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Cristo Redentor

IV COPA DE POESIA
BRASIL, OUTUBRO 2022

DIAS 9, 16, 23 DE OUTUBRO E 06/NOV
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Thomaz

THOMAZ GOMIDE

Thomaz Gomide.jpg

Assim é Thomaz Gomide de Andrade, multiartista, cujas peripécias não conhecem fronteiras. O polímata é artista plástico tarimbado, ator veterano, cantor, coreógrafo, declamador, performer, escritor, promotor cultural, coach, facilitador de vivências energéticas e meditativas, mestre de oratória.

Sempre foi poeta. Lançou, em outubro de 2021, seu primeiro livro de poesias: MINS / EU PLURAL. Em janeiro de 2022, Na II Copa Internacional de Poesias da Língua Portuguesa, ganhou o  3º lugar.

 

Instagram: @thomazgomide

1 - POESIA NÃO É NEM SIM NEM NÃO​​​

O poema faz o pensamento cantar.

O pensamento ao sair da sombra, dança ao ouvir o canto poético?

O poeta é aquele que dança ou é o que faz dançar?

Nem um, nem outro.

É aquele que pergunta ou o que responde?

Nem um, nem outro.

A dança passa por ele que a transforma em palavras.

 

Palavras são músicas ouvidas pelo pensamento.

(Concordamos que o coração pensa.)

A sensação da dança bem vivida é eterna.

Mesmo no silêncio advindo pelo esquecimento.

As sensações e as impressões fixam as marcas na bagagem da experiência vivida.

 

Poesia não é nem sim nem não.

Não é nem bem nem mal.

É encanto

É desencanto

É unidade

É     a l m a n i d a d e !

 

No pensamento (castelo a céu aberto)

o baile começa com as letras em fila.

As ideias são cirandas.

As opiniões se movimentam agrupadas

e se entrelaçam

no campo mental da humanidade.

 

As palavras festejam voluptuosas!

Combinam, transfiguram, fantasiam, iluminam ou suprimem –se.

Rimam ou desabrocham na liberdade do fluxo do poeta.

 Esse simples jardineiro

Plantador de intenções incandescentes.

Marcas de ferro em brasa

No universal coletivo

Estado de consciência melhorada.

Poesia1

2 - AMAR O AMOR

                                                              25/02/2022  (a guerra começou ontem)

 

Amar o amor.

Amo o amor

Amo o amor

Repete em mim

ecoando a voz criativa em cada segundo:

 - Amo o amor!

Amo o amor no silêncio.

No silêncio que cricrila, no silêncio que cintila.

Amo o amor contido no ar

Amo o amor refletido no ar

Dentro do reflexo do ar, tem amor que vibra, em som de trombeta dourada.

Estridentemente doce

Amo o amor ingênuo, que de tão inocente.

se espalha no infinito da partícula de cada átomo que respiro, aspiro e inspiro.

 

Numa dança, num vai e vem sem fim.

Me encontro ao flutuar na certeza que em cada respiro

tem a paixão sutil da eternidade risonha.

 

Amo o amor que me afasta da guerra.

Amo o amor desfazendo a dor.

Desfazedor das nuvens escuras dissipadas ao som da trombeta cintilante, já mencionada.

Descobri que dentro do porão mais oculto dos meus subsolos.

(Porões abandonados pela percepção comum).

Lá encontrei, então, o Amado Amor em forma de turbina dourada e incandescente de afetos multisaltitantes.

Aquele chafariz de estrelas pitinininhas.

Particularidades do chuvisco eterno e puro que nos mantem acordados nesta dimensão.

Amar o Amor, com os olhos fechados, me leva aos passeios mais desejáveis, encantadores e confortantes.

Ao visitar os palácios possíveis dentro da dimensão imaginativa desta consciência, ativada ao conjugar, com determinação aguda, o Amar/o /Amor

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3 - DESAPAIXONAR​​​​

Destravar a paixão

Desapaixonar

Respirar com a janela do coração aberta

Soltar os pássaros que engaiolados estavam.

Libertar a alma querente

Que quer, que quer, quéquéquér...

Não tem fim o querer do quero quero.

 

 Um vento de paz traz o sossego/brisa.

 A fluência do aceitar a passagem.

 O pouso de mim em mim.

 

Parece simples

Mas é uma conquista soltar o laço, as vezes corrente carente, que desatina a vida da gente

 

Desapaixonar é

Expandir o Ser

É ser

Ser capaz de entregar-se ao todo.

Ser fonte de vida a entregar vida ao curso do rio da vida.

É navegar nas camadas sutis da felicidade sem nome.

 

Ouvir a música que vibra dentro, na placidez do instante claro.

Poesia3
Poesia4

4 - LÍQUIDO INSTANTE

Líquido

Passou

Liquidificou-se

Não ficou

Foi-se.

Floriu e sumiu

Ligeiramente a foice ceifou.

 

Sei lá!

Vasto assombro!

Um olhar sobrou no ar...

O instante da flor vazou

Ah! Tá!

Desatou a cena

no infinito instante os olhos brilharam

nem deu tempo de lacrimejar

liquidou-se a lágrima

 o instante correu.

 

Outro instante logo veio

Tomou meu eu

Levou-me para a outra cena

Um outro ato

Teatrando na existência líquida.

 

 E a fonte da vida continua a jorrar.

5 - SINGELA (PORÉM MADURA)

 

As palavras são lindas!

Mais ainda quando lidas

Juntadas as outras flores

Colhidas nas estantes dos livros.

 

Lavram caminhos férteis

Levam aos veios certos

Do campo incerto da imaginação

Criando a colheita da inteligência emotiva.

 

As palavras são lindas

Quando juntadas a outras sementes.

Fecundam, desabrocham ideias

Que perfumam a clareza do ser.

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