a nós dois.
Com o tempo, porém, aprendemos a engolir o veneno. Trocamos as explosões por silêncios gélidos, pesados como névoa em um pântano. Achei que o silêncio seria refúgio, uma armadura contra palavras que poderiam nos partir. Enganei-me.
O silêncio não protege; ele racha o coração em segredo. Congelei, minha amada, com medo de que uma sílaba mal colocada te afastasse para sempre. Calei o que sangrava em mim, escondi as feridas que tuas ações, sem querer, abriram. E, nesse vazio de palavras, deixei-te acreditar que meu amor havia secado, como um rio traído pela estiagem.
Devíamos ter construído pontes com nossas verdades, mesmo que trêmulas, mesmo que frágeis. Devíamos ter dito, com a coragem dos que amam, o que nos doía, o que nos incendiava. Mas escolhi o silêncio, e ele nos envolveu como um manto de gelo, selando nosso fim.
Hoje, sei que calar pode ser sabedoria, mas calar o que implora para ser dito é sepultar o amor vivo. Minha amada, perdoa-me pelos silêncios que te fiz ouvir. Eles não eram vazio, mas um grito mudo do quanto te amei — e ainda amo, mesmo que o tempo tenha nos desenhado em páginas separadas.

AUTORA STELLA GASPAR
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
LEMBRANÇAS
Lembrar de ti.
É sentir o perfume da tua alma.
É sentir a ternura de teu amor.
Pensando em ti.
A minha vida brilha.
Sonorizada por uma sinfonia.
De amor e paixão.
Tua vida, abraça a minha.
Sinto um horizonte se abrindo.
E juntos, seguimos.
Caminhando por mundos.
Onde o amor é bem-vindo.
Lembranças dos nossos mimos.
Nós dois mimados, com semânticas.
Dando significados ao nosso amor.
Possível, sorridente e encantador.
Acredite em mim.
Você é o centro.
Do meu mundo

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
UM VAZIO SEM NOME
Na batida do meu coração,
sinto um vazio em meio a
um espaço que não consigo
preencher, uma ausência
inexplicável, destemida e
implacável que revela
uma dor sem sentido.
Em busca de luz, eu faço
um clamor por respostas
em meio à escuridão que
lentamente está me levando
para um caminho incerto,
onde sinto a dor do
abandono em meio
à fragilidade humana.
Sinto um vazio sem nome e
preciso de confiança para
realizar um gesto coragem
que me faça soltar voz
diante dessa luz, que
quer me conduzir por
esse caminho árduo
que tenho a percorrer.
E caminhando pela noite escura
em meio ao deserto, eu me apego
a fé que tenho em Deus que sempre iluminou o meu
caminho me confortando
diante dessa dor que
está me afligindo.
Mas Deus é o nosso refúgio
em um dia de sol ou em um
dia de tempestade e nele
posso ancorar a minha
alma e encontrar a
resposta para esse
vazio sem nome
que me consome.

AUTOR WAGNER PLANAS
Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
O MEDO QUE ME SEGUE
O medo que me segue talvez seja causado pela minha introspecção, diante de cada situação.
Às vezes tentamos poupar pessoas amadas da dura realidade, e ganhamos a amargura de uma situação.
E mesmo que andemos no vale da morte, temos que contar com a sorte, com sabedoria, para seguir em frente, diante dos desafios.
Quando não, na ânsia de poupar machucar sentimentos alheios, o tempo se encarrega de fazê-lo isso.
Somos julgados e culpados por tentar ser doces, em um mundo de amargura.
Nos tornamos pessoas absurdas, que tenta evitar situações, usando sentimento e corações, mas a verdade sempre vem para tudo destruir.

AUTORA ILZE MATOS
Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
LÁ ONDE SE FAZ POESIA
E lá vai para o rumo de lá.
Lá, onde é longe.
Lá é perto.
Lá é mais ou menos.
Lá nem é tão perto
e nem é tão longe.
Lá é cá.
Cá é lá.
Tanto faz.
Faz muita é…
poesia — isso sim.
Lá é melhor.
Melhor que cá, será?
Ou será o cá melhor que lá?

AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
SAUDADE
Hoje a saudade bateu mais forte
Sei lá.
Talvez seja por escutar nossas canções
Ao juntar algumas poesias
Que achei no meu velho caderno.
Senti um arrepio de leve
Como se você estivesse passando por aqui
Trazendo o abraço que por várias vezes me acolheu
E o beijo jamais esquecido
do nosso primeiro encontro.
E o dia se passou...
A manhã tranquila se desfez
E a tarde esfriou sem a tua presença
Fazendo meu coração se calar diante dessa solidão.
Por isso digo com todo meu amor
Em qualquer lugar que esteja,estarei esperando por você.
Como borboleta perdida
Em busca de um refúgio para seu descanso
Uma flor, tal qual o seu corpo moreno
Que ainda desejo tanto
Como meu refúgio secreto
Em noites geladas de uma despedida de outono...

AUTOR SIDNEI CAPELLA
Sidnei Capella, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo, Graduado em Administração. Escrevendo e publicando poesias e contos nos cadernos semanais da Editora Valleti Books. Participou da II copa de poesias da revista Cronópolis, em janeiro de 2022. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, grande parte dos seus textos são publicados na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”
ENCONTRO
Moça, sabor de canela
Do cheiro gostoso
Da boca macia
No olhar carinhoso.
O papel rabiscado
Na tarde serena
O amor declarado
Em um doce poema.
Na tardinha de sol,
À minha alma gêmea
Na mesma frequência
Minha doce pequena.
No frescor da sombra
No abraço apertado
Encontro fechado
Com um beijo molhado.

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
LIBERTE-SE
Há sentimentos que causam tormentos,
Há lembranças que sufocam a esperança.
Ondas de pensamentos
Que corroem a alegria
E deixam os dias cinzentos.
Sentimentos que a alma aprisiona;
Em vez de acolher, abandona,
E a impede de seguir,
Podando-lhe as raízes
Para não voltar a florir.
Apagaram o seu sorriso,
Ofuscaram o seu brilho.
Reaja, acorde,
Tire a venda dos olhos!
Lute, não se entregue,
Saia dessa situação,
Fuja dessa prisão!
Há sentimentos que precisam ser regados;
Outros devem ser esquecidos.
Há pessoas que precisam partir
Para sua alma voltar a sorrir.

AUTORA CÉLIA NUNES
Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.
INVERNO
Junho, início do inverno
Das roupas pesadas e reconfortantes
Dos calçados fechados
Da chuva fina e constante.
Para enfrentar o dia lá fora
Com seu vento frio no rosto
É preciso ter um espírito aventureiro
Se armar de um guarda chuva
E umas galochas
Colocar capuz e luvas
Casacos e meias
Para enfrentar o Velho Morozko
Com seu espírito de frio.
Nesse mês das festas juninas
Preparar uma fogueira
Bastantes comidas típicas
Aquecer as mãos, os pés e o coração.
Ouvindo uma boa música
Como manda a velha tradição.
Contando causos e histórias
Gerando gargalhadas
Aventuras e piadas.
O vento faz a luz ficar trêmula e irregular
Balançando os galhos das árvores.
Vem à memória casos de assombração
Do tempo da infância
Que passam de geração em geração
E povoam a imaginação.
Viva o inverno
Com comidas quentinhas
E aquele friozinho
Típico da estação!

AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
TDI - TRABALHO DOMÉSTICO INFINITO
Numa casa, há sempre algo a fazer. É como se o trabalho nunca acabasse!
Aqui vai uma lista de apenas algumas tarefas que parecem não ter fim:
Casa para varrer, passar o pano;
Louça para lavar e enxugar;
Comida para temperar, preparar e cozinhar;
Plantas para aguar, podar, cuidar;
Roupas para lavar, estender no varal, pegar do varal, passar, dobrar e guardar;
Banheiros para lavar e desinfetar;
Piso para limpar e encerar;
Quartos para arrumar, gavetas para organizar;
Quintal ou varanda para limpar;
Bichos de estimação para alimentar e cuidar...
E quando achamos que terminamos, surge uma nova tarefa!
É um ciclo que não tem fim, mas alguém tem que fazer. Muitas vezes, um fica esperando pelo outro, e o trabalho vai acumulando.
Bom mesmo, seria se todos da casa colaborassem, porque ficaria mais fácil, mais leve e, assim, teriam tempo para conversar, sorrir, dialogar e ficar mais tempo juntos.
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