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BECO DOS POETAS Nº 103 — 05/06/2025

Atualizado: 5 de jun.

Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


Imagem criado com IA Midjourney
Imagem criado com IA Midjourney

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

CORAÇÃO APAIXONADO


Quando jovem, meu coração era uma chama selvagem, oscilando descontrolada ao vislumbre do amor. Bastava um olhar para ela, e meu peito se tornava um vulcão, prestes a explodir em erupções de batidas frenéticas. Era como se meu coração, um cão leal e inquieto, abanasse o rabo com fúria ao reconhecer sua dona. Cada passo dela era uma melodia, cada sorriso um raio de sol que incendiava meu mundo.


Naquela época, o tempo era um amante generoso, sem pressa, sem cobranças. As horas se dissolviam quando eu pensava nela, e o mundo? O mundo podia esperar. Ela estava nos filmes românticos, a heroína dos meus sonhos, com eu, seu eterno companheiro, ao seu lado. Nas canções de amor, minha voz imaginária entoava versos para sua beleza. Pelas ruas da cidade, eu vagava como um poeta perdido, cruzando esquinas com a esperança de encontrá-la na próxima curva, como se o destino conspirasse para entrelaçar nossos caminhos. Ela era o centro do meu universo, a estrela que guiava cada pensamento.


No café ou na doceria, onde eu ia só para roubá-la com os olhos, meu coração me traía. Ele batia tão alto, tão forte, que parecia gritar seu nome antes mesmo de eu entrar. E então, seus olhos encontravam os meus, como se atraídos pelo som daquele tambor apaixonado. Era um segredo que não podia esconder — meu coração, o delator, revelava tudo.


Hoje, o fogo ainda arde, mas aprendi a controlar as suas chamas. Com o tempo, descobri que o amor não é só a faísca da paixão, mas um lar quente construído com paciência e cuidado. Meu coração ainda acelera por ela, mas agora é um ritmo suave, como uma canção que embala em vez de agitar. Aprendi a saborear cada momento, a não correr atrás do amor com ansiedade, mas a caminhar ao seu lado, de mãos dadas, com a certeza de que ele é um refúgio, não uma fuga.


O amor, diferente da paixão, é como uma árvore antiga: suas raízes crescem lentas, mas profundas, resistindo às tempestades. Ele não se apressa, não se consome em chamas fugazes. É a promessa de estar presente, de construir memórias que aquecem a alma. E assim, com ela, sigo escrevendo nossa história — não com a pressa de um coração jovem, mas com a ternura de um coração que aprendeu a amar.


Um pensamento sobre o amor: O amor é a arte de transformar faíscas em brasas duradouras, um fogo que não consome, mas ilumina, aquece e guia, eternamente.


AUTORA STELLA GASPAR


STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

SER AMADA


Eu só quero ser amada

Por quem me entenda

Me aceite como sou.

Eu só quero ser amada

Com a minha inteira imperfeição.


Só você, me vê como uma flor

Ansiando por cuidados.

Eu só quero ser amada

Embelezando com o teu corpo

A minha alma.


Vamos nos permitir

Em todos os silêncios

Em todos os insaciáveis desejos

Em todos os banquetes de amor

Em nossos para sempre.

Eu só quero ser amada

E então, me encontrarás feliz!

 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.


O SILÊNCIO QUE FERE


A boca fala aquilo que o seu coração está cheio e uma palavra

mal proferida acaba nos

causando sofrimento e não

tem como apagar, o silêncio

dói e a ingratidão coroe

e fere, afinal, a gratidão

é a primeira de todas

as virtudes.


Quando nos solidarizamos

com amor e dedicação ao

próximo não pedimos

nada em troca, porém,

só esperamos um obrigado,

mas a ingratidão é um

veneno que coroe o coração

e no silêncio isso tem feito

minha alma latejar de dor.


E isso está me deixando

com marcas profundas

no coração daquele que

foi ferido, mas a dor

não deve permanecer

por isso, libere perdão

ao ingrato e livre-se

desse fardo pesado.


E continue fazendo

as suas obras sem esperar

nada em troca e não crie

expectativa no homem,

e quando for ignorado

não fique amargurado.


Aquilo que nos fere, nos

ensina a ter o controle da

situação e mesmo diante

de uma ingratidão precisamos

liberar o perdão para

seguir em frente.


E agora sem esse fardo

vamos continuar espalhando

o amor, por que ele é a

resposta para a ingratidão,

o amor define quem somos,

a ingratidão fere, mas não

pode nos impedir de amar.


AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

CHAMAS DE UM OLHAR


As chamas de um olhar,

É o prenúncio de uma explosão,

O amar e o tesão,

No ar ficam a pairar.


O flagelo de loucura,

Sonhar com a doçura,

De seus lábios teimosos,

Que meu nome fica sussurrando.


Como quem fica provocando,

Com a inocência de um olhar,

Que faz eu te amar.


E de sua inocência,

Surge a eloquência,

De quem passa as noites me amando.

 

AUTORA ILZE MATOS


Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.

CORAÇÃOZINHO


O coração tem tanto para contar…

Além de sonhar, ele também realiza muitos sonhos!

Trabalha tanto — acho que o deixamos até desassossegado (rindo).


Ah! Se a gente não o aperrear, quem fará isso por nós? Quem?

Nosso coração precisa de vida —

e de viver suas batidas lindamente.


Coração, não conte suas batidas,

só segue feliz…


E assim… ele vai, entre o silêncio

e a agitação de cada movimento nosso.


Bate feliz, coraçãozinho.

 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

ENTRELINHAS


Entre(linhas) descrevo o que sinto

Em murmúrios de desejo.

A vontade desenfreada

De entregar-me ao teu prazer...

E nas entrelinhas desse desejo, descubro

Que tudo é possível, sem temor.

Fomos conduzidos pelo destino da paixão.

Em sintonia com as batidas do coração.


AUTOR SIDNEI CAPELLA


Sidnei Capella, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo, Graduado em Administração. Escrevendo e publicando poesias e contos nos cadernos semanais da Editora Valleti Books. Participou da II copa de poesias da revista Cronópolis, em janeiro de 2022. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, grande parte dos seus textos são publicados na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”

PINGOS DE CHUVA


Chuva!

Ah, chuva!

Convido o papel,

para ser o terapeuta.


A caneta é a ferramenta

de desabafo…

Os dedos falam…

através das palavras desenhadas.


A tinta é derramada,

sobre as pautas,

como o sangue correndo

na veia.


Edifico a obra

com versos sobrepostos.

Componho a poesia,

através das doces lembranças.


Minha inspiração:

São os pingos da chuva.

Que, soam…

como uma bela canção.


AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

JUNHO, MÊS DE CULTURA E CELEBRAÇÃO


Mês de festas que encantam as noites.

Mês dos santos que nos guiam pela fé.

Mês da ecologia que nos faz refletir sobre a natureza.

Mês de alegria que nos contagia.

Mês de quentão que aquece a alma e o coração.

Mês da pamonha, sabor que nos faz recordar.

Mês de São João que nos traz emoção.

Mês dos Antônios e das Antônias.

Mês de solenidades e cerimônias.

Mês dos namorados, um mês abençoado.

Mês do santo casamenteiro.

Mês das moças solteiras.

Mês das fogueiras que iluminam o céu, a noite inteira.


AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

CONVITE


Tentei viver escondida,

Mas a poesia me perseguiu,

Durante décadas, fugi,

Mas, ela nunca de mim desistiu.


Convidava-me noite e dia

Para em seus ombros chorar,

Desabafar sobre sentimentos, dores,

Alegrias e dissabores.


Enfim, aos poucos,

Foi conquistando minha confiança,

No silêncio, aprisionada,

Agora, a poesia trazia esperança.


A vida nem sempre é rosa,

Às vezes, as cores se apagam.

É um breu,

Aí a poesia apareceu

Como um lindo arco-íris no céu

Meus olhos envolveu.


Poesia é cura, traz leveza ao viver,

Revigora a alma, refrigera, dar prazer.

Mesmo que sangre seu coração esmagado,

A poesia alivia o fardo pesado.


Um turbilhão de sentimentos

Derramados nas palavras,

Um desassossego da mente,

Registros de inúmeros momentos.


Atendi ao convite da poesia,

Ela pulsa em minhas veias noite e dia,

No amanhecer aconchegante

Ou em noites de escuridão.

A poesia, para mim, é salvação.

Jeová me dar inspiração

Para em cada verso abrir meu coração,

Exteriorizando meus sentimentos,

Ou não,

Pois o poeta também sabe fingir,

É só deixar a imaginação fluir.

É sentir a dor do outro,

Ter empatia

E aceitar o convite,

Escrever poesias.


AUTORA CÉLIA NUNES


Meu nome é CÉLIA, nasci em 8 de julho de 1961, em Sepetiba, Rio de Janeiro. Sou casada, tenho quatro filhos e oito netos. Sou aposentada como professora do Município de Itaguaí, formada em Letras (Português/Literatura) e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos. Trabalhei por muitos anos com projetos voltados para adultos no período noturno, em escolas infantis e bibliotecas. Foram anos que passaram como um sopro, pois fazia o que me trazia felicidade. Sou membro da Academia Itaguaiense de Letras, ocupando a cadeira número 2, cujo patrono é Machado de Assis. Publiquei os livros Retrato Poético, com poemas para adultos e crianças; Reflexões: 150 dias para mudar a sua vida, inspirado nos 150 salmos da Bíblia; e Quintal da Alma, uma coletânea de poemas e reflexões. Também participei de diversas antologias, coletâneas literárias, feiras literárias, festivais e concursos literários. Minha meta é disseminar a literatura, formar leitores e perpetuar minha escrita.

VAZIO


Levanto, vou tomar meu café

Ando até à esquina

Olho as casas vizinhas.

Tantas pessoas já se foram!

Observo agora o vazio

Pouco a pouco

As casas vão ficando vazias

As pessoas, amigas de longa data

Estão partindo

Resta o vazio

Cheio de saudade!

Lembro dos natais

Uns nas casas dos outros

Experimentando as iguarias de cada um

Cada família tinha as suas particularidades

Em cada casa

Lembro os detalhes e as novidades!

Lembro das festas na praça

Dos aniversários de cada um

O fato é que a cada dia, mês ou ano

Está faltando alguém.

Ainda bem que sempre chega também!

Assim é o trem da vida

Umas pessoas partindo

Outras pessoas chegando

E o trem seguindo.

E não precisa ter medo

A sua hora vai chegar também

Mas ninguém substitui ninguém!


AUTOR WALTER BERG


WALTER BERG, pseudônimo de Valter Alves da Silva, poeta contemporâneo, professor de Língua Portuguesa, Licenciado em Letras Português e Literatura pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, especialista em Gestão, Supervisão e  Coordenação escolar pela FAVENI, tem participação em várias antologias nacionais.

PACIÊNCIA


Espera, vô já!

Vem logo!

Tô indo!

Tu num vem não?

Rummm, um, um!


Responde logo!

Nem pensei.

Diz!

O quê!

Vai não?

Vou.


Vamos logo!

Calma!

Já tô estressada!

Vixe!

Tá é assim!



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