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Cristo Redentor

IV COPA DE POESIA
BRASIL, OUTUBRO 2022

DIAS 9, 16, 23 DE OUTUBRO E 06/NOV
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Jose Juca

JOSÉ JUCA P SOUZA

José Juca .jpg

José Juca P Souza, natural de Brasília, Distrito Federal, professor, ator, psicopedagogo, analista de sistema, áreas sob formação acadêmica... Em criança, nas artes, através do desenho inicia a trajetória. Quando adulto, segue técnico em edificações em empresa pública. Algumas temporadas no teatro, por fim artes e informática na escola pública do DF. Tendo a poesia, por toda a vida… pensa a literatura enquanto arte com intuito social, uma busca ainda não consolidada. Em formação.

 

Instagram: @poematizei_jusejuca

1 - Escrita essencial

A arte de escrever de então,

Deitada na história e na memória,

É-me pura, plena fascinação,

Beleza rara, nobre eu diria.

 

Há muito serve de contemplação,

Misto de dor, amor e calmaria,

Arte de busca e determinação,

Bem pensada, bem aproximaria.

 

Escrita a deslizar e fluir como vento

A chorar e enamorar o luar

Cultivar sentimento com talento

 

Escrita é vida por compartilhar

É cultura espalmada no relento

Como navio sem destino além mar

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2 - DICOTOMIAS

Reflexões, sonhos, projeções…

Na vida se é, na vida se tem…

Se é essência, identidade, característica, algo intrínseco…

Se é reflexo de família, cultura, sociedade…

Se tem procura, busca, luta, bens materiais, imateriais…

Se tem consequências…

Fins, justificam meios?

Roubar um pão… roubar uma nação…

Se minto, finjo, magoo, bajulo…

Desrespeito às necessidades, sentimentos e privacidade de outrem…

Sou! Quem sou?

Direitos individuais

Direito à vida,

direito à intimidade,

direito de igualdade,

direito de liberdade,

direito de propriedade

Direitos coletivos

Direito à saúde,

direito a um governo honesto e eficiente,

direito ao meio ambiente equilibrado

direitos trabalhistas

Direitos sociais

Direito à educação,

à saúde,

à alimentação,

ao trabalho,

a moradia,

ao lazer,

a segurança,

a previdência social,

proteção à maternidade e à infância

e a assistência aos desamparados.

E a constituição diz que garante…

Miséria aqui, no mundo, é consoante

Primeiro passo para conquista do ser e do ter…

Do ser! Saúde, educação…

Do ter! Emprego, dignidade…

Desenvolvimento humano está na capacidade de amar,

capacidade intelectual

capacidade de criar…

Não se tem, quando não se é?

Se tem o que se é?

Ou se é o que se tem?

Para se ter precisa ser?

A dignidade responde todas essas questões.

A dificuldade, a luta e a conquista com dignidade enobrece.

Embora a política, por vezes, escarneça.

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3 - Ressignificar

Caminhada doce tem-se a saborear,

Triunfos enchem olhares a aurora,

Emoção corta dissabores de outrora,

Ressignifica o momento a valorizar…

 

Brasa de tempos idos a resfriar,

Solidão acomodasse em solitude,

Belas memórias a se alojar,

Sóis emanam-se em plenitude…

 

Infinita é a estrada a seguir…

Esculpido em mármore é o Ser!

Ter ou não ter é discernir!

Do caráter, o zelo, é bem querer!

 

Memórias vão, memórias vem…

Calor, paixão, amor, é o sabor.

Na paisagem vivida provém…

Coração disponível… Rosas com amor…

 

Vermelho… Meu sangue,

Minha rosa, meu teor.

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Poesia4

4 - Soturno

A tristeza abraça com sentimento forte,

Decanta causa de pura incompreensão,

Consorte da solidão ofusca tudo que importe,

Tudo há de preencher esta insatisfação.

 

Um olhar sob lembranças do luar,

Madrugada silenciosa permeia,

Passeios constantes a beira mar,

Caminhada insular pela areia,

 

Mas a melancolia teima em reinar,

Outrora motivos não se reconhece,

Tendo, enquanto incógnita, que acalmar.

 

No padecer dos dias nada é permanente…

Nem sempre o encontro faz-se na fé!

Outrora, essencial autoconhecimento e força na mente.

5 - Encontra-se em mim

Ainda encontra-se em mim!

No silêncio da caminhada estás aqui!

Madrugadas, pesadelos me despertam…

Sonhos acomodam meu coração…

Suas belas linhas ainda delineiam minha emoção…

Na solidão ouço a melodia de seu timbre…

A saudade de primaveras de nossa contemplação,

O êxtase em íntimo mar de verão,

Tapetes folhados de outono a nos acomodar,

Invernos a aconchegar batidas de nossos corações,

Sonhos quebrados pela não empatia…

Desgastes do egoísmo mútuo…

Impossibilidade de um amor irresoluto…

Nenhuma tristeza ou arrependimento de passado construído!

De presente assentado em vida corrente!

Só saudades de finitas boas luas a nos contemplar…

O amor acomoda no desejo a felicidade do ser amado!

Ajusta-se no sorriso contemplado,

E na canção de momentos inconscientes…

Acordados em esporádicos pensamentos…

Se a inveja do vento em sua pele me aflora,

Lembranças de júbilos seus me enaltece,

Seus deleites foram meu contentamento,

Meu olfato ainda sente seu odor afrodisíaco,

Em nossos beijos o passado hibernou…

Do momento presente aberturas ao que está!

Vinhos ao paladar!

Poesias a delinear amanheceres entardeceres e luares!

Ao paladar, outros sabores a pele ou degustação,

Melodias enaltecem novas sensações…

E o instinto cavalga na tranquilidade da experiência…

Em condescendência destinos incorporam!

Expectativas, entorpecem o destino vão!

Encontros incomuns pereceram!

Encontros incomuns padeceram!

Encontros incomuns permanecem!

Encontros incomuns perduram!

Comuns ou incomuns encontra-se…

Inexplicáveis sentimentos permanentes…

Histórias fluem em complacência e luz!

Sua luz não mais nos conduz…

Minha luz desperta aurora em cada amanhecer…

Ao ensejo de olhares e sorrisos magnetizantes!

Ideais de rara beleza…

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