BENJAMIM APOLÔNIO
Benjamim Apolônio do Nascimento reside em Santa Rita – PB, formado em Processos Gerenciais - UNOPAR, pós-graduado em Gestão e Normatização de Trânsito e Transporte - IBRA. Membro Acadêmico na AILB, Acadêmico Internacional na FEBACLA, Membro Acadêmico na ABHL, Membro Efetivo na AIL. Seu primeiro livro foi publicado em 2021 "Empática Mente Poética ", participou de algumas antologias: "Florir Poético" - Breccibooks; "Mãe Precioso Amor" - Antologias Brasil; Almas Cativas - Biblioeditora; Pátria Amada - Antologias Brasil; entre outras.
Instagram: @benjamim_poeta
1 - Diário de um Verme
Sento-me à tua mesa
Louco para degustar-te
Firme na certeza
Que não preciso ir à Marte
Teu belo couro cabeludo
O único que desprezo
Viajarei no teu mais profundo
Nas ruínas desse chão podre
Dá pra ouvir você clamar
Que fez tudo que pôde
Só para não te explorar
Quem manda sobrar hipocrisia
Me apaixonei pelo seu ato
Já era! O tempo não voltaria.
2 - Oceano em Versos
Queria tanto pensar
Dizem que sonho acordado
Sou apenas um verso rimado
Nesse imenso mar
Sou pensamentos, sou Literário!
Pois com maestria, me aceitaram
Sem nem pestanejar
Nesse ramo, nada fácil
Eu disposto a mergulhar
Tenho orgulho desse clã
Que luta pela reflexão
Nossa pena é o divã
Que empatia nossa nação
Malhei tanto para entrar
Rimei cada estrofe com alegria
Maior gratidão
Para mim, não há
Do que ser aceito numa Academia
Cada poema uma gratidão
Se, por acaso, tocar alguém
Pelo menos um irmão
Irei em paz ao além...
Findarei minha missão
Amém!
3 - Viveiro da Ingratidão
Fomos concebidos por Ela
Se Ela soubesse...
Só servimos para destruir
Nesse berço onde a quimera
Reclamando de quem era
Te impulsionar a desistir
Era tão bom sem nós
Até a fumaça era branca
Hoje saímos com coriza
Uma aspiração cinza
Em busca de esperança
Nada temos a dar
Deus sabe disso
Ele nos honrou desde sempre
Herdeiros de Adão
Teimosos como sempre
Quebramos o compromisso
Lamento pelo que somos
Vermes saudáveis a correr
Presenteamos o outrem
Com ansiedades seguidas
Até parece que não vamos morrer
Somos um poço de ingratidão
Com uma dose de inveja branca
Anjos diurnos da persuasão
Nem Deus consegue ganhar
O diabo vive a debochar
E nós iludidos pelo debate
Cavando cada vez mais
O inferno onde vamos morar
Por que tanta revolta?
Se viemos despidos para cá?
Onde nada faz sentido
Mas o marketing insiste em teimar
Ganham nossa mente
É aí onde você mente
Por um motivo que é somente
Um objeto a usar.
4 - Carnificina
Era um mero mortal
Hoje tenho um plano
Não um espiritual
Porém um efêmero engano
Pago mensalidade como todos
Faço planos, eles também
Meu plano é viver
O deles receber
E não ter dó de ninguém
Quando preciso vou lá
Enfrentar fila e cara má
Um semblante de ingratidão
No qual nunca deixei de pagar
Sou um lutador, ferido
Que luta a dor diária
O plano mais querido
É o de quem congressa
Que vai além da faixa etária
Sou um doido varrido
Que ver erro onde não tem
O compromisso é o dinheiro
Que sai do guerreiro que não tem
Ontem eu tinha o poder público
Hoje tenho um plano
Amanhã não estarei mais aqui
Para entidade, que dano!
5 - Ingratuidade
Me deparando com tamanha Ingratidão
Uma grande façanha,
Virar uma forminguinha
A passos firmes na areia
Rumo à empatia coletiva
Não é fácil saber o que sentes
Por mais que eu me esforçe...
Somo pedras imperfeitas
Constantes à reperfilar
Na esperança de um mundo melhor
Pecamos só em nascer
Esse é o mistério de Deus
Nossos ancestrais e sua herança
Herdamos o berço do caos
Mas, calma!
Não quer dizer que sejamos maus
Somos feitos de carne e osso
Lutamos pela melhoria
Apesar de toda turbulência
Nascemos para lutar
Somo filho do maior guerreiro
Que sempre nos protegerá.